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Após o encontro surpreendente com os seres que afirmavam ter tirado Dean do inferno, eles se reuniram na casa de Bobby. O ambiente estava pesado, carregado de tensão, principalmente por parte de Dean, que parecia furioso e cético, recusando-se a aceitar a ideia de que eram realmente anjos. A mesa da sala de Bobby estava coberta de livros antigos, símbolos e escritos que estavam vasculhando, tentando desesperadamente encontrar respostas para tudo aquilo.

Blair, sentada em um canto da sala, olhava para o celular, frustrada por não conseguir contato com Lizzie. A caçadora solitária raramente dava notícias, sempre vagando por aí em suas próprias missões, e Blair sabia que seria difícil falar com ela. Ainda assim, havia uma certeza compartilhada por todos: Liz era uma sobrevivente nata, e não seria fácil vê-la partir desse mundo.

Desta vez, Matthew, o irmão mais novo da Singer, estava presente, e sua expressão de curiosidade e preocupação era visível. Ele se mantinha em pé, encostado na parede, com os braços cruzados, observando os outros. O mistério de como Dean tinha escapado do inferno mexia com ele, assim como com todos ali. A sensação no ar era de que algo maior estava em jogo, algo que eles ainda não entendiam completamente.

——  Eu já volto! —— disse Blair, levantando-se da cadeira e pegando a jaqueta com um movimento rápido.

——  Espera, aonde você vai? —— Sam perguntou, preocupado.

——  Só vou lá fora, tomar um ar —— respondeu ela, já indo em direção à porta, tentando se livrar da tensão que pairava na sala.

——  Blair! ——  Matthew a chamou antes que ela saísse.

Ela se virou, segurando a maçaneta da porta. —— Sim? —— respondeu, curiosa sobre o que ele queria.

— Você pode falar comigo, se precisar de algo. — ele disse, com um tom sincero.

— Isso foi meio inesperado, mas eu agradeço, irmãozinho. — ela respondeu, esboçando um leve sorriso. Por fim, girou a tranca e saiu para o lado de fora, buscando um pouco de ar fresco.

A cabeça de Blair estava uma verdadeira bagunça, cheia de perguntas sem respostas. Por que aquele anjo chamado Lanael parecia querer atacá-la? E o que Castiel quis dizer com "Talvez haja coisas que você ainda não saiba"? Desde aquela noite, ela mal conseguia dormir, atormentada pelos pensamentos sobre os anjos. E o que a incomodava ainda mais era a insistente imagem de Castiel em sua mente. Mas por que isso a afetou tanto? Não era ela quem havia sido tirada do inferno, afinal.

Ela caminhou pelo ferro-velho do pai, afastando-se um pouco da casa e sentando-se sobre o capô de uma picape. Blair soltou um suspiro profundo, observando seus pés balançando. De repente, um barulho que lembrava uma ventania ou o bater de asas chamou sua atenção. Ao olhar para o lado, encontrou Castiel ali, uma presença inesperada que a fez levar um susto.

— Ai, porra! — bufou, revirando os olhos. — Você precisa mesmo aparecer assim?

— Me desculpe! Não era minha intenção te assustar. — respondeu ele, a voz suave enquanto finalmente se virava para ela. — Tentei falar com você à noite.

— É, eu sei! E obrigada por tirar meu sono, Castiel. — ela expressou, um toque de sarcasmo na voz. — O que você quer comigo, afinal? Achei que quem tinha um plano divino fosse Dean, não eu.

— Dean foi escolhido pelo céu, mas ele é responsabilidade de Lanael, não minha.

— Mas você estava lá quando ela o tirou do inferno, não estava?

— Sim, eu estava. Na verdade, ajudei. Estava seguindo ordens.

— E o que eu tenho a ver com tudo isso agora?

— Senti uma conexão com você. Queria conversar e entender melhor o que você disse.

— O que exatamente? — indagou, confusa.

— Você disse que ser intimidador me deixava sexy. O que isso significa?

— E por que quer saber disso agora? — Ela riu, tentando desviar a atenção da confusão que a dominava.

— Nós, anjos, não entendemos essas expressões humanas — afirmou Castiel, com um olhar sério que refletia sua sinceridade.

— Deu para perceber mesmo. — Ela franziu o cenho, apoiando as mãos no capô da picape, olhando para ele com intensidade. O sol brilhava intensamente, mas a luz não conseguia dissipar a sombra de dúvidas em sua mente. — E, Castiel, por que sua irmã queria me atacar?

— Eu não sou a melhor pessoa para te responder isso. Mas você deve tomar cuidado. Ela não é a única; os outros anjos sabem de você.

— Sabem de mim? Castiel, que merda está acontecendo? E por que caralhos parece que sou uma ameaça?

As palavras saíram rápidas, carregadas de frustração. Blair sentia um turbilhão de emoções: confusão, medo e uma inquietante sensação de que seu mundo estava se desmoronando ao seu redor. Era como se uma neblina densa estivesse pairando sobre ela, obscurecendo a compreensão do que estava acontecendo. A ideia de ser observada, de ser um alvo, a deixava inquieta. Ela respirou fundo, tentando encontrar um ponto de equilíbrio em meio ao caos interno.

— Eu deveria considerá-la como uma ameaça também, mas, por algum motivo, não consigo fazer isso.

A Singer balançou a cabeça, nervosa. Castiel parecia se esquivar das perguntas que ela tinha, e a sensação de estar andando em círculos a irritava ainda mais.

— Você não vai mesmo me dizer, né?

— No momento certo, você irá descobrir, Blair. Mas saiba que eu não quero te machucar e nem deixar que o façam.

Ela olhou para Castiel, buscando respostas nos olhos dele, mas encontrou apenas um mistério profundo que a deixava mais ansiosa.

— Bom, eu preciso ir agora — disse Castiel, sua voz grave ecoando suavemente no ar. — Posso vê-la depois?

Ela assentiu com a cabeça, hesitando apenas por um instante. — Pode!

— Onde?

— Eu chamo por você. Imagino que possa me ouvir, não é?

— Sim, eu posso! Mas você precisa rezar.

Blair riu, balançando a cabeça em negação. — Está blefando, né? Nunca fui muito religiosa, nem sei como se faz isso.

O olhar de Castiel permaneceu sério, e ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao perceber que ele não estava brincando. A expressão dele transmitia uma determinação que deixava claro que aquilo não era um blefe; para ele, as regras eram diferentes e a fé tinha um peso significativo.

— Você vai saber! — afirmou ele, antes de bater suas asas, e o som do movimento ressoou como um forte vendaval, levando embora sua presença, mas deixando um rastro de incerteza no ar. Blair ficou ali, sozinha, contemplando a conversa e as implicações que suas palavras traziam.

Ao longe, Blair avistou Sam caminhando em sua direção, de maneira tranquila. O vento bagunçava seus cabelos, enquanto ele segurava duas garrafas de cerveja. Seu meio sorriso trazia um ar de leveza, e conforme ele se aproximava, ela sentia que a presença dele trazia um breve alívio para toda a confusão que rondava sua mente.

Sam se acomodou ao lado de Blair, oferecendo uma das garrafas enquanto observava seu rosto.

— Como você está? — perguntou com suavidade, abrindo a própria cerveja.

Blair suspirou antes de responder, abrindo a garrafa e a levando aos lábios. — Estou bem, eu acho...

— Eu pensei ter visto você falando com alguém… — Sam comentou casualmente, lançando-lhe um olhar de lado.

— Era Castiel, um dos anjos que conhecemos. Acredito que você vai cruzar com ele também, mais cedo ou mais tarde.

— Dean não confia neles! — ele afirmou, meio cético.

— Eu também não. Mas Castiel... ele parece diferente. Talvez Lanael também seja, embora eu não tenha certeza se ela me daria essa chance de descobrir. — Ela refletiu, seu olhar perdido em algum ponto distante.

— Você parece enxergar algo diferente em relação a esse anjo, Castiel. — Sam comentou, com curiosidade evidente em sua voz.

Blair riu, sacudindo a cabeça. — Na verdade, acho que foi ele quem notou algo diferente em mim. — Deu de ombros, acrescentando com um leve sorriso. — Eu diria que ele é... fofo!

Sam arqueou uma sobrancelha, tomando mais um gole da cerveja. — Fofo? — murmurou, meio surpreso.

Depois de um momento de silêncio, ele mudou de assunto, como se tivesse algo pesando em sua mente. — O que o seu pai disse depois de descobrir que nós dois transamos? Ele não tocou no assunto comigo, mas imagino que tenha falado com você.

Blair suspirou levemente antes de responder. — Ele disse que não queria que eu me machucasse, e eu garanti que não era nada sério, que estava tudo bem.

— E está? — Sam perguntou, observando-a com cuidado.

— Está sim, Sam! — Blair respondeu com um sorriso discreto, mas genuíno. — Vamos voltar lá pra dentro?

— Vamos sim! — Sam afirmou, descendo do capô e aguardando Blair.

Ela desceu logo depois e os dois seguiram juntos de volta para a casa. Assim que entraram, Bobby levantou o olhar na direção deles, a expressão séria no rosto, como se estivesse prestes a soltar um comentário pesado. Dean, por sua vez, ainda estava reclamando — e reclamava bastante. A voz irritada do caçador preenchia o ambiente. Matthew, sentado no canto, ria discretamente da situação, embora não houvesse nada de realmente engraçado acontecendo.

— Eu não vou acreditar que eles são anjos do senhor só porque dizem ser! — Dean resmungou, andando de um lado para o outro, visivelmente frustrado.

— Vai ficar resmungando ou quer ver o que eu achei aqui? — Bobby interrompeu, atraindo a atenção de todos.

Blair, Sam e Matthew se juntaram a Dean, curiosos com o que Bobby estava prestes a mostrar.

— Encontrei uma porção de folclore aqui — comentou Bobby, folheando as páginas antigas. — Tem de tudo: textos bíblicos, pré-bíblicos e até alguns em escrita cuneiforme. Todos mencionam que um anjo é capaz de arrancar uma alma do inferno.

— E o que mais? — Dean perguntou, impaciente.

— O que mais o quê? — retrucou Bobby, franzindo o cenho.

— Que outra coisa poderia ter feito isso.

— Tirar você da fornalha? — Bobby deu de ombros. — Pelo que eu saiba, nada mais é capaz disso.

— Olha, Dean, isso é uma boa notícia — comentou Matthew, tentando soar positivo.

— Como assim boa notícia? — retrucou com uma expressão de desconfiança.

— Pelo menos dessa vez, não é outra armação demoníaca — completou Sam, tentando aliviar a tensão.

— Concordo! — Blair afirmou, lançando um olhar de apoio para Dean, que ainda parecia hesitante.

— Tá, pode ser que existam anjos. Mas e daí? Deus existe? — Dean questionou, cruzando os braços, cético.

— Essa é uma pergunta meio óbvia, Dean! — disse Blair, franzindo a testa e lançando um olhar intrigado para ele.

Dean balançou a cabeça, soltando uma risada de leve, sem acreditar muito. — Sei não, gente…

— Sei que você não liga muito pra isso, mas parece que não é só sobre fé... estamos lidando com provas agora. — disse Blair.

Dean a encarou, ainda cético. — Provas? Provas de que Deus existe?

— Isso! — ela respondeu, cheia de entusiasmo.

— Provas de que Deus existe e que se importa comigo pessoalmente? — indagou balançando a cabeça em negação. — Desculpa, mas isso não me convence.

— Por que não? — Sam perguntou, intrigado.

— E por que eu? — Dean bradou, olhando para todos ao redor. — Se existe um Deus, por que ele iria se importar justo comigo?

— Dean... — Blair suspirou, tentando acalmá-lo.

— Eu salvei algumas pessoas, eu sei, e acho que isso compensa algumas coisas. Mas por que eu mereço ser salvo?

— Bem, parece que você é alguém muito importante para o cara lá de cima. — comentou Matthew.

Um silêncio caiu sobre o ambiente, e todos os presentes trocaram olhares significativos até que Dean decidiu falar.

— Isso me dá medo. — Ele suspirou, parecendo pensativo. — Eu não gosto de ser o centro das atenções nem em festa de aniversário, imagina ser notado por Deus.

— Ah, que pena, Dean! Porque, infelizmente, eu acho que ele quer que você assopre a velinha. — Blair disse, visivelmente impaciente, antes de se afastar e seguir para o seu quarto.

— Você está estressando ela. — Matthew comentou.

— Ela deve estar de TPM, né? As mulheres são assim.

Bobby o olhou com seriedade, e Dean limpou a garganta antes de perguntar.

— E o que sabemos sobre anjos?

Singer pegou um livro grosso e o colocou em cima da mesa, causando um estrondo que ecoou pela sala.

— Comece a ler! — ele disse, fixando o olhar em Dean.

— Ah, não! Você vai comprar a cerveja. — Dean respondeu, apontando para Sam.

Samuel assentiu e pegou o Impala para buscar o que Dean queria. Enquanto dirigia, a estrada se estendia diante dele, cercada por árvores e algumas casas esparsas. Seus pensamentos vagavam pela conversa que teve com o irmão e os outros, a tensão ainda presente em sua mente. Assim que chegou, notou Ruby ao longe, olhando para ele como se esperasse que se aproximasse. Ele fechou a porta do carro e caminhou até ela.

— Ruby? O que você está fazendo aqui?

— Então, é verdade? — ela perguntou.

— O que é verdade?

— Que um anjo resgatou o Dean.

— Você soube? — Sam perguntou, tentando manter a conversa leve.

— Quem não soube? — Ruby suspirou, cruzando os braços.

— Olha, a verdade é que nós ainda não sabemos de muita coisa. — Sam respondeu, um pouco defensivo. — Não sabemos o que aconteceu de fato.

— Tudo bem, tchau, Sam! — Ruby disse, começando a se afastar.

— Oh, espera aí. — Ele a segurou pelo braço, evitando que ela se fosse. — O que foi?

— Eles são anjos e eu sou um demônio. — disse, com um tom de desdém. — Eles não vão querer saber se eu ajudei. Eles destroem primeiro e perguntam depois.

— O que você sabe sobre eles? — Sam perguntou, curioso.

— Pouca coisa. Nunca vi um e nem quero ver. — Ela respondeu. — A única coisa que sei é que eles me matam de medo. Tome cuidado, Sam. — Ruby alertou, com um olhar sério, antes de se afastar e seguir seu caminho.

[...]

Samuel comprou tudo o que Dean havia pedido e fez o caminho de volta para a casa de Bobby. Ao chegar, notou um movimento diferente. Eles estavam organizando o ambiente, como se se preparassem para sair.

— Deixe o motor ligado. — Bobby disse, inclinando-se para olhá-lo

— Por quê? O que aconteceu? — Sam perguntou, confuso.

— Eu tenho uma amiga em outra cidade, a Olívia Lowrey. Estou tentando ligar para ela há três dias para falar sobre os anjos, e ela geralmente não recusa minhas chamadas.

— Olívia Lowrey? Ela é caçadora, não é? — Sam questionou, curioso.

— Nós vamos para a casa dela. Vocês dois podem seguir eu e Matthew. — Bobby decidiu, olhando seriamente para ele.

— E a Blair? Ela não vai? — Sam perguntou, franzindo a testa.

— Ela disse que precisa de um tempo. Melhor assim, ela pode ficar aqui e se acalmar um pouco.

Ele assentiu, guardando suas preocupações para si. Dean se afastou e entrou no carro pelo lado oposto, fazendo Sam se mover para o banco do passageiro. O motor do Impala rugiu forte, reverberando no ar enquanto Dean acelerava e eles deixavam a casa de Bobby para trás.

A viagem seguiu por horas, mas não demorou tanto, já que estavam indo para a cidade vizinha. O Impala deslizou pela estrada, as paisagens mudando rapidamente enquanto se aproximavam do destino.

[...]

Blair não quis ir com eles; preferiu ficar sozinha. Ou talvez, nem tão sozinha assim. Estava em seu quarto, sentada na cama, com as mãos apoiadas nos joelhos e a cabeça inclinada para baixo. Sua perna esquerda balançava freneticamente, um sinal claro de sua ansiedade.

— Okay, eu espero que você esteja me ouvindo agora. Eu disse que não sabia fazer essa coisa de rezar, até porque isso não é o meu forte. Então, se estiver ouvindo, pode, por favor...

Antes que pudesse terminar a frase, um som inusitado interrompeu seu pensamento: o bater de asas e um chorinho de cachorro. Ela levantou a cabeça e se deparou com Castiel, que segurava um filhote de Husky Siberiano nos braços, olhando para o animal com a expressão de quem não fazia a menor ideia do que estava fazendo.

— Por que você trouxe um cachorro pra cá? — Blair perguntou, franzindo a sobrancelha.

— Então é assim que vocês chamam essas coisas? — ele respondeu, olhando para o filhote. — Bom, eu estava no parque e essa coisinha peluda ficou fazendo esse barulho estranho enquanto me seguia.

— E achou que seria uma boa ideia trazê-lo para cá? — ela questionou, ainda um pouco incrédula.

— Pensei que pudesse gostar. Você não quer ele?

Blair balançou a cabeça, soltando uma breve risada. — É, obrigado pelo presente, eu acho.

— Então, o nome disso é cachorro? — indagou, tombando a cabeça para o lado, um pouco confuso.

— Esse é só o nome da espécie. Você deveria saber disso. — respondeu tentando conter o sorriso.

— Eu não estava lá quando Deus os criou… — ele replicou, com uma expressão inocente.

— Bom, esses animais costumam receber um nome escolhido por seus donos, como quando um bebê nasce e os pais o nomeiam.

— É como quando o meu pai escolheu o meu nome e o de meus irmãos? — Castiel perguntou, curioso.

— Isso mesmo! — ela sorriu, animada. — Eu vou chamar esse garotinho de Lorde.

— Mas ele não é um garoto, é um bicho — O anjo respondeu, franzindo a testa.

— É só uma expressão, Castiel! — Blair balançou a cabeça e, em seguida, se aproximou do anjo, pegando o filhote de suas mãos. — Vou dar algo para ele comer.

Ela foi até a cozinha, com o pequeno Lorde aconchegado em seus braços. Enquanto preparava um lanche para o cachorro, não pôde deixar de pensar em como a presença daquele animalzinho poderia alegrar o ambiente, mesmo em tempos incertos. Castiel a observava com uma expressão intrigada, como se estivesse aprendendo mais sobre os humanos em cada pequeno gesto dela.

— O que você acha que ele come? — ele perguntou, olhando para Lorde com curiosidade.

— Ração, normalmente. Mas também podem gostar de algumas guloseimas. — ela respondeu, colocando uma pequena porção em um prato. — Como se fosse um lanche.

— Um lanche? Então, ele pode também ficar feliz com isso? — Castiel indagou, com a seriedade de sempre.

— Exatamente!

O anjo se aproximou, e juntos, observaram Lorde devorar a comida. O pequeno filhote fazia barulhos de satisfação, comendo com tanto gosto que a cena se tornava quase cômica. O cheiro da comida misturado ao ar fresco que entrava pela janela, criava um ambiente acolhedor.

Blair se deixou envolver por aquele momento simples e adorável. Enquanto Lorde se empoleirava no prato, a alegria dele fazia seu coração se aquecer. A luz que entrava pela janela iluminava o cômodo, trazendo um toque de calor à atmosfera, enquanto o cheiro que vinha de fora pairava no ar, adicionando frescor ao ambiente.

Ela sentia a presença de Castiel ao seu lado, e tudo parecia um pouco mais tranquilo. A aura dele, quase palpável, transmitia uma proteção silenciosa. A forma como ele a observava, com aqueles olhos tão intensos, fazia com que ela se sentisse especial, como se fosse a única coisa que importava naquele momento.

— E então, por que me chamou? Precisa de algo? — Castiel perguntou.

— Eu não sei, acho que é porque eu queria ficar sozinha, mas nem tão sozinha assim. Talvez eu quisesse vê-lo outra vez.

— Você quer ficar olhando para mim, então? — indagou ele, com uma leve confusão no tom de voz.

— Não, exatamente! — ela sorriu. — O que você já fez aqui na Terra?

— Nós, anjos, só viemos à Terra quando necessário. A última vez que estive aqui foi há mais de mil anos.

— Nossa... — respondeu, impressionada, com a boca entreaberta. — O que acha de sair um pouco?

— Sair? E onde iríamos?

— Eu não sei, talvez um bar? Você sabe o que é um bar, não sabe?

— É um antro de pecado. É onde as pessoas se embriagam e fazem coisas que não deveriam fazer.

— Você é sempre um estraga prazeres assim? — ela perguntou, balançando a cabeça. — Não precisa fazer nada, só me acompanhar, está bem?

— Desculpe, eu não posso!

Ela revirou os olhos, pegando as chaves do carro e as chaves de casa. — Então, eu vou sozinha!

Castiel a observou, confuso, enquanto ela se dirigia para a porta. Ele sentia que havia algo mais no desejo dela de sair, algo que ele ainda não compreendia completamente. O impulso de querer estar com ela, mesmo em meio à desobediência das regras celestiais, era forte.

Blair trancou a casa, mesmo com Castiel dentro, afinal, ele era um anjo e poderia sair se quisesse. Quando entrou no automóvel e ligou o motor, levou um susto ao vê-lo surgindo repentinamente ao seu lado.

— Eu vou com você! — disse ele, olhando para frente, com a expressão séria que era tão característica dele.

— E por que mudou de ideia? — ela perguntou, surpresa.

— Porque se você se embriagar, eu posso trazê-la de volta para casa.

Ela não conseguiu evitar um sorriso ao ouvir as palavras do anjo. Castiel a tratava com uma gentileza que contrastava com a forma como os outros anjos pareciam vê-la. Era curioso pensar que ele, que deveria ser uma figura de poder e autoridade, se importava tanto com seu bem-estar. Mesmo sem entender completamente a razão de sua proteção, Blair se sentiu aliviada por ter a companhia dele.

— Você realmente acha que vou me embriagar? — ela provocou, piscando para ele.

— Não sei o que esperar de humanos. — Castiel respondeu, inclinando a cabeça com uma expressão pensativa. — Mas, se for como você diz, eu estarei aqui para garantir que você não se perca.

— Vamos lá, então! — disse ela, acelerando e saindo da garagem.

Blair dirigiu até um bar local, e assim que chegaram, ela estacionou e desceu do carro, esperando que Castiel fizesse o mesmo. O anjo saiu do veículo, observando o ambiente ao redor com uma curiosidade que contrastava com seu ar habitual de seriedade.

Ao entrarem, o som de risadas e conversas altas os envolveu. Blair se dirigiu ao balcão, e Castiel a seguiu, analisando cada detalhe do lugar. A Singer pediu uma dose de whisky ao barman, que lhe lançou um olhar curioso, mas logo atendeu seu pedido. Ela se sentou em um dos bancos altos e se virou para o anjo, que ainda parecia um pouco deslocado naquele cenário.

O ambiente estava repleto de pessoas, homens e mulheres interagindo de formas variadas. O cheiro do álcool impregnava o ar, misturado com o perfume doce de algumas mulheres e o aroma salgado de petiscos que estavam sendo servidos. Alguns caras jogavam sinuca, enquanto outros se aventuravam no karaokê, cantando desafinados, mas com entusiasmo, completamente embriagados.

— Então, o que você acha? — Blair perguntou, observando a reação de Castiel ao redor.

— É... interessante — ele respondeu, olhando para os frequentadores com um semblante confuso. — Mas não entendo por que as pessoas se reúnem para consumir essas bebidas.

Ela riu, a sinceridade dele era refrescante. — É uma forma de se divertir, de relaxar. Nem todos têm que carregar o peso do mundo nas costas como você.

— Eu não carrego esse peso, mas entendo o conceito. — Castiel disse, olhando para ela com um ar sério. — E você, não está preocupada?

— Com o que? — Blair perguntou, um pouco intrigada.

— Com o que pode acontecer aqui. Pessoas sob efeito de álcool podem se comportar de maneira imprevisível.

— Ah, relaxa! Eu sou uma caçadora, Castiel. Posso me cuidar. — ela respondeu, sorrindo. — E você também está aqui para me proteger, certo?

— Sim! — ele confirmou, mas ainda parecia um pouco apreensivo.

O barman trouxe a bebida de Blair, e ela a ergueu em um brinde, olhando para Castiel.

— Quer se juntar a mim? — ela perguntou, divertida.

Ele hesitou, mas então balançou a cabeça.

— Eu vou ficar só observando, se você não se importar.

— Claro que não! — respondeu Blair, dando um gole no whisky. — Apenas aproveite o show.

Castiel finalmente se sentou ao lado de Blair, seu olhar curioso percorrendo o bar com atenção. Ele notava os detalhes do ambiente com a mesma fascinação de uma criança em um parque de diversões. O anjo observava as pessoas ao seu redor, algumas rindo e outras se beijando, e isso o intrigava.

— Por que eles fazem isso? — ele perguntou, indicando um casal em um canto que parecia completamente absorvido um pelo outro.

Blair soltou uma risada, achando a expressão de Castiel engraçada. — Bem, isso é amor, ou pelo menos algo próximo. Eles estão se divertindo, se conectando de uma forma que só os humanos conseguem.

— Mas é tão... — ele hesitou, procurando as palavras. — Estranho?

— Estranho pode ser um bom jeito de descrever — ela concordou. — Mas é também muito bonito. É a maneira deles de expressar afeto, de se sentir próximos.

Castiel balançou a cabeça lentamente, como se tentasse entender. Seus olhos continuavam a se mover, captando cada interação ao redor, enquanto Blair se servia de mais uma dose.

— E você, Blair? — ele perguntou de repente. — Você já se sentiu assim por alguém?

Ela hesitou, um pouco surpresa pela pergunta direta. — Já, eu acho. Mas as coisas são complicadas, especialmente na nossa vida.

— Complicadas como? — Castiel parecia genuinamente interessado, inclinando-se um pouco para mais perto.

— Ah, você sabe como é. Estar sempre fugindo, lutando contra o que vem pela frente. Às vezes é difícil abrir o coração quando você não sabe o que vai acontecer amanhã.

O anjo a observava, seu semblante sério, mas com um toque de compreensão. Ele não conhecia o amor humano da forma que ela descrevia, mas podia ver que havia algo profundo e valioso na conexão que as pessoas buscavam.

— Então, talvez seja isso que as pessoas fazem aqui, tentam esquecer as complicações e apenas aproveitar o momento. — Castiel concluiu, ainda observando as interações à sua volta.

— Exatamente! — Blair disse, animada. — É por isso que estamos aqui. Para aproveitar um pouco a vida.

Ela tomou outro gole de whisky, sentindo o calor da bebida começar a invadir seu corpo. O anjo, ao seu lado, continuava a observar, como se estivesse descobrindo um novo mundo, e isso fazia Blair se sentir um pouco mais leve, como se, de alguma forma, também estivesse compartilhando com ele uma parte desse mundo humano que era tão difícil de explicar.

[...]

A noite caiu e o bar se encheu de risadas e músicas animadas, mas Blair já havia bebido o suficiente para que sua visão estivesse um pouco turva e suas pernas, um pouco bambas. Castiel estava atento a cada movimento dela, seu olhar preocupado fixo na caçadora.

— Hm, eu já volto — ela disse, levantando-se do banco com uma certa dificuldade, fazendo o anjo se levantar rapidamente ao seu lado.

— Onde você vai? — ele perguntou, colocando uma mão em seu ombro para ajudá-la a se equilibrar.

— Vou ao banheiro! — ela respondeu, tentando soar firme, mas o tom de voz dela traía sua condição. Com um movimento desajeitado, Blair começou a andar, desaparecendo entre a multidão de pessoas animadas.

Quando finalmente chegou ao banheiro, ela se apoiou na pia enquanto abria a torneira. O barulho da água e o eco das risadas pareciam distantes, como se estivesse em um mundo à parte. Assim que a água começou a escorrer, o ambiente esfriou de repente. O espelho à sua frente ficou rapidamente embaçado, e a neblina que se formou a fez hesitar por um momento.

Então, com um movimento instintivo, ela passou a mão pelo vidro para limpá-lo. Mas ao invés de seu reflexo, o que viu a fez estremecer. Atrás de si, a figura do Agente Victor Henriksen estava lá, seu olhar intenso e fixo. Blair sentiu um nó se formar em seu estômago.

— Olá, Blair, há quanto tempo! — A voz dele ecoou pelo banheiro, provocando um turbilhão de lembranças na mente dela.

Blair respirou fundo, sentindo o coração bater mais rápido, e deu um passo para trás, tentando processar o que via.

— Henriksen? — ela murmurou, franzindo o cenho enquanto observava o “homem” à sua frente. — Será que minha bebida foi batizada?

— Não, eu não sobrevivi, se era isso que você queria saber.

— Sinto muito... — respondeu ela, baixinho, sem conseguir encará-lo nos olhos.

— É só isso que você tem a dizer?

— Se eu soubesse que Lilith estava vindo, eu jamais...

— Jamais o quê? Teria deixado meia dúzia de pessoas na delegacia para morrer no seu lugar? É isso? — Ele interrompeu, o tom de voz firme, carregado de ressentimento. — Você fez isso comigo, Blair. A culpa é sua. Ela estava atrás de você, e quem pagou o pato fui eu.

Antes que Blair pudesse reagir, ele a empurrou brutalmente, fazendo-a colidir com força contra a parede fria do banheiro. A dor pulsou por seu corpo, mas ela mal teve tempo de respirar antes que Victor avançasse novamente.

— Você não tem ideia do que eu passei! — Ele gritou, agarrando-a pelo ombro e a puxando em sua direção, apenas para lançá-la para o lado com toda sua força.

Henriksen a segurou pela nuca e, sem hesitar, a lançou contra o espelho, que se estilhaçou ao redor de Blair enquanto ela tentava manter o equilíbrio. Ele a pressionou contra a pia, e seu rosto encontrou o mármore duro repetidas vezes, o som seco dos impactos ecoando no banheiro.

Blair sentiu o gosto de sangue e a dor quente que irradiava pelo rosto, mas, ainda assim, reuniu força para se impulsionar e afastá-lo.

Notando a demora, Castiel se preocupou e decidiu verificar o que estava acontecendo. Ao entrar no banheiro, viu que Victor estava prestes a atacar Blair novamente. Sem hesitar, o anjo avançou por trás do espírito, seus olhos brilhando em um intenso azul celestial.

Henriksen se virou apenas a tempo de ver o olhar determinado do anjo antes que uma luz intensa emanasse dele. Em questão de segundos, o espírito começou a se desfazer, queimando em uma chama etérea até “desaparecer” completamente.

Blair, ainda ofegante e ferida, olhou para Castiel, surpresa e aliviada. Ele se aproximou devagar, seu olhar firme suavizando ao vê-la naquele estado.

— Você está bem? — Castiel perguntou com um toque de preocupação, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.

— Eu já estive pior — ela murmurou, tentando se recompor.

Castiel a ajudou a se levantar, então voou rapidamente para longe do bar, pousando em uma praça tranquila. Ele a acomodou em um banco e, com um toque suave na testa, fez os ferimentos e dores dela desaparecerem.

— Obrigada! — Blair disse, sentindo um alívio imediato. — A essa altura, meu pai deve ter voltado e eu preciso saber o que está acontecendo. É possível que eles também estejam vendo esses fantasmas do passado. — ela completou, a preocupação tomando conta de seu rosto.

Castiel assentiu. — Eu posso levá-la até lá, mas não poderei ficar.

— Tudo bem! — ela disse, aliviada.

No momento em que Castiel se preparou para levá-la, uma presença familiar o fez estremecer. Lanael se aproximou, acompanhada por Astariel, e a tensão no ar era palpável.

— O que faz com essa aberração, irmão? — Astariel disparou, com desprezo evidente na voz.

— Por favor, não a chame assim! — Castiel respondeu, firme.

— Mas é o que ela é! — Lanael completou, cruzando os braços.

Blair levantou-se do banco, posicionando-se ao lado de Castiel.

— Oi, Lanael, como vai? — indagou com sarcasmo. — Não vai me apresentar à sua irmã?

As duas a encaravam com expressões sérias. Astariel, a irmã de Castiel e Lanael, vestia um sobretudo preto que se destacava em relação ao uniforme tradicional do anjo.

— Você não deveria estar com ela, Castiel. Não deveria estar aqui. — Astariel disse, com um tom carregado de reprovação.

— Vou levá-la embora, e vocês não virão atrás nem a machucarão! — ele declarou, sua determinação inabalável.

— Tudo bem, Castiel! Não faremos isso por você, mas saiba que as coisas serão diferentes com Uriel e Zacarias. — Lanael alertou, com um olhar de aviso.

— Não preciso me preocupar com eles agora! — Castiel afirmou, pegando a mão de Blair e a guiando de volta para casa.

— Obrigada por me proteger lá, duas vezes — Blair agradeceu, a gratidão era clara em seu olhar.

Castiel assentiu com um sorriso e antes de bater suas asas para longe dali, Blair deixou um beijo na bochecha do anjo.

[...]

Assim como ela havia imaginado, Sam, Dean, Bobby e Matthew também estavam sendo assombrados por espíritos sedentos por vingança. Segundo seu pai, isso era um dos sinais do apocalipse: "O levante das testemunhas." Ela começou a se perguntar se Castiel sabia disso e apenas deixou que ela descobrisse por conta própria, mas naquele momento, isso parecia irrelevante.

Foi quando percebeu que o espírito de Victor ainda estava por perto; Castiel não o havia mandado embora como ela pensava, apenas o afastará. Bobby tinha um feitiço para expulsar esses espíritos, mas a execução não seria fácil, já que eles se recusavam a partir. A luta parecia não ter fim, um verdadeiro embate contra forças que não queriam deixar o mundo dos vivos. Mas, ao final, conseguiram. Juntos, unindo suas forças, conseguiram finalmente expulsar os espíritos, trazendo um alívio temporário à situação.

Na madrugada seguinte a tudo que havia acontecido, todos estavam exaustos e finalmente conseguiram descansar. Sam dormia no quarto de Blair junto a ela, enquanto Dean se acomodava sozinho no sofá da sala. Ele estava em um sono profundo, como um bebê, até que uma ventania repentina o despertou.

Abrindo os olhos lentamente, ele encontrou Lanael à sua frente, observando-o com um olhar intenso e misterioso. A luz suave da madrugada iluminava seu rosto, revelando uma expressão que misturava curiosidade e algo mais sombrio.

Ele se levantou e caminhou até o anjo, que o observava de longe.

— Excelente trabalho com as testemunhas! — ela exclamou.

— Você sabia de tudo? — Dean perguntou, a desconfiança evidente em sua voz.

— Pode-se dizer que fui informada.

— Ah tá, valeu mesmo pela assistência angelical. Meu coração quase foi arrancado do peito.

— Mas não foi! — ela respondeu, sem mudar a expressão.

— Eu pensei que os anjos deveriam ser guardiões. Asas fofinhas, auréolas tipo Michael Lenton. Não idiotas.

— Leia a Bíblia! — Ela afirmou. — Os anjos são os guerreiros de Deus. Sou um soldado!

— Ah é? Então por que não lutou?

— Não estou aqui para pousar no seu ombro. Temos problemas maiores.

— Problemas? Tem gente sendo triturada aqui. Aliás, enquanto tudo isso acontece, cadê a droga do seu chefe? Se é que Deus existe.

— Deus existe!

— Eu não estou convencido. Por que, se Deus existe, o que Ele está esperando? Genocídio? A droga do apocalipse?

— Deus escreve certo por linhas tortas.

— Então o Bobby tinha razão quanto às testemunhas? Elas eram um tipo de sinal do apocalipse?

— Por isso estamos aqui. — Castiel surgiu das sombras com uma presença imponente. — Coisa grande a frente.

— Eu quero saber que tipo de coisa. — Dean insistiu.

— Você vai saber, você precisa saber. — Lanael interveio. — O levante das testemunhas é um dos sessenta e seis selos.

— Os selos estão sendo rompidos por Lilith. — Castiel completou.

— Ela fez o feitiço e acordou as testemunhas? — Dean perguntou, começando a entender a gravidade da situação.

— Isso! — Castiel concordou. — E não foi só aqui; mais vinte caçadores foram mortos. Blair quase foi.

— O quê?! — Dean exclamou, confuso.

— Ela estava comigo quando tudo começou e eu a salvei.

— Foi você quem deu aquele cachorro para ela também? — Dean indagou, irritado.

Castiel assentiu com a cabeça.

— Mas não importa, o selo foi rompido. — Lanael interrompeu.

— E por que romper os selos? — Dean questionou.

— Pense nos selos como fechaduras nas portas.

— A última se abre e?

— Lúcifer sai livre.

— Lúcifer? — Ele franziu o cenho. — Eu achei que ele fosse só uma história do catecismo dos demônios. Isso não existe.

— Há três dias, você achava que nós não existíamos também. — Castiel respondeu. — Por que você acha que estamos aqui, andando entre vocês pela primeira vez em dois mil anos?

— Para pegar Lúcifer...

Lanael assentiu. — Para isso viemos.

— É, bom trabalho até agora. — Dean murmurou.

— Nós tentamos. Há outras batalhas, outros selos. Alguns ganhamos, outros nós perdemos. — Ela exclamou, com determinação. — Eu tirei você do inferno, posso jogá-lo de volta.

Ela disse isso com o rosto próximo ao de Dean, e um silêncio tenso se instalou no ambiente. Quando os dois anjos finalmente se afastaram, Dean ficou pensativo, refletindo sobre toda aquela conversa e as implicações que ela trazia.
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Oi, pessoal! Como vocês estão? Espero que curtam o capítulo de hoje.

Como mencionei no capítulo anterior, algumas partes que não achei tão relevantes foram explicadas de forma breve, sem diálogos ou descrições detalhadas.
Neste capítulo, o foco principal foi o desenvolvimento da relação da protagonista com Castiel.

Peço desculpas se não ficou tão bom; estou um pouco chateada hoje, mas mesmo assim quis publicar.

Adoraria saber a opinião de vocês, então deixem seus comentários e votos! Isso sempre me deixa feliz.
Até o próximo capítulo!

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