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i. the reaping

Dois Anos Depois

Mais um ano de Colheita, mais um ano sendo mentora de dois jovens que vão para os Jogos, mais um ano onde provavelmente o 12 vai perder mais dois jovens. Eu tento, tento fazer eles vencerem, tento ajudar, mas eles morrem ou no banho de sangue ou algumas horas depois. Respirei fundo enquanto ajeitava meu cabelo para ir para o trem. No ano anterior foi assim, fico o ano inteiro na Capital, na mansão do meu avô, mas no dia da Colheita eu vou para o 12 e depois volto para a Capital e fico alguns dias no Centro de Treinamento com os tributos até os Jogos terminarem. É um pouco cansativo, seria bem mais fácil se eu já morasse lá no 12 na minha casa na Aldeia dos Vitoriosos, essa que é sempre limpa e organizada graças às pessoas da Capital que vão lá. Ajeitei minha pulseira com pingentes de lírios no meu pulso, peguei meu violão e meu caderno, os únicos objetos que faço questão de levar sempre, e sai do meu quarto. Andei pela mansão cumprimentando os funcionários pelo caminho, meu avô disse que queria me ver antes de ir para o 12, com certeza deveria estar no jardim e foi para lá que eu fui. O jardim era lindo, bem cuidado, a maioria dele sendo repleto de rosas, normalmente brancas. Meu avô estava sentado em um banco que havia lá e cuidava das suas rosas.

—Vovô? — o chamei. Ele me olhou e sorriu. — Queria falar comigo?

—Ah, minha querida. — disse ainda com um sorriso nos lábios. — Sente-se, prometo não te atrasar. — assenti com a cabeça e me sentei ao seu lado. — Eu queria me despedir.

—Não vou ficar muito tempo no 12, sabe disso.

—Mas vai ficar muito tempo sendo uma mentora, não iremos nos ver.

"Como se a gente se visse direto." — pensei.

—Lembre-se, Lily, que você está treinando essas pessoas para ser um espetáculo, e não sobreviventes. — disse segurando minha mão. — Snow cai como a neve...

—Sempre por cima de tudo. — completei.

—Minha garota. — disse ainda com um sorriso. — Esperança demais nunca é bom, se lembre disso. — assenti com a cabeça. — Até daqui alguns dias meu pequeno rouxinol.

Ele pegou uma rosa branca, quebrou o caule e a prendeu próxima a minha orelha. Me levantei do banco e fui em direção a estação de trem. Effie estaria me esperando para irmos juntas, como no ano passado. A mulher de cabelos azul bebê me recebeu com um abraço assim que me viu.

—Você está ficando mais linda a cada dia! — disse com um sorriso assim que nos separamos. — Está pronta?

—Tenho que estar. — dei um sorriso fraco.

Effie era como uma mãe para mim, sempre cuidava de mim quando íamos para o 12. Claro, eu não concordo com alguns de seus comentários, mas eu deixo passar porque eu sei os pensamentos de um habitante da Capital.

Entramos no trem, que como sempre é bem luxuoso. Preferi ir direto para meu quarto e ficar lá até a hora do almoço. Não que eu não goste da companhia de Effie, eu só prefiro ficar sozinha com o meu violão e compor algumas músicas, era uma forma de me distrair, de não ficar pensando na arena. Mas a noite era bem diferente, ainda vejo o corpo de Dawn com um corte profundo em seu estômago e Gavin fazendo a espada atravessar seu corpo para eu sair viva da arena. Os pesadelos também incluem minha família, esta que está morta, uma morte completamente misteriosa e desconhecida por todos. Sinto falta de todos eles. Respirei fundo e comecei a tocar as notas no violão.

━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━

Após um dia no trem, chegamos no Distrito 12. Eu já estava pronta para quando a Colheita começar, uma camisa social branca de manga longa e um suspensório de saia preto que ia até os meus joelhos, meia calça branca e uma bota de cano curto de salto médio preto, optei por deixar meu cabelo solto e apenas o ajeitei para ficar bonito. Respirei fundo, tentando me preparar para ver a reação dos dois jovens ao serem sorteados, tentando me preparar para tentar tirar algum deles vivos na arena ou perder os dois, como no ano passado. Saí do trem primeiro que Effie, queria ver como está a situação hoje no dia da Colheita, se está do mesmo jeito que estava ano passado ou pior ou melhor. Mas vi que estava na mesma. Esse dia era menos tenso aqui quando eu cantava com o Bando. Por parte sinto bastante falta de morar aqui e animar essas pessoas, agora o Distrito 12 está triste e solitário.

A Colheita vai começar daqui a pouco, vejo as crianças se aprontando. Não demorei para voltar para o Edifício da Justiça, onde estava Effie com suas roupas extravagantes cor de rosa e cabelos rosa bebê com alguns cachos. Eu ficaria sentada nas cadeiras que tem no palco improvisado ao lado de Haymitch e do prefeito até os tributos serem selecionados. Haymitch já estava em seu lugar, bêbado como sempre, e me sentei ao seu lado. Os jovens que estão com seus nomes na inscrição esperam a Colheita acontecer. Ouvi Effie dar alguns toques no microfone para começar a falar.

—Bem vindos! — ela diz com a mesma voz entusiasmada de todos os anos. — Feliz Jogos Vorazes! E que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Ela começa a falar da honra de estar ali e depois o filme sobre o Tratado da Traição passa nos telões da praça. Eu já estava saturada daquele filme, todos os anos é a mesma coisa. Abaixei a cabeça e fixei meus olhos em meus pés até o filme acabar. Normalmente eu conversava com Jeremy em leitura labial quando nós participava da Colheita, mas ele não está aqui para fazer leitura labial comigo como antes.

—Ah, como eu adoro isso! — ela disse animada e com um sorriso após o filme acabar. — Chegou a hora de selecionarmos dois jovens corajosos para ter a honra de representar o Distrito 12 na Septuagésima Quarta Edição dos Jogos Vorazes! — até hoje eu tento entender a animação das pessoas da Capital com os Jogos Vorazes, mas mesmo vivendo lá, não consigo entender. — Como sempre, as damas primeiro! — ela cruza o palco até chegar na bola com o nome das garotas. Ela se aproxima, enfia as mãos bem no fundo do recipiente e retira uma tirinha de papel. A praça está em um silêncio total, que era possível ouvir se caísse uma pequena pedrinha no chão. Effie Trinket cruza novamente o palco e para diante do microfone. Ela abre o pequeno papel para ler o nome escrito. — Primrose Everdeen! — ela diz o nome.

Esse nome é um pouco estranho para mim. Olhei na multidão para ver a dona, e arregalei os olhos ao ver que era uma menina de aparentemente doze anos com cabelos loiros e com duas tranças. Não, não pode ser. Não quero ver a morte de outra menina de doze anos que não merecia estar naquela arena. A garota começou a caminhar em direção ao palco.

—Prim! — ouvi uma outra garota gritar seu nome desesperadamente. Essa tinha cabelos escuros e estavam presos em uma coroa de tranças. — Prim! — ela gritou novamente. Os Pacificadores a seguram e ela começa a se debater para se soltar. — Eu me ofereço! — ela diz finalmente se soltando dos Pacificadores. — Eu me ofereço como tributo!

Confesso que fiquei chocada. Uma voluntária, depois de ter virado praticamente uma lenda no 12. A garota loira, Primrose, parou de andar, a outra garota correu para abraçar a mais nova.

—Acho que temos uma voluntária!

A morena disse alguma coisa para Primrose, essa que começou a chorar e teve que ser segurada e levada por outro garoto para sair de lá. A garota morena começa a andar até o palco com os Pacificadores a cercando.

—Uma dramática reviravolta dos eventos do Distrito 12! — Effie voltou a falar no microfone. — O Distrito 12 tem sua primeira voluntária! Tragam ela aqui! — a garota sobe os degraus do palco cuidadosamente. Effie segura sua mão e a leva para o seu lado esquerdo. — Qual é o seu nome?

Vejo a garota engolir em seco antes de responder.

—Katniss Everdeen.

—Aposto os meus chapéus que aquela é a sua irmã. Certo? — Katniss concordou. — Não quer que ela roube toda a glória, não é? Vamos lá, todos juntos! Uma salva de palmas para nosso mais novo tributo, Katniss Everdeen! — a mulher de cabelos rosas começa a bater palmas.

Ninguém bateu palmas, pelo o contrário, a multidão ficou em total silêncio. Alguns segundos depois, uma pessoa toca os três dedos médios nos lábios e levanta em homenagem a ela, logo todos na praça começam a imitar seu ato. Ela teve bastante coragem, deve amar bastante a irmã para ir para os Jogos no lugar dela. Essa garota merece o total respeito.

—Agora, vamos para os garotos! — ela cruza o palco novamente, indo para a bola onde estava o nome dos garotos. Ela pega um papel e cruza novamente o palco e para diante do microfone. Ela abre o pequeno papel para ler o outro nome escrito. — Peeta Mellark! — diz o nome.

Peeta Mellark?

Porque sinto que esse nome não me é estranho?

Procurei o dono do nome no meio da multidão, demorou um pouco para ele começar a andar cercado de Pacificadores até o palco. Reparei bem nele, cabelos loiros dourados, olhos castanhos. Ele parecia em choque, é claro que está, dava para ver claramente o medo em seus olhos castanhos. Ele sobe com firmeza os degraus em direção ao palco e fica ao lado direito de Effie.

E é aí que eu me lembro, foi ele. Eu devia ter em torno dos meus onze anos de idade, as coisas sempre foram complicadas em casa, mas só piorou quando Aimee e Betsy tiveram sua última Colheita no ano anterior, apenas Jeremy estava participando das Colheitas e eu só iria começar a me inscrever quando eu fizesse doze anos no dia dezoito de junho, os shows não estavam tendo tanta renda e chegamos a passar fome por quatro dias. Mas apesar disso, continuamos com os shows, já que o motivo principal deles acontecerem era para animar o Distrito. Um dia, estávamos fazendo o show, quase desmaiando de fome, mas ainda sim cantando e tocando como se nada estivesse acontecendo, quando esse Peeta Mellark se aproximou de nós e me entregou uma nota de dinheiro, deveria ser em torno de vinte dólares, e depois foi embora antes mesmo de eu o agradecer. Aquele dinheiro foi a nossa salvação. Estava quase anoitecendo quando o show terminou, e eu fui correndo para o mercado comprar algumas coisas para nós. Quando estava voltando para casa, feliz por conseguir uma refeição para minha família, passei na frente da padaria, mais especificamente, na parte de trás onde fica os porcos, vi sua mãe o levar para fora o segurando pela orelha com muita raiva, ela gritava com ele e o batia aparentemente com certa força.

—Criatura idiota! Como você pôde perder aquele dinheiro?! Era para o aniversário do seu irmão! Por sua causa não teremos nada para o jantar de aniversário dele! — berrou. — Como castigo vai passar a noite aqui fora! Para aprender a ter responsabilidade!

E sim, ela o trancou para fora de casa. Não fiquei muito tempo para ver a briga, apenas fui embora antes de me verem. No mesmo dia, caiu uma chuva forte e fez bastante frio a noite, e fiquei pensando naquele garoto, e até cogitei na opção de o chamar para passar a noite lá em casa, como uma forma de retribuir o favor. Mas não fiz isso.

No dia seguinte, pensei em o agradecer na escola, e até procurei ele no intervalo, mas a coragem passou quando vi o seu estado, com dois hematomas bem aparentes no rosto, a orelha visivelmente machucada, o nariz um pouco vermelho e ele usava uma blusa de manga longa, ao suspeitar pelo pouco calor que estava naquele dia, ele com certeza usou essa blusa para esconder outros hematomas feito pela sua mãe, ou, poderia ser frio por causa de uma possível febre por causa da chuva. A culpa havia me tomado por completo, por não ter feito nada quando vi sua mãe brigando com ele e o trancando para fora de casa. Por isso, apenas dei meia volta e fui procurar Jeremy. Eu tive várias oportunidades de agradecê-lo, mas sempre o evitava. Até pensei em escrever uma música para agradecê-lo, já que é a melhor forma que tenho de expressar meus sentimentos e palavras, mas nem isso consegui fazer. E depois que fui para os Jogos e comecei a morar na Capital, nunca mais tive oportunidade. Bom, pelo menos até agora. Talvez seja um sinal para eu finalmente agradecê-lo, não é?

—Aqui estão os tributos do Distrito 12! — Effie diz animada, olhei na direção deles e vi um sorriso enorme em seu rosto. — Vamos lá, apertem as mãos!

Eles dois apertaram suas mãos. Fixei meu olhar no garoto loiro e novamente a culpa de não ter feito nada naquele dia surgiu.

O que me resta é tentar salvá-lo naquela arena para pagar essa dívida.

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Primeiro capítulo da fanfic! Confesso que estou muito ansiosa para escrever ela😃

Ele foi um pouco mais curto só para acontecer a Colheita, mas até que ficou maior do que eu pensei.

Eu odeio a mãe do Peeta, meu Deus!

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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