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❪ 𝐎𝟕 ❫ ┆ ❛ 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐒𝐓 𝐁𝐑𝐄𝐀𝐓𝐇𝐈𝐍

CAPÍTULO SETE
o último suspiro

               CONTAVAM MENTALMENTE OS PASSOS QUE DAVAM vilarejo a fora. Essa foi a única coisa que manteve a mente de Devina sã ao ser levada junto das pessoas que mais amava naquela caminhada interminável, diversos desconhecidos maldiziam seus nomes e as empurravam em direção a morte. As três foram colocadas sob uma árvore, a sombra das folhas e dos galhos pelo amanhecer as encobriu levemente. Sarah sentia-se fraca, o bastante para sua cabeça latejar, sem uma das mãos que arrancada anteriormente por seu algoz, sequer teve a oportunidade de contar a verdade para as outras duas e, dizer que Solomon era o verdadeiro responsável, não adiantaria de nada agora. Ninguém jamais acreditaria.

── A pena por praticar bruxaria, é a morte por enforcamento. ──  Elijah Goode murmurou próximo ao ouvido das três.

Devina sentiu nojo ao relembrar seu sussurro frio e os olhos demoníacos voltados para seus corpos, era ele quem deveria estar sendo julgado. Por um instante fechou as pálpebras e rezou para que o universo o fizesse sofrer por cada lágrima que haviam derramado. Não importava quanto tempo fosse necessário, aquela dor gritava em sua alma.

──  Enforquem elas! ── alguém no meio da multidão posta diante delas, berrou.

Solomon estava no centro, meio camuflado, com um olhar de pena, mas satisfeito por ter se livrado da condenação. Ele ainda temia que algo fosse dito, mas sabia que estava no controle daquela situação.

── Confessem! Confessem seus pecados ou queimem no inferno eterno.  ── Elijah tornou a bradar.

──  Enforque-as! ── Thomas levantou o tom.

Abigail sacudiu a cabeça, imaginando que até mesmo ela merecia estar no lugar de sua irmã, pois era cheia de pecados. Devina, no entanto, jamais havia causado mal sequer a uma mosca, e bem que tentou alertar a todos.

As três garotas se entreolharam, uma melancolia escancarada em suas pupilas enfraquecidas. Para quem não as via de forma cega pelo julgamento pessoal que fizeram com base nas escrituras sagradas, era fácil de identificar, o desespero entranhado em cada suor que escorria por suas peles. Lizzie e Isaac, seus melhores amigos, lamentavam profundamente. Chorando apavorados, sentiam-se impotentes por nada poderem fazer a respeito.

Hannah estava mais resignada, aceitou o próprio destino. Pensou que morrer por amar duas pessoas incríveis, fosse um preço digno a ser pago. Além do mais, ela não encontrava motivos para continuar a viver. Seu pai, a pessoa em que mais confiava e gostava havia partido a poucas horas antes de ser acusada e condenou a vida de outras crianças, inocentes, os levando com sigo. Aquilo ainda a perturbava, marcando sua alma com um corte profundo. E olhando para a multidão, enxergava sua mãe na linha de frente, do lado de todos aquelas malditas pessoas que a praguejavam, não do seu. E, entendeu rapidamente que sua existência não era relevante para ela, que talvez fosse um erro ter nascido. Nunca gostou muito ou se identificou com Grace, mas aquilo foi um verdadeiro soco em seu estômago. Por isso quando curvou os olhos e os ergueu meio segundo depois, procurou passar total segurança as outras duas jovens do seu lado, para que, assim como ela, não temessem a morte.

Se bem que, Devina continuava a temê-la. Ela não queria morrer tão cedo, não aceitava ser separada de seu próprio corpo tão jovem, estava angustiada, desconfiando que sua alma não teria paz. E pelos anos que se dedicou em ser uma boa filha, lendo cada mísera passagem da bíblia, entendia que não ficaria em descanso na eternidade. E ela não queria ser amaldiçoada pra sempre. Ela tinha um motivo para se manter viva, Elijah Goode, esse era o nome dele. Devie queria vingança e por mais que se sentisse morta por dentro, machucada e cortada, aquele primeiro sentimento fazia seu coração bater acelerado, a lembrando que ainda estava viva. Que precisava fazer com que todos soubessem da verdade. Por isso quando olhou para Hannah, negou com a cabeça. E seguiu a espreitar Sarah, a morena parecia mais segura.

Algo que não entenderam a princípio, mas descobririam em segundos.

Sarah era a única que sabia da verdade completa e também a mais corajosa, a que não suportava perder. Deu uma boa olhada em Devie e Hannah, como se quisesse gravar aquele momento em sua memória pra sempre, seus rostos tão angelicais, depois se voltou para todos que as assistiam. Sentindo o peso da morte em seus ombros, ergueu o tom, dizendo:

── Eu confesso! ──  gritou ainda angustiada, gerando espanto em todos.

Os quais esperavam pelo momento de admissão, mas nunca imaginaram que ele viria daquela forma.

── Não! ── Devie protestou, inquieta.

Hannah e ela perceberam naquele instante o que aquilo realmente significava.

── Eu confesso! ── anunciou ainda mais alto.

── Não. Ela está mentindo!  ──  Miller tentou intervir, mas ninguém estava disposto a ouvi-la.

Tanto que Elijah tampou seus lábios com uma de suas mãos sujas, enquanto a ruiva o fuzilava com o olhar.

── Eu andei com o diabo! Eu me deitei com ele... Eu enfeiticei o bom pastor. E enfeiticei Hannah Miller e Devina Berman. Eu as confundi. Fui eu. Fui só eu. Sempre foi eu. ── pigarreou, enquanto uma lágrima escorria ao canto de sua bochecha direita  ──  A Hannah e a Devie são inocentes!

Seus lábios trêmulos abalaram cada mísero centímetro dos corpos sujos e suados das garotas. A tristeza invadiu suas almas como uma praga destruindo uma plantação inteira, nenhum fruto sobrara de pé, tudo lhes foi roubado. Mesmo a esperança que radiava em seus peitos acelerados.

── Soltem-nas! ──  Sr. Berman exigiu, apontando para Elijah, o pai da ruiva estava pasmo.

O frio da madrugada o deixava inquieto, mas a preocupação e a culpa de ver, sem impedir, mais uma de suas filhas de perecer era o que de fato o incomodava.

E conforme dito, fora feito. Primeiro Hannah que relutante fora atirada aos braços de sua mãe, que a segurou firme. O conselheiro a apertou entre suas mãos largas e a afastou da árvore grandiosa, a entregando para Grace que esboçou um terno alívio, mas a loira estava distante de se sentir em casa ou confortável. E por isso tentou se livrar inutilmente dos toques da mulher.

Já Berman fora puxada pelo próprio pai, que a abraçou, conforme se debatia, tentando resgatar Sarah e levá-la junto a ela, então por sua própria força se desequilibrou e caiu aos pés de Abigail que a envolveu num aperto demorado de forma intensa como um pedido de desculpa. Seu campo de visão não se moveu de Fier, ainda a encarava, com o olhar meio espremido ao chorar compulsivamente, relutava em pensamento contra a situação que enfrentavam. Era cruel o bastante para apagar o mínimo de bondade que existia em seu peito.

── Não! Sarah, por favor!

Solomon se colocou entre elas, cobrindo o corpo de Sarah com o seu, segurava correntes de ferro pesadas e as traçou ao entorno do corpo pequeno de Fier, num contorno meticuloso e silencioso, apertou os lábios, enfrentando seus olhos negros que ficariam gravados em sua mente por um longo período de tempo.

──  A verdade vai aparecer. ──  murmurrou ──  Pode não aparecer hoje, nem amanhã, mas vai aparecer. A verdade será sua maldição. Ela seguirá você por toda a eternidade. Vou seguir você para sempre. Vou mostrar a eles o que você fez. Eu nunca vou deixá-lo em paz! ──  naquele momento, Goode não levou a voz arrastada da morena a sério, mas no futuro, quem sabe, provavelmente arrependeria-se daquela decisão.

── Enforque-a! ──  um dos fazendeiros os interrompeu, quando a corrente terminou de ser presa no corpo frágil de Fier pelo cadeado.

A corda enrolada na árvore e o círculo após o nó se acomodou perfeitamente a cabeça de Sarah que, ficou ao centro. Então o homem de olhos azuis se afastou dela, deixando aquilo nas mãos do irmão e, aparentemente, toda a afeição que um dia demonstrou sentir, não prevaleceu, não foi forte o suficiente. Ele foi covarde, e frio. Pois apesar de amá-la como dizia, nunca jamais sacrificaria a si próprio para salvá-la. E a quem ele queria enganar? Aquilo não era amor de forma alguma. Ele não amava absolutamente nada, seus propósitos estavam acima de todos que ali habitavam. Essa era a sua real convicção.

── Enforque a bruxa!  ──  repetiram alguns dos moradores de Union.

As pessoas se divertiam, como se fossem exterminar o mau daquela região de uma vez por todas. E na cabeça delas, aquilo era o certo a se fazer. O quão iludidos se encontravam? Condenaram a família errada.

Sarah só engoliu em seco ao perceber que não conseguiria proteger Devina e Hannah por mais tempo como gostaria, vê-las tão desamparadas, foi o que fez seu estômago congelar e lhe encheu de profunda tristeza. Ambas de joelhos no solo seco e coberto de grama, Elijah murmurrou algo ao seu lado, que não prestou bem atenção, e olhou para o céu como se falasse com Deus.

A morena sentiu sua respiração ficando opaca, a palha apertando as extremidades de sua garganta, ficaria um pouco mais apertada em instantes. Seus pés suspensos do chão e seu corpo balançando no vazio, ao ser erguido. Suas veias se apertavam por dentro e o seu sangue perdia a velocidade, a pele formigava, numa luta estreita travada dentro de seu cérebro, resistindo a fim de recuperar o oxigênio. Mas aquilo não foi possível, soube quando sua vista foi escurecendo aos poucos. Entre uma batida e outra, o seu coração falhou. Devina gritou o mais alto que pode ao assisti-la se debater como um peixe fora d'água, precisando de ajuda, mas sendo alvo do espetáculo mais sórdido que já presenciaram, sem ninguém para socorrê-la.

Uma mão gelada encostou em seu ombro, era o toque afoito de Miller, ela segurou em seus dedos, enquanto a mesma afundava o rosto contra seu pescoço, permanecendo a chorar. Um último suspiro se ouviu dos lábios de Sarah e encarando a corda agora no alto do galho, junto de seu corpo suspenso, rodando no ar, era fácil notar, sua vida havia sido ceifada, rápido como um sopro, enquanto os ânimos se acalmavam e o sol raiava no horizonte. Estava consumado. E nada restou a não ser o gosto amargo da perda e dois corpos debruçados sobre a grama, implorando para as forças espirituais lhes levarem com ela.

O abraço apertado entre Devie e Hannah demorou um pouco, Grace tentou arrastar a filha com ela, mas a moça se negou a segui-la. As pessoas passaram a se dispersar, como se nada daquilo mais importasse, o ódio se dissipou e toda a situação de morte não causou qualquer indiferença ou incômodo. A maioria dos habitantes de Union se sentiram estranhamente em paz, seguros.

Os olhos da ruiva estavam enterrados no ombro de Miller e, só se ergueram quando uma correria começou atrás das duas e uma voz mais grave se achegou perto de seu pai que, esperava por ela ao lado de Abie. Bem que desconfiou de uma nova onda de perigo, mas já não tinha forças para sentir medo de algo e não considerava que fosse possível qualquer tipo de ameaça feri-la mais do que assistir a mulher que amava partir. Agora nada mais a apavorava, uma parte de seu coração havia sido roubado de qualquer jeito.

── Sr. Berman! É a sua esposa... ──  informou com o timbre trêmulo e ao notar que se tratava de sua mãe, não se importou  ──  Ela foi encontrada morta!

Apesar da palavra morte soar comum a Devie, naquele momento não pode evitar um pequeno gemido em surpresa ao receber a notícia.

Ela odiava a mãe, mas, estava curiosa para saber como aquilo aconteceu e por quê. A mais velha apertou o ombro de seu pai que entrou em desespero. Tão rapidamente se atiraram numa corrida incansável até a residência em que moravam. Devina os seguiu sem pressa, ainda abraçada por Hannah, após segundos paralisadas diante do corpo imóvel de Fier. Foi difícil dar as costas a ela, mais difícil ainda ter consciência do real momento em que viviam. As vezes era melhor fingir que nada aconteceu, viver num mundo a parte e distorcido em suas mentes. Até que a dor voltava e a sensação de estar perdida se manifestava novamente.

── O que vai ser da gente,  Hannah? ── indagou muito fraca.

──  Não sei... Ela não merecia isso, Devie. Ela se sacrificou pela gente. ──  franziu o cenho, melancólica.

Quando se separou da loira e pisou em sua casa, teve pequenos clarões de lembranças instantâneas que procurou evitar a noite inteira. Estava relacionada a Elijah e a forma como ele a manteve sob seus comandos, o feitiço que fizera para mantê-la fora de si, embora não desconfiasse. Porém, sacudiu a cabeça e então, procurou pela mãe.

Passando pela sala, parou no corredor, ouvindo um choro que vinha detrás da escada. A luz adentrando pela janela do primeiro quarto, se pôs em contraste com o corpo mole da mulher debruçada numa tina de água. Sr. Berman a puxou dali. A garota sentiu um aperto no peito, a situação era peculiar. Quando seu marido a virou e pôs sobre seu colo, notou a corrente de outrora envolta de seu pescoço. Um pequeno feixe de memória passou pela cabeça da ruiva, relembrando Sarah. Escondeu um breve sorriso, pelo menos uma das pessoas que haviam lhe feito mal havia pagado da forma merecida. E não se entristeceu por pensar daquela maneira, só ela sabia o quanto havia se esforçado para agradar a mãe, a obedecendo, para no final, sempre receber a indiferença em troca. Talvez fosse o melhor para sua vida, que ela deixasse de existir. A corrente era a mesma que, ironicamente, Sra Berman mandara seu pai prender um de seus pés contra a cama. Feita de metal e pesada, agora sufocava seu longo e fino pescoço. Abigail se ajoelhou, sangue cobrina o corpo da mulher, e esse mesmo sangue manchou a água do banho. O vestido velho encharcado, além de muitos ferimentos nos braços e ao redor do rosto.

── Devina, quem soltou você?

O questionamento de seu pai cortou o silêncio no cômodo e se sentindo exausta, a jovem se encostou ao batente da porta, pensando melhor a respeito.

── Eu não lembro. ──  confessou.

Mesmo que sentisse necessidade de dormir agora, não poderia. A solidão que a envolvia causava uma inquietude grande na alma fragelada da mesma e a falta de Sarah Fier gritava em seu peito.

── Como assim? Você tem que se lembrar... Quem te soltou, provavelmente fez isso com a sua mãe. ──  ela aprofundou os olhou pelo corpo estagnado, realmente, as chances de ter sido um acidente ou dela ter tirado a própria vida, eram mínimas. Primeiro, porque Sra. Berman tendia a ser uma mulher muito religiosa e correntes no pescoço, não eram a forma mais comum de se tentar tirar a própria vida  ──  Então, quem foi?

── Como eu disse, não me lembro. ──  se afastou, retornando para a sala.

A pergunta, apesar de tudo, era inquietante. Ela realmente não compreendia como havia se livrado daqueles nós que lhe foram dados, menos ainda como caminhou até a igreja num primeiro momento e da forma convicta com a qual testemunhou contra as pessoas que amava. Devina apertou os dedos por cinco segundos, pensando ter feito aquilo quando estava fora de si... Porque por mais que não soubesse que havia estado sob um feitiço realizado pelos irmãos Goode, segundo o que tudo indicava, ela conseguia se ater ao fato de que havia um branco gigantesco em sua mente desde o instante em que o sol se pôs.

── Você quer me provocar, Devina? ──  seu pai se levantou, a perseguindo.

E Abie começou a chorar por não suportar mais tamanhos atritos.

── Pai, por favor! Já estamos sofrendo o bastante... Para com isso! Eu nao aguento mais! ──  berrou, o empurrando. Pela primeira vez Sr. Berman a viu tão transtornada, seus olhos claros ferviam em raiva ──  É TUDO MINHA CULPA! ──  confessou.

E embora ele não soubesse com exatidão do que aquilo se tratava, reconheceu a verdade em cada sílaba.

── Eu trouxe essa maldição pra nossa família, pra nossa casa. ──  raciocinou ──  Só para de brigar com a Devie. Ela não merece o que tá acontecendo!

Então puxou a ruiva contra seu peito, enquanto acariciava suas madeixas, ambas trêmulas. Seu pai encarou os próprios dedos, cobertos pelo sangue de sua esposa, no entanto, se recordando tristemente do corpo de Constance que havia carregado entre eles posteriormente. Não podia culpar ninguém, analisou melhor o que estava fazendo. Ele não queria afastar o pouco de felicidade que lhe restara.

──  Tudo bem... Tem razão. ──  e aquela foi a primeira vez que suas filhas o viram tão doce, tão vulnerável  ──  Desculpem, meninas, só... Nós vamos permanecer juntos! Me prometam! Não importa o que aconteça.

As irmãs assentiram.

Caindo o chão, os três se apertaram num abraço, enquanto as lágrimas de seus rostos se atiravam em direção a madeira do assoalho.

001 ₎ Eita, amores!
É agora que vcs me matam!..
Pequepê akskak (rindo de
nervoso) Enfim, mt triste a
história da Sarah ter se repetido
aqui. Sei que poderia ter
feito diferente, mas tudo tem
um propósito. E acredito
que vcs já entenderam que
essa história é mais voltada
ao drama e romance, com
uma pitadinha de suspense.
E já avisando que o próximo
capítulo será o último, então, tem
muita coisa legal e ao mesmo
tempo melancólica pra acontecer
nele. Porém, fiquem tranquilos
que estou preparando um capítulo
bônus que vai compensar qualquer
tristeza que vcs estiverem
sentindo! ♡♡

₍ 002 ₎ Não esqueçam de
favoritar e comentar. E, me
digam o que acharam do cap
aqui!

₍ 003 ₎ Tô ansiosa pra trazer
mais capítulos, então nos
vemos em breve. Bjnhs! ♡

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