— Faith?

Ouço a voz meio rouca do Derek, com sua mão tocando meu ombro, levantei a cabeça ainda zonza de sono e só me dei conta que dormir de cabeça baixa na mesa.

— Oi.. desculpa, acabei dormindo. — Falei ao moreno, esfregando minhas mãos no rosto.

— Não, tudo bem! Eu só ia dizer pra você se deitar na minha cama, é mais confortável. — Afirmou, me levantei sentindo uma dor nas costas, caminhei até a cama dele e tirei os sapatos.

Deitei no colchão macio aconchegando um pouco meu rosto no travesseiro, observei Derek apagar as luzes e trouxe a cadeira para perto de mim, sentou ao meu lado vigiando o local. Ainda estou com muito sono, eu sabia que só iria aguentar alguns segundos com os olhos abertos, então os fechei para descansar as pálpebras.

— Derek? — O chamei baixo.

— Sim? — Respondeu.

— Obrigada, de verdade pelo que fez por mim.

— De nada, pode descansar.

¥

Estava em casa de novo, vendo o homem novamente completamente ensanguentado vindo em minha direção com suas garras afiadas a amostra, ele me joga no chão começando a arranhar meu corpo, eu gritava por socorro, me debatia tentando me soltar, gritei pelo Stiles, Scott, Derek e o David, até que ele disse que ninguém vinha me salvar, eu sentia que estava morrendo até ele cortar minha garganta com sua mão esquerda, rindo enquanto se divertia me vendo morrer...

— FAITH ACORDA!

Abro os olhos ofegante, procuro respirar fundo sentindo meu corpo inteiro tremer e suar muito, quando minha visão ficou normal pude ver Derek a minha frente segurando meus braços com o olhar preocupado e logo percebi que estava tendo um pesadelo. Comecei a chorar sentindo aquele medo voltar de novo, Derek me abraça enquanto sua mão se direciona aos meus cabelos, acariciando para que me acalmasse.

— Ele estava lá de novo, me via morrer e começava a rir, foi horrível Derek. — Sussurrei em meio ao choro, me afastei para olhá-lo — E-Ele vai me matar Derek, ele não vai desistir, eu gritei, gritei tanto…

— Shhh, tá tudo bem, foi um pesadelo, ok? Ele não vai chegar perto de você, não vou permitir, eu prometo! — Derek tentou me confortar, limpando meu rosto com sua mão.

Fiquei calma aos poucos, Derek se levantou para pegar alguma coisa, me sentei na beirada cama ainda lembrando desse sonho ruim, jamais tive um pesadelo assim, foi tão surreal que jurei por um segundo que realmente estava acontecendo de verdade. Derek voltou com um copo de água e me entregou, ainda estou tremendo um pouco enquanto tomava, bem gelada.

— Se sente melhor? — Derek perguntou.

— Um pouco, obrigado. Eu… — Baixei a cabeça.

— O que?

— Eu tô com medo de que esse tal Alexander machuque o David ou a Naty. — Confessei, voltando novamente a chorar.

— Calma, ninguém vai machucar eles, vamos encontrar a Naty. — Ele assegurou.

Seu celular começou a tocar e logo ele atendeu a ligação.

— Scott, alguma notícia do paradeiro da Naty? — Derek perguntou ao Scott.

De repente seu semblante mudou, ficando sério e mais preocupado do que já estava, algo está acontecendo.

— O que tá acontecendo Derek? — Perguntei, segurando seu braço.

— Ok, chegaremos daqui a pouco. — Derek desligou o celular — Precisamos sair daqui, agora!

Ele se levantou enquanto eu calçava meus tênis. Caminhei até a sala vendo Derek pegar alguma coisa na bolsa e de repente o alarme disparou nos fazendo olhar ao mesmo tempo.

— O que é agora Derek? — Me afastei indo para trás dele, olhei para suas mãos que agora estão fechadas.

— Problemas!

Ao responder, vi o homem entrar no loft e dessa vez estava acompanhando.

— Você não é quem estou procurando. — Ele disse ao Derek.

— É uma pena, não estou satisfeito com isso. — Derek rebateu.

Ele riu.

Vejo duas pessoas descerem as escadas vindo para nosso lado.

— O que querem? — O rapaz alto perguntou.

— A ruiva! — A morena de cabelo ondulado apontou para mim.

— Acho que não vai rolar. — O mesmo rapaz falou.

Eles riam, agora se transformando em lobisomens. Os outros também mudaram de forma indo para cima deles, começando a lutar, as chances deles vencerem é pouca. O homem parado na escada me encarou, ele pretendia vim até onde estou enquanto os outros estavam distraídos lutando, e como eu imaginei ele começou a vir em passos lentos, como um lobo faminto.

— Fugiu de mim duas vezes. Essa você não foge mais! — Ele disse, agarrou meu pescoço com certa força, mas alguém o empurrou para longe de mim. Era o Scott! Juntamente dos outros.

— Foge agora! Vai, vai. — Scott exclamou, pegando em minhas mãos. Corro para fora junto das meninas.

Descemos as escadas do prédio praticamente correndo, podia se ouvir os gritos e rugidos altos ecoando no local, sentindo que de hoje não vou escapar das garras daquele homem, agora, já é terceira vez que consigo me livrar da morte. Assim que saímos do local, vejo o jeep do Stiles chegando mais a frente, com isso apressei cada vez mais os passos. Próximo ao veículo, abro a porta entrando rapidamente e olhei para a esquerda vendo a mulher de cabelos castanhos vindo em nossa direção.

— ACELERA STILES! VAI! — Gritei com o garoto. Ele pisa no acelerador indo embora dali.

À distância que estamos ainda é possível ver o prédio, Lydia está apavorada assim como eu.

— O que ele quer? — Lydia perguntou a mim.

— Matar, eu não quero morrer! — Respondo à ruiva.

— Pelo que sabemos, o nome dele é Alexander Graham. Ficou obcecado pela minha namorada e agora não desisti de chegar até ela. — Falou enquanto dirigia.

— Qual é o plano? — Malia perguntou.

— Matar seria um ótimo plano! — Stiles confessou.

— Eu concordo. — Afirmei.

•••

Não tenho ideia de quem seja a casa que chegamos, apenas desço do carro entrando para dentro com pressa, não quero correr o risco de ser vista pelo Alexander se ele tiver seguido a gente. Minha preocupação maior é a Naty e os outros que ficaram no loft, queria pelo menos uma notícia ou um sinal de que ainda estão vivos, e é isso que me deixa aterrorizada.

— Vou ligar pro Scott. — Stiles pegou o celular.

Me sento em uma cadeira perto da janela sentindo o ar fresco no meu rosto, quero muito encontrar minha prima e manter ela o mais longe possível das garras do Alexander, farei o possível e impossível para proteger ela, mesmo que isso possa custar minha vida. Sou culpada pelo que aconteceu com ela, não sei de onde esse homem me conhece ou onde me viu para ficar tão obcecado em me transformar, talvez tenha sido naquele dia da garagem, só pode ter sido ali que ele criou essa paranóia em sua cabeça.

Eu vou salvar a vida dela, e quando ela estiver junto do David, vou embora para sempre de Beacon Hills, e mais uma vez vou voltar à estaca zero! Se caso eu não escapar do Alexander e ele conseguir o quê tanto quer, sem dúvida abro mão da minha vida para manter todos em segurança, afinal, sou uma mera humana.

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Olá pessoal!

Capítulo treze postado, espero que gostem.

Deixem comentários e seus votos, será muito importante para mim.