❪ 𝐎𝟏 ❫ ┆ ❛ 𝐀 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐍𝐄𝐒𝐒 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐄
CAPÍTULO UM
um futuro sombrio
UNION É UM VILAREJO POBRE NO CENTRO de montanhas secas, localizado em meio a um acúmulo de terra batida, cercado por arvoredos e pássaros de todas as espécies, além de segredos que se escondem com o bater das portas das casas no ápice do anoitecer. Os quais ninguém jamais ousa contar, nem mesmo em confissão.
── Um dia você será como ele e todos dessa cidade pequena hão de te respeitar. ── a moça de cabelos loiros agitados pelo suor tocou no ombro da pequena, a assustando brevemente.
── Você quer dizer... Um velho? ── Evie deduziu, olhando ironicamente pela lateral do poço.
Observando crianças de toda a parte brincando dispersas numa roda mediana, girando sem parar e cantarolando a seguinte canção:
── Pastor Miller da vista cansada, pastor Miller da vista cansada! Foi ler a Bíblia e não viu foi nada! ── com certeza provocando o homem vestido de preto que ajeitava a ferradura de um dos cavalos no pasto, para o qual a moça atrás de si havia apontado.
A risada abafada da loira a fez desviar o olhar, querendo entender melhor o que lhe era tão divertido. Apenas escutando o homem dizer num tom descontraído, tanto quanto mórbido e ácido:
── Oh! Mas eu vejo vocês... Eu tenho olhos atrás da minha cabeça!
── Não. Um profeta. ── reformulou, lhe despertando curiosidade ── Suas visões são um dom. Um dom divino, não sabia disso?
A mais alta que atendia pelo nome de Aila Miller a informou, vendo a de cabelos trançados apertar os olhos em surpresa.
── Todos dizem que sou louca. Que vou amaldiçoar a vila com elas. ── suspirou ── Mas eu vi, vi uma grande escuridão tomando conta de Union. Juro pelos meus ancestrais!
E Evie jamais mentiria a tal ponto, ela realmente se sentia como naquela passagem bíblica: um joio em meio ao trigo. Uma ameaça que destruiria a todos em breve, pois sabia que podia ser mesmo perigosa, ainda que inconscientemente.
E se aquilo era mesmo um dom, então por que se parecia mais com uma maldição?
── Se está tão certa disso, então que Deus nos proteja! ── Aila que também era irmã mais nova de Cyrus, o pastor alvo da brincadeira anterior, deslizou os dedos em sinal de cruz.
Ela não acreditava que a menor fosse o mal daquele lugar, mas sabia que tempos ainda mais sombrios que aqueles certamente seriam devastadores para a colonia e torcia para que as premonições lançadas pela mais baixa, não se realizassem.
Já Evie Lane, a dona daquelas visões mirabolantes, encolheu-se rapidamente sob o sol ardente de tal manhã, ouvindo uma gritaria que se iniciou atrás de si, regredindo. Imaginou que a agitação fosse por sua causa, quem sabe estivesse sendo hostilizada novamente, já que era costume que as pessoas da vila a punissem com violência.
Porque não era segredo para ninguém que a detestavam tanto quanto a sua mãe Mary, por, simplesmente, se negarem a seguir a doutrina local.
Mas os gritos não haviam sido para ela, ao menos, não desta vez.
Naquela rara exceção, eles estavam direcionados a Constance Berman, a jovem que liderava o coro da música simplória anterior, gargalhando do pastor. " Tenha santa paciência! ", sua irmã pensou. Envergonhada por aquele completo desrespeito, a puxando com força da multidão, tentando levá-la as pressas para casa.
── Não seja mal criada, Constance! ── a advertiu.
── Não seja irritante, Abigail! ── revirou os olhos
Aquele espírito subversivo incontrolável de Constance chamou a atenção de Evie Lane que não conseguia tirar os olhos dela. Toda santa vez que colocava seus pés na vila o jeito eufórico da ruiva, a deixava sem fôlego. E não foi diferente naquela ocasião, quando passou ao seu lado, cheirando a suor e tomilho.
Sem se dar conta da presença de Evie, paralisada no próprio lugar feito uma estátua de mármore, nervosa por vê-la passar assim tão próxima, ela esbarrou acidentalmente em seu ombro, a fazendo sentir uma forte pressão muscular, um formigamento que se espalhou por seu corpo inteiro.
── Aí!... ── reclamou, massageando a região.
E a olhando de canto, viu a pele da pequena nômade se arrepiar por completo. Quando num impulso, seu corpo inteiro se enrijeceu e suas pernas enfraqueceram por debaixo da saia longa, sentindo seu campo de visão escurecer. O queixo ergueu-se, apontando em linha reta para o céu, seus olhos negros se fixaram na nuvem mais distante, perdendo o foco lentamente. Sua mente se prendeu num acontecimento paralelo, aquela era mais uma das suas visões, a atormentando para variar. Evie mal teve tempo de raciocinar a respeito, pois seu corpo tombou contra o chão.
Tudo o que exergava agora era um ambiente escuro, azulado. O rosto pálido de Constance e sangue sobre suas bochechas, no lugar das pupilas de seus olhos, um vazio que indicava que ambas haviam sido arrancadas violentamente. Seu corpo curvado e mole, denunciando a morte. Sim, ela estava morta. Seus pulmões não bombeavam mais o ar, suas mãos não se fechavam e seu sorriso não contagiava.
── Ei! Está tudo bem? ── a voz da ruiva martelou em sua consciência, lhe trazendo de volta.
Endireitando-se após o susto, percebeu que havia caído sobre o solo, sendo coberta pela poeira na roupa costurada com tanta dedicação por sua mãe. Quem segurava sua cabeça era Aila e um outro jovem de olhos claros que não reconhecia, mas que se chamava Isaac, abanava ao redor para que recobrasse a consciência mais depressa. Abigail e Constance, de sua idade, ainda estavam paradas a sua frente, assustadas.
── Evie? Você está bem? ── a caçula dos Berman tornou a indagar.
── Aham. ── afirmou, mesmo desnorteada.
── Aconteceu alguma coisa? ── Miller insistiu, suspeitando do pior ── Por acaso, viu algo?
── Sua feiticeirazinha maldita! Saia já daqui! Você não é bem-vinda nesse lugar... Escutou?! Não é bem-vinda! ── a voz irritante vinha da sombra contra a janela do segundo andar dos Miller.
── Bruxa! ── complementou um segundo ── Eu vejo o seu futuro... É, ele é cinzento como a sua alma impura!
A frase se encerrou por uma risada mórbida que, fez Aila adivinhar quem era a pessoa que a insultava: Louco Thomas, assim era como todos o chamavam, um homem bêbado qualquer que perambulava por Union, sem destino ou razão para continuar a viver, apenas existindo e implantando o caos nas entrelinhas.
Ele combinava tanto com Sra Grace, a mulher de seu irmão. A qual certamente proferira aquelas primeiras palavras contra a menina, mas observando sua casa, não a encontrou. Bem, talvez houvesse se recolhido. Ela era realmente impiedosa quando algo ameaçava suas convicções. Mas no fim das contas, ambos eram apenas almas infelizes, sem qualquer propósito.
Voltando seu olhar para a garotinha de cabelos negros sentiu a voz engatar na garganta quando esta, saiu correndo com o ombro em riste, sem qualquer direção. Procurando evitar que uma confusão maior se alastrasse pela vila e que em decorrência disso, ela ou a mãe fossem afetadas por aqueles fanáticos.
── Ei! Você está bem? ── Isaac interrompeu a imaginação de Aila, o jovem loiro que segurou seus dedos, a fez corar por um minuto.
A moça apenas assentiu. Se bem que... Haviam inúmeros motivos pelos quais não estava.
A preocupação que sentia chegava até ser cansativa. Porém ela jamais admitiria aquilo, nem diante do espelho, nem em confissão e muito menos a sua própria sombra. Sua família era complicada...
(...)
Na rua atrás da igreja, Sarah Fier, uma jovem de cabelos encaracolados que passeava com imensa tranquilidade e, talvez nem desconfiasse do burburinho de a pouco, ia distraída o suficiente admirando a natureza. Pensava que, tirando algumas pessoas daquele lugar até que seria perfeito de se viver, o que a fazia se lembrar de sua mãe, a qual também amava a natureza, com quem sequer teve a chance de conviver. Ela morreu ainda jovem, durante o parto de seu irmão. E pensando bem, era meio difícil ser a única garota da família, mas nunca se prendeu muito aos afazeres da casa ou o que restava de sua família, sempre gostou de explorar. Dona de lábios carnudos que cantarolavam uma linda melodia baixinho, sentiu seus ombros se erguerem ao ouvir passos.
── Você está indo ver Solomon? ── a voz sutil que vinha detrás dela contornou seu pescoço ── Me deixe ir com você! Estou pensando em fazer uma rápida visita a Magie... Já faz um tempo que ela não vem a vila. ── Elizabeth, uma garota de cabelos negros, praticamente lhe implorou.
── Bom dia pra você também, Lizzie! ── debochou, como se de fato se importasse com aquela formalidade ── O que você quer com a filha do "fazendeiro?", como você mesma diz... Ela não pode receber visitas! Você sabe muito bem... ── gesticulou com os dedos.
── Nossa, você parece o pai dela falando agora! Se conseguir distraí-lo, eu juro, ele nem vai perceber. ── deu de ombros ── Anda, vai! Você não tem pena dela? Ela devia se divertir, como a gente. Ela é tão jovem!
── Ela tem a saúde limitada. Cuidado com as coisas que vai propor a ela... Seus frutos da terra certamente a levariam para o mesmo lugar de onde foram colhidos! ── a mais alta advertiu.
── Será que tem mesmo? Não acha que o Solomon faz isso pra obrigar ela a não sair de casa?
── Eu conheço o Solomon, ele cuida dela por medo de perdê-la. Ele já perdeu muitas pessoas da família, sabia? ── Sarah chacoalhou a cabeça, vendo a imprudência estampada nos olhos de sua amiga ── E eu sei como é isso... Às vezes, sinto falta da minha mãe também.
── Nossa... Você tá mesmo apaixonada por ele! ── Lizzie sorriu, cutucando Fier. Levando em consideração a forma como o havia defendido, mas em verdade a garota só possuía uma forte afeição pelo mesmo.
── Eu não tô! ── retrucou irritada. Já farta de ouvir aquilo tudo, começando por seu pai George, que não aceitava a opinião deles serem apenas amigos, desejando que ficassem juntos também ── Sério, se você continuar insistindo eu te jogo no rio no meio do caminho... ── brincou, escondendo o riso.
Lizzie e Sarah costumavam confabular juntas desde pequenas, sendo migas de longa data. Apesar de ter chegado por ultimo no grupo, tal como D'artagnan se infiltrando dentre os três mosqueteiros, aos poucos, se tornou a pessoa mais importante para ela, nesse grupo formado por Lizzie, Hannah Miller e Isaac.
O fato é que Fier estava mais misteriosa do que antes, centrada, só se importava com Solomon, como se possuísse algum tipo de missão ou desenvolvesse uma aptidão para a caridade. Passava mais tempo sozinha também.
Lizzie não sabia o que pensar, mas havia algo dentro dela que de certa forma, temia a velha amiga.
(...)
Quando uma borboleta pousou na janela de Margareth, na casa ao final da floresta, a jovem fechou a bíblia que lia, se livrando do sono terrível que começara a lhe embalar. Ela se levantou cautelosamente, os pés arrastando pelo chão, se inclinando para observar melhor. O animal se manteve parado, sacudindo as asas levemente, uma felicidade pura encheu seu coração e suas bochechas pálidas coraram, num instante sentiu sua mãe com sigo, uma faísca de vida. Seu coração se aqueceu naquele momento. A cor azul das asas se misturou com o do seu olhar. E seus cílios claros se ergueram sobre o vidro, enxergando para além dele, onde o reflexo de seu rosto angelical se fez presente, mas não apenas ele, haviam duas garotas se aproximando do casebre pela estrada de barro, a qual Solomon tentava arrumar em frente a residência, após uma semana de chuva constante e destrutiva.
A primeira delas era Sarah, como o esperado, por quem o Goode mantinha tamanho interesse. Entretanto, logo ao seu lado, uma moça mais baixa, que lhe trouxe uma aprazível surpresa, Lizzie, como se lembrava de tê-la chamado ao serem apresentadas num dia desses qualquer andando pela vila. Ela havia sido a única corajosa com vontade e ânimo de apertar sua mão e falar com sua pessoa. Magie se convenceu de que a jovem tinha os olhos mais bonitos que já vira, além disso, era cheia de vida e energia, ao contrário dela. Aquele fato a atraía de tal maneira que, sequer sabia explicar.
A garota retornou para sua cama num pulo, se esforçando ao máximo, tentando não ficar exposta e cobrir suas pernas que considerava feias e desproporcionais, encontrava-se envergonhada, não sabia como reagir a tal visita, era uma sensação diferente a que controlava suas veias naquele curto segundo. E algum tempo depois das vozes se silenciarem na cozinha, as risadas de seu pai igualmente se findaram, Margareth olhou curiosa em direção a maçaneta da porta, os lábios ressecados e entreabertos. Ela sabia que alguém estava vindo, que alguém se preparava para entrar. E implorava em voz baixa que fosse a colega de Sarah.
── Você demorou. Mas finalmente encontrou o caminho da minha casa... ── a loira deixou a timidez de lado ao ver Lizzie caminhar para dentro de seu quarto, admitindo ter acertado o palpite, estalando os dedos e a encarando com certo orgulho e carinho.
── Eu prometi que viria! ── sorriu, puxando a cadeira empoeirada ao canto do quarto ── Aproveitei a companhia de Sarah. Como tem passado?
── Sozinha. Mas bem. Quero dizer, na medida do possível, é claro! ── se atentou ── E o que tá fazendo aqui?
── Eu vim te convidar para a festa da colheita! ── revelou com certo entusiasmo, mas no tom adequado.
── Enlouqueceu? Eu não posso ir!
── O que te impede? ── Lizzie a desafiou, mordendo os lábios de forma sagaz.
── Eu. Minha saúde. O meu pai. E lembranças ruins... De quando minha mãe e minha irmã faleceram. ── Margareth ressaltou, um tanto apreensiva e zangada.
Porém completamente rendida à expressão fascinante da outra.
── Não confia em mim?
── Não. Não é isso! ── respirou fundo, tossindo em seguida, mas engoliu o resto de sangue que alcançou sua garganta ── A onde você quer chegar?
── Eu posso te ajudar a vencer seus medos. O seu pai não precisa ficar sabendo. Eu prometo que cuido de você! ── estendeu a mão, um pouco incerta sobre como a loira reagiria.
── Eu acredito em você. É verdade. Mas não posso dizer que sim. É tudo uma grande loucura! ── Magie encostou apenas a ponta de seu dedo no polegar de Lizzie, interações sociais nunca foram seu forte.
Já a jovem a sua frente se deu por satisfeita, com o pensamento nas nuvens.
── É, é uma grande loucura sim! E um pouco dela, não vai fazer mal algum a você... ── reafirmou.
── Não precisava ter vindo aqui apenas por isso. ── a garota lamentou, um tanto melancólica.
── Quem disse que eu vim apenas para te fazer o convite? ── arqueou uma das sobrancelhas, vasculhando o seu bolso com seus dedos pequenos, procurando por algo.
── Se não, por que então?
── Porque eu quis te fazer uma visita. E acima de tudo, trouxe algo que, talvez, você goste... ── assim Lizzie retirou uma pequena rosa de cor branca, um tanto amassada, de entre as dobraduras de seu tecido.
── É tão linda!... ── a Goode se inclinou rasuavelmente, embasbacada, os lábios separados e um brilho de emoção no olhar. A morena sentiu que ganhou o mundo apenas por assisti-la tão contente ── Mas eu não posso ficar... ── empurrou num instante ── E se eu for alérgica? Como você sabe que o perfume dela não vai me afetar?
── É típica do meu quintal, peguei essa manhã pra você. Posso afirmar que não é venenosa. Aceita, por favor! ── ofereceu novamente, fazendo bico ── Se não aceitar, eu vou embora triste...
── Tudo bem, me dê ela aqui! ── a moça foi rápida em pegar a flor, a roçando levemente entre seus lábios, tentando sentir o aroma, mas, realmente, não era tão marcante quanto pensava. Depois a guardou depressa entre as páginas da bíblia que havia acabado de ler ── O meu pai não deve saber, tá bom? Ele é muito restrito com tudo o que eu faço.
── O seu pai tá distraído com a Sarah... ── deslizou os olhos entre a janela e seu maxilar atraente ── Magie, você tem que parar de se preocupar tanto com ele, sei lá, precisa pensar um pouco mais em você. Na sua vida...
── Eu só retribuo o que ele faz por mim. ── assentiu ── Aliás, ele gosta muito dela. Sério, muito mesmo!
── Todos da vila concordam que eles deveriam se casar. ── a morena tomou liberdade para se levantar e aproximar-se com cuidado da cama onde a outra repousava, sentando-se ao seu lado, encarando seu rosto angelical mais de perto.
── Eu também. ── enrolou um dos fios ao indicador, pensativa.
── Bom, daqui a pouco vai escurecer. E se não quiser ficar aqui, com, o tolo do seu pai. Você pode vir comigo! Afinal de contas, a lua cheia surge antes do anoitecer... Entende o que eu quero dizer, não é?
── Não, na verdade não faço ideia... ── de fato, Margareth não estava a par da conversa dos jovens da vila. Eles eram diferentes dela, gostavam de se meter em confusão e não temiam tanto o mundo ou os mandamentos do lugar.
── É a noite mais longa da história. Mas se vier comigo, eu prometo, vai sentir como se tivesse passado num piscar de olhos... E vai desejar que dure pra sempre! ── num instante, Lizzie se esqueceu do convite principal, não importava mais se iriam para a festa da colheita ou para o inferno, qualquer lugar, contanto que ela estivesse por perto. Escutando apenas a voz de seu coração e dizendo tudo o que ele insistia para ser dito. Aquilo ecoava dentro de si, estranhava o por quê de vibrar ainda mais alto perto da jovem.
── Você é estranha! ── murmurou.
── Você é normal? ── deu um breve sorriso, feliz como há tempos não se sentia.
── Não. Acho que a palavra certa seria, amaldiçoada... ── envolveu seus braços ao redor da barriga, com a sensação de morte rondando seu ouvido.
O sussurro sempre esteve ali, entre o cair da noite e o amanhecer, dia após dia. A escuridão que lhe dizia, "você é minha". A incerteza sobre se acordaria mais uma manhã com vida.
── Se você pedir pra lua, quem sabe ela te escuta e muda de uma vez por todas o seu destino? ── a morena acreditava mesmo naquilo, que os elementos naturais poderiam favorecer almas quando elas o respeitavam.
Mas o silêncio que se formou foi interrompido pelo bater da porta do quarto de Margareth, o homem de barba e olhos azuis atentos ao que ocorria, pareceu nervoso ao vê-la tão perto da convidada. Solomon sempre ficava reticente com pessoas da vila visitando sua menina, uma vez que havia crescido lá e julgava conhecer cada pessoa perfeitamente bem. Considerando que nenhuma delas possuía boas intenções ou eram agradáveis de se manter por perto.
── Magie! Está na hora da sua amiga ir! ── avisou, batendo com os dedos sutilmente na madeira.
Lizzie entendeu o recado, se aproximando de Sarah que já a aguardava no outro cômodo, os observando por detrás da porta.
Fazendo figas para que a loira reconsiderasse a respeito do convite que fizera e fosse ao seu encontro com o fim da tarde. Logo ao anoitecer.
Depois que as duas garotas saíram, nenhuma palavra foi dita por Solomon. Apesar de parecer irritado, seu pai também indicava estar concentrado em algo maior e com o pensamento distante, talvez fosse o "efeito Sarah Fier", era comum que ficasse desnorteado próximo a ela. Quando a noite caiu conforme o esperado e a lua cheia se firmou no céu, ao centro das estrelas e em meio às copas das árvores entrelaçadas, Margareth ainda se perguntava se devia mesmo fazer aquilo, se devia se arriscar na imensidão da floresta e tentar seguir os outros jovens da vila. Temendo ao perigo da sua decisão.
₍ 001 ₎ PRIMERO CAP
REPOSTADO! Amores,
o que acharam das pequenas
mudanças?! Espero que
tenham gostado ♡♡
₍ 002 ₎ Não esqueçam de
favoritar e comentar. E, me
digam o que acharam do cap
aqui!
₍ 003 ₎ Tô ansiosa pra trazer
mais capítulos, então nos
vemos em breve. Bjnhs! ♡
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