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xv. we were just scared kids

༄𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃୭࿔
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗤𝗨𝗜𝗡𝗭𝗘 ᵕ̈
❝ nós éramos apenas crianças assustadas ❞
࿐「 🔥 」୭࿔


O grande corredor iluminado com paredes brancas lhe dava calafrios a cada passo dado. Suas mãos tremiam e suavam ao mesmo tempo. Depois de três anos trancada em um quarto, finalmente iria conhecer mais pessoas da sua idade além de Thomas e Teresa. E isso deixava a pequena Elleanor ansiosa. Como eles seriam? Como vai ser a primeira impressão deles com ela?

—Elliott disse que você está preparada. — começou a Dra Paige enquanto caminhava ao seu lado. — Espero que realmente ele esteja certo e que eu não me arrependa.

Foi graças ao seu irmão, Elliott, que Ella saiu daquele quarto. O garoto havia pedido para a mãe para que a irmã saísse daquele cômodo por um tempo, ajudando todos os outros nos testes e exames das crianças imunes. Obviamente, a pequena Elleanor de seis anos não tinha experiência, por isso, para o pedido do irmão acontecer, Elliott a treinou e ensinou as coisas que precisava saber para realizar esse trabalho. Agora, com sete anos, a garota aprendeu tudo o que vai colocar em prática em seu novo trabalho.

—Lembre-se, Elleanor. — a mais velha diz se abaixando, ficando na altura da filha assim que chegaram de frente a uma porta. — Essas crianças não são seus amigos, são cobaias, são a nossa salvação. Não confunda as coisas, tudo bem? — disse acariciando os longos cabelos loiros e ondulados da menor.

—Então, não posso ser amiga deles? — perguntou a loira com uma carinha triste.

—Não. Você não pode misturar as coisas, querida. Seus verdadeiros amiguinhos são Teresa e Thomas. É com eles que deve andar, pessoas do seu nível, tudo bem?

A pequena garotinha, sem opção, assentiu com a cabeça. Logo a mais velha se levantou e abriu a porta, fazendo com que as duas entrassem na sala. Havia vários doutores ali, e pareciam estar em uma pequena correria.

—Pessoal, gostaria da atenção de todos vocês. — chamou Ava Paige, fazendo com que todos olhassem para as duas. — Quero dizer que a minha filha, Elleanor Paige, será a sua nova colega de trabalho. Não precisam pegar leve ou tratá-la melhor só porque é minha filha, ela vai ser uma funcionária assim como todos vocês.

A loira acenou com sua pequena mão para todos ali, que, alguns por educação e outros por espontânea vontade, acenaram de volta, uns com um sorriso e outros apenas com uma feição séria.

—Se ela fizer algo errado, não hesitem em me contar para tomar as devidas... providências, vamos dizer. — completou Ava. — Podem voltar ao trabalho. — pediu. Os outros imediatamente voltaram a fazer o que estavam fazendo antes. — Vista o seu jaleco e se prepare. — diz para a filha que assentiu com a cabeça.

Após se preparar, colocando o pequeno jaleco, que coube perfeitamente nela, Elleanor recebeu a primeira tarefa de uma das mulheres que trabalhava lá.

—Tem um garotinho na sala para coletar sangue, gostaria de fazer as honras? — ela perguntou com um sorriso. Ella gostou dela de primeira já que parecia ser bem simpática. A pequena assentiu com a cabeça com o mesmo sorriso.

A mulher lhe entregou uma pequena bandeja com agulha, elástico, gazes, álcool e tubos para coletar o sangue do seu primeiro paciente. A moça disse onde ele estaria e a loira não hesitou em ir até a sala indicada. Ao entrar, ela se deparou com um garoto que deveria ter a sua idade, cabelos pretos e traços asiáticos. Ele vestia um uniforme azul que parecia ser costumeiro para todas as crianças, pelo menos foi o que ela acha ao ver as outras com o mesmo uniforme. O menino a encarou um pouco confuso, já que nunca havia a visto ali e também porque era muito nova para trabalhar ali.

—Oi! — a loira o cumprimentou com um sorriso. — Não se preocupe, eu não vou machucar você. Apenas fazer um exame que provavelmente você está acostumado.

O asiático apenas assentiu com a cabeça enquanto via Elleanor fazer os preparativos para coletar o seu sangue. Ele ainda estava bem confuso sobre a aparição dela ali.

—Você parece muito nova para trabalhar aqui. Posso mesmo confiar em você? — quis saber ele.

—Eu fui treinada, não tenha medo e pode confiar em mim. — ela voltou a olhar para ele. — A propósito, eu sou a Elleanor. — se apresentou com um sorriso enquanto estendia a mão para o garoto, indicando que queria fazer um aperto de mão.

—Minho. — ele também se apresentou e apertou a mão da garota.

—Prazer em te conhecer, Minho. — ela continuou com um sorriso. — Provavelmente vamos nos ver muito por aqui.

 

Os gritos agonizantes e estridentes assustavam a pequena garotinha loira, que via todo aquele horror a sua frente. A Elleanor de dez anos estava desesperada e em um estado completo de choque, sem saber o que fazer.

Minho estava preso a uma cadeira enquanto um outro compartimento era aberto. Esse que havia um verdugo.

Na noite anterior, Elleanor, Thomas, Minho, Gally, Chuck, Alby, Newt e Teresa tentaram escapar do CRUEL, mas obviamente o plano deu errado e obviamente a sua mãe não ia deixar isso sair em pune.

E ali estava a sua punição. O verdugo se aproximando de Minho e ele berrando de medo e com uma feição assustada no rosto.

Tudo o que ela queria era que eles o deixassem em paz.

—PARA! — berrou a loira. — PARA! POR FAVOR!

Mas, obviamente, ninguém a ouviu. Aquela coisa horrenda ainda se aproximava do garoto assustado que estava se debatendo nos imobilizadores que o prendiam enquanto gritava. Aquela cena era o verdadeiro filme de terror para a garota.

—Por favor! Para! Por favor! — ela implorou mais uma vez.

—Cala a boca! — Janson, que estava ali também, ordenou enquanto dava um tapa forte na loira, que a fez cair no chão.

Se antes ela estava quase chorando, agora as lágrimas começaram a cair sem a sua permissão. Elleanor colocou a mão sobre a sua bochecha, onde foi o local atingido, que latejava e doía como nunca.

Mas essa dor física estava longe da dor interna, essa que aumentava a cada segundo ao ver Minho preso naquela sala com aquele monstro.

—Não seja sensível, Elleanor! — sua mãe começou a dizer. — Isso é para você e seus amigos aprenderem a não desobedecer as regras!

Thomas, que estava ali na sala também, ajudou a garota a se levantar, a abraçando em seguida, logo encarando Ava e Janson com um olhar sério.

—Parem agora. — pediu o garoto. — Já aprendemos a lição, agora deixa ele em paz! Se não fizerem isso, vamos parar de ajudar vocês, com qualquer coisa que for. Vocês vão ficar sem nós dois, que somos os mais inteligentes aqui.

Parece que a ameaça de Thomas deu certo, já que Ava ordenou que eles pausassem em uma espécie de chamada. O verdugo imediatamente congelou. Um suspiro aliviado saiu dos lábios da loira.

"Obrigada Tom..." — ela agradeceu em sua mente. — "Obrigada..."

Mais tarde naquele dia, Ella foi escondida até o dormitório de Minho. Depois daquele ocorrido da noite anterior, o grupo que estava em dormitórios juntos agora estava separados, especialmente para algo do tipo não acontecer novamente. Eles apenas almoçavam e jantavam no mesmo refeitório, mas sempre a observação de guardas.

Ela conseguiu abrir a porta, e viu o asiático deitado em sua cama, esse que assim que a viu, se levantou e foi em sua direção. Elleanor não conseguiu conter as lágrimas e começou a chorar, o abraçando em seguida. Ele parecia bem agora, mas nunca ia superar que ele se fosse. Minho havia virado seu amigo, junto com os outros garotos. Perder todos eles era como de a vida da loira acabasse.

—Me desculpa... E-eu tentei fazer eles parar, eu tentei...

—Fica calma, Elly, eu sei disso. — ele tentou a acalmar enquanto acariciava as suas costas. — Eu estou bem agora, é o que importa.

Assim que eles se separaram do abraço, Minho viu a marca avermelhada e a bochecha dela inchada. Ele imediatamente travou o maxilar.

—Quem fez isso em você? — perguntou com uma ponta de raiva na voz. Raiva da pessoa que fez isso nela.

—Está tudo bem, Min, vamos se preocupar com você agora! — ela tentou o acalmar. — Eu nunca vou deixar que nada de ruim aconteça com você, eu prometo.

Mas sabemos muito bem que essa promessa não vai ser cumprida.


E realmente Elleanor estava disposta a cumprir a sua promessa. Assim que descobriu que algumas crianças imunes seriam enviadas ao Labirinto, Ella começou a trocar os tubos de sangue de Minho para o sangue de uma pessoa que não era imune, assim, todos iam achar que o asiatico não era qualificado para ir para lá. Na sua mente, esse plano super daria certo. Já fazia um ano que estava fazendo isso, e estava tudo indo bem até então.

Hoje o primeiro a ter o sangue coletado seria Minho. Em seguida iria ver Newt. A garota foi em direção ao dormitório do asiático, entrando no local. Minho já estava pronto para o exame do dia, assim como sempre está.

—Bom dia. — ela o cumprimentou com um sorriso enquanto adentrava a sala.

Quando o asiático ia retribuir o cumprimento, ficou espantado ao ver a situação da garota. Ela estava... diferente.

—Ei, esqueceu de pintar as pontas? — indagou em forma de brincadeira enquanto apontava para o cabelo dela, fazendo com que Ella o olhasse com um olhar confuso.

O seu cabelo parecia que estava passando por uma transição de cor. Sua raiz estava crescendo em um tom ruivo e suas pontas com seu loiro natural. E ela sabia o porquê disso estar acontecendo.

Há umas duas semanas atrás, o CRUEL começou a fazer outros tipos de testes além de experimentos com a garota, mas nem ela sabe ao certo o porquê deles estarem fazendo isso. Eles injetavam coisas dentro dela que queimava o seu corpo, além de espécie de choques, que, ao invés de dar a famosa descarga elétrica, ele queimava. Essas duas semanas estava sendo as piores para ela, o verdadeiro inferno, literalmente.

—Ei, Elly, está tudo bem? — perguntou Minho ao ver que a garota ficou em silêncio do nada. Ele já havia se levantado e começado a caminhada em direção a ela com um olhar preocupado.

—Não é nada, Min, está tudo bem! — ela deu um sorriso forçado. — Volte a se sentar, já vou coletar o seu sangue. — voltou a preparar as coisas para fazer a coleta.

Mas, ele não se sentou, já que acabou vendo algo que o deixou mais preocupado ainda. Enquanto Ella pegava os tubos, ele conseguiu ver um pequeno hematoma que apareceu um pouco em seu braço. O asiático se aproximou mais da ruiva e pegou o seu braço delicadamente, e levantou a manga de sua blusa lilás, se assustando com o que viu. Seu braço estava cheio de queimaduras, queimaduras tão feias que algumas tinham até bolhas.

—O que aconteceu, Elly? — indagou, com preocupação e uma ponta de raiva. — O que eles estão fazendo com você?

A garota puxou o seu braço e abaixou novamente a manga da blusa.

—Nem dói tanto mais... — ela diz com um sorriso fechado enquanto dava de ombros. — Eu não sei porque eles começaram a fazer isso comigo, ou pelo menos não me lembro. No começo as torturas eram tão fortes que eu... Esquecia tudo o que passava antes...

Antes que Ella fizesse alguma coisa, Minho a puxou para um abraço, onde a garota, um pouco hesitante, acabou retribuindo. Era incrível o quanto que eles dois se sentiam confortáveis no abraço um do outro. Como se fosse o lugar mais seguro do mundo.

—Do mesmo jeito que você está sempre aqui comigo, eu também vou sempre estar com você, Elly.


Mais três anos se passaram. E parece que o que Ava disse para Elleanor foi em vão: ela havia se apegado aos seus amigos. Eles não eram meros cobaias, e sim sua família, sua segunda família. Além de que, ela amava Minho, e não recusava isso para si mesma. Mas, nunca iria dizer isso para ele, afinal, enquanto eles viverem nesse lugar, nunca que o amor deles daria certo.

—Soube da notícia? — a voz de sua mãe a fez parar de andar. Ella estava indo até o dormitório de Minho para os exames costumeiros. A garota, que agora era completamente ruiva, olhou para a mais velha com um olhar de dúvida.

—Que notícia? — quis saber Ella.

—O seu amiguinho asiático vai ir para o Labirinto amanhã.


Confesso que demorei para postar esse capítulo porque estava EMPACADA com esse começo. Tive que pesquisar bastante E ler Código da Febre para ver se vinha uma luz. E no final veio😝

Esse capítulo foi mais focado no passado da Ella com o MINHO! Mas, obviamente quando ela estava no CRUEL, ela também tinha contato com os outros meninos!

O passado deles dois vai continuar até o próximo capítulo, que em seguida, no mesmo capítulo, ele vai pular para os momentos atuais!

Obviamente o passado deles no CRUEL NÃO VAI ser cem por cento igual ao livro "Código da Febre"! Vai sim, haver MUITAS mudanças, porém, sem tirar a essência do universo e do livro, beleza?

Eles sofreram tanto nas mãos do CRUEL😭😭

Tivemos muitas migalhas desses dois, aff, amo demais! Uma pena que, até então, só a Ella vai se lembrar desses momentos deles😔☝🏻

QUERO AGRADECER AOS 3,1K DE VOTOS! SÉRIO, GENTE, MUITO OBRIGADA MESMOOO A TODO O APOIO E CARINHO QUE VOCÊS DÃO PARA A FIC💜✨️

Quero também agradecer a Sah (always_dreming) que me ajudou e MUITO nesse capítulo! MUITO OBRIGADA DE VERDADE SAAAAHHH💜💜

Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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