
❪ 𝟏𝟑 ❫ ┆ ❛ 𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖𝐂𝐎𝐌𝐄𝐑 𝐇𝐀𝐒 𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐍𝐒𝐖𝐄𝐑
CAPÍTULO TREZE
a recém-chegada tem a
resposta
SERENA PROMETEU QUE NÃO FICARIA PRO jantar na casa de seu pai e, ela cumpriria com aquilo, mas quando a mãe de Kate chegou, aproveitou pra ir até Sunnyvale novamente e pegar todos os seus pertences, além de algumas peças de roupas mais importantes, as colocando em uma mochila. E usando o fato de que seu pai não estava na mansão, vasculhou pela casa inteira em busca da caixa misteriosa do verão de setenta e oito, depois de entender a história da maldição, a garota ficou ainda mais curiosa sobre aquilo. Um pouco mais tarde, acabou a encontrando em baixo da cama de seu pai, aquele não era o lugar mais secreto para se esconder algo. Então por que ele a pôs ali? A Goode começou a desconfiar que ao mesmo tempo em que Nick não queria que ela encontrasse o objeto, também não fazia questão de guardá-lo corretamente, a dúvida sobre o que ele queria dizer com aquilo a pertubou por alguns instantes antes de deixar definitivamente o lugar.
Quando retornou a casa de Kate, já era noite, praticamente madrugada e ao subir pro seu quarto, esperou ver a morena descansando, mas ela não suportava ficar parada nem por um segundo, então agora, sentada diante da penteadeira próxima a janela, fumava seu primeiro baseado dentro de horas, apesar das recomendações médicas, que imprudentemente ignorou. Ela ligeiramente apagou o cigarro ao ouvir passos entre as batidas da música "Don't Dreams It's Over" que ecoavam alto pelos ares e tomou um susto inicial assim que a sunnyvale atravessou para a cama, sem ao menos bater na porta; porém tão depressa esboçou um sorriso calmo, se aproximando da mesma, carregando com sigo um barbante.
── Cê não me obedece mesmo, né? ── a loira reclamou, percebendo o que estava fazendo.
── É melhor calar a boca ou vou ser obrigada a fazer isso. ── retrucou.
── Eu gostei da ideia, acho que vou falar mais um pouquinho então... ── ela tocou na ponta do nariz da outra.
── Bom, no fim das contas, acho que não consegui cumprir com a minha promessa de não deixar nenhum daqueles filhos da puta encostarem no seu rosto perfeito.
── Ah, isso? Vai ficar uma cicatriz bem irada! Vou poder contar pros nossos futuros cachorros ou gatos que foi a Ruby Lane quem fez isso, cara, eles nem vão acreditar... ── Serena fez a shadysider rir com o comentário, o primeiro sorriso depois de tanta dor.
── Olha, tem uma coisa que cê vai gostar de saber. Na minha família, nós meio que, temos uma tradição também...
── Achei que isso era só coisa de sunnyvales... Tô impressionada. ── ela a interrompeu ── Por favor, que não seja nada bizarro!...
── Não. Na verdade é algo bem idiota. Mas combina com você... ── Kate assentiu, a fazendo franzir a testa, pensando se aquilo era um elogio ou o completo oposto disso ── Tem uma lenda oriental chamada Akai Ito ou o fio vermelho do destino, como você preferir chamá-la. Essa lenda diz que o tal fio conecta duas pessoas que estão destinadas a se conhecerem desde o nascimento, não importa o tempo, o lugar ou a distância, o fio pode esticar ou se enrolar, mas nunca vai se partir.
── Eu achei que você não fosse nada romântica. Mas te ver falando assim, é tão bonitinho... Cê não tem noção! ── Serena a encarou, com um sorriso bobo.
── É só a merda de uma tradição... Cê continua sendo a mesma rainha dramática de sempre, foi por isso que eu achei que iria curtir! ── ela cortou dois pedaços do barbante vermelho, pela primeira vez, estava disposta a levar a lenda a sério.
── Se não acredita nisso, por que tá cortando os fios?
── Porque eu não quero perder mais ninguém. ── seus olhos se inundaram novamente, enquanto envolvia o dedo mindinho de Ena com o fio vermelho, o apertando bem ── Espero que esse fio faça com que o universo entenda que eu não posso te perder também!
Kate deslizou seus lábios contra os da loira, apertando seu cabelo e escorregando os dedos pelas laterais de sua testa, o cheiro dela fazia tudo ficar ainda melhor, já começava a se acostumar com aquilo e não suportaria não sentir mais a garota próximo a ela, era uma mistura de morango com hortelã que descobriu adorar.
── Tem uma coisa que eu tenho que te contar... ── Serena começou.
── O quê?... ── ela pareceu preocupada.
── Roubei algo importante do meu pai.
── Roubou... a arma dele? ── ela arregalou os olhos.
── Não. Roubei uma caixa, com memórias do verão de setenta e oito.
── Aí, gatona, isso já acabou... Tá? ── a morena pareceu desconfortável ── Por que cê fez isso? Aposto que ficou impressionada com a história da sobrevivente, né? É sua cara ficar desse jeito!
── Não, não foi só por isso. Meu pai nunca gostou que eu mexesse nas coisas dele. Principalmente nessa caixa. ── contou.
── É, porque talvez, sei lá... Vai ver ele têm trauma do que aconteceu. Aqui em casa, a minha mãe não gosta que a gente toque nesse assunto!
Porém a conversa foi interrompida pelo vibrar do telefone, cada vez mais profundo e apressado. Serena a encarou, angustiada.
── Posso atender? ── questionou.
── Tá, claro, vai em frente! ── Schmidt estava mais interessada nas coisas que a garota havia trazido.
A Goode correu até o corredor, onde ficava um dos telefones da casa e o atendeu o mais rápido que conseguiu.
── Alô?
── Serena? Ah, oi!... ── era a voz de Deena com um temor diferente ── Cadê a Kate?
── Ela tá aqui deitada. ── respondeu ── Aconteceu alguma coisa?
── É, aconteceu... Diz pra ela que ainda não acabou.
── Como assim?! ── a loira sentiu seus ombros pesarem com a informação ── O que aconteceu?
── A bruxa, ela não parou. Ela possuiu a Sam... A Sam me atacou! Não sei o que fazer. Preciso de ajuda pra encontrar a C. Berman...
── O quê?! ── a pergunta soou espontânea enquanto via toda a breve tranquilidade que sentia ir embora ── Tá, olha, espera só um segundo, eu te ligo! ── e retornou o telefone ao gancho.
Os passos que deu de volta até o quarto foram os mais pesados e difíceis de toda a sua vida, como diria aquilo a Kate? Todas as notícias que receberam até o momento eram tão duras que aquela chegava a ser a irônica cereja do bolo.
── Quem era?
── A Deena... ── relatou ainda aérea.
── A Deena? ── ela se colocou em pé ── O que ela queria?
── Sabe a Sam?... Então, algo ruim aconteceu com ela...
── O quê?! Não! ── rapidamente entrou em negação ── A gente derrotou a bruxa, acabamos com a maldição! E a Sam tá viva!
── É, mas parece que ela atacou a Deena, a Sam tá possuída... Ela quer a nossa ajuda pra encontrar a C. Berman!
── Não! Não podemos encontrá-la... Aquele endereço não existe mais! Ela é, praticamente, um fantasma dessa cidade...
── Eu não sei. Eu... ── Serena paralisou ao ver a caixa que pegara em cima da cama, aberta e bagunçada. A garota havia vasculhado nela sem que sequer esperasse pela mesma, mas não foi aquilo que a incomodou no instante, principalmente quando viu várias fotografias espalhadas ali, todas bastante peculiares ── Pera, o que quê é isso?
── Ah, eu tava mexendo naquela caixa que você falou... Tem fotos bastante bizarras aí!
── Não... Não pode ser! ── a loira aproximou a letra das assinaturas e frases anexas a cada uma das imagens de seus olhos, se surpreendendo com o que descobrira ── A maioria delas tão assinadas com "B.W". B e W são as iniciais da minha mãe: Blair Watson! A caixa não é dele. Essas fotos, são, são dela, são memórias dela!
── Acha que ele tava tentando te afastar da sua mãe de alguma forma ao esconder isso? ── Kate raciocinou.
── Talvez... Mas e se aqui tiver alguma resposta? ── Serena começou a procurar feito louca, mas a qualidade das imagens não era uma das melhores.
── Tipo, o quê? ── Schmidt foi até a garota, olhando com mais cuidado, até que pousou os olhos sobre uma em específico, algo nela havia lhe chamado a atenção ── Ei, essa aqui! Essa garota, eu tenho a impressão de que a conheço...
── É, quem sabe, de alguma foto de jornal da época? ── sugeriu.
── Não, eu não vejo jornais antigos. ── a morena parecia muito segura daquilo ── Esse olhar... Eu já vi ela em algum lugar por aqui, tenho certeza!
── Espera... ── Serena se esforçou para buscar em suas memórias, não era alguém de seu total convívio, mas a sensação de que também já a havia visto era semelhante a da shadysider. Se concentrou um pouco mais, até que enfim conseguiu se lembrar, arregalando os olhos, enfim chegando a uma conclusão ── Eu sei quem é ela! O nome dela é Sheila, ela já frequentou alguns jantares na casa do meu tio.
── É, é isso, Sheila! Sim... É ela!
── Mas ela é de Sunnyvale. Como você a conhece? ── a Goode a encarou.
── Faz três meses que uma moradora chamada Sheila se instalou aqui em Shadyside. E há um mês atrás, eu trabalhei de babá na casa dela. ── explicou ── Só que eu não entendo, quem iria querer fugir de Sunnyvale?
── Olha, eu não sou a melhor pessoa pra julgá-la. Eu tecnicamente acabei de fazer o mesmo.
── Tá, não importa. Se ela for mesmo essa garota da foto, se ela tava lá em setenta oito, talvez conheça a C. Berman. Talvez saiba como encontrá-la!
── Ela é a única chance de salvarmos a Sam. ── a sunnyvale considerou ── Mas, não precisa fazer isso. Kate, cê ainda tá se recuperando...
── Tá de brincadeira?! ── interviu, com sangue nos olhos ── Eu vou até o fim. Vou fazer isso pelo Simon, pela Sam, pela Deena e pelo Josh. Mas principalmente, por nós duas! ── assentiu.
Já era tarde quando uma campainha de uma das casas muito próximas ao Shadyside Mall tocou. Serena e Kate se agasalharam e foram até lá, decididas a não desistir da resposta. Demorou um pouco, quando finalmente uma luz se acendeu no segundo andar, então passos foram ouvidos até a entrada, onde estavam. Uma mulher de cabelos negros e sobrancelhas arqueadas apareceu, com uma expressão de curiosidade e medo.
── Serena Goode? Kate?... ── reconheceu, apesar da pouca luz ── O que tão fazendo aqui a essa hora?
── Oi, Sheila! Precisamos da sua ajuda. ── a morena tomou a iniciativa.
── Desculpa, eu tô um pouco ocupada agora. ── tentou fechar a porta, prevendo que se tratava de algo negativo, mas Serena seguiu:
── Espera! Você conhece a C. Berman?
A pergunta a paralisou por um instante, seus olhos se distanciaram, como se estivesse pensando em algo, talvez se lembrando.
── Berman?... ── repetiu.
── É, do Acampamento Nightwing. Cê teve lá? Naquele massacre? ── Kate foi um pouco mais precisa, a fazendo suspirar, como se estivesse entrando em pânico agora.
── É, eu... Eu tava lá sim. Por quê?
── Você sabe como encontrá-la? É importante, uma amiga nossa tá com um problema e só a C. Berman pode ajudá-la!
── Problema? ── se interessou ── Que tipo de problema?
── Ela viu a bruxa, que nem a C. Berman.
── Vocês precisam ficar longe, não tem o que fazer, eu vi a pilha de corpos naquele lugar quando sai.... ── começou a falar em disparada, bastante nervosa ── Aquele lugar, aquelas memórias, nunca me deixaram em paz... Não posso fazer nada quanto a isso, sinto muito!
── Não fecha a droga da porta na nossa cara! ── Schmidt seguiu em frente, se revoltando ── Pessoas morreram, tá legal? Eu só quero que você me dê o nome do endereço dela, porque algo me diz que cê sabe muito mais do que parece!
── Por favor, pela boa amizade que você costumava manter com a minha família... ── Serena apelou.
Ela então engoliu em seco, paralisando, sabia que não podia evitar aquilo por muito mais tempo, a hora havia chegado.
── Tudo bem. Eu sei. Eu sei como encontrar a C. Berman. Vou levar vocês até ela... ── então entrou rapidamente, como se estivesse falando com outra pessoa lá dentro e arrumando algumas coisas ── Mãe... Fica com ele pra mim essa noite, eu vou precisar sair! ── informou, certamente se referindo ao filho.
── Você vai sair pra festa de novo, Sheila?! ── a mulher reclamou lá dentro, as garotas se entreolharam, achando um pouco de graça.
── Não. Eu tô indo resolver um assunto antigo. ── abriu a porta novamente, as encarando ── Um assunto que eu deveria ter resolvido a muito tempo.
₍ 001 ₎ Oie gente, cheguei!
Com esse cap eu informo
que finalizamos a primeira
parte da história aaah! 🤧
E sim, meus amigos, a Sheila
tá de volta, mas eu não trouxe
ela por qualquer motivo não.
Garanto que a personagem dela
vai ter um desenvolvimento
fundamental por aqui. O que
acharam da Marie como Sheila?
Sério, eu precisava fazer esse
reencontro entre Ziggy e Sheila
mais velhas acontecer! E em
breve mais pequenos detalhes
serão explicados. Já quero
agradecer a todos que me
incentivaram desde o começo
e que acompanharam essa fic
até aqui! Foi muito bom trilhar
esse caminho, a história não seria
a mesma coisa sem vcs! Tô muito
feliz! Se eu tivesse mais tempo
responderia a cada um dos
comentários, mas saibam que eu
leio todos e me divirto com a
interação de vcs, que são maravilhosos!
Então é isso meus anjos, antes de
começar a parte 2, vou dar uma
mínima atualizada na estética da fic,
mas qualquer coisa aviso vcs, porém
prestem bastante atenção pq vou
estar disponibilizando a sinopse da
parte 2 no início da história e
arrumando os caps de introdução
e graphics, ok? Espero que tenham
gostado! ♡♡♡
₍ 002 ₎ Não esqueçam de
favoritar e comentar. E, me
digam o que acharam do cap
aqui!
₍ 003 ₎ Tô ansiosa pra trazer
mais capítulos, então nos
vemos em breve. Bjnhs! ♡
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