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Chapter 23: Recém chegado

Stiles e Lydia estão dispostos a me ajudar nisso, não sei exatamente como funciona esse poder de Banshee, mas espero aprender um pouco sobre o assunto.

— A gente vai dar um jeito, você vai começar a entender como isso funciona. — Stiles disse. Meu celular começou a tocar e peguei para atender.

— Mãe? — Falei.

— Filha, preciso que venha urgente na delegacia. — Athena falou. Sua voz está tensa e preocupada, o que está acontecendo lá?

— Está me assustando, você não estava no hospital? O que está acontecendo? — Perguntei.

— Só vem, é importante. — Athena disse e desligou a ligação.

Olhei para ambos que esperam por uma explicação.

— Preciso ir até a delegacia, minha mãe pediu que eu fosse lá. — Levantei do sofá indo até meu quarto vestir algo mais confortável.

O Stiles é bastante curioso, digo isso porque o mesmo me seguiu até o quarto e tentará arrumar argumentos para impedir que eu vá.

— Faith…

— Não Stiles! — Repreendo o garoto.

— Sinto muito em lhe dizer isso, mas não confio nela. — Ele disse, referindo-se a Athena.

— Stiles…

— Ainda acho muito suspeito essa volta dela depois de anos…

— Stiles…

— Nem sabemos se ela é quem diz ser…

— STILES! — Gritei. — Olha, desculpa por ter gritado… mas preciso que entenda! Ela não foi embora porque quis, não me deixou porque quis, ela foi forçada a me deixar. Tivemos provas disso e mesmo assim você continua com essa paranóia de dizer que ela não é confiável. Não acha que ela já sofreu muito? — Me aproximei do garoto.

Ele ficou pensativo, e então falou.

— Você tem razão, as vezes fico parecendo um paranóico, só estou tentando proteger você

— E você protege, do seu jeito, mas protege. — Sorri e o abracei — Por favor, tenta o benefício da dúvida, Athena não é uma pessoa ruim.

— Sem querer ser chato, mas da última vez que dei o benefício da dúvida pra alguém, fomos traídos. — Stiles rebateu minha fala. Arqueei a sobrancelha e ele fez uma carinha fofa, é impossível ficar chateada com o Stiles. — Tudo bem, vou dá o benefício da dúvida… se eu estiver errado sobre ela, peço desculpas.

Ele disse me deixando feliz.

— Se você estiver errado e eu sei que esta, acabou nosso relacionamento. — Brinquei, o fazendo arregalar os olhos.

— Aí não amor, agora você pegou pesado, essa magoou. — Fingiu estar ofendido com o olhar triste.

— Ok, já tivemos uma mini discussão de casal… agora vou até a delegacia. — Dei um empurrão de leve em seu peito o fazendo rir.

•••

Consegui convencer o Stiles para me levar até a delegacia, confesso que estou curiosa para saber sobre o que a Athena quer conversar, tenho uma hipótese do que se trata, a morte do Tyler. Quando chegamos, desço do jeep sendo acompanhada pelo garoto, assim que entrei vejo a mulher perto da porta onde leva aos prisioneiros e tenho certeza que quem está lá dentro é o Alexander.

— Filha, jamais passou pela minha cabeça te pedir isso. — Athena indagou.

— Pedir o que? — Perguntei.

— Seu tio está lá dentro conversando com o sociopata do Graham, chegou aos meus ouvidos hoje mais cedo que não foi ele quem ordenou matar meu melhor amigo. Mas, o Graham sabe quem mandou e ele se recusa a falar. — Explicou.

Comecei a compreender aonde ela quer chegar, o que não entendi o porquê ela acha que sou o motivo para ele abrir a boca.

— E porque a senhora acha que ele vai dizer pra mim? — Indaguei.

— Não temos uma certeza, mas precisamos tentar.

Derek chega de repente com o Scott.

— Ela não vai entrar lá pra dentro. — Derek disse.

— É necessário. — Athena rebateu.

— Não confio no que ele será capaz de fazer com ela lá dentro.

— Ninguém confia. — Scott afirmou.

Discutir sobre quem deve ou não entrar não vai trazer a resposta que estão procurando, por isso saio de fininho da presença deles e entrei no local vendo David conversando com Graham.

— Que surpresa, nem precisei chamar. — Alexander debochou.

— Menos né, pelo uma vez conversa sem piadas. — Peço ao homem, que riu da minha fala.

David olhou para mim.

— Sou todo ouvido. — Alexander disse.

— Quem mandou matar o Tyler? — Perguntei.

— Hum, é sobre isso? Entendi! Porque a curiosidade? — Alexander semi cerrou os olhos.

— Se não foi você, porque não diz logo? — Insistir.

— O que eu ganho com isso? O tiozão aí está por fio de meter uma bala na minha cabeça e sem ofensa… ele não parece bem, parece que não dorme a dias. — Provocou.

David levantou do banco apontando a arma para ele, mas o impedir empurrando o mesmo contra a parede.

— Se matar ele, não vamos descobrir quem matou o Tyler. — Falei para ele, que me encarou frustrado e guardou a arma — Agora é sério, sem provocações, sem brincadeiras… quem matou o Tyler?

— Eu te dou essa informação e em seguida serei um cadáver, não me parece uma oferta de se aproveitar. Se quer realmente saber, vai custar. — Alexander levantou se aproximando da grade e comecei a rir.

— Só pode tá de sacanagem, ah não… não vou ser chantageada por um lobisomem maluco não. Vem David! — Me virei para sair com o David, mas Graham riu.

— Vocês são tão idiotas quanto eu, sabiam disso?... — Parei na porta e o olhei — …vocês acham mesmo que eu sou a única ameaça a sua vida? É aí onde você engana amorzinho.

— Do que está falando? — Me aproximei, curiosa.

— Eu digo quem é o recém chegado, mas quero uma coisa em troca. — Chantageou.

— O que você quer? Liberdade? É isso que me deixa curiosa, você simplesmente se deixou ser pego apenas pra ser preso e depois morto, onde esta vantagem nisso? — Perguntei para o homem, próximo da grade.

— Ok, você por um segundo quase me convenceu a te dar a resposta de bandeja, mas apenas uma pessoa que está aqui nesta delegacia é que está mais encrencada do que você. — Disse convencido.

— Quem?

Sua mãe.

De repente, o barulho alto de tiros vindo de fora fez meu corpo estremecer.

— Foi rápido, ele está aqui. — Alexander disse, voltando a sentar no banco.

Ele quem?

— Fica aqui, mais bem longe da grade.

David fechou a porta.

— Me diz o nome e faço qualquer coisa que você me pedir. — Novamente insistir.

— Você é chata sabia? — Disse olhando pro teto.

— Droga Alexander, me diz o nome. — Comecei a ficar alterada. Ele suspirou pesadamente e levantou vindo até mim.

— Tá bem, mas está me devendo um favor.

Com sua força ele arrancou a grade com facilidade e saiu para fora indo até a porta, antes de sair ele se virou para mim.

— James Atlas… nos veremos em breve amor.

Ele fechou a porta e saiu para fora.

Só posso estar louca, mas porque ele está me protegendo? E quem é James Atlas? Droga Alexander, podia pelo menos ter explicado alguma coisa.

•••

Os tiros cessaram, me levantei do banco indo até a porta mais foi aberta pelo David, sem nenhum ferimento.

— Você libertou…

— Não, ele saiu sozinho. — Cortei sua fala antes que ele me acusasse.

— Agora não temos informações, porque o único que sabe sobre o homem novo na cidade é o Alexander. — David disse.

Saímos para fora e vejo o local um pouco destruído, Stiles aparece juntamente com o Scott bastante preocupados.

— Faith, o Alexandre falou alguma coisa pra você? Algum nome, local? Qualquer outra informação, por menor que seja.  — Scott perguntou.

Um único nome sem explicação, não sei o porque o Alexander estava me salvando desse cara, e sua última fala para mim foi que em breve íamos nos ver novamente, muito suspeito.

— Apenas um nome… James Atlas. É tudo que sei! — Falei para o garoto.

Derek se aproximou junto com Athena, seu braço está sangrando e fui até ela.

— Mãe, precisa ir ao hospital. — Falei preocupada.

— Está tudo bem meu amor, já estive pior. — Ela disse, fazendo uma expressão de dor.

— Vamos pra casa, cuidar desse ferimento. — David passou por nós e o seguimos até o carro.

Apesar das brigas deles, David parece se preocupar bastante com Athena, a forma como ela se sente perto dele, confortável eu diria. O que está me preocupando são duas coisas, o fato de saber que sou uma Banshee como minha mãe e agora esse tal de James que aparentemente quer me matar, afinal de contas… quem é o verdadeiro vilão nessa bagunça toda?

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Olá pessoal!

Capítulo vinte e três postado, espero que gostem.

Deixem comentários e seus votos, será muito importante para mim.

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