xx. burning flames
ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 ᵕ̈
❝ chamas ardentes ❞
࿐「 🔥 」୭࿔
"Thomas, está tudo bem?" — perguntou Ella mentalmente.
"Está sim, Brenda e eu vamos dar um jeito de chegar até vocês." — ele respondeu.
A ruiva respirou aliviada. Estava feliz que eles dois estão vivos e que não morreram na explosão.
O grupo havia saído do prédio em que desceram pela tirolesa, e novamente estavam andando pelo Deserto. Jorge liderava a guia, e os adolescentes apenas o seguiam, sem saber exatamente para onde iriam. Tudo que Elleanor queria, era sentar e descansar, não aguentava mais andar o tempo todo.
—Chegamos, hermanos. — o mais velho diz parando em frente a uma porta de um imóvel que parecia bem pequeno. — Obviamente não é nosso destino final, vamos pegar alguns suprimentos e aí sim, vamos para o nosso destino.
O lugar era uma espécie de despensa, onde havia uma escada que dava a um lugar no subsolo, lá tinha várias garrafas de água, enlatados e comidas que tinha longo prazo de vencimento e que não estragava com facilidade. A maioria dos enlatados estavam em espanhol, o que fazia com que ninguém entendesse a procedência ou pelo menos o nome do produto. Mas, se Jorge está pegando e sabe o idioma, é porque não é nada ruim. A mochila logo ficou cheia, e ao ver que não iriam fazer mais nada ali, voltaram a caminhar para seu destino.
Mais alguns minutos andando a pé, até finalmente chegarem em um prédio, não parecia tão abandonado quanto o outro, mas ainda sim era bem velho. Eles seguiram Jorge e subiram alguns lances de escada até chegarem em uma porta, o mais velho pegou a chave em sua mochila e logo a abriu. Parecia que essa propriedade também era dele, ou ao menos conhecia o dono para entrar desse jeito.
—Podem entrar, sejam bem vindos. — o homem diz, dando espaço para os adolescentes adentrarem o local.
Apesar de parecer meio velho, ainda dá para o gasto. Havia móveis cobertos por panos, provavelmente por causa da poeira, o cheiro de mofo era suportável para alguns, mas tenebrosos para outros. A espécie de apartamento tinha dois andares, parecia uma casa se não estivesse dentro de um prédio.
—Tem dois quartos lá em cima. Estamos em oito, por isso, quatro em um e o restante no outro, combinado? — todos assentiram com a cabeça.
—E se esse prédio cair em cima da gente? — supôs Caçarola em tom de sussurro, para apenas o grupo ouvir.
—A gente já está na pior mesmo, isso é o de menos! — Elleanor sussurrou de volta.
Depois de se limparem, decidirem quem vai ficar em qual quarto e após fazerem um pequeno plano em como vão resgatar Thomas e chegar até o Braço Direito, os adolescentes resolveram fazer uma roda e jogar um jogo que apelidaram de "jogo da verdade", onde eles iam seguir a roda e escolher alguém para perguntar alguma coisa e essa pessoa teria que dizer somente a verdade, isso era meio para passar o tempo. Jorge ainda organizava os enlatados e, junto com Caçarola, tentavam bolar alguma refeição para todos comerem que desse para fazer com aqueles mantimentos que pegaram na despensa.
—Tá legal! Eu pergunto para... — Teresa começou a dizer, olhando em volta na roda para ver quem iria ser o seu alvo da pergunta. — Ella!
A ruiva bufou ao ver que havia sido escolhida de novo. Já havia sido escolhida por Newt e Aris, mas eles fizeram perguntas leves, como "qual foi o seu melhor momento na Clareira" e o "dia que achou que ia morrer". Mas para ser bem sincera, Elleanor tinha medo da pergunta de Teresa.
—Vamos lá, Ella, aqui vai a minha pergunta: você tem algum segredo que não pode, ou não quer contar para ninguém? Se sim, qual que é?
Elleanor franziu o cenho assim que ouviu a pergunta, e imediatamente Newt percebeu que a pergunta havia mexido com ela. Sim, ela tinha um segredo, vários segredos. E o loiro sabe muito bem que a garota não quer contar, pelo menos não para todo mundo, apenas para o Minho.
E o pior de tudo, é que a ruiva sabia que aquela pergunta era para provocar. Sabia que Teresa queria causar alguma discórdia. Típico dela.
—Não. — ela resolveu mentir. Não queria que todos soubessem o que havia em sua mente. — Não tenho nenhum.
—Tem certeza? — a morena reforçou a pergunta. — Isso é um jogo da verdade, Ella, não pode haver mentiras.
—E nem insistências. — Ethan resolveu intervir ao perceber a provocação da garota. — Mesmo isso sendo um jogo da verdade, ninguém é obrigado a falar a verdade ou explicar alguma coisa. Se a Ella falou que não tem nenhum segredo, para que cutucar? Para que insistir? Se ela falou, está falado.
—Concordo com o Ethan. — Newt começou a dizer. — Eu confio na minha amiga e sei quando ela está mentindo. E não é o caso agora. E mesmo se fosse, obviamente a El não iria querer falar um segredo em grupo, não é?
Ella ficou bastante agradecida pela intervenção dos loiros, visto que Teresa ficou quieta e o jogo continuou. Pelo menos ela achava que tudo estava bem agora.
"Você tem sim um segredo, Ella." — a voz da morena apareceu em sua mente. — "E um deles é bastante perigoso, não é? Ah, se todos soubessem..."
—SAI DA MINHA CABEÇA GAROTA! — gritou a ruiva enquanto se levantava bruscamente, assustando todos da roda. — PARA DE FICAR SE COMUNICANDO COMIGO POR TELEPATIA, PARA! SÓ O THOMAS TEM ESSA PERMISSÃO!
—Eu só estou tentando te ajudar! — Teresa se levantou, se defendendo.
—E se eu te jogar para os Cranks ou te queimar até a morte? Vai ser uma grande ajuda para mim! — retrucou Ella.
Todos haviam seguido a morena, se levantando para entender o que estava acontecendo.
—O que está rolando? — indagou Aris.
—El, fica calma. E nos explique o que ela fez. — Newt tentou a acalmar enquanto se aproximava dela, mas imediatamente ela recuou.
—Me deixa, Newt! — exclamou irritada enquanto se afastava da roda, indo em direção às escadas.
Elleanor subiu apressada pelas escadas, o coração martelando no peito. Ela precisava de um momento de silêncio, de espaço para se acalmar e principalmente para organizar os próprios pensamentos. Ela entrou em um dos quartos, a porta rangeu ao ser aberta, e entrou, fechando-a suavemente atrás de si.
Por alguns minutos, ficou andando pelo quarto enquanto roia as suas unhas. Tudo parecia desmoronar dentro dela – as memórias, as palavras cruéis que dissera a Minho no deserto, a sua conversa com Newt na fogueira, a preocupação com Thomas e Brenda, a atitude de Teresa agora. Tudo pesava como uma âncora. A preocupação e o medo era tanta que a mesma tontura que sentia na Clareira voltou a aparecer. O mesmo turvo alaranjado, tudo igual. E ela sentia que seus olhos estavam começando a ficar no mesmo laranja intenso que sempre fica quando usa o seu dom ou quando fica preocupada com algo.
—Elly? — a voz de Minho adentrando o quarto fez com que a ruiva se virasse para ele em um sobressalto. Estava tão distraída que não percebeu que ele havia entrado. A feição preocupada no rosto do asiático foi instantânea ao ver a situação da ruiva. — O que está acontecendo? Está tudo bem?
—Minho... Agora não. — ela diz, com a voz trêmula. — Eu... Preciso ficar sozinha.
—Não, você precisa de ajuda. Me fale o que está acontecendo e eu vou te ajudar. — ele insistiu enquanto se aproximava mais um pouco. — O que está rolando? — perguntou com um olhar e um tom de voz preocupado.
A ruiva abriu e fechou a boca várias vezes, tentando formular uma resposta. Não estava preparada para contar tudo, pelo menos não agora com a sua mente estando uma confusão completa.
—Eu... não posso contar, desculpa. — foi a única coisa que ela disse.
—Não pode ou não quer?
Bang! Aquelas palavras atingiram a garota de um jeito que ela não imaginava. Nem ela mesmo sabe qual era a resposta, porém, a mais provável seria que "não queria" contar. E para outras coisas, ela simplesmente "não podia", essa pergunta poderia ter ambas as respostas.
Um silêncio se permaneceu entre eles dois, um silêncio constrangedor e bastante cruel. E então, Minho desistiu de tentar, imaginava que Elleanor não queria falar sobre os seus problemas com ele ou ao menos não queria a sua ajuda. Por isso, ele se virou, pronto para abrir a porta e sair.
Entretanto, a conversa com Newt invadiu a sua mente de novo. Precisava seguir os conselhos do amigo se quisesse resolver as coisas e tirar esse peso que está dentro dela.
—Minho, eu tive as minhas memórias de volta...
Aquela informação fez com que o asiático se virasse para ela com um semblante confuso, tentando absorver o que havia acabado de ouvir.
—...O que?
—E eu vou te contar tudo, porque eu prometi para você no passado que iria te contar sobre nós dois, então irei cumprir a minha promessa.
Minho ainda estava com confusão, junto com uma feição de choque mas ele apenas assentiu com a cabeça. Os dois se sentaram em uma das duas camas de solteiro que havia no quarto. Além das camas, tinha colchões também, por isso Jorge sugeriu que quatro pessoas dormisse em um quarto e o restante em outro.
Elleanor respirou fundo. Tinha medo da reação de Minho, ainda mais quando ele souber que ela escondeu todas essas informações sobre os dois, entretanto, não dava mais para esconder, ele precisa saber.
E então, ela contou. Contou quase tudo sobre o que sabe e sobre o que lembra. Novamente ela não contou sobre ser filha de Ava, já que era algo que no momento, não era o melhor para contar, porque tinha outras informações mais importantes.
—Resumindo um pouco, foi... isso. A gente se conhecia antes do labirinto, na verdade, eu conhecia todos vocês. Eu ajudei a criar o Labirinto, eu fazia os exames e alguns testes em vocês. Aí depois nos aproximamos, aí você iria para o Labirinto, até teve o beijo...
—Espera aí, beijo? — ele a interrompeu. O semblante confuso era evidente em seu rosto. — Que beijo, Elly?
E então, ela havia percebido que se esqueceu de falar sobre o beijo. Um beijo que ela se lembra muito bem, mas que Minho não fazia ideia de que havia acontecido.
—No dia que você iria para o Labirinto, eu fui até o seu quarto. Depois você perguntou se poderia fazer algo que sempre quis fazer, já que ia se esquecer mesmo. Foi aí que... nos beijamos.
Minho piscou lentamente, tentando absorver o que acabou de ouvir. A parte que mais o impactou foi o fato de que eles já haviam se beijado no passado. Agora ele odeia mais ainda o CRUEL por ter o feito se esquecer de tudo.
—Por que não me contou antes? Você poderia ter me contado, eu também faço parte dessas memórias.
—Não faria diferença, Minho! Você se esqueceu de tudo mesmo. — ela deu de ombros.
—Não faria diferença? — ele diz se levantando da cama enquanto a olhava com um olhar incrédulo. — Caramba, Ella! Isso é algo que eu deveria saber! Você mesma disse que prometeu para mim no passado que iria me contar tudo! Por que está descumprindo a sua própria promessa?!
Ele parecia um pouco irritado com o fato de que ela havia escondido isso dele. Algo que era sim importante, porque era algo sobre o passado de ambos, onde os dois deveriam saber.
—Minho... eu não queria trazer isso à tona. — ela suspirou, passando uma das mãos pelo cabelo em um gesto nervoso. — Não era só sobre o beijo. Era tudo. Todo o passado. Tudo o que passamos. Achei que isso só... complicaria as coisas.
Ele soltou uma risada curta, sem humor.
—Complicaria? Você tá brincando, neh? Tudo já é complicado, Ella! Não percebe que você esconder isso só piora?
—E o que eu devia ter feito? — ela rebateu, levantando-se para encará-lo. — Te enchido com memórias que você não se lembra? Isso não ia mudar nada!
—Mudaria pra mim! — Minho exclamou, a voz carregada de frustração. — Porque agora tudo o que eu consigo pensar é no que mais você não me contou.
Ela abriu a boca para responder, mas ele se aproximou antes que pudesse dizer qualquer coisa, a postura tensa, mas os olhos fixos nos dela com uma intensidade inegável.
—Você sabia que isso era importante. — sua voz baixou, mas ainda era firme. — Sabia que eu merecia saber, e mesmo assim decidiu esconder.
—Minho... — Elleanor começou, mas ele a interrompeu novamente.
—Não, me escuta. — o asiático diz enquanto se aproximava lentamente dela. — Não é sobre o beijo, ou as memórias. É sobre você ter decidido por mim.
A ruiva sentiu um nó na garganta, as palavras dele atingindo-a como um golpe. Minho continuou, a voz agora mais controlada, mas ainda carregada de uma intensidade que a deixava sem fôlego.
—Sabe o que mais me irrita? — ele inclinou a cabeça ligeiramente, um pequeno sorriso amargo surgindo em seus lábios. — Que, mesmo depois de tudo isso, mesmo depois de você esconder o que aconteceu, eu ainda quero lembrar daquele momento. E posso te falar o por quê? Porque eu sempre desconfiava que havia algo entre a gente. Desde o momento em que te vi, eu sempre sentia, sempre.
Elleanor franziu o cenho, completamente confusa. Como ele sentia?
—Como você sentia sendo que o CRUEL apagou todas as nossas memórias? — indagou.
Minho segurou as suas mãos, a conduzindo até a cama novamente. Ele se sentou, fazendo com que ela se sentasse ao seu lado enquanto olhava no fundo dos seus olhos azuis.
—O CRUEL pode ter feito eu esquecer de você aqui. — ele aponta para a sua cabeça, indicando a sua mente. — Mas eles nunca fizeram eu esquecer de você aqui. — o asiático pega a mão dela e a coloca sobre o peito. Ela pôde sentir as batidas do coração dele em sua palma. Batia descompassadamente. Era como se estivesse fora de seu corpo, quase palpável. — Está sentindo? É desse jeito que ele fica toda vez que te vejo. Desde a primeira vez que te vi, ele sempre demonstrou sinais de que havia algo antes, porque não era possível que uma pessoa completamente desconhecida causasse tanto efeito em mim como você causa.
Pronto, agora era o coração dela que começou a ficar acelerado. Pior que ela não discorda dele, Elleanor também sentiu que conhecia Minho no início, mas achou que era impressão sua e resolveu seguir a sua vida na Clareira. Após receber suas memórias de volta, percebeu que não era impressão, era real. Eles realmente tiveram algo no passado.
O garoto colocou uma mecha que caia no rosto da ruiva atrás da orelha, dando mais visibilidade para o seu rosto.
—Os seus cabelos ruivos... — ele diz enquanto acariciava as pontas dos fios ruivos de Elleanor. — São das mesmas cores das chamas que incendeiam meu coração toda vez que te vejo, Ella.
Elleanor sentiu seu coração dar um salto com as palavras dele. Ela tentou dizer algo, mas a voz simplesmente não saía. O olhar dele desceu para seus lábios por um breve momento, e ela viu a hesitação em sua expressão. Era como se ele estivesse lutando contra algo dentro de si, mas, ao mesmo tempo, incapaz de resistir.
—Como foi? — Ella o encarou confusa. — O beijo.
E de repente, a ruiva ficou meio sem jeito de falar. Como se falar dos detalhes fosse completamente constrangedor, ainda mais para o Minho. E parece que o asiático percebeu que ela ficou envergonhada.
—Ah... foi... bom... — ela respondeu meio sem jeito, dando uma pausa nas palavras.
Minho arqueou uma sobrancelha, claramente insatisfeito com a resposta vaga dela.
—Foi só bom? — ele diz em um tom de voz provocador enquanto se aproximava mais dela, encurtando um pouco a distância entre eles.
—Ah, quer mesmo que eu diga? — perguntou com a voz baixa, indicando que ainda estava um pouco sem jeito. Ela tentou desviar o olhar, mas o asiático fez com que ela o olhasse de novo.
—Não sei, acho que seria melhor repetirmos, não acha? — ele se aproximou mais, deixando seus lábios bem próximos aos dela.
A ruiva arregalou os olhos, surpresa. Se antes seu coração estava acelerado, agora ele disparava. Um sorriso pequeno apareceu nos lábios do garoto. E antes de Elleanor falar algo, ele quebrou os poucos centímetros de distância entre eles, selando os seus lábios logo em seguida. Ella novamente ficou surpresa com a ação dele, mas não hesitou em retribuir. Ao tocar seus lábios, sentiu como se seu corpo estivesse entrando em erupção.
Não demorou muito para Minho aprofundar o beijo, buscando espaço para a sua língua, Ella prontamente abriu os lábios, permitindo a sua passagem. As mãos dele foram para a sua cintura, a puxando para mais perto de si, fazendo com que as mãos da ruiva fosse até seus ombros. Era um beijo tão... diferente. Era necessitado, como se eles precisassem daquele toque há muito tempo. Um beijo intenso e quente com a necessidade de querer mais.
—Você sabe que tem mais pessoas lá embaixo que pode muito bem perceber a nossa ausência, não é? — sussurrou a ruiva se separando do beijo.
—Se não perceberam a nossa ausência até agora, não vão perceber mais. — ele diz com um sorriso travesso, com um brilho no olhar enquanto acariciava a cintura da ruiva sobre o tecido. — Só... aproveita, tá legal? Esquece os outros.
Ela abriu a boca para responder, mas Minho a calou com outro beijo, o mesmo beijo quente em que eles estavam antes da própria garota interromper. Ele está certo, Elleanor precisa esquecer os outros e aproveitar esse momento.
No calor do momento, Ella se afastou do beijo por um breve instante, respirando fundo enquanto seus olhos buscavam os de Minho. Sem dizer uma palavra, ela acomodou-se em seu colo, com uma perna de cada lado do corpo dele, sentindo a proximidade que fazia seu coração disparar. Minho a observava atentamente, os olhos escuros carregados de uma intensidade que a deixava sem fôlego. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela o puxou novamente para um beijo, mais urgente e cheio de desejo.
Os lábios deles se moviam em perfeita sintonia, como se cada movimento fosse uma dança previamente ensaiada. Minho deslizou uma mão para a cintura dela, enfiando os dedos por debaixo da blusa em um toque suave, quase hesitante, como se estivesse explorando algo precioso. O contato de sua pele contra a dela fez a garota estremecer, um arrepio percorrendo sua espinha enquanto ela se inclinava mais para ele, entregando-se completamente àquele momento.
Sem perceber, ela começou a mover os quadris sobre o colo dele, um movimento lento e instintivo, buscando mais daquela proximidade. Minho arfou contra os lábios dela, um som baixo que fez o coração dela acelerar ainda mais. Ele segurou sua cintura com mais firmeza, como se precisasse de algo para ancorar-se enquanto a sensação crescente tomava conta de seu corpo.
—Garota, isso é um verdadeiro golpe baixo. — ele sussurrou em meio ao beijo, sua voz rouca, carregada de emoção que logo arrancou um sorriso da ruiva.
Enquanto uma das mãos de Minho deslizava suavemente pela cintura de Elleanor, seus dedos traçando pequenos círculos na pele sensível, a outra passeava com mais ousadia por sua coxa. O toque era lento, quase provocador, e cada movimento arrancava arrepios que percorriam o corpo da ruiva. Ela não conseguiu evitar inclinar-se ainda mais para ele, buscando um conforto que parecia estar apenas no calor daquele momento. Em resposta, suas mãos subiram até a nuca de Minho, onde ela começou a acariciar os fios escuros de seu cabelo, entrelaçando os dedos com uma delicadeza que escondia sua crescente urgência.
Um leve puxão nos cabelos dele fez o asiático soltar um suspiro baixo, rouco, que enviou um arrepio pela espinha dela. Era um som que parecia ecoar diretamente em sua mente, acendendo algo dentro dela que ela mal sabia que existia. E então, ela percebeu: havia algo mais, algo mais intenso entre eles. Ela sentiu o volume crescente na calça dele, pressionando contra a sua intimidade, o que fez o desejo pulsar dentro dela de forma avassaladora. Não, nenhum dos dois tem experiência. Depois daquele beijo no CRUEL, essa era a segunda vez em que ambos se beijavam e a primeira vez que eles fazem mais que isso. E mesmo não tendo experiências, eles resolveram seguir os seus "instintos". Eles vão fazer o que acham que deveriam fazer. Afinal, tudo o que eles querem é aproveitar o momento.
Cada toque, cada movimento parecia incendiar o ambiente ao redor deles, como se o mundo tivesse desaparecido, deixando apenas os dois, juntos naquele momento carregado de emoção e desejo.
O calor entre eles era palpável, quase sufocante, e Minho se viu obrigado a interromper o beijo por alguns segundos, sua respiração acelerada preenchendo o silêncio do quarto. Ele rapidamente tirou a jaqueta que usava, jogando-a para um canto qualquer sem se preocupar onde cairia. Seus movimentos eram quase urgentes, como se quisesse se livrar de qualquer barreira entre eles. Elleanor, sentindo o calor que tomava conta de seu corpo, seguiu o exemplo, retirando sua jaqueta com mãos trêmulas e deixando-a cair ao lado da cama. Ambos estavam tomados por uma mistura de ansiedade e desejo que parecia não ter fim.
Antes que pudesse pensar em mais nada, Minho inverteu as posições com facilidade, pegando Ella de surpresa. Agora, ela estava deitada na cama, os cabelos ruivos espalhados pelo colchão velho como uma moldura, enquanto ele se posicionava sobre ela. Sua boca ficou seca quando ele deitou seu corpo sobre o dela. Era uma sensação tão... boa, tão gostosa. Os olhos dele se encontraram com os dela, e por um momento, o tempo parecia ter parado. Havia algo na intensidade daquele olhar que fez o coração dela disparar ainda mais rápido, como se ele pudesse enxergar além da superfície, direto para a sua alma.
Os dois voltaram a selar os lábios com urgência, mas Minho logo decidiu mudar o ritmo. Ele finalizou o beijo com uma leve mordida no lábio inferior dela, que fez a garota arfar suavemente contra sua boca, e então começou a traçar uma trilha de beijos descendo até o maxilar dela. Seus lábios se moviam devagar, quase com adoração, deixando uma sensação quente e formigante em cada ponto que tocava. Quando chegou ao pescoço da ruiva, ela instintivamente tombou a cabeça para o lado, expondo a pele delicada para ele, como um convite silencioso.
O jovem aproveitou o acesso, pressionando uma série de beijos estalados e úmidos contra a curva do pescoço dela. O calor de sua respiração contra a pele dela a fazia arrepiar da cabeça aos pés, e seus dedos começaram a se mover automaticamente, arranhando levemente as costas dele por debaixo da blusa. O asiático não conteve um suspiro baixo, o som reverberando no pequeno espaço entre eles. Ele começou a alternar entre mordidas suaves e chupões delicados, cada movimento calculado para testar as reações dela. Elleanor soltava pequenos gemidos, tentando manter o controle, mas era impossível.
—Merda... — Minho murmurou com a voz rouca, afundando o rosto na lateral do pescoço dela. Ele estava lutando contra o desejo que parecia aumentar a cada segundo. Seu membro pulsava, implorando por um toque, mas ele respirou fundo, tentando manter o controle. Não queria avançar rápido demais.
Porém, ele não era o único sendo consumido pelo momento. Ella sentia sua própria intimidade pulsar de forma desesperada a cada toque dele. Era uma sensação avassaladora, como se todo o seu corpo estivesse pedindo por mais, implorando por algo que nem sabia descrever. Diferente de Minho, ela não estava disposta a esperar.
Com um impulso de coragem, Elleanor o puxou de volta para si, selando os lábios em um beijo ardente e urgente. Minho ficou surpreso com a intensidade dela, mas rapidamente se entregou, quase perdendo o fôlego. Sua mão deslizou automaticamente até o quadril da ruiva, segurando-a com firmeza, como se quisesse mantê-la ali para sempre. O calor entre eles era palpável, e o beijo só aumentava essa conexão, como se ambos estivessem tentando transmitir tudo o que sentiam através daquele contato.
—Min... — ela murmurou contra seus lábios, os dedos apertando a nuca dele em um pedido silencioso.
—Calma, Elly. — ele sussurrou, sorrindo de leve enquanto separava o beijo apenas para olhar nos olhos dela. Os lindos olhos azuis como o céu ensolarado, que agora estava brilhando.. — Quero aproveitar cada segundo disso.
A ruiva, ainda tomada pela impaciência que pulsava em cada parte do seu corpo, respirou fundo, tentando controlar sua ânsia. Mesmo relutante, ela assentiu levemente. Confiaria no ritmo dele.
O asiático se inclinou novamente, retomando a trilha de beijos por seu pescoço, cada toque dos lábios dele parecia incendiar sua pele. As mãos dele deslizaram para baixo, explorando com cuidado por debaixo da blusa dela. Os dedos eram gentis, mas firmes, traçando caminhos que arrancavam gemidos baixos da garota, que ecoavam pelo quarto como música.
Com as pernas rodeando sua cintura, Elleanor as contraiu um pouco, fazendo ele suspirar. Ela queria senti-lo mais perto. Queria que seu corpo se fundisse com o dela e eles virassem um só.
Minho, por sua vez, parecia absorver cada reação dela como um estímulo. Quando percebeu a intensidade da reação da ruiva, ele deslizou uma das mãos para o botão da calça dela. Sua respiração estava pesada, mas seus movimentos eram calculados, como se quisesse dar a ela todo o tempo do mundo para recuar, caso quisesse. Seus olhos encontraram os dela, buscando qualquer sinal de hesitação, qualquer indício de que ela quisesse recuar. Mas não houve nada disso. O olhar dela estava intenso, cheio de desejo, e algo nela o impulsionou a seguir em frente. E então, ele finalmente desabotoou o primeiro botão da calça jeans dela, enquanto voltava a selar seus lábios. Seus dedos deslizaram até o zíper, abrindo-o com a mesma calma, a sensação de estar completamente alinhado com ela intensificando ainda mais o calor que sentiam. Os dois pareciam sincronizados, como se soubessem exatamente o que o outro queria. As inseguranças e a falta de experiência não importavam naquele momento, o que guiava cada movimento era a necessidade de estarem juntos.
—Ei, gente, Jorge chamou todo mundo para com... — o som da porta se abrindo junto com a voz de Newt fez com que os dois congelassem no mesmo instante, seus rostos virando em direção à porta de onde vinha a voz familiar. E lá estava Newt, parado no batente, a expressão alternando entre confusão e surpresa enquanto seus olhos rapidamente captavam a situação.
Ella teve que morder os lábios para segurar a risada, estava nervosa e envergonhada demais, mas a vontade de rir por causa disso era maior. Minho, por sua vez, afastou-se rapidamente, sentando-se ao lado dela na cama, claramente irritado pela interrupção.
—Porra, Newt! Sério?! — ele exclamou irritado para o loiro. — Cara, você não sabe bater na porta não?!
—Desculpa, tá bom? Não sabia que vocês estavam... — ele fez um gesto amplo com as mãos, evitando olhar diretamente para os dois. — Seja lá o que estavam fazendo.
—Que tal aprender a bater na próxima vez, hein? — ele resmungou, dessa vez menos irritado do que antes. — Isso seria bem útil.
Newt abriu a boca para responder, mas acabou soltando um riso contido, balançando a cabeça.
—Tá, tá, entendi o recado. — ele deu um passo para trás, segurando a porta. — Eu só vim avisar que o Jorge está chamando todo mundo para comer.
—Tudo bem, obrigada! A gente já desce. — diz Ella, tentando novamente não rir da situação em que se encontram.
O loiro estava prestes a sair e fechar a porta quando se virou de novo.
—Ah, e trancar a porta pode ajudar muito, viu? — foi o que ele disse antes de sair do quarto e fechar a porta.
Pronto, agora Elleanor realmente não conseguiu segurar a risada. Ela começou a gargalhar, não alto, mas também não tão baixo. Apesar de ter sido constrangedor, ela estava rindo, mas rindo de nervoso. Pelo menos ela pensava pelo lado bom, era o Newt, e não outra pessoa.
Apesar de estar frustrado e um pouco irritado, Minho também começou a rir. A risada da ruiva era tão contagiante que fazia ele rir até em momentos como esse.
—Pelo menos sabemos que ele não vai nos julgar, no máximo nos zoar um pouco. — diz a ruiva enquanto cessava um pouco as suas gargalhadas. — Melhor irmos se não quisermos uma outra visita inesperada.
Antes de Elleanor se levantar, Minho segurou a sua mão, a impedindo de fazer qualquer movimento para sair da cama e, sem dizer nenhuma palavra, ele a puxou e a guiou delicadamente para que ela se acomoda-se em seu colo, do mesmo jeito que estavam antes. O asiático abraça a cintura da garota, a puxando para mais perto, para impedir que ela saísse, essa atitude dele fez com que as mão dela fossem para os seus ombros. Ella ainda sentia o volume que ainda estava presente na calça do mesmo, o que a fez entender essa ação repentina.
—Elly, deixa para lá... Vamos ficar por aqui mesmo, hum? — ele diz com uma voz manhosa e com seus olhinhos brilhando como um céu de uma noite estrelada.
Ella sorriu com essa fala dele, porém sabia que não deveriam demorar. Quais as chances de alguém subir e pegar eles no pulo? E quais as chances de ser outra pessoa e não Newt como da primeira vez?
—Não, Min Min, precisamos ir para evitar que outra pessoa venha para cá.
—Posso te falar uma coisa? A essa altura do campeonato, eu nem ligo mais. O que eles vão fazer? Nos zoar? Já faziam isso antes mesmo do Newt entrar aqui e ver nós dois. Deixa essa ideia de descer para lá, não estou nem aí para o que vão falar. — ele diz novamente acariciando a cintura dela por debaixo da blusa, esse toque fez ela soltar um suspiro baixo.
—A gente precisa ir... — tentou insistir, mas sua voz acabou vacilando quando ele depositou um beijo em seu pescoço. Merda, ele sabia realmente como a desestabilizar.
—Só mais alguns minutinhos, tá legal? — Minho sussurrou contra a pele dela, com a voz rouca que fez um arrepio percorrer pela espinha da ruiva.
Porém, dessa vez ela não ia deixar aquilo acontecer novamente, pelo menos não agora. Elleanor afastou Minho delicadamente, voltando a olhar no fundo de seus olhos negros que ainda estavam brilhando.
—Não, nem mais alguns minutinhos. — ela diz em um tom de voz firme, como se tivesse dando uma ordem. — Nós vamos voltar lá para baixo, como dois adolescentes normais. Ninguém, além do Newt, precisa saber o que fizemos aqui, combinado?
O asiático tombou a cabeça para atrás enquanto resmungava. Parecia uma criança manhosa quando os pais recusava dar um brinquedo que o filho queria muito.
—Tá bom, você venceu. — ele diz voltando a olhar para os lindos olhos azuis brilhantes da garota. — Mesmo eu não querendo isso.
—Olha, eu prometo que depois, quando tivermos mais uma oportunidade, quem sabe a gente termina o que começamos? — Elleanor diz, arrancando um olhar surpreso de Minho. A garota mordeu os lábios para evitar dar um sorriso envergonhado pelo o que ela havia acabado de dizer.
—Você brinca muito com o fogo, sabia? No sentido literal. — essa fala do garoto fez com que ambos soltasse uma gargalhada.
—Você me perdoa, não é? Por não ter te contado sobre as memórias, e...
Antes dela completar a frase, Minho a interrompeu com um selinho rápido. Deixando bem claro a sua resposta.
—Claro que eu te perdoo, Elly. Eu que tenho que pedir desculpas pelo jeito que falei com você.
—Você não precisa pedir desculpas! Acho que eu teria agido da mesma forma. Você não estava errado, eu estava. Eu não deveria ter escondido essas memórias por tanto tempo.
—Deixa tudo no passado, já foi. — ele sorriu, fazendo com que a ruiva sorrisse também. — Por que não queria me contar?
Ella deu de ombros.
—Medo. De você me odiar por causa de tudo o que aconteceu. Eu fui um deles, Min Min, e agora eu sei que fui. Por parte, também fui eu que ajudei a criar o labirinto.
—Eu nunca vou te odiar, Elly, nunca mesmo. — diz ele enquanto acariciava os fios de cabelo dela, a garota sorriu com esse toque gentil.
—Bom, agora vamos antes que nos procurem de novo. — falou enquanto saia do colo dele e levantava da cama.
Novamente Minho resmungou e, sem muita escolha, se levantou da cama também. Elleanor abotoou a sua calça, que ainda estava com o botão e o zíper aberto, pegou a sua jaqueta que estava na cama e começou a ajeitar o seu cabelo que definitivamente estava bagunçado. O garoto também pegou a sua jaqueta, essa que estava jogada no chão, e tentou se ajeitar também. Eles precisam estar parecendo dois adolescentes normais que não tentaram fazer nada demais em um quarto.
—Agora estamos parecendo dois adolescentes normais que estavam fazendo qualquer outra coisa sem ser o que nós realmente estávamos fazendo? — perguntou Ella após terminar de ajeitar o seu cabelo e olhando para Minho, este que deu uma risada nasal com a pergunta da ruiva.
—Acho que estamos.
—Ótimo! Então estamos prontos! — diz com um sorriso enquanto se direcionava até a porta, a abrindo em seguida.
Os dois saíram do quarto e desceram, indo até a cozinha onde todos estavam reunidos e sentados em uma mesa. A comida estava posta assim como algumas tigelas e talheres. Ella e Minho se sentaram lado a lado, o que arrancou alguns olhares para eles.
—Demoraram muito para descerem, hermanos. O que estavam aprontando? — Jorge indagou, colocando algumas garrafas de água na mesa.
Imediatamente os dois ficaram meio sem jeito e em completo choque. Não haviam pensado em nenhuma desculpa para se caso alguém perguntasse o que eles estavam fazendo. Claro, o único que sabia era Newt, mas ele não iria contar e muito menos os dois pombinhos que acabaram de se sentar a mesa.
—Ah... Nós estávamos... É... — a ruiva tentou inventar uma desculpa, e chegou até a olhar para o asiático para ver se ele dava alguma luz, mas ele apenas deu de ombros, indicando que estava na mesma situação que a garota. — Conversando...
—E arrumando o quarto. Sabe como é, a El é uma maníaca da limpeza e teve que puxar o pobre do Minho junto. — Newt acabou ajudando na invenção das desculpas. Santo Newt! Ella vai agradecê-lo depois.
Parece que a desculpa convenceu um pouco o Jorge, mas não convenceu o restante do grupo, mas resolveram apenas ignorar.
—O que inventaram para comer? — a ruiva mudou de assunto, olhando para as panelas velhas que estava em cima da mesa.
—Arroz e linguiça enlatada com macarrão, não temos muita opção. — respondeu Caçarola. — Nisso era legal na Clareira, tínhamos muitos porcos e animais, o rango era completo.
—Só faltava ser bom. — Minho diz em forma de brincadeira, arrancando uma risada do pessoal. Caçarola apenas fez uma careta, como se o que o garoto falasse fosse besteira.
O grupo começaram a se servirem e a comer. A animação voltou a tomar conta do local, como se fossem um grupo de amigos que estavam em uma festa do pijama. Apesar das dificuldades e dos problemas que estão passando, estava sendo bom passar esse momento feliz.
Enquanto todos estavam envolvidos em conversas e risadas, Minho discretamente deslizou a sua mão, que estava debaixo da mesa, até alcançar a mão de Ella. A ruiva se assustou ao sentir o toque da mão dele com a sua, mas não hesitou em entrelaçar seus dedos nos dele, apertando suavemente. Um sorriso surgiu nos lábios de ambos, como se aquele toque fosse a coisa mais natural do mundo, como se as mãos deles fossem realmente feitas um para o outro. Ninguém havia percebido, e por parte isso era bom para os dois.
De repente, um ruído metálico ecoou, não atrapalhou a conversa do grupo, mas eles ouviram. Caçarola havia derrubado a sua colher e resmungou antes de se abaixar e pegar o objeto debaixo da mesa. Foi então que ele viu as mãos de Ella e Minho entrelaçadas debaixo do móvel de madeira. Ele parou por um segundo, claramente surpreso, mas logo se levantou com a colher na mão.
—Nem na hora de comer, gente? — indagou ele, fazendo com que os dois olhassem para o moreno, não só eles dois, mas sim, todo mundo na mesa.
—Do que está falando, Caçarola? — indagou Teresa.
—Esses dois de mãos dadas debaixo da mesa como se fossem um casal. — respondeu. — Se quiserem esconder, está bem longe de ser o melhor disfarce.
—Espera aí, tem algo rolando entre vocês? — quis saber Ethan.
Enquanto todos estavam com olhares curiosos sobre Ella e Minho, Newt dava um sorriso de canto, porque ele sabe que estava rolando, ele viu o que quase rolou. Com certeza o loiro tinha mais vantagem em saber, do que os outros curiosos.
Os dois ainda estavam congelados, sem saber exatamente o que dizer. Estava mesmo rolando algo entre eles? Que pergunta, claro que estava! Porém, eles não queriam dar detalhes ou responder esse questionário desnecessário.
—Se vocês pudessem saber, a gente já teria contado. — Ella foi a única que respondeu.
—Ou não. — completou Newt, finalmente se pronunciando. Ele deu de ombros, mas seu tom carregava uma provocação sutil. — Talvez não queiram dividir o que acontece em um quarto.
Ella lançou um olhar mortal para Newt, que apenas deu um sorriso inocente em resposta. Na cabeça da garota, tudo o que ela pensava era em esquentar a comida dele a ponto de queimar a sua língua. Mas, não tinha forças nem para fazer isso.
—Exatamente, porque não é da conta de vocês. — retrucou Minho. — É melhor vocês, mertilas, ficarem quietos ao invés de ficar fazendo provocação sem sentido.
—Mas, real tem algo acontecendo entre vocês? — dessa vez Aris quem perguntou.
—NÃO! — Ella e Minho responderam em uníssono. O que fez com que o restante do grupo se encarassem, como se soubessem que eles estavam mentindo.
—Sabe de uma coisa que eu pensei? — Newt começou a dizer. — Acho que Teresa e eu devemos nos mudar de quarto e se juntar com os outros para deixar os pombinhos a sós.
—Melhor não, Newt. Capaz de deixarem eles sozinhos e vir um mini Minho ou uma mini Ella. — Ethan resolveu entrar na brincadeira. Elleanor direcionou um olhar incrédulo na direção do loiro. Até ele está zoando com eles dois?
—E eu acho melhor vocês terminarem de comer e depois irem dormir. Amanhã temos um dia cheio, hermanos. — Jorge interviu.
Por parte, Ella agradeceu a intervenção de Jorge, mesmo sabendo que ele também estava rindo de algumas provocações. Apesar de ter sido constrangedor, foi... engraçado. Isso era uma verdadeira família, onde eles se zoam e fazem brincadeiras, o que seria uma família perfeita se não fosse assim? Essas que são as melhores.
Naquele momento, todos estavam tendo a família que nunca tiveram ou que já perderam um dia. Era como se cada risada, cada provocação, fosse um pedaço de afeto que os unia mais e mais. Eles estavam tendo o que o CRUEL tiraram deles: um lar.
No começo do capítulo eles brigando e no final eles no maior love. Teve reconciliação melhor que essa?😝☝🏻
Juro que AMEI escrever esse capítulo e confesso que tive MUITAS ajudas e opiniões! Então, quero agradecer a todas as minhas amigas que me ajudaram com as suas opiniões (não irei marcar porque realmente foram muitas LALAKALAMAMAM)
Já deixo ressaltado que não sou experiente em escrever esse tipo de cena e pode sim ter alguma coisa errada.
A Teresa como sempre sendo uma quenga, mas pelo menos ela deu a brecha para aquela cena do Minho e da Ella, uepa😏😝
Acabei de perceber que falta DOIS capítulos para o fim do ato dois e percebi que vou ter que enrolar para escrever eles dois, já que a capa e a crackshipp que eu pedi só vai ser entregue semana que vem, entaooo, o terceiro ato só vai ter inicio na próxima semana!
O que estão achando da fanfic? O que acharam do capítulo? Do desenvolvimento dos personagens? Sejam totalmente sinceras por favor!
Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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