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𝐀𝗉𝖾𝗇𝖺𝗌 𝗈 𝖼𝗈𝗆𝖾𝖼̧𝗈.

Era uma madrugada como qualquer outra. Um motel qualquer, uma rotina já conhecida para os Winchester e a Singer, enquanto mergulhavam em mais um caso. Dean acordou de repente, o coração acelerado, como se tivesse despertado de um pesadelo. Esfregou os olhos e, ao abrir, notou Blair sentada em um canto escuro do quarto. Sem dizer nada de imediato, ele esticou o braço e ligou o abajur ao lado da cama, a luz fraca revelando a expressão tensa dela. Ele franziu o cenho, os olhos ainda se ajustando à claridade, antes de virar a cabeça em direção à cama ao lado. Vazia. Sam não estava lá.

── O que faz acordada? E cadê o Sam? ── Dean perguntou, a voz rouca pelo sono enquanto se sentava na cama, os olhos ainda pesados, mas agora fixos em Blair.

── Você quer mesmo saber, Dean? ── ela retrucou, a voz carregada de algo entre ironia e cansaço. Cruzou os braços sobre o peito, as pernas estendidas à sua frente, batendo de leve os calcanhares no chão.

── Ué, se eu perguntei é porque quero saber, né? Tá escondendo alguma coisa? ── perguntou, já desconfiado.

── Não faz muito tempo que o Sam saiu. Ele foi se encontrar com a Ruby. ── esclareceu, tentando manter a calma.

── Ruby? ── Winchester arregalou os olhos, surpreso. ── Mas a Lilith não tinha matado ela?

Blair deu de ombros, como se aquilo não fosse tão importante assim. Se levantou e foi até a janela, olhando para fora como se buscasse as palavras certas.

── O Sam tá exorcizando demônios com a mente, Dean. Ele tá fazendo isso por causa do sangue que ela tá dando pra ele. Pelo que me disse, a Ruby tá fortalecendo ele pra conseguir matar a Lilith e impedir o apocalipse.

Dean ficou parado por um segundo, processando aquilo, até que explodiu.

── E você só me conta isso agora? ── ele praticamente gritou, já fora de si.

A mulher se virou para ele, cruzando os braços.
── Ele me pediu segredo, tá? Disse que ia te contar, mas no tempo dele.

── E conhecendo bem o Sammy, você realmente achou que ele ia me contar uma coisa dessas? ── deu um passo à frente, encarando-a diretamente.

── Eu falei pra ele não confiar nela, tá legal? ── A mulher retrucou, o tom de quem já estava cansada daquela situação. ── Mas o Sam não quis me ouvir. Ele está convencido de que ela está falando a verdade, mas eu sei que tem algo errado.

── E você sabe onde eles estão agora?

A mulher soltou um suspiro longo, passando a mão pelos cabelos e balançando a cabeça.

── Não sei, mas acho que posso descobrir... Quer dizer, ainda tô tentando entender tudo que consigo fazer com essa “maldição.” ── Ela respondeu, fazendo aspas no ar com os dedos.

— E como você vai fazer isso?

— Só observe — falou soltando um suspiro pesado antes de fechar os olhos. Seu peito subia e descia lentamente, como se estivesse tentando entrar em algum tipo de transe.

O mais velho ficou parado, sem entender muito bem o que esperar, até que as luzes do abajur começaram a piscar, assim como o letreiro neon do lado de fora. Seus olhos se arregalaram, enquanto ele olhava ao redor, tentando entender o que estava acontecendo.

De repente, tudo voltou ao normal. Blair abriu os olhos devagar, mas seu corpo fraquejou, quase caindo. Dean deu um passo rápido e segurou seus braços.

— Você não vai desmaiar, né?

Ela o encarou, séria, como se as palavras dele nem tivessem importância naquele momento.

— Ele está em um tipo de galpão abandonado. — Sua voz saiu firme, mas baixa. — Tem um cara possuído lá. Ruby está com ele.

Winchester passou a mão pelo rosto, irritado e preocupado ao mesmo tempo.

— Beleza, a gente precisa ir agora. Consegue andar ou quer que eu te carregue?

Singer bufou e se soltou das mãos dele. Pegou a jaqueta no canto da cama e começou a caminhar até a porta sem dizer nada. Dean a seguiu, pegando as chaves do carro no caminho.

— A propósito... — ele começou, apressando o passo para acompanhar a mulher. — Por que você estava acordada?

Ela parou no meio do caminho, suspirando antes de se virar para encará-lo. Estufou o peito, levando o dedo indicador até a testa como se buscasse paciência.

— Eu quase não consigo dormir, é só isso.

— Você é a pessoa mais dorminhoca que eu conheço, Blairzinha. — rebateu o mais velho, arqueando uma sobrancelha.

A caçadora revirou os olhos, claramente irritada com o apelido, mas sua expressão mudou para algo mais sério.

— Mas ele... alguém não tem me deixado dormir. Fico vendo e ouvindo coisas.

O homem franziu a testa, confuso, mas resolveu não pressioná-la ali. Continuou andando até o carro, abrindo a porta para que ela entrasse, num gesto que dizia mais do que qualquer pergunta.

— Entra. A gente pode falar sobre isso no caminho.

Blair hesitou por um instante, mas acabou obedecendo, soltando outro suspiro enquanto se acomodava no banco do passageiro. Winchester deu a volta e assumiu o volante, lançando um olhar de canto que misturava preocupação e curiosidade.

O motor do Impala rugiu pelo estacionamento vazio, quebrando o silêncio da madrugada. Dean ajustou o espelho retrovisor, enquanto o carro deslizava suavemente pela saída. Ele lançou um rápido olhar para a Singer, que parecia perdida em pensamentos, os olhos fixos na paisagem noturna do lado de fora.

— Você disse que alguém não te deixa dormir... É o Castiel? — perguntou, tentando não soar insistente, mas claramente curioso.

Blair continuou encarando a janela por alguns segundos antes de balançar a cabeça lentamente em negação. Seus braços se apertaram contra o próprio corpo, como se um frio invisível a atingisse.

— Se não é o Castiel, então quem é? — alternou o olhar entre a estrada à frente e o rosto da caçadora.

A mais nova desviou o olhar para ele, mordendo o lábio inferior como se ponderasse suas palavras. O silêncio dela apenas aumentava a inquietação de Dean, que agora mantinha as mãos firmes no volante, tentando conter a impaciência crescente.

— Eu acho que... bom, o Castiel me disse que Lúcifer consegue acessar minha mente conforme os selos vão sendo rompidos pela minha mãe.

— Pera, o quê? — Winchester perguntou, claramente surpreso, ainda alternando o olhar entre a estrada e a mulher ao seu lado. — Tá me dizendo que você está vendo o diabo?

— Eu vejo o que ele quer que eu veja... tipo vocês, mortos por mim. — A voz da caçadora saiu baixa, mas carregada de um peso evidente.

Dean segurou o volante com mais força, o maxilar travado, mas antes que ele pudesse dizer algo, ela continuou:

— Mas, na primeira vez... — desviou o olhar novamente. — Eu vi... algo como se fosse o meu pai, mas não era ele.

— E como você tem lidado com isso?

— Bom, às vezes o Castiel me apaga... ou só fica comigo durante as madrugadas. — respondeu, olhando para fora da janela como se as luzes da estrada fossem mais interessantes do que aquela conversa.

— E por que ele não estava lá agora?

— Não sei, deve estar ocupado com o céu. — a Singer deu de ombros, soltando um suspiro cansado.

— Olha, quando ele não aparecer, pode me acordar. A gente toma cerveja e joga conversa fora. — Winchester sorriu de canto, pousando a mão sobre a dela.

Blair desviou o olhar para o caçador e retribuiu o sorriso, apertando levemente sua mão. Era um gesto simples, mas que dizia muito. Dean realmente se importava com ela, e ela sentia o mesmo. Desde a infância, eram inseparáveis. Melhores amigos que fariam qualquer coisa um pelo outro, até mesmo enfrentar o inferno, se precisasse.

Um silêncio se instalou no carro, apenas o ronco do motor preenchia o vazio. Blair encarava a estrada, mas sua mente estava longe. De repente, ela respirou fundo, decidindo quebrar o silêncio.

— Dean...

— Fala, Blairzote! — ele respondeu, com aquele tom descontraído que sempre usava para aliviar o clima.

— Eu te amo. — Sua voz saiu firme, mas carregava um tom de vulnerabilidade que fez Dean desviar os olhos da estrada por um breve segundo.

Ele soltou uma risadinha, tentando disfarçar a surpresa, mas o brilho nos olhos entregava mais do que ele queria demonstrar.

— Eu sei. Quem não me ama, né? — brincou, dando uma piscadela para a caçadora.

— Idiota. — Singer revirou os olhos, mas não conteve o sorriso que surgiu no canto dos lábios.

— Eu também te amo! — falou com um sorriso sincero nos lábios, enquanto continuavam pelo caminho.

O silêncio voltou a tomar conta do ambiente, mas dessa vez, era tranquilo, quase confortável. Não demorou muito para que Blair o fizesse parar, apontando para uma estrutura velha e sombria, cercada pela escuridão da madrugada.

— É aqui que ele vem... — suspirou profundamente antes de abrir a porta e sair do carro, cruzando os braços enquanto esperava pelo caçador.

Dean desligou o motor e saiu logo em seguida, analisando o local com cuidado.

— Tá, e agora? — perguntou, se aproximando dela com as mãos nos bolsos, o olhar atento ao redor.

— E agora a gente entra, bem simples.

Winchester suspirou, balançando a cabeça, mas a seguiu sem protestar. O lugar era tão horrível quanto ele imaginava. O chão estava cheio de poças d'água, o ar era gelado e o cheiro de mofo quase o fazia querer voltar para o Impala.

E então ele o viu: Sam estava lá, concentrado, o rosto tenso, tentando exorcizar o demônio de um homem apenas com a mente. E claro, Ruby, a vadia de sempre, estava ao lado dele, como se fosse a maior apoiadora daquela insanidade.

— Você só pode estar de brincadeira... — Dean sussurrou para Blair.

— Bom, foi o que eu disse... — respondeu com um encolher de ombros. Ela se aproximou do homem possuído e, com um simples estalar de dedos, o demônio foi expulso. A fumaça preta evaporou no ar, deixando um silêncio desconfortável no ambiente.

O mais velho avançou logo em seguida, parando próximo ao irmão. Seus olhos estavam cheios d’água, mas era pura frustração. Ele cerrou os punhos, tentando segurar a mistura de decepção e raiva que crescia dentro de si.

Sam virou-se lentamente, percebendo a presença deles. O constrangimento era visível, mas ele tentou manter a postura.

— Oi, Sammy! — Dean soltou, o tom carregado de sarcasmo enquanto um sorriso amargo surgia em seus lábios.

— Você contou a ele? — Sam finalmente quebrou o silêncio, mas seu olhar estava fixo em Blair.

— É claro que ela contou, Sam! — Ruby comentou, com aquele tom irritante.

— Fica na sua, ninguém tá falando com você. — Blair respondeu na mesma hora, cruzando os braços enquanto olhava para a demônia como quem segurava a vontade de partir pra cima.

Dean lançou um olhar afiado para Ruby, mas manteve o foco em Sam.

— Sabe por que ela contou? Porque você não tem coragem de fazer isso sozinho. — Ele apontou o dedo no peito do irmão, visivelmente desapontado.

— Eu pretendia contar, Dean! — o outro rebateu, cruzando os braços como quem tenta manter o controle da situação.

— Ah é?  Porque quando eu te perguntei, você disse que ela estava morta!

Blair soltou um suspiro pesado, olhando para o lado enquanto passava uma mão pelos cabelos, já cansada daquela discussão.

— Eu só... eu precisava de tempo! Não sabia como você ia reagir. — Samuel desviou o olhar para o chão, sua voz ficando mais baixa enquanto tentava explicar.

— Tempo? Você achou que eu ia reagir bem descobrindo isso aqui, desse jeito? — Dean gesticulou com as mãos, apontando para a Singer e depois para o homem desmaiado no chão.

A caçadora finalmente se pronunciou e ergueu as mãos, como se pedisse um momento de paz.

— Talvez vocês possam continuar isso depois. Tem coisas mais urgentes agora, tipo ele. — indicou com a cabeça para o homem caído.

— Eu cuido dele, acho que vocês tem muito o que conversar. — Ruby disse, com aquele tom provocativo que Blair detestava.

— E vai fazer o quê com ele? — Singer deu um passo à frente, o olhar preso ao da demônia.

Ruby piscou rápido, como se não esperasse a reação. Engoliu seco, mas tentou não demonstrar que estava intimidada.

— Eu vou levá-lo para o hospital, ou prefere que ele morra aqui? — disse, mantendo um tom firme, mas seus olhos evitavam encarar Blair por muito tempo.

— E quem garante que você não vai matá-lo no caminho? — A caçadora deu mais um passo, claramente não convencida.

— Deixa ela ir, esse homem precisa de um médico. — Sam cortou, a voz mais baixa, mas com um tom que pedia fim à discussão.

Blair suspirou, olhando para a demônia por mais um instante antes de se afastar.

— Não acabou, viu? Vamos conversar depois, Rubyzinha. — ela disse, em um tom calmo, mas com o suficiente de provocação para deixar claro que isso estava longe de terminar.

A outra não respondeu, apenas segurou o homem pelos braços, ajudando-o a se levantar, e saiu do galpão sem olhar para trás. Singer ficou parada por alguns segundos, com os olhos fixos na porta por onde Ruby havia saído. Sua vontade era segui-la, garantir que o rapaz realmente chegasse ao hospital, mas respirou fundo. Havia algo mais importante para resolver ali, algo que não podia esperar.

Deu um passo à frente até os irmãos, olhando Sam diretamente nos olhos. A raiva era evidente, mas a decepção por trás daquilo era ainda maior.

— Eu precisava contar, Sam. Você acha que eu queria? Mas você não ia falar nada, e eu não aguentava mais te ver afundando desse jeito.

— Afundando? — Sam rebateu, cruzando os braços. — É isso que você acha que eu estou fazendo?

— Não é óbvio? — ela retrucou, levantando a voz. — Você tá brincando com fogo, confiando numa demônia que só tá te usando!

Winchester riu, mas o som era frio e carregado de ironia.

— Pelo menos a Ruby acredita em mim. Diferente de você.

Singer piscou, atordoada com aquelas palavras. Respirou fundo, tentando se segurar, mas não conseguiu.

— Acredita? — ela repetiu, incrédula. — Sam, ela está manipulando você! E você é burro demais pra perceber isso.

— E você é egoísta demais pra entender porque eu tô fazendo isso! — ele retrucou, a voz cada vez mais alta.

— Egoísta? — perguntou, soltando uma risada seca. — Eu tô tentando salvar você, mas parece que só a Ruby importa agora.

— Porque ela não fica me julgando o tempo todo, Blair! — Samuel gritou, apontando para ela. — Diferente de você e do Dean, ela me entende.

As palavras dele foram como um soco no estômago. Blair estava tentando processar aquilo. Quando falou de novo, sua voz estava mais baixa, mas cheia de mágoa.

— Então é isso? Nós estamos errados e ela tá certa? Sabe de uma coisa, Sam? Eu pensei que você fosse diferente, mas acho que me enganei.

Ela deu as costas, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair. Dean chamou por ela, mas Blair apenas ergueu a mão, pedindo silêncio.

— Resolve isso com ele, Dean. Eu tô fora.

E, sem olhar para trás, ela saiu, deixando Samuel com o peso do que tinha acabado de dizer.

Do lado de fora, Blair ergueu os olhos para o céu vazio, sem um único ponto de luz. Apenas a escuridão profunda da madrugada a envolvia. Ela suspirou, sentindo o peito pesado, e permitiu que as lágrimas finalmente caíssem, escorrendo silenciosas pelo rosto enquanto começava a caminhar pela estrada deserta.

Os passos ecoavam pelo asfalto, e o silêncio ao redor era quase ensurdecedor. Poderia usar seus poderes para voltar ao motel, mas isso era inútil quando nem sequer entendia como controlá-los direito. Além disso, talvez precisasse daquele momento sozinha. Foi então que de repente, uma ventania surgiu, bagunçando seus cabelos. Ela parou e, quando virou a cabeça, viu Castiel ali, ao seu lado, com a expressão calma de sempre.

— Não é seguro andar sozinha, Blair.

Ela não respondeu de imediato, apenas passou as mãos pelo rosto, tentando esconder as lágrimas que não paravam de cair.

— A segurança é a última coisa que eu tenho, Cass. — ela falou, tentando não deixar transparecer o cansaço na voz.

O anjo a observou por um tempo, como se entendesse o que ela queria dizer, mas não soubesse o que falar. Depois, ele soltou um suspiro suave.

— Sam não queria te ferir.

— Eu sei... — baixou a cabeça, sentindo um peso enorme no peito. — Mas isso não muda o fato de que dói.

— Eu vou te levar de volta para o motel, em segurança. — Castiel tocou o ombro dela e, com um leve movimento de suas asas, os dois desapareceram, aparecendo rapidamente no quarto.

{...}

Blair se dirigiu à cama. Tirou sua jaqueta e a jogou sobre ela, se sentando na beirada. O de sobretudo permaneceu parado, observando-a com atenção.

— Estava ocupado lá com as coisas celestiais? — ela perguntou, sua voz baixa.

— É, algo assim. — Ele deu de ombros, mas a voz soou tranquila. — Mas agora eu posso ficar... ou ir embora, se preferir.

A mulher olhou para ele, com um leve sorriso. Singer balançou a cabeça e respondeu sem hesitar:

— Eu quero que fique, Castiel.

Ele se aproximou, de forma silenciosa, e se sentou ao seu lado. A tensão que ela sentia parecia desaparecer um pouco, só por ele estar ali. Ela não precisava de palavras, mas sentiu que precisava dizer algo.

— Eu sei que você tem muito a fazer, mas... — ela pausou, olhando para as mãos, tentando organizar o que sentia. — Me sinto tão perdida, Cass. Eu não sei o que fazer com tudo isso.

O anjo não respondeu imediatamente. Ele apenas permaneceu ao lado dela, esperando que ela se abrisse mais.

— Posso te perguntar uma coisa? — A mulher olhou para ele, com um sorriso tímido.

— Claro, pode perguntar.

— O que você sentiu quando me beijou?

— Como assim? — Castiel a encarou, confuso.

Blair deu de ombros, tentando deixar a conversa mais simples.

— Você gostou?

Ele hesitou, olhando para o chão por um segundo antes de responder.

— Gostei...

Singer sorriu, mas não deixou de olhar para ele. — E se eu te beijasse de novo, você deixaria? — ela segurou o rosto dele, forçando-o a olhá-la.

O de sobretudo ficou em silêncio por um momento, claramente inseguro.

— Eu não sei se deveríamos...

— Você disse a mesma coisa da última vez e mesmo assim gostou. O que te impede de tentar de novo?

Ele ficou quieto, como se estivesse ponderando. Sem esperar mais, Blair se aproximou dele, e dessa vez, os dois se beijaram com mais intensidade. Castiel fechou os olhos e colocou as mãos na cintura dela, enquanto a caçadora começava a tirar o sobretudo dele, sentindo o momento.

O anjo não a impediu, deixando que ela retirasse o sobretudo dele. Mas, à medida que o beijo continuava, uma sensação nova surgiu dentro dele, algo que o deixava inquieto e confuso. Ele parou o beijo de repente, afastando-se dela com uma expressão de surpresa. Sua calça estava apertada, e uma sensação de tensão começava a tomar conta de seu corpo. Era algo que ia além do físico, uma emoção que não sabia como lidar.

Ele olhou para baixo, respirando de maneira mais rápida, antes de olhar para ela com um misto de incerteza e curiosidade.

— Eu... não sei o que está acontecendo. — ele murmurou, tentando entender a sensação.

Blair olhou para baixo por um momento e notou a mudança visível no corpo de Castiel. Ela então sorriu tocando levemente a bochecha dele.

— Tudo bem, Castiel. Não precisa ficar assustado, você só está... bem, excitado.

O de sobretudo olhou para ela, um pouco perdido em seus próprios pensamentos.

— E o que isso significa, exatamente? — perguntou ele, confuso.

Ela riu baixo, tentando aliviar a tensão no ar.

— Significa que você quer transar comigo, sabe? Atos carnais.

O anjo ainda parecia confuso, mas começou a entender um pouco mais sobre o que estava acontecendo, embora a sensação fosse nova para ele.

— Isso é o que os humanos fazem, mas nós não podemos...

— Ninguém vai te impedir, Castiel. Você sabe o que quer... Por que resistir?

Blair sentou-se no colo dele. O calor entre os dois aumentou, e ele sentiu o peso dela em cima de si. A tensão no ar ficou mais forte. Ela o olhou com um sorriso, puxou a blusa para cima e a deixou cair no chão. O anjo não conseguia desviar os olhos, totalmente fixado nela, que agora estava só com o sutiã. Singer desabotoou o sutiã devagar, deixando-o cair dos ombros. Ele não conseguia pensar direito; a respiração ficava mais pesada a cada segundo.

— Sam e Dean podem chegar a qualquer momento.

— Eles têm muito o que discutir, não vão chegar tão cedo, relaxa.

A mulher sorriu, se aproximando lentamente. Seus lábios tocaram a pele do pescoço de Castiel, espalhando beijos molhados e lentos pela região. Cada beijo fazia o anjo se arrepiar por completo e, de alguma forma, ele gostava daquela sensação.

Sem pensar, ele a segurou pela cintura, mas Blair pegou as mãos dele e as levou até seus seios, agora totalmente expostos. Seus mamilos estavam completamente enrijecidos e, por baixo, ela podia sentir a calcinha encharcada.

— Quer saber de uma coisa, Cass? — ela sussurrou, colando os lábios perto da orelha dele.

— O que?

— Você também me deixou toda... excitada.

Castiel estava perdido, sem saber muito bem o que falar ou fazer. Era tudo novo para ele. Blair, por outro lado, não parecia se importar com a falta de experiência. Ela sabia o que ele queria, mesmo que o anjo ainda não soubesse como agir.

— Eu vou fazer uma coisa em você e acho que irá gostar. — disse com um sorriso travesso, levantando-se do colo dele e se ajoelhando em frente. — Posso? — apontou para o cinto que prendia sua calça, referindo-se ao fato de retirá-la.

— Pode... — Castiel podia sentir seu corpo se aquecer e o rosto; ah, seu rosto parecia um pimentão.

O olhar do anjo estava fixo nos seios de Blair, com a respiração mais pesada enquanto ela começava a tirar a calça dele. Cada movimento dela parecia hipnotizá-lo, e ele não conseguia desviar os olhos, absorvendo cada detalhe da cena diante de si.

Ela começou desabotoando o cinto, abriu o zíper com calma e, em seguida, deslizou a calça até os pés, jogando-a para o lado. Logo após, ela fez o mesmo com a cueca, e o pau de Castiel saltou para fora. Singer se deu conta de que ele tinha algo imenso, grosso e cheio de veias. Segurou o membro do outro em suas mãos, sentindo a pulsação que irradiava.

— Uau, não esperava tudo isso...

— E é ruim? — ele perguntou, tentando evitar o olhar dela, claramente nervoso.

— Muito pelo contrário, Cass. É ótimo, muito bom.

Ela deslizou os dentes pelo lábio inferior, colocando os cabelos para trás, assim finalmente levando sua boca de encontro ao pau dele. Abocanhou-o com vontade, sem cortar o contato visual, queria ter a certeza de que ele estava gostando.

O anjo se contorceu, sem conseguir conter o gemido. O que Blair estava fazendo era bom demais, e Castiel apenas não queria que ela parasse. Tombou a cabeça para trás, apoiando uma das mãos sobre o colchão da cama, e a outra envolvia automaticamente os cabelos dela, segurando-os como um rabo de cavalo.

A mulher esboçou um sorriso malicioso, movimentando sua mão para cima e para baixo, iniciando uma masturbação na parte que não cabia dentro de sua boca. Encarava Castiel de uma forma provocante, gostando de ver como ele reagia a ela, a seus movimentos e como cedia ao momento.

── B-Blair... ── balbuciou entre gemidos, fechando os olhos por um breve momento e pressionando-a levemente para baixo.

Cada sensação reverberava em seu corpo, mas transcendia a matéria, atingindo algo muito mais profundo. Castiel jamais imaginara experimentar algo assim; nunca pensou que os prazeres carnais fossem algo que um dia provaria. Contudo, aquilo era avassaladoramente bom, ainda que, para ele e para os seus, fosse considerado uma profanação.

Singer percorreu com a língua toda a extensão grossa, sentindo as veias que marcavam cada parte daquela área. Deixou a mão escorregar lentamente até as bolas, seus dedos tocando a pele macia e quente, começando a massageá-las com cuidado, sentindo cada contorno. Enquanto isso, seus olhos nunca deixaram o rosto dele, como se a conexão entre os dois fosse a única coisa que importasse naquele momento.

Cass sentiu a pulsação aumentar, sem entender o que estava acontecendo, mas parecia que algo estava prestes a estourar... por baixo. E, como se fosse inevitável, ele se entregou à sensação e explodiu. Castiel gozou, desmanchando-se ali, na boca de Blair. O peito subia e descia de forma descompassada, o suor escorrendo, e ele mal conseguia respirar. Mas, caralho, aquilo era bom demais.

Ela afastou a boca do pau dele, sorrindo enquanto limpava os lábios com o antebraço. A mulher se levantou e, ao olhar para o anjo, o encontrou sorrindo de volta, como se soubesse que havia feito tudo certo.

— Isso foi... — ele fez uma pausa, ainda ofegante. — Eu gostei disso, foi tão bom e... Dá para fazer o mesmo em você?

Blair balançou a cabeça, soltando uma risada suave diante da pergunta dele. Ela se aproximou de Castiel, deu-lhe um breve beijo nos lábios antes de responder.

— Então você quer fazer a mesma coisa em mim?

— Sim, eu quero! Eu não posso? Se bem que, eu não sei como é em você.

— Já que quer tanto, então eu vou te mostrar. Fecha a mão assim... — ela disse, guiando-o para a posição certa.

O anjo seguiu o movimento, fechando a mão e estendendo-a na direção dela.

— Assim? — ele perguntou, inclinando a cabeça para o lado, tentando entender.

— Isso, assim mesmo... imagina que a sua mão é a minha... bom, você sabe. E imagina que eu sou você. — Singer segurou a mão dele, levando para sua boca e introduziu a língua pelo espaço entre o polegar e o indicador. Fez movimentos delicados, como se fosse um beijo, enquanto o encarava com um sorriso cheio de malícia.

Cass paralisou, os olhos fixos nela e no que ela fazia. Observava cada movimento com atenção para não errar. Mas não era só isso; ele estava hipnotizado pela forma como ela o olhava e como guiava a língua pela sua mão. Aquilo lhe causava uma excitação imensa, algo que ele não conseguia controlar.

Blair manteve os movimentos, alternando entre um ritmo lento e outro mais intenso. Fazia questão de variar para que ele entendesse. Às vezes, usava apenas a pontinha da língua; em outras, fazia movimentos circulares. Também prensava os lábios, simulando um beijo de verdade, tudo de forma instintiva e envolvente.

Ela também introduziu o dedo, mas sem tirar a língua. Castiel, ainda ingênuo e novo naquilo, entendeu perfeitamente o que ela queria mostrar. Singer se afastou logo em seguida, inclinando a cabeça para o lado e deitando-a no próprio ombro, com um sorrisinho que parecia inocente, mas estava longe de ser.

— Entendeu como se faz?

— Entendi. Acho que entendi bem.

Ele se aproximou mais, tocando os ombros dela com delicadeza antes de deitá-la na cama. Ficou com o corpo sobre o dela, estudando seu rosto por alguns segundos antes de começar a descer.

— Ah, eu posso tirar a sua calça agora?

— Não pode, deve! — respondeu, mordendo a ponta do indicador de forma provocante.

O anjo abriu o zíper devagar, puxando o jeans para baixo, passando pelos pés e jogando-o para o canto, da mesma forma que ela fez com ele antes. Em seguida, fez o mesmo com a calcinha, agora úmida pela excitação da Singer. Cass ficou maravilhado com a visão dela completamente nua sobre a cama. Embora um pouco tímido, com o rosto levemente avermelhado, ele gostava daquilo, e como gostava.

A caçadora estava completamente molhada, ansiando por finalmente sentir Castiel. Ela o observou se posicionar entre suas pernas e o envolveu com elas ao redor do pescoço, prendendo-o por cima dos ombros.

— Você me deixou completamente encharcada, Castiel...

Com um movimento rápido, pegou a mão do anjo e a guiou até si, fazendo-o tocar sua buceta, mostrando o quanto estava excitada por ele.

O moreno apenas sorriu antes de segurar as coxas dela com firmeza, abrindo espaço e indo diretamente com a boca até sua intimidade. Seguiu exatamente o que ela havia ensinado, começando como se estivesse beijando. Sua língua se movia devagar, deslizando com cuidado, e o som que fazia era semelhante ao de um beijo molhado, intenso e cheio de desejo.

Singer, por sua vez, se contorceu, arqueando as costas enquanto soltava um gemido baixo, mas perfeitamente audível para o anjo. Suas mãos agarraram com força os lençois da cama, enquanto mordia o lábio inferior e pressionava ainda mais suas pernas ao redor do pescoço de Cass.

— P-Porra, anjinho... — murmurou com dificuldade, em meio aos gemidos que escapavam de seus lábios.

O anjo apertava as coxas com firmeza, deixando a marca exata de seus dedos na pele dela. Sentia que estava fazendo tudo certo, especialmente pelas reações de Blair. De vez em quando, levantava os olhos para encará-la e deixava escapar um pequeno sorriso de canto. Cass também estava gostando, gostando de tê-la sob sua boca, de senti-la e tocá-la.

Suas mãos começaram a deslizar lentamente pelo corpo dela, subindo do abdômen até alcançarem os seios. Sem hesitar, ele começou a massageá-los e apertá-los com vontade. Ela, ofegante, sorriu entre gemidos, surpresa com os movimentos dele. Castiel repetia o ato com naturalidade, sem precisar de qualquer orientação.

Deslizou um dedo com cuidado para dentro da buceta dela, sentindo a maciez e o calor que o envolviam. Não parou de usar sua língua, trabalhando simultaneamente na região mais sensível. Os movimentos de vai e vem do dedo eram lentos e precisos, seguindo o que ela havia mostrado antes, mas a preocupação em machucá-la o fazia hesitar de tempos em tempos. Ele pausava por breves instantes, levantando o olhar para ela, como se buscasse confirmação de que estava tudo bem.

Blair, por sua vez, não parecia querer que ele parasse. Suas mãos, antes ocupadas agarrando os lençois da cama, deslizaram até a cabeça de Castiel, segurando seus cabelos e o pressionando contra sua intimidade, incentivando a continuar. Seus quadris começaram a se mover por conta própria, acompanhando os estímulos. Ela arqueava as costas, se contorcendo sob o toque dele, enquanto gemidos escapavam de seus lábios. Seu corpo inteiro tremia de prazer, e a cada movimento, o som do nome dele se misturava aos gemidos, deixando claro o quanto estava entregue.

— Cass... — sussurrou com dificuldade, quase sem fôlego.

As pernas dela tremiam, e o controle de seu corpo parecia escapar. A cabeça tombou para trás e, então, entregue à intensidade do momento, ela finalmente gozou contra a língua e o dedo dele. Respirava ofegante, com os fios de cabelo grudados no rosto pelo suor, os olhos fechados enquanto tentava processar o que acabara de sentir. Devagar, começou a retirar as pernas dos ombros dele, o movimento lento e cuidadoso enquanto o prazer ainda reverberava em cada parte de si.

Castiel ergueu a cabeça, com as orbes fixas nela, como se buscasse algum tipo de aprovação.

— Eu fui bem? Você gostou? — perguntou, com um tom quase inocente.

Singer abriu os olhos, ainda com um sorriso no rosto. Assentiu lentamente enquanto se levantava para ficar cara a cara com ele. Cass ainda vestia a camisa social, mas o sobretudo já havia sido deixado de lado. Ela levou as mãos à gravata dele, desfazendo o nó devagar e tirando-a com calma.

— Se você foi bem? Foi incrível, principalmente para quem nunca tinha feito isso.

— É mesmo?

— É claro, anjinho! — respondeu, com um sorriso, antes de retirar a camisa dele, finalmente podendo tocar o peitoral e o abdômen expostos.

Blair, porém, sentia-se dividida. Parte dela se sentia culpada, como se estivesse sendo uma vadia por fazer aquilo com Castiel, enquanto sabia que seus sentimentos ainda pendiam para Sam. Mas, ao mesmo tempo, que se dane. Winchester vinha sendo um grande vacilão ultimamente, e eles nem tinham nada sério. Além disso, ela não podia ignorar o que estava começando a sentir pelo anjo. Era algo que ia além de simples atração, algo que a confundia e a fazia querer mais.

Castiel gostava de sentir os toques dela, as mãos deslizando sobre sua pele. Era diferente de tudo o que já havia experimentado, porque não era só a casca que sentia, mas ele, verdadeiramente. Com as duas mãos, segurou o rosto da caçadora, unindo seus lábios aos da mulher em um beijo intenso, cheio de vontade, como se ambos tivessem esperado por aquilo.

Singer correspondeu ao beijo com a mesma intensidade, suas mãos deslizando lentamente pela pele exposta do outro, explorando cada detalhe. Sorriu contra os lábios dele, deixando mordidas suaves que arrancavam leves reações do anjo, como se ele estivesse descobrindo um mundo completamente novo. Naquele instante, nada mais importava. Não havia céu, inferno, apocalipse, anjos ou demônios. Apenas os dois, Castiel e Blair, completamente entregues, como se o universo inteiro tivesse parado para aquele momento.

Ele a deitou novamente na cama, ficando por cima dela. As mãos dela começaram a deslizar suavemente pelas costas dele, sentindo a textura da pele quente. Cass, por sua vez, afastou um pouco, apenas o suficiente para olhá-la nos olhos e acariciar seu rosto com a ponta dos dedos, ainda compartilhando a respiração ofegante.

— E agora? O que eu faço? — perguntou ele, com a voz suave, a curiosidade misturada com o desejo de saber o que ela queria a seguir.

Blair riu, seus dedos passeando pela pele dele de forma leve e descontraída, enquanto seu olhar se tornava pensativo, mas com um sorriso irônico no rosto.

— Agora, você coloca a espada em mim — ela disse, com um sorriso de quem queria ver a reação dele.

— Mas eu posso te machucar com ela — Castiel respondeu, confuso, ainda tentando entender o que ela queria dizer.

— Estou falando de outra espada, meu bem! — sua mão desceu até o pau dele, que, por sinal, ficou duro novamente a um piscar de olhos.

— Só relaxa e não precisa ficar com medo de me machucar, tá legal? Você não vai.

Ele assentiu positivamente e, então, ela segurou seu membro, ajudando a direcioná-lo para a penetração. Castiel se ajeitou entre as pernas da Singer e a puxou pela cintura, introduzindo seu pênis na vagina dela inicialmente devagar, como quem quisesse ter a certeza do que estava fazendo.

Blair o pressionou contra si, fazendo com que o anjo fosse de uma só vez. No mesmo instante, um gemido suave escapou de seus lábios.

Cass deixou escapar um gemido rouco enquanto seus rostos permaneciam próximos, permitindo que sentissem a respiração um do outro. À medida que ele começou a se mover, Singer cravou as unhas nas costas dele, deixando uma trilha de arranhões leves que, para o anjo, mal faziam diferença.

— Caralho, Cass... — ela gemeu, com os lábios bem próximos ao lóbulo da orelha dele.

Castiel sorriu de leve. Para ele, os gemidos de Blair eram como uma melodia que ele queria ouvir repetidas vezes. Inspirado pelo que ela havia feito antes, ele se inclinou, pressionando os lábios contra o pescoço dela. Deixou uma trilha de beijos molhados que se misturavam ao som ritmado de seus corpos se encontrando.

Singer fechou os olhos, levando uma das mãos até a nuca dele e puxando suavemente alguns fios de cabelo. Apesar de ser novo naquilo, Cass parecia saber exatamente o que fazer, movendo-se com cuidado, sem pressa. A cama batia levemente contra a parede, enquanto Blair enlaçou suas pernas em volta da cintura dele, puxando-o para mais perto. Castiel deixou seus beijos descerem do pescoço até os seios dela. Ele abocanhou um deles com cuidado, sugando devagar, enquanto a outra mão explorava o outro, como se quisesse memorizar cada detalhe.

O anjo não sabia ao certo o que dizer ou se deveria dizer algo, então apenas continuou, deixando seus gemidos se misturarem aos dela. Aos poucos, seus movimentos se tornaram mais intensos, estocando com mais rapidez, sem pausa. Seu pau entrava e saía, e ela se contraia em volta dele, fazendo com que a sensação ficasse ainda melhor.

— Blair... — ele tentou protestar, a voz embargada.

Ela, no entanto, arqueou o corpo para trás, inclinando a cabeça completamente enquanto gemia o nome dele. Mas, mesmo naquele momento, a lembrança de Sam surgiu em sua mente. Porra, aquilo era tão errado. Ainda assim, não podia ignorar como Castiel, de certa forma, a fazia lembrar dele, especialmente na maneira como a fazia sentir prazer.

Cass levantou um pouco o corpo, ficando de joelhos na cama enquanto segurava a cintura dela, continuando sem parar. A cabeça dele foi jogada para trás, o corpo suado e os cabelos bagunçados. Blair estendeu as mãos com dificuldade, tocando o peito dele e indo até o abdômen, arranhando com mais força. Dessa vez, os arranhões eram mais profundos, a ponto de fazer o anjo sangrar. Era como se algo dentro dela tivesse despertado, como se seu lado demoníaco tivesse tomado conta.

— Você é tão gostoso, Castiel... — ela sussurrou, a voz interrompida pelos arfares que escapavam.

Estava quase chegando ao fim, e, de alguma forma, ele também. Singer não se importava; poderia lidar com isso ao amanhecer. O anjo sentia seu pau pulsar dentro dela, e Blair começava a ter espasmos. Foi então que, ao mesmo tempo, ambos gozaram... sem um segundo a mais, nem a menos.

Ofegante, Cass saiu de dentro dela e se deitou ao lado, olhando para o teto, tentando entender tudo o que tinha acabado de acontecer. Blair se acomodou, apoiando a cabeça em seu peito e puxando o cobertor para cobrir os dois.

— Tem certeza de que nunca fez isso antes? — perguntou com um sorriso brincalhão.

— Nunca mesmo... — ele respondeu, desviando o olhar para ela, os olhos azuis cheios de sinceridade. — Mas eu gostei. Gostei de fazer isso com você, embora ache que não deveria.

— Ai, Cass, você é tão certinho que me sinto até culpada por te corromper.

Os dois riram juntos, o som leve e descontraído preenchendo o quarto, como se, por um instante, nada mais importasse além daquele momento.

— Você não está preocupada?

— Com o quê?

— Sam e Dean. Eles ainda não voltaram.

— Ah, eu conheço bem os dois. Se não estiverem brigando ainda, Sam provavelmente saiu para esfriar a cabeça e Dean... bom, ele deve estar por aí, na gandaia. Quando o sol nascer, os dois vão aparecer, pode apostar.

— E você, não precisa dormir? — perguntou, soando preocupado.

— Eu não conseguiria dormir, mesmo que quisesse.

— Nem se eu te apagar?

— Talvez... mas eu não quero dormir. Não se preocupe com isso.

O silêncio pairou por alguns instantes, até que o anjo voltou a falar.

— Está ficando pior a cada dia, não é?

— Lúcifer? — ela suspirou. — É, dá pra dizer que sim. Lilith está rompendo os selos como se não fosse nada. E vocês... não conseguem impedir. Mas a única coisa que eu queria agora, é fazer o Sam parar com o sangue de demônio.

— Talvez eu possa ajudar... — Castiel começou. — Nós, anjos, somos mais fortes. Se eu der o meu sangue, ele não vai mais precisar do dela ou de qualquer outro.

— E qual é a diferença? Ele vai trocar um vício por outro. — Blair deu de ombros, mas depois soltou uma risada curta. — Se bem que, entre você e ela, eu prefiro você mil vezes. Mas Sam ainda não te conhece, nunca te viu.

— Eu conheço ele. Talvez até mais do que você e Dean.

— E se ele achar a Lilith e matá-la, vai impedir o apocalipse, como a Ruby diz?

Castiel ficou em silêncio por um momento, como se calculasse as palavras.

— Se ele fizer isso, tem que ser logo. Antes que ela rompa um total de 65 selos...

— E o que acontece se ele matar ela depois de ter 65 rompidos?

— Ela é o último selo. — A voz dele soou grave e certeira. — Se isso acontecer... Lúcifer será libertado.

— Eu sabia que aquela vadia estava manipulando ele, enrolando para Lilith conseguir romper os selos e depois levar o Sam até ela. Isso era tão óbvio... — suspirou, passando as mãos pelo rosto. — E onde eu entro nisso? O que acontece comigo se Lúcifer sair?

— Você é a peça principal. Se ele sair, a primeira coisa que vai fazer, depois de encontrar uma casca, será te procurar. Você pode ser a destruição deste mundo e, principalmente, do céu. É exatamente por isso que ele vai te buscar, vai te tentar até que você não consiga negar e fique ao lado dele.

— Por isso seus irmãos querem me ver morta? Acham que vou sucumbir?

Cass assentiu com a cabeça, mas manteve o silêncio.

— Eu não vou. Eles podem não acreditar em mim, mas você acredita, né?

— É claro que acredito! — Ele sorriu com firmeza. — Você vai precisar ser forte, muito forte...

— E eu serei. — A resposta veio carregada de convicção, o olhar dela fixo no dele.

De repente, Lanael surgiu no meio do quarto, da mesma forma que ela e Castiel costumavam aparecer, abruptamente. Seus olhos varreram o ambiente com um ar de julgamento antes de finalmente pousarem nos dois.

— E aí, o que estavam fazendo? — questionou, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha.

O anjo se sobressaltou com a chegada repentina da irmã, enquanto Singer soltava uma risada descontraída.

— Nós estávamos... estávamos... — ele gaguejou, desviando o olhar. — Só conversando.

— Conversando sem roupa? Interessante. Enfim, depois você me explica isso. E antes que digam algo, não estou atrás de Dean, porque sei exatamente onde ele está. Estou aqui para avisar... você. — Lanael apontou diretamente para Blair.

— Avisar do quê? — perguntou franzindo a testa.

— Astariel está liderando uma legião de anjos para te capturar. Pode ser amanhã, depois ou a qualquer momento. Eles são muitos, e você não tem como enfrentar todos. Por isso... — Lanael se aproximou, ignorando qualquer protocolo, puxou a coberta e tocou as costelas de Blair.

— Ei! — A caçadora se cobriu novamente, olhando irritada. — O que foi isso?

— Ela entalhou sigilos em você. — Castiel explicou com a voz calma. — Agora você está invisível para os anjos, inclusive para nós dois. A menos que reze diretamente para mim, então eu conseguirei te localizar.

— Mas isso não significa que você está completamente segura. — Ela interrompeu, olhando-a com seriedade. — Eles podem te encontrar através de Dean, então tome cuidado. Eu já me arrisquei demais vindo aqui e fazendo isso. Agora vamos, Castiel. Vista-se.

— E você não vai se virar de costas pra ele se vestir? — questionou.

— Por quê?

— Porque não se deve ver ninguém sem roupa, pelo menos não desse jeito.

Lanael revirou os olhos, mas, sem argumentar, virou-se de costas como Blair havia sugerido. Castiel, por sua vez, inclinou-se e deixou um selinho nos lábios da Singer antes de se levantar para vestir suas roupas.

— Lembre-se, você vai precisar rezar quando quiser me ver.

Blair assentiu, com um sorriso leve nos lábios.

— Pode deixar. — ela então lançou um olhar para Lanael. — Até mais, Laninha.

— É Lanael! — corrigiu, séria, antes de bater as asas e desaparecer dali junto com seu irmão, deixando Blair sozinha no quarto, envolta no silêncio.

Agora, tudo o que restava eram seus próprios pensamentos, que giravam incessantemente na sua mente.

𑁍̸ Oi, pessoal! Finalmente atualizei depois de dois meses e espero que gostem do capítulo de hoje.

𑁍̸ Peço desculpas por qualquer erro ou algo que possa ter passado despercebido.

𑁍̸ Não esqueçam de deixar seus comentários e votos, eles me ajudam muito e me motivam a continuar!

𑁍̸ Até o próximo capítulo!

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