𝐭𝐡𝐢𝐫𝐭𝐲-𝐬𝐞𝐯𝐞𝐧: mirrors
✺ HAZEL WILLOW
(3/3)
Estava sentada no pequeno sofá ao lado da minha janela, com os meus joelhos dobrados e meus braços os envolvendo me apertando cada vez mais contra o meu corpo. O pequeno rádio no qual minha mãe adorava escutar suas músicas favoritas, permitia que as mesmas ecoassem por todo o meu quarto.
As lágrimas se forçavam á sair, mas eu não deixava. Eu não podia dar esse gostinho para Paul. Não podia deixar que ele soubesse que a falta dele ainda me afetava. E talvez sempre afetará.
Minha cabeça apoiada na parede atrás de mim já estava doendo, talvez por estar olhando fixamente para um lugar qualquer. Mas quem se importava? Nesse momento eu só queria me afundar cada vez mais na minha própria tristeza, tentando esquecer tudo que tinha acontecido ainda hoje.
O que poderia acontecer no resto do dia?
Eu e Payton iríamos sair, mas Jacob Sartorius e Paul Willow conseguiram estragar meu dia de uma vez só. Me odiava por isso. Poderia estar me divertindo nesse momento com o garoto que eu amo, tentando esquecer todos os meus problemas só de estar com ele. Mas talvez isso nem aconteça mais.
O carro vermelho que eu reconhecia muito bem, estacionou na frente da minha casa rapidamente. Payton Moormeier saiu do mesmo e nossos olhos se encontraram automaticamente através da janela. O branquelo colocou suas duas mãos nos bolsos da frente de sua calça enquanto no seu rosto tinha seus lábios comprimidos.
Talvez ele estava se perguntando se ter vindo aqui seria uma boa idéia, ou se eu queria ficar mais tempo sozinha. Payton sorriu de lado e antes que pudesse voltar de novo para o seu carro, dei duas batidas na janela chamando sua atenção novamente. Fiz um sinal para ele entrar e assim ele fez.
Em poucos minutos Payton já estava no meu quarto em um completo silêncio. O som de suas pisadas contra o chão avisava que ele estava se aproximando. Gentilmente, ele se sentou na minha frente e podia sentir claramente seu olhar preocupado sobre mim. Sua mão caiu delicadamente sobre a minha, a alisando.
— Você quer conversar? — perguntou em um sussurro. Continuei olhando para a rua ao meu lado.
— Não agora. — respondi em um murmuro. — Eu estou bem, eu só...não sei o que estou sentindo.
"Mirrors" ecoava pelo quarto, o toque dessa música foi algo que me acalmou por alguns minutos. Pelo canto do olho vi Payton balançar a cabeça em afirmação, entendendo que não queria tocar nesse assunto agora.
Ficamos um bom tempo calados, e agradecia por isso. Eu não estava incomodado dele estar ali, longe disso. Estava agradecida.
O mesmo se levantou e em um gesto chamando minha atenção, esticou sua mão na minha direção. Franzi o cenho confusa. O que ele estava querendo fazer? Perguntei mentalmente, mas por fim eu cedi.
Payton me ajudou a levantar e com nossas mãos juntas, me puxou para o centro do meu quarto. Seus olhos caíram atentamente sobre mim completamente preocupados, mas logo um pequeno sorriso brotou em sua boca.
O garoto começou a balançar nossos braços no ritmo, seguindo corretamente cada batida da música. Eu não era boa em dançar, mas naquele momento, foi como se eu precisasse me sentir livre.
Enquanto a música ia tocando, Payton me girou e em seguida me agarrou, me abaixando um pouco fazendo soltar uma gargalhada com seu jeito atrapalhado. Não tínhamos uma maneira certa para fazer uma dança correta, mas o jeito atrapalhado de nós dois tornava tudo mais incrível ainda.
Estiquei meu braço esquerdo e soltei um riso alto ao ver Payton me enrolar completamente com ele. Juntamos nossas mãos assim como nossos corpos, que se balançavam de um lado para o outro animadamente. Aos poucos a música foi acabando, restando apenas seu toque final que era suave e calmo.
Apoiei meu queixo em seu ombro sentindo o mesmo fazer isso comigo, mas ainda sim, continuávamos balançando calmamente dessa vez.
— Você está melhor? — Payton perguntou alisando meus cabelos. — Quer comer algo? Posso ir comprar Donut's ou o hambúrguer do Billy Bully Burguer.
— Nós vamos sair, não lembra? — nos afastei com um sorriso no rosto. — Você me espera tomar um banho?
— Claro! Claro. Claro que vamos sair, é claro!
Pela primeira vez, eu vi Payton Moormeier gaguejar, o que se tornava fofo. Dei um leve selinho em seus lábios e caminhei para o pequeno closet do meu quarto, peguei uma roupa qualquer e corri para o banheiro. Tirei toda a minha roupa que estava usando e me joguei debaixo do chuveiro, permitindo que tirasse toda aquela tristeza de mim.
Um tempo depois me enrolei na toalha e fiz todos os meus cuidados, me vesti e enrolei uma toalha no meu cabelo. Saí do banheiro vendo Payton deitado na minha cama me olhando atentamente, talvez, observando cada movimento meu. Me sentei no banco da minha penteadeira e logo comecei a pentear meus cabelos, assim que estava feito, calcei um tênis e peguei uma pequena bolsa, colocando tudo que necessário.
— Você está mesmo bem para sair? Não quer mesmo ficar em casa? Podemos ir outro dia, amor. — Payton se levantou apressadamente na cama enquanto me bombardeava com suas perguntas.
Soltei um riso leve.
— Payton, vamos logo! Eu estou bem, ok? — coloquei minha mão no seu rosto alisando carinhosamente com meu polegar, o fazendo tombar na mesma.
— Tudo bem, Hazel Willow, vamos sair.
※. ——————— ✾ ——————— ※.
Payton me trouxe para a cachoeira. A mala do seu carro estava completamente perfeita! Tinha lençóis fofinhos e quentes, juntamente com vários travesseiros, e antes de vir pra cá, passamos no Billy Bully Burguer para comprar algumas comidas. No caminho, fui respondendo todas as mensagens que o pessoal tinha enviado pra mim e sorri imensamente por saber que tinha amigos tão incríveis.
Estava anoitecendo, o que tornava tudo mais perfeito ainda. Nesse momento estamos deitados enquanto observamos o sol se pôr escutando claramente o barulho magnífico das cachoeiras.
— Isso me lembra muito nosso primeiro encontro. — soltei uma gargalhada fraca o encarando de relance. — Eu amo esse lugar. Será que pode ser considerado só nosso?
— Bom, eu acho que sim. — Payton parecia nervoso, mordia o lábio inferior ferozmente enquanto batia seus dedos contra seu Jeans á toda hora.
— O que você tem? — me levantei um pouco para olhá-lo melhor. Moormeier arregalou seus olhos assustados. Pego no pulo! — Sem desculpas, Payton! Não mente pra mim.
— O quê? Eu não tenho nada! Não sei do quê você está falando. — balançou a cabeça negando enquanto fazia um bico.
— Você não me engana, Payton. Desde da hora que falei que iríamos sair, você está estranho! — cruzei meus braços emburrada.
Payton apenas me encarava enquanto eu fazia a mesma coisa, mas talvez com um olhar ameaçador. O mesmo se sentou olhando a floresta á nossa frente, provavelmente pensando se iria me contar ou não. Suspirei derrotar, eu não poderia forçá-lo, mas eu queria que ele confiasse em mim.
— Tudo bem, conta se qui...
— Quer namorar comigo? — Payton disparou.
Meus olhos se arregalaram rapidamente e pude sentir claramente o meu coração soltar fogos de artifício dentro de mim. As borboletas no meu estômago gritavam de alegria e talvez de emoção. Eu estava esperando muito por isso!
— Eu sei que você nunca namorou antes, eu entendo e respeito muito isso mas...
— Eu aceito, seu idiota! — sorri largamente assim como ele.
Poderia jurar que o sorriso dele estava maior que o do coringa.
Me joguei em seus braços me apertando cada vez mais contra si. Seus braços rodeavam a minha cintura e em um momento rápido, estávamos deitados sobre todas aqueles edredons e travesseiros. Payton tinha uma mão em minha cintura enquanto a outra o servia de apoio para não cair. Seus olhos percorreram todo o meu rosto e em seguida me beijou.
Minhas mãos bagunçavam seus cabelos enquanto sua mão apertava levemente minha cintura. Pude sentir nossos nervos á flor da pela e uma sensação absurda de adrenalina. Sua mão apertava minha cintura enquanto as minhas pararam automaticamente em seu pescoço, dando leves arranhões. Ok, acho que esse é momento que eu estava mais nervosa para acontecer.
Minha primeira vez.
— Você confia em mim? — Payton perguntou me olhando com uma pitada de preocupação e nervosismo. — Você está se sentindo confortável? Você está pronta?
— Payton, eu confio em você. E eu estou mais que confortável. E sim, eu estou pronta, agora cala a boca e me beija.
Soltei uma risada envergonhada mas foi interrompida pelo beijo de Payton. Em alguns segundos, o garoto tirou minhas roupas com delicadeza. Nos separamos, tendo a visão completa de cada um, e naquele momento eu percebi que minha calcinha azul não combinava nenhum pouco com meu sutiã roxo.
Como eu podia ser tão burra?
Coloquei minhas duas mãos em frente ao meu rosto tentando esconder a minha vergonha. As mãos de Payton afastaram as minhas e logo abri meus olhos vendo um pequeno sorriso em seus lábios.
— Hazel Willow, eu te amo.
Meu corpo relaxou ao ouvir ele dizer isso. Eu estava segura com Payton.
E foi aí que toda a realidade voltou ao normal quando Payton me beijou novamente. Um beijo tão intenso e cheio de desejo, sua língua passeava por toda a minha boca como se quisesse conhecer cada cantinho dela. Aos poucos a vergonha que eu estava sentindo junto com a timidez foram embora assim que percebi que eu estava sendo levada para o paraíso.
Arranhava suas costas com tanta força e a cada minuto o garoto em cima de mim perguntava se eu estava bem. Mas como falar pra ele que eu estava me sentindo...ótima? Eu estava sentindo um turbilhão de sentimentos, como prazer e dor. Bom, estava doendo até porque é a minha primeira vez, mas, era suportável.
Cruzei minhas pernas ao redor da sua cintura enquanto fixava seus olhos nos meus. Nossos corpos completamente colados um no outro, nosso olhar um no outro, seus lábios nos meus. Tudo estava sendo perfeito demais.
— Estou te machucando? — Payton perguntou ofegante enquanto dava uma pausa, soltei uma gargalhada alta. — O que foi?
— Payton Moormeier, eu te amo.
Dito isso, ele sorriu.
A coisa toda foi totalmente diferente do quê eu estava pensando que seria. Foi intenso, delicado, paciente, cheio de amor e desejo. Eu poderia gritar pra todo mundo que minha primeira vez - por incrível que pareça - foi perfeita. Tudo bem que não existe perfeição ou algo do tipo, mas...foi perfeitamente bom.
Para ser sincera, aquela foi a maior quantidade de tempo que ficamos sem nos falar, apenas apreciando o momento de nós dois.
E foi bom...muito bom.
— Isso foi incrível. — descansei minha cabeça em seu peitoral tentando puxar todo o ar que precisava, enquanto continuava a ver a bela vista na nossa frente.
O que eu poderia fazer agora? Estava oficialmente namorando, tenho amigos maravilhosos e estou tão feliz, tudo parecia perfeito.
O que poderia dar errado?
NOTAS
PRIMEIRO DE TUDO: NÃO ME MATEM! ME PERDOEM POR ESSA BOSTA DE HOT, eu tava com tanto medo de postar porque eu sei que talvez não era isso que vocês esperavam, espero que me perdoem :(
SEGUNDO: como vocês estão? eu to particularmente bem, porém, completamente viciada em Harry Potter alguém me PARA!
OBS DO LEMBRETE ABAIXO: gente, a HAZEL NÃO VAI MORRER KKKKKKKKKKKKK, isso aconteceria se eu tivesse feito a fanfic do jeito que eu estava pensando, ok? (adc isso depois de ver que eu fiz todo mundo surtar socorro, amo vcs não me matem)
TERCEIRO: não tem terceiro. Porém uma curiosidade sobre a fic pq estou com bom humor: A HAZEL IRIA MORRER! É isso mesmo, senhoras e senhores, mas não irei falar sobre isso hoje, sou maléfica 🤪
e bom, desculpem qualquer erro, não deu tempo de revisar! amo vocês! 💕
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