
xi. jealousy
—Antes de começarmos, tive uma ideia. — disse Effie que agora estava com um vestido vermelho e uma peruca dourada.
—Não diga! — o mais velho provocou e isso arrancou um sorriso de Effie.
—Lily tem seu broche de Tordo que Katniss a deu, Katniss tem a pulseira de katniss que foi presente de Lily, eu tenho meu cabelo. Então, rapazes, eu irei dar para vocês uma coisa dourada.
Peeta e Haymitch se entre olharam, um pouco confusos.
—E por que isso? — perguntou Haymitch.
—Uma recordação. Para mostrar que somos uma equipe e que eles não podem... — sua voz fica embargada e eu segurei sua mão com um sorriso, fazendo ela sorrir também.
Para a minha surpresa, Haymitch fez o mesmo que eu. Katniss e Peeta apenas sorriram para ela. Sensíveis, era como estávamos. Essa coisa de Massacre está nos fazendo sentir todos os sentimentos ruins que possa existir. Ansiedade, medo, raiva. Bom, não sei os outros, mas essas são as emoções que estou sentindo.
—Muito bem. — ela ajeita a sua postura. — Tudo será diferente porque é um Massacre Quaternário. A Capital não poupou gastos. Novo Centro de Treinamento, novos alojamentos, e, obviamente, uma arena muito especial. Mas este ano, enfrentarão outros Vencedores. Favoritos da Capital. Inteligentes, astutos, habilidosos. E todos eles se conhecem, vocês dois são os forasteiros, visto que Lily não teve muito contato com os outros Vitoriosos.
Tudo bem, esses Jogos vão ser complicados, ainda mais que posso ser alvo da maioria deles por dois motivos. Um: sou a neta do presidente Snow. Dois: para os outros, eu ainda sou a fraca menina de quatorze anos que não sabia segurar uma faca direito.
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—Quero que esqueçam tudo que acham que sabem sobre os Jogos. — começou a dizer Haymitch. Já estávamos em nosso alojamento, na sala de jantar. — O do ano passado foi brincadeira de criança. Este ano, vão lidar com todo o tipo de assassinos experientes.
—Tudo bem. O que quer dizer com isso? — perguntou Peeta.
—Ele quer dizer que vão precisar fazer alguns aliados. — disse Katniss.
—Exato! Diferente do que eu pensava, até que pensamos igual, queridinha. — ele disse dando uns tapinhas no ombro dela.
—Está bem. Eu acho que se... — Haymitch o interrompe.
—O problema não é você. — ele diz apontando para mim, me fazendo revirar os olhos e olhar para ele.
—Já tenho meus aliados, não quero outros.
—Você já é um alvo fácil. Acham que eles vão deixar a neta do presidente Snow por último? Ainda mais que você não sabe segurar uma arma? Vocês dois já estão começando em desvantagem. A maioria dessa gente é amigo há anos.
—Assim a prioridade deles é nos matar.
—Façam como quiserem, mas eu conheço essa gente, e você, passarinha, mais do que ninguém deveria conhecer também. Ajam sozinhos, e o primeiro passo deles será se livrarem de vocês. De ambos. — ele aponta para nós dois.
—Lily, qual é, não custa nada tentar. — disse Peeta. Respirei fundo.
—Como podemos confiar uns nos outros? Eu só confio em uma pessoa de todas essas!
—Não se trata de confiança, é uma questão de sobrevivência, como mencionou Katniss. — ele disse.
Logo estávamos na sala de estar, vendo a Colheita dos outros tributos. Peeta não conhece ninguém, diferente de mim que conheço, de longe, alguns. Ele precisa saber quem são cada um deles.
—Cashmare e Gloss. Irmão e irmã. Distrito 1. — começou Haymitch. — Venceram dois Jogos consecutivos. Favoritos da Capital. Diversos patrocinadores. Eles serão letais. — ele passa para o próximo Distrito. — E a outra metade do bando de Carreiristas. Brutus e Enobaria.
—Que dentes são esses? — perguntou Katniss.
—Ela os afiou para poder rasgar gargantas. — expliquei. Na edição de Enobaria, ela matou um tributo rasgando a garganta dele com os dentes.
—É comprometida. Devo admitir. — disse Peeta.
—Wiress e Beetee. — ele disse quando apareceu os tributos do 3. — Pouco combativos, mas brilhantes, e estranhos. Craques em tecnologia. Ele venceu os Jogos eletrocutando seis tributos ao mesmo tempo. — eles dois aparentavam ser gente boa, poderiam ser ótimos aliados. Haymitch passa para os tributos do 6. — Os Morfináceos. Mestres em camuflagem. Ganharam os Jogos se escondendo enquanto os outros morriam. Sempre se automedicaram, o que eu aprovo. Não são uma ameaça. O próximo, nossa querida passarinha conhece muito bem. — ele passou para o próximo Distrito, mostrando a imagem de Finnick.
—Finnick Odair, certo? — disse Peeta.
—Sim. Assim como nossa passarinha, venceu os Jogos aos quatorze. Super humilde.
—Está brincando. — disse Katniss.
—É claro que eu estou. Ele é vaidoso, todo empavonado. — Peeta coloca seu corpo para frente. — Mas, é o querido da Capital. Ele é amado aqui. Atraente, inteligente e muito habilidoso em combate. Principalmente na água.
—Ele não é tão desse jeito. Finnick é legal com as pessoas que tem consideração.
—Ou seja, ele é apenas legal com você. — retrucou Haymitch.
—E os pontos fracos? Quais são? — pergunta Peeta. Haymitch arqueou a sobrancelha.
—Preciso mesmo dizer isso? — ele olhou para mim, isso fez com que os outros dois me olhassem também. — Um: Lily Snow. Sua melhor amiga e praticamente irmã mais nova. Sempre estão juntos, o que faz alguns suspeitarem que eles são um casal, isso até Peeta aparecer. Dois: Mags. — Mags apareceu em seguida, ao lado de Annie que estava em prantos. Fiquei em choque ao ver que ela vai ir para o Massacre em seu lugar. Droga. — Foi voluntária no lugar de Annie. Mags foi mentora dele e, basicamente, o criou. Se tentar protegê-las de algum modo, vai se expor.
—Um cara assim devia saber que ela não sobreviverá. — começou Katniss. — Aposto que quando a situação apertar, não irá protegê-la. — odiava ter que concordar com isso, mas era a verdade.
—Espero que quando ela se for, não sofra. Ela é realmente uma mulher maravilhosa.
A apresentação continuou. Logo as nossas equipes de preparação nos puxaram para nos preparar para o Desfile dos Tributos. Eles deixaram meu cabelo ondulado e o penteado foi um semi preso com rabo de cavalo, que não pegava o cabelo todo, apenas uma parte e uma tiara delicada preta com pedras douradas. A maquiagem foi bastante extravagante em tons de preto e dourado. Cinna continuou com a ideia de carvão, então minha roupa era totalmente preta, era um macacão mas tinha uma capa da cintura até os meus pés, que estava com uma bota de salto médio da mesma cor. Quando fiquei pronta, fui direto pegar o elevador e descer até onde estava as carruagens. Ao chegar no andar que eu queria, comecei a andar em direção a minha carruagem, ouço pessoas gritando meu nome e olho para cima, vendo as pessoas que gritavam ao me ver, sorri para elas e voltei a olhar para frente. Os outros tributos me encaravam, uns com admiração e outros com... Inveja? Talvez. Mas nem liguei para os olhares. Passei a mão em um dos cavalos, que são pretos como carvão.
—Aqui estamos nós de novo. — sussurrei para o animal.
—Lily. — ouvi a voz sedutora de Finnick e me virei em sua direção com um sorriso no rosto. Ele estava praticamente nu se não fosse a única rede dourada com um nó estrategicamente disposto em sua virilha. Finnick estava com um cubo de açúcar em mãos.
—Finnie. — digo seu apelido e ele deu um sorriso.
—Você quer um cubo de açúcar? — ele diz me mostrando o objeto. — Na verdade seria para os cavalos, mas quem se importa com eles, não é?
—Eu me importo com os cavalos. Mas eu aceito. — ele jogou o cubo de açúcar em minha direção e eu consegui pegar em um reflexo rápido, o jogando na minha boca. Olhei para sua roupa novamente. — Adoraria essa roupa emprestada um dia.
—Por que? Você já está assustadoramente linda assim. Na verdade, sempre foi linda. — ele sorriu, isso fez eu sorrir também. — Cadê os vestidinhos arco-íris? Aqueles que você usou na sua edição dos Jogos. Combina mais com você do que essas cores.
—Usei um deles na Colheita, mesmo eu achando que estou bem crescida para usar eles.
—Com certeza. Meu pequeno lírio já está florescido. — nós dois demos uma gargalhada. Logo senti os olhares sobre nós dois, mais especificamente, sobre mim. Já devem estar me avaliando para eu ser o primeiro alvo deles. — Não se deixe intimidar. Lembre-se dos nossos treinamentos. — sussurrou para mim.
—Não irei. Eles não sabem quem eu sou. — sussurrei de volta.
Finnick se aproximou mais de mim, fazendo nós dois ficar mais perto, provavelmente para ouvir um ao outro melhor.
—Ficamos alguns meses sem nos ver, Garota Arco-Íris. Tem mais algum segredo que valha meu tempo?
Eu dei uma gargalhada.
—Qual é, Finnie. Você mais do que ninguém sabe todos os meus segredos, até primeiro do que eu mesma.
—É, isso é verdade.
Meu olhar vai para Peeta e Cinna, que estavam se aproximando. Finnick também olhou na mesma direção que eu, mas logo seu olhar voltou para mim.
—Eu sinto muito por terem cancelado seu casamento. Só porque eu queria ser o padrinho e comer as comidas boas da Capital. — rimos e ele me abraçou. — Te vejo depois, lírio.
—Te vejo depois, Finnie. — nos separamos. Ele se vira para ir embora.
—Peeta. — ele o cumprimenta.
—Finnick. — ele o cumprimenta de volta e logo Finnick caminha até sua carruagem. — O que ele queria? — perguntou.
—O de sempre. Ver se estou bem e saber meus novos segredos. — dou um riso fraco.
—Precisa entrar na fila. — ele sorriu e eu acabei sorrindo com junto com ele. Isso fez eu esquecer que teria que conversar com ele assim que tiver a oportunidade. Mas aparentemente, ele não deve estar mais chateado comigo, ou ele está e só está fingindo não estar por causa do nosso romance? Esse pensamento de romance fez um outro pensamento surgir. Minha conversa com Finnie me fez perceber que nem todos estão acreditando na minha história de amor com Peeta. Teremos um grande trabalho pela frente. Ouvimos uma voz pedindo para os tributos subirem nas carruagens.
—Sem acenos ou sorrisos desta vez. — Cinna começou a dizer enquanto caminhávamos para subir na carruagem. — Olhem para frente como se desprezassem a plateia e o evento.
—Isso é fácil. — digo.
—Apertem isso quando estiverem prontos. — ele me entrega o controle que iria ligar as chamas de nossas roupas. — Boa sorte.
Subimos na nossa carruagem e ajeitei a postura quando os cavalos começaram a andar. Estava de dia e o sol estava iluminando todo o lugar. Segurei a mão de Peeta discretamente quando nossa carruagem começou a ficar visível para as pessoas e o nervosismo começou a aparecer. Os tambores começaram a tocar e a multidão grita ao nos ver, fiz o que Cinna falou, fixei meu olhar num ponto distante e finjo que não existe nenhuma audiência, mas não consegui evitar dar uma olhada para nós dois nas imensas telas ao longo do caminho. Meu olhar vai para o meu avô que estava em seu palanque, e ele também estava olhando para mim. Apertei o botão do controle e logo nossas roupas estavam em chamas, e ao decorrer que a carruagem andava, as chamas se transformavam em chamas arco-íris, Cinna decidiu que seria legal misturar as chamas que Peeta usou no seu primeiro desfile e as minhas chamas arco-íris que usei no meu primeiro desfile, isso fez a plateia vibrar novamente e meu nome vira um coro nas vozes das pessoas. As carruagens estavam dando a volta no Círculo da Cidade e todos acenavam para o meu avô, ao chegar nossa vez, apenas o encaramos até completar a volta. Logo estávamos descendo da carruagem e encontrando com Haymitch e Katniss, que estavam com mais duas pessoas.
—Vocês realmente sabem fazer amigos. — ele disse batendo palmas.
—Claro, aprenderam com os melhores. — disse Katniss e eu sorri com seu comentário.
—Quero apresentar alguns amigos especiais. Esta é Seeder. — ele diz apontando para a mulher. — E Chaff, do Distrito 11. —empurrei o homem ao ver que ele iria me beijar e recuei para atrás enquanto ele e Haymitch caem na gargalhada. — Ele é bem amigável. Não o convidem, ele vai tomar todas as suas bebidas. Vejo vocês em breve. — ele diz para os dois e começamos a caminhar até o elevador. — Vamos tirar essa maquiagem e falar dos outros tributos.
—Esses tributos são loucos! — exclamei.
—Não todos. Ele é um cara legal.
O elevador chegou e entramos. Logo outra garota, que estava com roupas parecendo representar uma árvore, entrou também. Imediatamente a reconheci, Johanna Mason, do Distrito 7.
—Vocês estão demais. — ela disse.
—Ah... Obrigada. — agradeci, mesmo sem saber se era um elogio ou não.
—Minha estilista é mesmo uma idiota. — diz começando a tirar seus acessórios. — Distrito 7. Madeira, árvores. Eu adoraria dar com meu machado na cara dela. — ela ainda continuava tirando seus acessórios. — E aí, o que me diz agora que o mundo todo quer dormir com você?
—Eu não acho que... — sou interrompida.
—Eu não estava falando com você. — disse se virando e me olhou.
Arqueei uma sobrancelha. É sério? Ela sabe com quem está falando?
—Pode abrir o zíper? — ela diz se virando de costas para Peeta.
—Sim. — imediatamente revirei os olhos e encarei o loiro com um olhar sério.
Mellark abre o zíper da roupa dela e em seguida ela começa a tirar sua vestimenta, ficando totalmente nua na nossa frente. Katniss olhava para qualquer ponto que não seja ela, e eu a encarava com um olhar de poucos amigos. Ela olhou para Peeta e piscou para ele, isso fez com que eu fervesse de raiva por dentro. Sério isso? Quem ela pensa que é? Primeiro fica nua na frente dela e agora tenta flertar com ele? Se não fosse contra as regras, eu dava uma rasteira nela para ela cair no chão e se machucar. O elevador para e fico aliviada ao ver que parou no andar dela.
—Obrigada. — ela diz saindo do elevador. — Vamos repetir isso algum dia!
As portas se fecham e o elevador volta a andar. Olho para Peeta e vejo que ele tentava segurar um sorriso.
—Você gostou não é? — digo um pouco irritada.
—Está com ciúmes? — ele dá um riso fraco.
—Ciúmes? Por que eu teria ciúmes? Queria ver se fosse você no meu lugar se por um acaso Finnick tirasse a roupa dele aqui e tentasse flertar comigo como essa garota fez!
—Foi só uma brincadeira passarinha, relaxa! — diz Haymitch.
—Uma brincadeira de muito mal gosto! — digo para ele.
Chegamos no nosso andar e eu fui direto para o meu quarto. Queria tirar aquela roupa e maquiagem, me vestir de um jeito confortável e descansar um pouco. Sentei na minha cama e tentei me acalmar por causa da cena no elevador. Por que eu fiquei com tanta raiva? Peeta e eu não temos nada. E ele provavelmente deve estar chateado comigo ainda. Respirei fundo e fui em direção ao banheiro. Só um banho quente iria me acalmar neste momento.
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Já era de noite e eu havia acabado o jantar, que foi carne de alta qualidade com purê de batata, e de sobremesa brownie com sorvete de creme. Havia comido muito e tudo o que eu queria era deitar e dormir até amanhã para ficar disposta para o treinamento. Desejei boa noite para todos e comecei a caminhar para o meu quarto.
—Lily? — ouvi Peeta me chamar e eu o olhei.
—Ainda estou com raiva de você. — digo com um pouco de irritação na voz. Isso fez o loiro rir.
—Então é verdade! Você está com ciúmes!
De novo essa história de ciúmes. Por que eu teria ciúmes? Isso já está me irritando mais do que aquela cena no elevador.
—Não estou com ciúmes, Peeta! Aquilo foi completamente falta de respeito, mais por parte de Johanna Mason. Você é meu noivo, não de verdade, mas para os outros ainda somos noivos! Acha que seria bem visto se alguém visse você abrindo o zíper da roupa de outra garota? O que vão pensar? — ele parecia surpreso com meu tom de voz. — Aliás, nem sei porque me importo tanto com isso. Não somos um casal de verdade.
Me virei e voltei a andar para o meu quarto, com passos irritados, parecendo uma garotinha mimada quando o pai que deu de tudo para ela nega uma casa de bonecas. Ao entrar no meu quarto, fechei a porta com um pouco de força e deitei na cama. Tentei dormir mas os pesadelos e alguns pensamentos invadiam minha mente. Será que realmente estou com ciúmes? Ou isso só deve ser brincadeira do Peeta só para me irritar? Imediatamente lembrei da conversa que queria ter com ele antes disso tudo do Massacre acontecer. Se ele estava brincando comigo, então não deve estar mais chateado, certo? Mas mesmo assim ainda devo um pedido de desculpas.
Provavelmente já devia ser bem tarde e todos já deveriam estar dormindo, mas se eu der sorte, Peeta vai estar acordado em seu quarto ou no telhado. Respirei fundo e me levantei da cama, sai do meu quarto e fui até o quarto de Peeta, que não ficava muito longe do meu. Assim que cheguei, respirei fundo mais uma vez e bati na porta, ouvindo um "entre" logo em seguida. Entrei no quarto e vi o loiro sentado na cama olhando para a janela do seu quarto, seus olhos cor de mel logo se encontraram com os meus e senti meu coração ficar acelerado.
—Podemos conversar?
—Sim, claro. Senta aí. — disse batendo do seu lado na cama.
Me sentei ao seu lado como ele havia indicado. Ficamos em silêncio por alguns segundos. Como iria começar essa conversa? Não pensei em nada para isso.
—Me desculpa... — foi o que eu disse, isso fez o loiro me olhar um pouco confuso.
—Lily, não precisa pedir desculpas, aquilo é normal.
—Não estou falando de hoje mais cedo, Peeta. — o olhei. — Estou pedindo desculpas pelo jeito que falei com você quando chegamos no 12 após a Turnê da Vitória.
Ao ouvir isso, o loiro ficou sério. Ah que ótimo! Ele havia esquecido e agora que voltei a tona esse acontecimento, ele vai ficar com raiva de mim de novo.
—Sabe, minha intenção não era falar aquilo. Eu nunca quis te machucar, Peeta. Não quero me afastar de você. Eu amo a sua companhia, amo quando você fica do meu lado quando tenho um pesadelo e depois dorme abraçado comigo. Amo tudo isso! Eu não queria ter que falar aquilo, mas, sabe, quando se tem Coriolanus Snow como avô, tudo se torna impossível. — abaixei a cabeça ao sentir o nó se formando em minha garganta e meus olhos arder por causa das lágrimas que começaram a se formar. — Eu... Tive uma discussão com ele. — digo com a voz um pouco fraca e embargada. — No final da festa, ele me chamou para conversar, e isso acabou virando uma discussão. Ele já tem um futuro planejado para mim e meio que eu estraguei isso. Eu não queria ficar na Capital, lá eu ficaria sozinha e solitária, apenas com meus instrumentos musicais, mas no 12, eu teria Katniss, Gale e você. E por causa disso acabamos discutindo. Tive medo das consequências, ainda mais quando vi o Distrito 8 começando a se rebelar. E por causa disso, preferi falar aquilo para você se afastar de mim, por medo de algo de ruim acontecer com você. — funguei. — Sério, Peeta, por favor, me perdoa. Me perdoa por ter falado aquilo para você e por ter nos colocado aqui de novo. Nós dois, ou você vai morrer por minha culpa. Ele vai nos matar de um jeito ou de outro. E a única solução para isso não acontecer, era fazer você se afastar de mim. Por favor, me perdoa.
Soluços começaram a escapar e mais lágrimas começaram a cair. Minhas mãos começaram a tremer e os soluços começaram a ficar mais alto. Falar tudo aquilo e pensar que o verdadeiro motivo de estarmos aqui novamente é por minha causa, faz eu ficar desse jeito, deve ser por isso que por parte não fiz o esforço necessário para essa conversa acontecer. A morte de Peeta havia se tornado um dos meus piores pesadelos, se um dia isso acontecer, nunca irei me perdoar por isso. Senti os braços de Peeta me envolver em um abraço forte e reconfortante. Estranhamente, como depois de um pesadelo, seu abraço foi o meu refúgio e meu calmante.
—Eu te perdoo, Lily. — disse com sua voz doce. — Não é sua culpa, eu te entendo.
Eu ouvia seu coração bater acelerado enquanto ele acariciava minhas costas e meus cabelos. Esse gesto me acalmava aos poucos e logo o choro foi cessando. Achava que os instrumentos era o meu único e verdadeiro refúgio, mas agora percebi que Peeta também é.
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Primeiramente peço desculpas se o capítulo ficou ruim, mas é porque quis focar mais no nosso casal principal e principalmente no pedido de desculpas da Lily. E SIM o desenvolvimento dos sentimentos da Lily vai começar a acontecer! Então prestem atenção em cada mínimo do mínimo detalhe😃
Vou mostrar aqui o penteado que usei de inspiração para a Lily usar no desfile para ficar melhor a imaginação de vocês:
Eu AMO a amizade da Lily com o Finnick, simplesmente a minha favorita🫶🏻
Ressaltando uma coisa aqui que é meio óbvia, mas mesmo assim irei explicar: talvez vocês se perguntem: "ah, a Lily mora na Capital, então por que ela foi para o Massacre?" Bom, vamos lá, a Lily foi vencedora do Distrito 12, mentora dos tributos do Distrito 12 por ser vencedora do Distrito 12. O fato dela morar na Capital não interfere nisso. Por isso, ela foi tributo da septuagésima quinta edição por ser do Distrito 12, bele? Bele!
Acho que não tenho mais nada para falar aqui, se caso tiver, aviso no próximo capítulo.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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