𝐭𝐡𝐢𝐫𝐭𝐞𝐞𝐧: chills
» PAYTON MOORMEIER
Meus olhos caíam sobre a garota completamente encharcada ao meu lado á cada 5 segundos. Hazel não falou mais nada durante o trajeto até a sua casa, e eu a entendia. Estava assustada e eu com raiva, muita raiva.
Estacionei o carro em frente a sua casa e logo nós dois descemos do mesmo, Hazel caminhou silenciosamente até a porta de sua casa. Apenas a observei enquanto procurava suas chaves pela sua bolsa. Assim que as encontrou, Hazel abriu e adentramos.
— Vem, vou te dar uma toalha.
Enquanto subíamos as escadas, meus olhos não saíam um segundo sequer da garota, ela estava abalada. É nítido. Eu sentia que algo não estava certo, e foi por isso que eu fiquei próximo a casa de Jacob enquanto tentava ao máximo colocar na minha cabeça que ela estava bem.
Hazel me entregou uma toalha e rapidamente me enxuguei, mas meu moletom estava pesado, então tirei o mesmo assim como a camiseta, fazendo o olhar dela queimar sobre mim. Sorri de lado.
— Sou gostoso, eu sei. — tentei amenizar o clima, mas Hazel apenas soltou um sorriso fraco enquanto se sentava em sua cama.
— O que você estava fazendo por ali? — Hazel perguntou em um sussurro, como se não tivesse força nenhuma pra falar.
Comprimi meus lábios formando uma linha reta, me sentei ao seu lado na cama enquanto apoiava os meus cotovelos na minha perna, cruzei minhas mãos e olhei para um ponto fixo no chão.
— Fui no mercado. — dei de ombros, Hazel arqueou uma sobrancelha. — O quê?
— Não tinha mercado por ali, Payton. — Hazel soltou uma risada fraca, me fazendo bufar.
— Estava preocupado com você, então fiquei por perto caso precisasse. — Hazel assentiu lentamente enquanto me analisava.
— Eu deveria ter te escutado. Nada disso teria acontecido se eu não tivesse aceitado essa droga. — a garota suspirou. — Por que você me ignorou completamente hoje? Estávamos tão...bem nos últimos dias e de ontem pra hoje você simplesmente cagou pra mim.
Ela estava certa, não a julgo.
— Eu pensei que se eu me afastasse de você, Jacob não seria capaz de fazer algo. Pelo visto me enganei. — Hazel se levantou enquanto andava de um lado para o outro no quarto. — Não vou mais fazer isso. E você não tem culpa de absolutamente nada.
Qual é, Payton. Sabemos que não é somente por isso.
— Eu tenho muitas perguntas á fazer. — Hazel apontou para mim.
— Eu sei, e vou te responder tudo. Mas não hoje. — a loira parecia relutante, mas apenas assentiu enquanto fechava seus olhos.
Suspirei e me levantei ficando na sua frente. Meus braços rodearam o seu pescoço e a puxei para mais perto de mim. Sua respiração contra o meu corpo sem camisa, sem moletom, me causava arrepios. Arrepios que só ela conseguia fazer.
Hazel passou seus braços pela minha cintura e naquele momento eu tive a maior certeza que tenho que protegê-la. Custe o que custar. Ficamos ali por um bom tempo, e pra falar a verdade eu mesmo não queria me separar. Estava ótimo.
— Obrigada. — Hazel murmurou contra o meu peitoral, sorri fraco apoiando meu queixo na sua cabeça.
— Não precisa agradecer, Hazel. — Alisei sua nuca com o meu polegar. — Você está bem?
— Sim. — Hazel deu de ombros, me fazendo revirar os olhos. — O que foi?
— Estou esperando uma respostas em que eu acredite.
Minhas mãos automaticamente seguraram seu rosto, fazendo a mesma me olhar completamente. Seu nariz estava vermelho assim como suas bochechas, e instantaneamente as alisei.
Como ela pode ser tão bonita?
— HAZEL!
O grito desesperado de Savanna e Sarah nos separaram, as duas apareceram ofegantes no quarto da garota.
— O que aconteceu? — Sarah colocou suas duas mãos no joelho.
— Mas que porra de mensagem foi aquela, Payton Moormeier? — eu tinha enviado mensagem para as duas garotas, avisando que Hazel precisava delas. Não podia ficar muito tempo, precisava resolver umas coisas.
— Ela explica á vocês. — vesti minha camisa e segurei o moletom. — Preciso resolver uma coisa.
— O que você vai fazer? — Hazel franziu o cenho, seu semblante declarava algo: preocupação.
— Nada demais. — sorri fraco e encarei suas duas amigas que estavam confusas com toda a situação.
Me aproximei de Hazel e coloquei minha mão entre o seu pescoço, lentamente dei um beijo na sua testa. Me afastei e sorri fraco para a garota que tinha seus olhos sobre mim. Desci as escadas de sua casa apressadamente e logo adentrei no meu carro.
Agora eu tinha que me resolver com Jacob.
Liguei o meu carro e dirigi em uma velocidade absurda para a casa do garoto. Minha raiva estava transbordando e com certeza isso não é nada bom, tinha que resolver isso. Por mim e por Hazel.
Principalmente por ela.
Eu não faço idéia do quê essa garota fez comigo. Semanas atrás eu era o "garoto que não tem um pingo de coração, e provavelmente não sabe nem o que é o amor." E agora aqui estou eu, indo arrebentar a cara de um desgraçado que encostou o miserável dedo em Hazel Willow.
Minhas mãos estavam doendo do tanto que eu apertava o volante. Era a raiva.
Assim que avistei a casa de Jacob, estacionei de qualquer jeito e saí em disparada para a porta de sua casa. Por mais que eu estivesse com raiva, ainda tenho o respeito pelos seus pais, então toquei a campainha.
Alguns minutos se passaram e pela minha alegria, Jacob Sartorius abriu a porta. Antes que ele pudesse falar alguma coisa, dei um soco em seu rosto fazendo o garoto cambalear. Sua mão foi até o local onde estava sangrando e na sua boca surgiu um sorriso de canto.
— Sabia que você viria. — Jacob soltou uma risada fraca, respirei fundo tentando não extravasar. Mas não adiantou muito, dei um chute no meio de suas pernas, fazendo o mesmo cair no chão. — Isso tudo é pela Hazel? Estou impressionado.
— É por ela e por mim. — O encarei com nojo. — Coloca na sua cabeça que eu não tive culpa do que aconteceu com a Jennie. Eu a amava tanto quanto você e eu sinto muito que você queira até hoje que fosse eu no lugar dela.
— Você tirou Jennie de mim! — Jacob soltou uma gargalhada forçada enquanto se contorcia no chão. — Eu a amava.
— Eu também. — me virei prestes a sair da casa do garoto. — Se você tocar na Hazel mais uma vez, não me responsabilizo pelos meus atos. Não mais.
— Você não contou a ela, né? — Jacob falou entre os seus gemidos de dor. — Você sabe o que deve ser feito, Payton.
— Não, eu não contei. E você também não vai.
E com isso, bati a porta de sua casa enquanto caminhava rapidamente para o meu carro. Entrei no mesmo e encostei minha cabeça no volante enquanto tentava reprimir o grito de raiva que eu queria soltar.
Não foi culpa sua, Payton. Não foi.
Eu repetia isso todos os dias quando eu acordava. Todos. Sem exceção.
Não podia deixar Jacob tirar Hazel de mim, não. Ela não. Eu ainda não entendo muito bem o porquê me preocupo tanto com ela, não é de hoje, nem de ontem, nem do ano passado. Mas de sempre. Mesmo quando ela passava cabisbaixa pelos corredores, ou quando terminava a prova bastante rápido só para ir pra casa. Sempre perguntei pra Sarah e Savanna se ela estava bem ou se precisava de algo.
Sempre achei que fosse algum tipo de robô que tivesse dentro de mim, e começava a comandar tudo que eu falava e fazia quando se tratava de Hazel Willow. O que eu achava estranho é que eu nunca fui assim com ninguém, principalmente quando eu nem falava com a pessoa. Mas algo me ligava á ela. Eu sinto isso. É clichê, bem clichê, mas o que eu poderia fazer?
Eu só espero que no final de tudo ela me perdoe.
Droga, Payton! Droga!
NOTAS
• Esse Payton...
• fav e comentem bastante <3
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