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𝚏𝚘𝚞𝚛𝚝𝚎𝚎𝚗

— Você parece melhor — As íris azuis de Erwin estavam completamente focadas no seu rosto, analisando cada mínimo detalhe dele — A viagem deve ter feito bem a você.

— Fez mesmo — Você respondeu, não conseguindo segurar um pequeno sorriso que se formou em seus lábios.

— Vamos começar a sessão falando sobre ela, então — O loiro tirou os óculos de grau do rosto, os colocando em uma cabeceira ao lado da poltrona em que ele sentava, também colocando o bloco de notas e caneta de lado.

— A casa era perfeita e enorme — Pela primeira vez, você falava com uma clara empolgação em suas sessões de terapia, fazendo Erwin ter que segurar um sorriso orgulhoso — Eu e Eren dividimos o mesmo quarto. No início eu fiquei bem nervosa, mas ele me deixou bem confortável o tempo todo — Enquanto as palavras saiam de sua boca, você ia se lembrando de tudo o que aconteceu em tão pouco tempo e como sua recuperação psicológica foi acelerada durante esse tempo — Inclusive, ele viu minha cicatriz na costela e não teve problema nenhum com ela.

— Posso assumir que você conseguiu ter relações sexuais com ele? — O psicólogo perguntou, mas, ao ver suas bochechas corarem e seu olhar ser desviado, soltou um risinho fraco e continuou a falar — Você tem uma sessão com Hange mais tarde, não é? — Esperou você assentir com a cabeça, em concordância — Então você pode tratar esse assunto com ela, se ficar mais confortável.

Você assentiu novamente com a cabeça, se lembrando do oral que o moreno fez em você. Com certeza, conseguir fazer isso foi um grande avanço para você, mas, por mais que quisesse se abrir totalmente com o loiro, falar sobre sua vida sexual ultrapassava seus limites.

— Pode continuar — Ele falou, pegando o bloco de notas mais uma vez e anotando algumas coisas nele, já com os óculos novamente no rosto.

— Teve um dia que eu recebi uma mensagem do meu ex — As íris azuis encaram o seu rosto mais uma vez, percebendo que você não travava mais quando tocava no assunto sobre ele. A naturalidade com a qual você falou isso, fez Erwin esboçar uma pequeno sorriso de lado mais uma vez — Eu tinha ido no banheiro com Ymir e recebi ela. Ele simplesmente perguntou quando a gente ia se ver, como se nada tivesse acontecido. A gente 'tava comendo marshmallows em uma fogueira, do lado de fora da casa, aí eu não quis estragar a noite de ninguém e tentei fingir que 'tava tudo bem. Eu acabava que tinha conseguindo mentir bem, mas Eren percebeu e disse que ia dormir, me levando junto.

— Então ele te ajudou a sair de uma situação desconfortável sem que os outros percebessem?

— Isso. Mas, mesmo assim, eu tentei fugir da conversa e não contei pra ele.

— Já conversamos sobre isso — Mais uma vez, o loiro tirou os óculos, os deixando de lado — Toda vez que você guarda essas coisas e não conta para ninguém, você sempre acaba tendo alguma recaída.

— E eu tive — Somente quando o psicólogo assentiu com a cabeça, em um sinal para você continuar, você o fez — Eu tive uma crise de pânico no meio da madrugada e, como Eren 'tava dormindo do meu lado, ele obviamente acordou também.

— O que ele fez?

— Me ajudou a me acalmar e ficou comigo até eu pegar no sono de novo.

— E você se sentiu confortável em ficar tão vulnerável na frente dele?

— No início não, mas depois ele me deixou bem confortável.

— Entendi — Ele voltou a anotar no caderno, com as sobrancelhas levemente franzidas — O que aconteceu depois?

Você desviou o olhar e franziu levemente as sobrancelhas, tentando se lembrar da ordem dos fatos. Fazia uma semana desde que vocês tinham voltado e, mesmo já fazendo um tempinho, você só conseguiu marcar uma sessão com Erwin nessa data.

— Eu tive uma conversa com Mikasa e Armin.

— São os irmãos de Eren, não é? — Ele lhe interrompeu brevemente, voltando a anotar algo quando você concordou com a cabeça — E como foi a conversa?

— Foi sobre as crises de Eren.

— Você tinha falado que ele tem problemas para controlar a raiva por causa de problemas na infância, não é? — Você concordou com a cabeça — Pode continuar.

— Eles me contaram que algumas dessas crises eram bem agressivas e que até o Armin já tinha se machucado. Mesmo assim, eu insisti que queria ajudar ele a passar por tudo isso, do mesmo jeito que ele 'tá me ajudando a passar pelos meus problemas.

— Vai continuar com ele mesmo sabendo que é perigoso?

— Vou — A convicção com que você respondeu foi o suficiente para convencer o loiro, que assentiu com a cabeça e anotou mais alguma coisa no bloco de notas — Nesse dia também os meus amigos descobriram sobre a mensagem do meu ex e me pediram para não tentar lidar com isso tudo sozinha de novo.

— Como era mesmo o nome dele?

— Do meu ex? — Esperou uma confirmação do psicólogo com a cabeça — Eu prefiro não falar.

— Tudo bem — Erwin disse, levantando o olhar para você de novo, que estava levemente envergonhada — Não precisa ficar com vergonha. É normal não querer falar em voz alta o nome das pessoas que machucaram a gente — Ele começou a folhear páginas mais antigas do bloco de notas — E eu devo ter anotado aqui em algum lugar.

— Nesse dia a gente também foi para a praia — Você continuou a explicar os acontecimentos, assim que Erwin fez outro sinal com a cabeça para você continuar a falar — Eu fiquei bem receosa em ficar só de biquíni na frente de todo mundo, mas eu conversei com Eren e acabei resolvendo não ligar muito pra isso.

— Foi ele quem te convenceu a ficar de biquíni?

— Mais ou menos. Ele me convenceu de que eu não tinha que me sentir insegura com o meu próprio corpo — Respondeu, dando de ombros — Então eu só não liguei mais e entrei no mar de biquíni.

— Certo — O psicólogo ainda anotava alguns pontos chaves da conversa, desviando a atenção do caderno apenas para lhe encarar quando queria que você continuasse — O que aconteceu depois?

— De importante? — Você franziu as sobrancelhas mais uma vez, tentando se lembrar do que aconteceu depois — Uns dias depois, no nosso último dia lá na casa, Eren teve uma crise de ataque de raiva.

Os olhos do loiro se arregalaram minimamente e a atenção dele redobrou em cima do que você falava. No início, era bem difícil falar sobre o que aconteceu, mas, depois de uma semana, não era mais algo que lhe incomodava.

— Eu não sei o estopim da crise dessa vez, mas ele 'tava no quarto e eu fui até lá. Quando eu tentava me aproximar, ele me pedia para sair do quarto — O sorriso que tinha nos seus lábios morreu por um momento, mas você ainda não desviava os olhos das íris azuis — E, quando eu me aproximei totalmente, ele me disse coisas horríveis e ficou batendo na parede do meu lado.

— Geralmente as pessoas falam coisas ruins em ataque de raiva para afastar as pessoas que eles querem proteger.

— Exatamente. Eu não acreditei em nenhuma palavra que ele falava e também não fiquei com medo de ele me machucar.

— Como você fez ele se acalmar?

— Eu não fiz — Respondeu, triste — Foi o Armin quem entrou lá e cuidou de Eren. Os meninos me tiraram no quarto e me deixaram com Mikasa.

— Não precisa ficar triste por causa disso — Suas sobrancelhas franziram levemente, em um sinal de que você não tinha entendido — Com o tempo, você vai aprender a lidar e resolver os ataques de raiva dele, mas tem que tomar cuidado. Tem certeza de que ele não te machucaria?

— Tenho — A convicção da sua voz fez um pequeno sorriso surgir nos lábios do loiro.

— Nesse caso, tenho certeza de que você é a melhor pessoa para ajudar Eren a passar por isso — Depois de ver que um sorriso radiante se formou nos seus lábios, Erwin olhou a hora no relógio de pulso, arqueando as sobrancelhas assim que fez isso — O tempo realmente voa. Fico feliz que a viagem tenha feito tão bem a você. Próxima semana podemos continuar a conversa.

— Certo — Você respondeu, se levantando e fazendo uma pequena reverência ao psicólogo — Obrigada por tudo, Senhor Smith.

O loiro assentiu com a cabeça, vendo você virar de costas e passar pela porta. Um pequeno suspiro escapou dos lábios dele quando você saiu do campo de visão dele. Mesmo que estivesse sendo um caminho complicado, você estava fazendo diversas evoluções, em um período curto de tempo. Tudo isso graças ao Yeager.

O Smith achava muito engraçado como o amor conseguia mudar as coisas da água para o vinho, mas tinha consciência de que era uma ferramenta muito perigosa. O amor cego foi o que colocou você nessa situação, em primeiro lugar. Ele não conhecia Eren, então não podia saber se ele estava sendo realmente sincero com você, ou se só queria lhe enganar, como o seu ex fez.

Mas, isso não seria mais um problema. Porque, alguns minutos depois de você sair, Erwin conseguiu ouvir batidas na porta, que foi aberta assim que ele mandou que a pessoa entrasse.

— Bom dia — O moreno falou, assim que entrou na sala — Você é o Senhor Smith?

— E você deve ser Eren Yeager — O loiro se levantou da poltrona e estendeu a mão, que foi rapidamente apertada pelo mais novo — O novo paciente das onze.

Eren assentiu com a cabeça e, assim que Erwin fez um sinal para ele se sentar na cadeira, ele obedeceu. As íris azuis analisavam cada detalhe do novo paciente, mas isso não deixava o Yeager desconfortável de forma alguma. Bem diferente de você, Eren não era uma pessoa que se envergonhava facilmente.

— Bom — Erwin falou, pegando o bloco de notas e virando a página, deixando as anotações do Yeager bem próximas das suas — Primeiro eu gostaria de saber o motivo de você querer começar essas sessões.

O moreno não tentou disfarçar um suspiro cansado, que escapou dos lábios dele. Eren tinha feito diversas sessões de terapia ao longos dos anos, mas nunca tinha gostado de nenhum profissional, sempre largando todas elas. Erwin Smith tinha sido indicado por uma amiga da família, Hange Zoe e, por coincidência, ficava no mesmo empresarial em que você fazia suas sessões de telaria. Mas, nunca se passou pela cabeça do Yeager que ele iria começar a se tratar com o mesmo psicólogo que você.

— Eu passei por alguns problemas na infância e acabei ficando com esses problemas de controle de raiva — Respondeu, dando de ombros — Alguns outros psicólogos falaram que era estresse pós traumático.

— Então você já passou por outros profissionais?

— Já, mas não gostei de nenhum deles, aí acabei desistindo.

— E por que voltou a tentar agora? — Erwin perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

— Por causa de uma garota — Pela primeira vez, o moreno desviou levemente o olhar das íris azuis — O nome dela é [Nome] e eu tive uma crise na frente dele recentemente.

— Como vocês se conheceram?

— Estudamos juntos quando éramos mais novos, mas eu acabei saindo da cidade e paramos de nos falar — Diferente de você, Eren conseguia falar com o Smith com indiferença, sem deixar transparecer o que estava sentindo — Mas, uns meses atrás eu voltei e encontrei com ela de novo — Deu de ombros — Aí a gente começou a sair.

— Você disse que teve um ataque de raiva na frente dela — O loiro esperou uma confirmação com a cabeça do mais novo, antes de continuar — Como foi?

— Eu tinha recebido uma mensagem do meu irmão, avisando que ele ia vir me visitar.

— Você tem um irmão? — Erwin perguntou, com uma sobrancelha erguida, surpreso. Você nunca tinha comentado sobre um outro Yeager, concluindo que nem você sabia que Eren tinha um irmão.

— Tenho, mais velho — Outro suspiro escapou dos lábios dele — O nome dele é Zeke.

— E vocês não se dão bem?

— Na verdade, nos damos bem sim.

— Então por que você teve um ataque de raiva?

— Não sei — Respondeu, dando de ombros — Geralmente eu não preciso de um motivo específico pra ter uma crise. Mas talvez ter falado com ele me lembrou da minha infância e tudo mais.

— E acha que vai ficar bem quando ver ele pessoalmente?

— Eu já me encontrei com eles outras vezes, então acho que vai dar tudo certo.

— E você pensa em levar [Nome] para conhecer ele?

— Talvez, mas queria explicar pra ela sobre o que aconteceu quando eu era mais novo antes.

— É um bom plano — As íris do Smith, que estavam antes focadas no bloco de notas, focaram no rosto do moreno mais uma vez — E o que aconteceu quando você era mais novo?

— Primeiro, minha mãe foi morta por um assassino que invadiu nossa casa durante a madrugada — Eren começou a explicar, cerrando um pouco o maxilar, tentando permanecer calmo — Ela tinha descido para a cozinha, acho que pegar água, e eu não 'tava conseguindo dormir, então ia sair pra tomar um pouco de ar. Acabou que eu consegui ver ele esfaqueando ela, repetidas vezes. Eu estava escondido, atrás da porta, e ela me viu, mas não gritou por ajuda, porque não queria que o homem me visse e tentasse me atacar também.

— O que aconteceu com o homem?

— Meu pai ouviu alguma coisa do quarto e desceu para ver o que era, ele acabou matando o homem quando viu o que ele tinha feito com minha mãe. Ele foi preso uma semana depois.

— Achei que sua família tinha muita influência em Tokyo.

— E tem, mas o assassino foi contratado por uma família mais influente ainda, os Forster.

— Já ouvi falar deles e sinto muito pela sua perda.

— Obrigado — Eren esperou o mais velho fazer um sinal com a cabeça para ele continuar — Três meses depois que o meu pai foi preso, eu fui visitar ele, mas, assim que eu entrei na sala, ele tinha tirado a própria vida, cortando a garganta com um estilete que ele tinha contrabandeado dentro do presídio. Depois disso, eu comecei a ter muitas crises. Além de Zeke, meus pais tinham adotado outras duas crianças, Mikasa e Armin — Enquanto o moreno ia falando, o loiro assentia com a cabeça, anotando algumas coisas no bloco em cima da perna — Zeke acabou me mandando pra fora do país, já que aqui tudo me lembrava deles. Armin e Mikasa insistiram em ir comigo, mas, mesmo depois de tantos anos, os tratamentos não funcionavam, então eu decidi voltar e tentar encarar tudo de vez.

— E foi aí que você conheceu [Nome]?

— Foi — Pela primeira vez, um pequeno sorriso se formou nos lábios dele.

— Você acha que ela tem lhe ajudado a passar por esses traumas?

— Com certeza — Ele nem precisou pensar para responder — Quando eu fico com ela, parece que meus problemas somem instantaneamente. Ela também tem alguns problemas com o ex dela, então é como se um ajudasse o outro a superar o passado traumático. Mas eu também penso que arrastar ela pra tudo isso não é uma boa ideia.

— Quando você teve o ataque na frente dela, o que você fez?

— Falei muita merda sobre ela. Eu só queria que ela saísse de lá, mas ela não me ouvia, então tentei assustar ela, mas aquela mulher é muito teimosa.

Erwin teve que se segurar para não soltar uma risada divertida. Mais do que ninguém, o loiro tinha plena noção de como você podia ser teimosa quando queria.

— É normal fazer isso quando quer afastar as pessoas, mas tente não fazer mais isso, já que ela deixou bem claro que não pretende sair do seu lado.

— Eu sei disso, mas, tirando o Armin e a Mikasa, ninguém nunca ficou do meu lado nos momentos mais difíceis.

— E o Zeke?

— Depois que eu saí de Tokyo, ele teve que viajar pra cuidar dos negócios da família, então perdemos um pouco o contato.

— Entendi — As íris azuis focaram no rosto triste do Yeager — Mesmo você não estando acostumado a ter alguém ao seu lado, inclusive para lhe ajudar a passar pelos seus traumas, valorize o que essa mulher está fazendo por você e tente não afastá-la mais — O loiro esperou o mais novo assentir com a cabeça, para depois continuar — Tirando as falas ofensivas, algo mais aconteceu?

— Eu ficava esmurrando a parede ao lado dela.

— Também tentando fazer ela se afastar?

— Imaginei que, se ela ficasse com medo, iria embora.

— Ela foi?

— Não.

Claro que não. Os pensamentos de Erwin se dirigiram para sua teimosia mais uma vez. Estava ficando cada vez mais difícil fingir que não lhe conhecia. Mas, pelo menos, ele estava se convencendo cada vez mais de que Eren não queria lhe fazer mal algum.

— E você machucaria ela?

— Não tem nem o perigo — O Yeager respondeu, com um sorriso convencendo nos lábios — Eu amo demais aquela mulher pra machucar um fio de cabelo dela.

"Amo". Uma das sobrancelhas do loiro se arqueou assim que ouviu essa palavra. Ele sabia que você estava apaixonada por Eren, mas nunca tinha ouvido isso da sua boca.

— Nós passamos da hora — O Smith falou, depois de olhar o relógio — Mas podemos continuar a conversa na próxima semana, se você quiser.

— Claro — O Yeager se levantou, seguido pelo loiro, e apertou a mão do mais velho — Obrigado pela sessão, vou falar com sua secretária para marcar próxima semana.

Erwin assentiu com a cabeça, vendo o mais novo sair pela porta, mas, antes que Eren saísse completamente do campo de visão dele, o loiro falou:

— Só mais uma coisa — O moreno parou de andar e se virou na direção do psicólogo — Tenho certeza de que tanto você, como [Nome] estão melhores do lado um do outro.

— Como sabe disso?

O Smith sorriu, tentando conter a diversão que estava sentindo no momento.

— Pode chamar de intuição.

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