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xxiii. i still love you

ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗧𝗥𝗘̂𝗦 ᵕ̈
❝ eu ainda te amo ❞
࿐「 🔥 」୭࿔

"Thomas...?"

"Consegue me escutar? Está aí?"

"Sei que você não tem motivos para confiar em mim e nem para me escutar, e eu te entendo completamente por isso. Mas espero que essa mensagem apareça em seus sonhos ou em sua mente, e o principal, espero que você escute."

"Obviamente você e os outros vão fazer um plano para resgatar o Minho, eu sei disso, não esperava menos de vocês. Por isso estou aqui, quero ajudar. Eu sei todas as informações que vocês irão precisar para realizar o resgate. O trem que ele vai estar, o caminho que vai percorrer, quanto tempo vai durar, tudo."

"Por favor, Thomas, resgate ele do CRUEL, o tire de lá, Minho vai estar longe de ficar bem e você sabe disso. Por favor, faça o possível para o tirar das mãos de Ava e de Janson"

"Por favor, o salve de mim."

Ella ficou em silêncio após essas palavras, sua mente em um vazio angustiante. Minutos se passaram. Depois, uma hora. Claro que ele não iria responder. Por que responderia? Depois de tudo que ela fez, depois de tudo o que aconteceu.

Ela baixou a cabeça, sentindo o peso da culpa esmagá-la. Ele não vai confiar em mim. Ele nunca vai confiar em mim novamente. Ele não vai escutar e muito menos responder.

Quando estava prestes a desistir, prestes a se render ao silêncio, algo mudou. Uma sensação diferente atravessou sua mente, como uma faísca que reacende uma chama prestes a se apagar.

"Ella?"

A voz soou em sua mente, baixa, mas clara. Familiar.

"Você ainda está aí?"

O choque a fez prender a respiração. Ela quase não acreditou, mas ali estava ele, respondendo.

Thomas.

 

Um plano que tinha tudo para dar certo, deu completamente errado.

Seis meses. Foram seis meses de planejamento. Graças ao dom da telepatia, Ella participou de cada etapa do plano e deu todas as informações necessárias. Mas é claro que tudo tinha que dar errado. Os meninos conseguiram pegar o vagão em que Minho estava, a questão é que, tiraram ele de lá antes que fosse junto com os outros.

Agora, tudo desmoronava diante de seus olhos.

Ella não conseguia acreditar que estava vendo o amor da sua vida passar por todo aquele inferno novamente. O mesmo ciclo de dor e tormento se repetia. Tudo pelo que lutaram, todo sacrifício, parecia ter sido em vão.

Os gritos agonizantes de Minho atormentava os seus ouvidos. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas, que escorriam descontroladamente enquanto ela via o horror diante de si. Ele gritava, berrava, enquanto sua mente era invadida pelas alucinações que o CRUEL havia criado para ele. Os verdugos estavam de volta. Não no mundo físico, mas na mente de Minho, aterrorizando-o. Um aparelho estava em sua mente e seu sangue era drenado até virar um soro em um pequeno recipiente. O soro que o CRUEL tanto desejava.

—Por favor, pare com isso. — implorou a ruiva para Ava Paige ao seu lado. Não só ela, mas Teresa e Elliott também estava naquela sala, além do médico e de Minho do outro lado do vidro. — Está machucando ele! Ele está sofrendo, por favor, para com isso!

—Você sabe que não podemos fazer isso. — a mais velha lhe respondeu, com um tom de voz frio. — Precisamos de uma cura, e vocês são a nossa chave para isso.

Ella sentiu o chão sumir sob seus pés. Sua cabeça girava com as palavras de Ava. Como alguém podia ser tão cruel e impassível diante de tanto sofrimento?

—Então quer dizer que, vocês vão salvar o mundo sacrificando crianças? As torturando? — ela gritou, sua voz trêmula e carregada de indignação. — Por favor, pare! Deixa ele em paz! Você nos prometeu isso!

Sua voz estava fraca, quase inaudível, mas o desespero nela era evidente. As lágrimas que antes lutavam para não cair agora deslizavam livremente pelo rosto de Ella, enquanto suas mãos suavam e tremiam incontrolavelmente. A visão de Minho naquele estado, preso, torturado, reduzido a um experimento, estava acabando com ela por dentro. Era demais para suportar.

Ava não respondeu de imediato. Ao invés disso, deu um passo à frente e agarrou o braço de Ella com força. A surpresa e o choque fizeram Ella arregalar os olhos. Ela tentou recuar, mas o aperto da mulher era firme, quase doloroso.

—Controle as suas emoções, garota. — a voz de Ava era baixa, mas cheia de ameaça. — Ou nós mesmos iremos fazer isso. Não se esqueça de quem está no controle aqui.

Ella tentou se desvencilhar, mas o aperto era firme e doloroso. Os olhos dela transbordavam raiva e medo.

—E você acha que me controlando vai adiantar alguma coisa? Eu nunca vou estar do lado de vocês, sendo controlada ou não. E creio que você sabe muito bem disso.

Os olhos da garota começaram a ficar laranja, o mesmo laranja intenso que fica quando usa o seu dom. Sua mente se direcionava a um local aleatório, mas queria de alguma forma causar alguma discórdia naquele lugar. Ava percebeu o que Elleanor iria fazer e apertou o braço dela um pouco mais antes de soltá-la abruptamente, como se Ella fosse algo descartável. A Paige se virou para Elliott, que estava ao lado de Teresa fazendo algumas anotações.

—Elliott, querido. — ela o chamou, fazendo o loiro a olhar. — Pode levar a sua irmã para aquele lugar que conversamos?

Ella ficou confusa, seus olhos alternando rapidamente entre o irmão e a mãe. O peso do momento a sufocava, e sua mente parecia uma tempestade de perguntas que ela não sabia como formular. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Elliott se aproximou, segurando seu braço com delicadeza, mas firme o suficiente para deixá-la sem escolhas.

—Vamos. — disse ele em um tom quase inaudível, o olhar de culpa estampado em seu rosto.

Ela podia ver a hesitação nele, como se ele estivesse dividido entre dois mundos. Ele não queria fazer isso, isso era claro. Mas, assim como ela, Elliott também estava preso às engrenagens cruéis daquela organização. Mesmo assim, sua obediência parecia pesar tanto quanto a revolta que Ella sentia.

—Ethan, o que você está fazendo? — perguntou ela, começando a se debater quando ele a guiou para fora da sala. Claro que ela ainda não havia se acostumado com o fato dele ser Elliott e não Ethan, por isso ainda o chamava pelo nome de disfarce que usava. — Me solta!

O movimento brusco dela o fez apertar seu braço com mais força, mas ele rapidamente afrouxou o aperto ao perceber que poderia machucá-la.

—Colabore! — murmurou ele com um tom quase suplicante, os olhos encontrando os dela brevemente. — Eu não quero te machucar e muito menos que eles façam algo pior com você.

Ella o encarou com desconfiança, o peito subindo e descendo rapidamente pela raiva e o medo. Apesar disso, ela parou de resistir. Não porque confiava nele, mas porque sabia que lutar agora só pioraria as coisas.

—Onde você está me levando? — perguntou ela com a voz cortante enquanto caminhava ao lado dele.

Elliott não respondeu de imediato. Seus olhos focaram no corredor à frente, e o silêncio entre eles parecia tão pesado quanto o ar sufocante daquele lugar.

—Ethan, me responde! — insistiu, mas ele apenas apertou o passo, desviando o olhar.

Finalmente, eles pararam em frente a uma porta de metal. Ele colocou sua digital no painel ao lado, e o som mecânico da tranca ecoou pelo corredor vazio. A porta se abriu lentamente, revelando o interior da sala. Era um espaço pequeno e vazio, com paredes frias e sem janelas. A iluminação era mínima, dando ao ambiente uma sensação claustrofóbica. Era como se fosse uma solitária de cadeia, onde os presidiários ficam por dias após fazer algo de errado na cela.

O loiro hesitou, os olhos fixos nela por um momento que pareceu durar uma eternidade.

—Me desculpe... — murmurou ele, quase em um sussurro.

—O qu...

Antes que Ella pudesse terminar a frase, Elliott a empurrou para dentro com um gesto rápido, fechando a porta atrás dela. O som do travamento automático ecoou pela sala, a prendendo naquele espaço opressivo.

—Ethan! Não! — gritou ela, correndo até a porta e começando a esmurrá-la com toda a força que tinha. — ETHAN! ABRE ESSA PORTA!

Sua voz ecoava pelas paredes estreitas, mas nenhuma resposta veio.

—ETHAN! EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AÍ! ABRE A DROGA DESSA PORTA! — berrou novamente.

Do lado de fora, Elliott permaneceu imóvel, encostado à parede ao lado da porta. Ele fechou os olhos por um momento, como se precisasse reunir forças para seguir em frente. Suas mãos tremiam, e sua respiração era pesada. Ele queria voltar, abrir a porta e tirá-la de lá, mas sabia que isso só pioraria a situação para ambos.

Dentro da espécie de cela, Ella continuou esmurrando a porta até suas mãos ficarem vermelhas e doloridas. Sua voz, antes alta e cheia de fúria, foi se transformando em soluços desesperados. Finalmente, quando percebeu que ninguém viria, ela deslizou até o chão, encostando-se na parede fria.

Abraçando os joelhos, Ella começou a chorar, sua mente atormentada pelas imagens de Minho sendo torturado, pelos gritos que ainda ecoavam em sua memória.

Ela sabia que precisava fazer alguma coisa. Não importava o risco, não importava as consequências. Ela não deixaria o amor da sua vida ser destruído dessa maneira.


Nas horas seguintes que ficou naquele espaço pequeno, Elleanor tomou uma decisão que seria colocada em prática nessa noite. Iria ao máximo fingir estar ao lado do CRUEL, mas ao mesmo tempo estaria planejando um plano para libertar todos os imunes, principalmente o Minho. Só esperava que desse certo.

Um soldado do CRUEL que destrancou a porta, dizendo que Ava Paige avisou que a espécie de castigo havia acabado. Quando foi embora para casa, Ella não dirigiu um olhar para Elliott, o ignorando totalmente, na verdade, isso nem era novidade, a garota não conversava com o irmão desde aquele dia no Braço Direito.

Ainda de noite, começou a listar a lista de coisas que precisaria fazer para libertar todos os imunes. Primeiro iria saber quando aconteceria a troca de turno dos soldados e ver quanto tempo demora para os outros chegarem ao novo posto. Depois, iria ver alguma distração para que desse para todos ficarem entretidos enquanto iria para a terceira e última fase do plano: libertar todos os imunes e os direcionar a rota de fuga que iria planejar. Parece simples, mas Ella sabia que não era. Precisaria de ajuda. Mas, desde a tentativa fracassada de resgatar Minho, sua conexão telepática com Thomas havia desaparecido. Era como se uma barreira invisível impedisse que ela o alcançasse. Por isso, teria que fazer tudo sozinha.

Na manhã seguinte, Ella já havia começado a agir. Ela se mostrou obediente, seguia as ordens sem questionar e fingia que as horas na cela haviam "funcionado". De fora, parecia uma nova versão de si mesma, mais submissa e, aparentemente, alinhada aos ideais do CRUEL.

Entretanto, Elliott sabia que a irmã mais nova estava planejando algo. E de certa forma, queria ajudar, ajudar de verdade dessa vez, porém, teria que observar mais para saber como.

—Eu posso vê-lo? — perguntou, sua voz firme, mas com um toque de vulnerabilidade. As duas, junto com Elliott, estavam anotando alguns resultados de exames dos imunes que estão no prédio. Ainda sim, Elleanor percebia que Minho seria o alvo, visto que o resultado dele foi o melhor dentre todos. Ava levantou os olhos para ela, claramente surpresa com a pergunta. Havia uma mistura de confusão e desconfiança em sua expressão. — Por favor. — Ella continuou antes que pudesse ser interrompida. — Eu prometo que não vou fazer nada. Eu só... quero vê-lo.

Ava permaneceu em silêncio por um momento, seu olhar penetrante analisando cada detalhe do rosto de Ella, como se estivesse tentando decifrar suas intenções. Finalmente, balançou a cabeça em negativa.

—Isso está fora de cogitação. — respondeu a mulher em um tom frio.

—Por quê? Ele é meu amigo. Não pode me proibir de...

—Ele não é o seu amigo, é um imune. — Ava cortou, sua voz severa. — Ele é a nossa prioridade, e você sabe disso. Não vou correr riscos desnecessários, especialmente com você envolvida.

Ella abriu a boca para protestar, mas foi interrompida por Elliott, que, até então, estava em silêncio.

—Mãe. — ele disse, sua voz calma. — Talvez deixar a Ella vê-lo não seja tão arriscado. Ela já demonstrou que está cooperando. Isso pode ser uma forma de reforçar esse comportamento.

Ava virou-se para ele, franzindo o cenho.

—Você acha que eu não sei o que estou fazendo, Elliott?

—Não é isso. — ele respondeu rapidamente. — Mas a senhora sabe tão bem quanto eu que forçar demais pode levar ao oposto do que queremos. Dar a ela um pequeno incentivo pode ser estratégico. Ela já passou pelo castigo, já mostrou arrependimento. Talvez seja hora de mostrar que confiamos nela, nem que seja só um pouco.

Ella observava a interação entre os dois, surpresa com a intervenção de Elliott. Ele estava... ajudando? Ou iria simplesmente acontecer que nem da última vez? A ajudar e depois apunhalar pelas costas de novo?

Ava permaneceu em silêncio por alguns segundos, claramente considerando as palavras do filho. Por fim, suspirou, parecendo relutante.

—Está bem. — disse ela, finalmente. — Mas um soldado estará do lado de fora e você terá apenas cinco minutos. E se houver qualquer sinal de problema, qualquer coisa fora do normal, eu irei pessoalmente garantir que ela não tenha mais essa oportunidade. Entendido?

Elliott assentiu, enquanto Ella apenas manteve o olhar fixo em Ava, contendo a explosão de emoções que ameaçava transbordar. Finalmente, ela teria a chance de ver Minho. O seu Minho. Se tudo der certo, poderia finalmente dar um abraço nele depois de tanto tempo. Cinco minutos era mais do que o suficiente para vê-lo e matar a saudade.

Mas, ao mesmo tempo, sabia que esse era apenas o começo. Se queria salvá-lo, precisaria ser mais esperta do que nunca.

 

Ella já estava na sala onde veria Minho pela primeira vez em meses. O ambiente era frio, com paredes de vidro que reforçavam a sensação de vigilância. Havia apenas uma mesa simples com duas cadeiras posicionadas de frente uma para a outra, um espaço claramente projetado para encontros supervisionados. Ao observar mais atentamente, Elleanor percebeu a semelhança com as salas de visita de prisões, onde famílias se encontravam com seus entes queridos encrencados.

A ruiva se sentou, tentando manter a calma, mas seu corpo parecia não colaborar. Suas unhas batiam nervosamente contra a superfície da mesa, as pernas balançavam sem parar e, vez ou outra, ela mordia os lábios, arrancando as peles de tanto nervosismo. Seu coração estava acelerado, a ponto de doer, e a ansiedade fazia cada segundo parecer uma eternidade.

Seis meses. Seis longos meses desde que haviam se tocado, se falado, se olhado. Agora que finalmente teria a chance de vê-lo, o medo tomava conta de sua mente. E se ele me odiasse? E se ele nem sequer quisesse me ouvir? Apesar do pavor que sentia, Ella sabia, no fundo, que Minho jamais faria mal a ela. Não importava o que tivesse acontecido.

A porta foi aberta, e os seguranças entraram com o garoto. Imediatamente o coração de Elleanor apertou ao ver a sua aparência. Ele estava completamente acabado, os olhos fundos, a expressão de dor e tristeza. As torturas estavam fazendo mal a ele. Um nó se formou em sua garganta, mas a ruiva respirou fundo para não começar a chorar.

Finalmente, a porta se abriu, o som do metal ecoando na sala silenciosa. Dois seguranças do CRUEL entraram, trazendo Minho algemado. Assim que o viu, o coração de Ella apertou como se estivesse sendo esmagado. Ela mal conseguiu respirar por um momento.

Ele estava irreconhecível. Seus olhos fundos, os ombros caídos como se todo o peso do mundo estivesse sobre eles. A dor e a tristeza estampadas em seu rosto mostravam o quão destrutivas as torturas estavam sendo. Ele parecia tão distante, tão quebrado, que por um instante Ella sentiu que ele não era mais o mesmo Minho que conhecia.

Um nó subiu à sua garganta, mas ela respirou fundo, tentando não desabar.

—Pode tirar as algemas? — pediu Ella, sua voz vacilante, mas com uma pitada de firmeza.

Os seguranças trocaram olhares rápidos antes de negar com a cabeça. Sem dizer mais nada, eles deixaram a sala, mas era evidente que permaneciam do lado de fora, prontos para intervir caso algo acontecesse.

Quando a porta se fechou, Ella desviou o olhar para Minho novamente. Ele estava sentado à sua frente, mas sequer levantava a cabeça. Seus olhos estavam fixos nas mãos algemadas, e ele não fazia nenhum esforço para olhá-la. Elleanor sentiu o coração apertar ainda mais. Ela entendia. Sabia o quanto ele devia estar magoado, decepcionado e, principalmente, furioso com ela. Ele ainda não acreditava que a sua garota, a sua Elly, havia feito aquilo.

—Min Min? — ela chamou, a voz trêmula, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair. — Eu... preciso falar com você.

Nada. Ele permaneceu imóvel, os olhos ainda fixos no mesmo ponto. A sensação de rejeição fez um nó se formar em sua garganta, mas Ella respirou fundo.

—Me desculpa... — disse ela, e dessa vez não conseguiu segurar. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, molhando a mesa à sua frente. — Sei que isso não vai adiantar. Sei que um pedido de desculpas não vai fazer com que você fique bem, não vai consertar o que fiz. Mas... eu quero que você saiba que eu tentei.

Sua voz quebrou, e ela respirou fundo, buscando forças para continuar.

—Isso tudo o que está acontecendo... É minha culpa... Eu deveria ter insistido mais em contar, mas da última vez que tentei, eu... não consegui, e te ataquei com palavras horríveis que não queria dizer. Eu falhei com todos vocês, sei que falhei. E prometo que irei tentar consertar tudo isso, da forma certa dessa vez.

Minho finalmente levantou a cabeça, seus olhos cansados e cheios de mágoa encontrando os dela. O coração de Ella quase parou naquele instante.

—Por que você sempre gosta de bancar a heroína, em? — ele disse, sua voz rouca e cheia de dor, mas não sem um resquício de sarcasmo. A garota abriu e fechou os lábios, tentando formular algum diálogo. — Você cometeu erros. Um grande erro, que machucou a todos nós. Mas quer saber de uma coisa? — ele a encarou, e algo em seu olhar mudou, estava mais suave e calmo. — Eu ainda amo você, Elly.

Ella prendeu a respiração, completamente paralisada pelas palavras. Ele ainda a ama? Mesmo depois de tudo que fez?

—E independente do que você fizer ou do que eles disserem, nada, nada mesmo, vai mudar esse sentimento que eu tenho por você.

As lágrimas desceram ainda mais fortes agora, mas não de tristeza. Era alívio, mas ao mesmo tempo ainda era de culpa. Os soluços saíam sem que ela permitisse, fazendo a garota tampar a boca com a mão, para abafar os sons horrendos que saia. Pelo menos uma coisa boa, Minho ainda a amava. Assim como Elleanor o ama. O ama mais que tudo nesse mundo.

Naquele momento, tudo o que ela queria era abraçá-lo, para matar realmente a saudade que ambos sentia um do outro.

E então, Ella se levantou, arrancando o olhar de Minho para ela, tudo o que ela viu foi uma mistura de emoções. Dor, medo, mas a maior delas com certeza era a saudade e o amor. Ele acabou se levantando, com dificuldade, ao ver que a ruiva se aproximava. E então, ela o abraçou, com toda a força que tinha. O asiático não podia abraçar na mesma intensidade que a sua garota devido às algemas presentes em suas mãos, por isso, infelizmente ele só pode tocar levemente a sua cintura. Mas aquele toque já era mais do que especial.

As lágrimas de Elleanor não paravam de cair. Elas corriam livremente, misturando-se com o tecido da camisa de "propriedade do CRUEL" que Minho usava. Mas ele não se importava. Nada mais importava naquele instante. O mundo podia ter desaparecido, e nada teria mudado. Esse momento era deles, e só deles. O abraço, embora limitado, era a promessa de que ainda havia algo forte entre eles.

Minho fechou os olhos, sentindo a fragilidade dela nos seus braços, e respirou fundo, como se aquele fosse o último fôlego que ele precisava para continuar. Em meio a tudo o que havia passado, ele finalmente sentia a paz. Elleanor lhe trouxe a paz que estava faltando, assim como ela fez há três anos atrás.

—Eu amo você, tá? Eu amo muito você, Minho. — ela disse, sua voz trêmula e embargada, mal conseguindo controlar as lágrimas que continuavam a cair.

O abraço, que parecia ser o único refúgio para os dois, era tudo o que ela podia oferecer naquele momento. Cada palavra que saía de sua boca carregava o peso de todos os meses de distância, de tudo o que haviam perdido. Minho, por sua vez, segurava Ella com o pouco que podia, as algemas ainda limitando seus movimentos, mas o toque, o gesto, eram mais do que suficientes para transmitir o que ele sentia.

Antes que pudessem fazer ou dizer qualquer coisa, os dois soldados entraram dentro da sala, fazendo com que o casal se separasse. O olhar de ambos foi o suficiente para fazer a realidade se impor sobre eles.

—O tempo acabou. — avisou um deles com frieza, já avançando em direção a Minho, que, foi forçado a se afastar de Ella.

—Não! Por favor! Só mais um pouco! — ela implorou. Suas mãos ainda tentavam segurar as dele, mas os soldados não demonstravam qualquer tipo de compaixão.

Eles agarraram Minho com força, puxando-o pelos braços, começando a levá-lo para fora da sala. Ele não conseguia resistir, estava fraco demais para isso.

—Eu vou te salvar, Min Min! — diz antes que ele sumisse completamente de seu campo de visão, as palavras saindo como um juramento. Ela queria que ele soubesse, queria que ele sentisse a força da sua promessa, mesmo que a situação parecesse sem esperança. Ela esperava, com todo seu ser, que ele tivesse ouvido suas palavras.

Mas, sem outra escolha, Ella se viu obrigada a voltar para suas tarefas diárias. O vazio que a acompanhava parecia ainda mais pesado quando ela caminhou pelos corredores em direção ao laboratório. Tudo o que queria era quebrar as correntes que a prendiam ali, mas, por enquanto, o plano precisava continuar. Iria aproveitar que teria um tempo livre para investigar mais sobre as trocas de turno.

Ao chegar em seu destino, achou estranho ao perceber que alguém havia mexido em seu caderno. A princípio, ela pensou que alguém tivesse descoberto seu plano, que seu segredo tivesse sido revelado. A sensação de desespero tomou conta dela, mas, ao folhear as páginas, ela encontrou algo inesperado entre os pedaços de papel.

Era a grade horária dos turnos e um mapa completo do prédio.


ATO NOVO? CAPA NOVA? GIF NOVO? TEMOS!

E finalmente, depois de me cobrarem horrores, O PRIMEIRO CAPÍTULO DO ATO TRÊS ESTÁ PUBLICADO PESSOAAAALL!!

Quero agradecer a Yas (scoopsink) e a Law (lawletters) que fizeram os INCRÍVEIS gráficos do capítulo do Ato Três! MUITO OBRIGADA PELO TRABALHO INCRÍVEL DIVAAASSSS💜

Também quero agradecer a Dressa (dressadsgwttp) que fez a INCRÍVEL, LINDA E DIVA capa do Ato Três, que estou COMPLETAMENTE apaixonada! MUITO OBRIGADA DRESSAAAA💜

Também quero agradecer a Juju que fez o GIF para os capítulos do ato tres! MUITO OBRIGADA PELO TRABALHO INCRÍVEL JUJUUU💜

E gente, capítulo passado eu agradeci aos 4,1k de votos e agora eu vejo que a fanfic chegou noz 4,6k de votos! SÉRIO, MUITO OBRIGADA MESMO PESSOAAAAL! AMO VOCES DEMAAAAIIISS💜

Só o primeiro capítulo já foi triste, imagina os outros😱 confesso que demorei um pouco para postar porque simplesmente esqueci de organizar alguma das ordens dos acontecimentos do terceiro ato, resultando em eu EMPACAR no que fazer. De primeiro quis colocar um dos plots mesmo e dane-se, e até a maioria no mural concordou, POREM, decidi deixar para o próximo capítulo! A Yas também me ajudou muito nessa questão, porque eu não achava que essa era a hora certa de jogar um plot logo no primeiro capítulo, e por isso, com a ajuda dela, resolvi colocar essa cena que sim, estava na lista de acontecimentos.

MAS, NO PRÓXIMO CAPÍTULO O PLOT VAI VIR😝☝🏻

Aí gente, eu amo demais esses dois, muito meus😭💜

Peço perdão pelos erros ortográficos e até mesmo erros de roteiro, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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