Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 𝐯.


E agora, eu não sou idiota, eu perguntaria
Se você poderia me ajudar
É difícil de entender
Porque quando você está realmente sozinha
É difícil encontrar alguém para segurar sua mão

𝐎𝐁𝐋𝐈𝐕𝐈𝐎𝐍
𝐺𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠

AS EXPRESSÕES ESTAMPADAS SOBRE A FACE de Evita eram de completo desgosto quando precisou deixar o mercadinho após o mesmo ter fechado no final de seu expediente, poucas caixas de leite foram vendidas naquela tarde e, para sua infelicidade, nenhuma delas continham sua foto estampada no espaço lateral dedicado aos desaparecidos. Pelo menos dessa vez a sua espera por alguma pista que pudesse lhe ajudar a recordar de sua vida terrena não fora um completo tédio, durante grande parte do tempo ela teve Ben como companhia, o qual após entupi-la de perguntas sobre coisas que pudesse ajudar de alguma forma a lembrar de sua vida pré-morte, deixou o ponto para certificar-se que o irmão, único mortal capaz de enxergá-los, continuava vivo no apartamento

Por não ter muitas opções de onde poderia ir para passar a noite, não restava alternativa para Evita do que regressar ao apartamento dos seus novos "amigos". Ou o que ela tinha de mais próximo no momento. Ela tinha consciência de que não era bem-vinda naquele apartamento, principalmente por parte do encarnado que havia sido torturado no dia anterior. Mas odiava sentir-se solitária por tanto tempo e, caso conseguisse convencer Klaus de cooperar, talvez finalmente pudesse encontrar paz de espírito quando descobrisse sobre quem foi em vida e o motivo de seu assassinato ou, então, compreender o porque de estar presa na Terra ao invés de galopar pelo Éden em cima de uma girafa.

Antes de subir as escadarias de madeira para o apartamento, ela tentou assustar alguns homens que estavam conversando na portaria, mas desistiu da ideia ao perceber que todas suas tentativas eram em vão e fazer as luzes piscarem num prédio tão antigo quanto aquele só significava problema na rede elétrica. Ela subiu alguns lances de escada normalmente, utilizando dos seus poderes fantasmagóricos de teletransporte quando estava na metade do caminho, assim o seu corpo atual não sentiria o cansaço estranho que ocorria quando tentava teletransportar longas distâncias.

— Ben, cheguei! — Anunciou a ruiva se jogando de costas no sofá como se fosse a dona do apartamento e encarando a luz pendurada no teto. Ao notar que Klaus havia ingressado no recinto para pegar bebidas do armário, Evita decidiu puxar assunto, teriam de se conhecer melhor caso quisessem que aquela situação estranha não perdurasse para sempre ou ela acabasse virando uma parasita na vida do rapaz. — Eles já deveriam ter me anunciado, fala sério. — Reclamou sentando no sofá enquanto gesticulava irritada — Morri no ano novo e até agora nada, nem mesmo um obituário.

— Jesus, Evita! — Reclamou Klaus levando a mão no peito ao assustar-se com a garota — Você ainda está por aqui. Não tem mais o que fazer? Outra pessoa para assustar?

— Bem que eu queria, Oda Mae. — Disse a mulher olhando na direção de Klaus, acompanhando seus movimentos — Até tentei assustar uns babacas, mas você é o único babaca capaz de me enxergar e não sei onde o Ben se meteu.

— Deve estar te evitando — Zombou Klaus dando com os ombros — É o que desejo fazer.

— Tenta e faço você definhar até enlouquecer com a privação de sono — Ela sorriu de escárnio. — Continuando, não que te interesse, ao menos lembrei o meu sobrenome, mas duvido que ele signifique alguma coisa. Greenwood.

— Podemos ir à biblioteca amanhã, buscar por informações — Disse Klaus segurando com boca a tampa da garrafa de vinho porcaria que estava se servindo no copo.

— Uau! Você quer me ajudar agora? — Perguntou Evita cruzando os braços sobre o peito e levantando do sofá. — Sério?

— Não estou fazendo isso por você, estou fazendo isso por mim — Disse Klaus levando a mão no peito depois de ter guardado a garrafa de volta no lugar — Quanto mais rápido resolvermos nosso problema, mais rápido me livro de você. Minha cota é de apenas um fantasma.

— Adorável! — Disse Evita sarcástica enquanto batia palmas sutis em comemoração — Sabia que toda aquela cantoria surtiria efeito. Mas se não conseguirmos nada, eu ainda continuarei com vocês. É monótono conversar sozinha, sabia?

— Talvez você continuasse viva — Klaus arqueou as sobrancelhas se jogando no sofá — Sério, já cogitou a ideia de ter sido morta por ser insuportável?

— Estou a longos meses vagando por aí, com certeza já cogitei isso — Disse Evita sorrindo sem mostrar os dentes pelo comentário — Mas até a pessoa mais insuportável na face da Terra deve ter amigos.

— Normalmente são cachorros e gatos — Zombou Klaus. — Ou papagaios. E se você tiver um pet e ele estiver morto? Que mãe de pet horrível.

— Eu não tenho um pet — Evita revirou os olhos com a ideia — Talvez algumas plantas.

— Como pode saber? Não lembra de nada — Rebateu Klaus com desdém.

— Mal consegui me manter viva, imagine se eu conseguiria fazer isso com um Pet. — Ela balançou a cabeça negativamente e colocou as mãos na cintura — E eu sinto dentro do meu coração que nunca tive um pet.

— Sente em seu coração mais alguma coisa que possa ajudar a me livrar de você? — Perguntou Klaus irônico.

— Que eu sou uma grande gostosa — Ela girou o corpo como se estivesse na frente de um espelho, Klaus moveu os ombros e resmungou — Aceitarei seu resmungo como algo positivo.

— Realmente, não posso discordar. Se não fosse insuportável e estivesse viva, quem sabe?

— Foi exatamente o que eu disse para o Ben quando ele não aceitou transar comigo — Disse Evita rindo bem humorada.

— Quando eu fiz o que? — Perguntou Ben entrando na sala no instante que falavam sobre ele.

As expressões do fantasmas eram de desgosto por pegar os dois falando sobre seu momento vergonhoso com a nova colega, ele sabia que Klaus não iria perdoar a única oportunidade que poderia ter na vida de perder a sua virgindade e zombaria dessa sua renúncia pelo resto do tempo que estivessem juntos pela eternidade.

— Ben, não acredito que perdeu a chance de tirar esse cabaço — Zombou Klaus abrindo a boca incrédulo e fazendo Evita rir.

— Isso explica muita coisa — Ela deu com os ombros e olhou na direção de Ben — Eu disse que seu irmão toparia.

— Ótimo, vou deixar os dois sozinhos outra vez — Resmungou Ben levemente irritado.

— Calma, não é para tanto celibatário! — Evita correu risonha até o jovem, segurando seu pulso com ternura antes que ele deixasse o ambiente — Não nos contou onde esteve esse tempo todo.

— Pensei que ele estivesse com você — Disse Klaus ficando um pouco confuso. — Que só tinha sumido por uns minutos.

— Fiquei fora por horas — Reclamou Ben notando o descaso do irmão, o qual pareceu não se importar. — Sério, Klaus?

— Estava dormindo — Disse Klaus balançando a cabeça negativamente e fazendo caretas.

— Ignora ele — Evita segurou os ombros do Ben e o virou em sua direção — Eu me importo, onde você esteve? Porque eu fiquei sozinha desde que você saiu e não descobri nada.

— Depois que vim checar se o Klaus estava vivo, resolvi usar sua tática para obter informações. — Disse Ben sorrindo sem humor para a ruiva — Fiquei na banca de jornal, lendo por cima do ombro das pessoas para ver se descobria algo.

— E? — Perguntou Evita esperançosa.

— Nada, nem mesmo uma nota — Disse Ben entortando o lábio e com pesar no tom de voz.

— Voltamos à estaca zero — Choramingou Evita afastando de Ben e se jogando no sofá ao lado do Klaus. — Merda!

— Eu sinto muito — Falou Ben quase em um sussurro.

— Está tudo bem, amanhã iremos para a biblioteca e buscaremos por algo que possa me ajudar. O Klaus disse que vai cooperar — Disse Evita sorrindo sem mostrar os dentes para o homem ao seu lado — Não é, tabuleiro Ouija?

— Primeiro me arrume um apelido melhor, Oda Mae eu estava gostando. Gosto da Whoopi Goldberg...

— E quem não gosta? — Interrompeu Evita gesticulando — Aquela mulher é uma deusa.

— É sério, como você lembra dos famosos e não lembra da sua vida? — Perguntou Ben confuso.

— Não faço a menor ideia. — Ela balançou a cabeça negativamente — Mas também lembro de fatos históricos com precisão e morte de celebridades.

— Você deveria ser uma paparazzi — Comentou Klaus.

— Ou o Indiana Jones — Disse Evita — Quem sabe eu era o Batman.

— Não, esse é o nosso irmão — Falou Klaus gesticulando para que ela deixasse essa ideia absurda de lado.

— Posso ser a mulher maravilha, então — Evita deu com os ombros — A questão é... Amanhã vamos descobrir quem eu era, o que eu era e quem sabe descobrir o motivo da minha morte. Talvez eu os deixe em paz, caso contrário vou ficar a eternidade assombrando os bonitinhos. E não, Ben, eu não era uma meretriz.

— É sério que não vai me desculpar? — Perguntou Ben franzindo o cenho.

— Nunca — Respondeu Evita risonha.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro