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𝟎𝟗

Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Morena, flor do desejo
Ai, teu cheiro em meu lençol

Girassol - Alceu Valença

Catarina Sartori

E então, por que decidiu fazer jornalismo?— Lucas pergunta, se ajeitando na areia.

Saímos do restaurante a algum tempo e viemos para a areia, atrás de um pouco de silêncio, apesar de ainda escutarmos os ecos da música alta do restaurante.

— Acho que eu nunca escolhi...— respondo, enterrando os dedos dos pés na areia— sempre foi o que eu quis, sabe? Embora eu tenha desistido uma época, acho que sempre foi o meu destino. E você? sempre soube que queria ser jogador?

— Acho que sim... não me lembro de ter pensado em outra coisa para fazer da vida... meio óbvio...

— Não, não é óbvio! É fofo! É até bonito de ver...

— Quando eu falei pros meus pais que queria ser jogador, meu pai faltou pular de alegria, a primeira coisa que fez foi me colocar na escolinha de futebol— ele diz com um sorriso.

— Sei bem como é! Quando o Caio chegou falando que queria jogar "futebol de verdade" meu pai ficou elétrico. Minha mãe deu uma leve surtada, mas meu pai ficou tão animado... daquele jeitinho que você viu...

—Não me surpreendo com a reação do teu pai— Lucas ri— mas não sabia que teu irmão é jogador...

— Ah ele é. Ele é bom, mas é bem subestimado pelos clubes. Jogou no Vasco por um tempo...

— E agora?

— É reserva no Fluminense, mas tá tentando há tempos um contrato com o Botafogo.

— Espero que ele consiga... o Fluminense sempre apanha do Botafogo mesmo...

— É... só não fala isso perto da minha prima quando for conhecer eles...

— Eu vou conhecer eles?— Ele pergunta e vejo um sorriso surgir.

— Depende de você...— dou de ombros— continua defendendo bem o Botafogo e a gente vê...

— É sua única condição?

— Bom, não é a única... mas por enquanto, essa é bem importante...

— Vou fazer o possível, meu bem...

Faço o possível para ignorar o apelido carinhoso, mas minhas bochechas insistem em queimar. Olho para frente, escondendo o sorriso que aparece. Encaro o mar calmo na noite escura, respirando fundo, tentando me acalmar.

— Sabia que eu não sei entrar na água?— digo a primeira coisa que vem em mente, em uma tentativa de mudar de assunto.

— Oi?—  Lucas se vira novamente para mim, parecendo não acreditar— Como assim? Você cresceu na praia...

— Ah, não sei... nunca consegui...

— Nunca te ensinaram?

— Até tentaram, mas minha mãe não gostava da água gelada e meu pai, nem de praia gostava muito, aí sobrava pros meus irmãos. Quando eu era pequena eles até me carregavam, mas quando eu fui crescendo, eles perderam a paciência...

— E depois você nunca mais tentou?

— Ah, eu dou uma arriscada quando tô em Maricá, mas vivo levando caixote. Da última vez sai rolando na areia com a praia cheia... tava legal até eu quase ser levada na correnteza... não recomendo!

— Meu Deus, como você conseguiu voltar?

— Meu primo me puxou. Eu tava com ele e com a namorada dele no mar, água até o pescoço, e a onda veio. Quando eu vi, paralizei, olhei para a Luara desesperada ao invés de mergulhar.

Rio vendo Lucas prendendo o riso enquanto conto a história. É fofo como seu rosto fica todo vermelhinho e seus olhos brilham divertidos.

—E aí quando eu vi, tava naquela parte onde a onda recua e a correnteza é pior, igual uma maluca batendo os braços, aí o Theo me puxou...

Lucas solta uma risada alta, deixando o corpo cair na areia.

— O que foi?— rio também.

— Eu tô imaginando a cena!

— Para! É vergonhoso!— dou um tapinha nele, mas não consigo não rir— Pelo menos foi divertido...

Lucas se senta novamente, ainda sorrindo.

— Quase morrer foi divertido?

— É... não foi a primeira vez mesmo...

Lucas levanta as sobrancelhas, surpreso.

— Agora tô preocupado com sua segurança...

— Não, relaxa... Eu gosto de aventura...

Lucas olha para mim, depois para o mar, e para mim de novo.

— Gosta mesmo?— Ele me encara, uma sobrancelha erguida.

— Eu gosto da adrenalina...

Isso parece ser o suficiente para ele, que se levanta em um pulo.

— Levanta!

— O que?— pergunto, confusa.

— Levanta logo!— ele diz, começando a tirar os tênis, logo depois as meias.

Me levanto, um pouco desconfiada vendo ele começar a desabotoar a blusa na minha frente.

Meu Deus, homem!

— Tá fazendo o que, Lucas?

— Vamo entrar no mar, ué!— ele joga a camisa branca no chão e me esforço para não encarar seu peitoral nu.

— São oito horas da noite!

— Você me disse que gosta de aventura!— ele me desafia— 'cê tava mentindo?

Respiro fundo, aceitando o desafio. Tiro minhas sandálias, chutando-as para perto de minha bolsa, logo depois tiro a parte de cima do conjunto, ficando apenas com o cropped preto e o shortinho.

Mal tenho tempo de respirar quando Lucas agarra a minha mão e sai correndo direto para a água. Não consigo conter o gritinho quando encontro a água gelada. Tento pular uma onda que quase me derruba se não fossem as mãos de Lucas me segurando. Continuamos correndo até a água ficar na cintura, me tirando mais um gritinho pela água gelada em minhas costelas sensíveis, e uma gargalhada de Lucas.

É tudo muito rápido, quando Lucas agarra minha cintura, me puxando para si antes de mergulhar de vez na água fria.

A saída do mar é silenciosa, mas Lucas não solta minha mão em nenhum momento, não sei se para não me deixar ser levada pela correnteza ou qualquer outro motivo.

Pegamos nossas coisas na areia e caminhamos em um silêncio confortável até o carro, ainda de mãos dadas. Lucas abre a porta traseira do carro e joga os sapatos e minha bolsa dentro e logo depois abre a porta da frente.

— Acho melhor a gente esperar um pouco...— digo, meio incerta.

— Por que?

— Porque a gente tá molhado... vai sujar seu carro todo, melhor esperar secar um pouco, não?

— É, tá certa...

Nós dois encontramos no carro, sentindo o vento gostoso da praia. Bom, eu acharia gostoso em outras circunstâncias, mas estou toda molhada e tudo o que esse vento está fazendo é me deixar com mais frio e cedo ao reflexo de me encolher.

— Que foi?— Lucas me olha, preocupado.

— Nada, só tô com frio...

Não ouço uma resposta, mas um segundo depois, Lucas está na minha frente, os braços em minha cintura, me puxando para perto.

— Lucas?

— 'Cê tá com frio, tô te ajudando.

Abaixo a cabeça, escondendo um sorriso e deixo meus braços deslizarem por dentro de sua camisa aberta, me aninhando em seu abraço.

Sinto suas mãos subindo, seus braços abraçando meus ombros agora, bem mais confortável, considerando a nossa diferença de altura.

Eu tô abraçando um poste musculoso. Não que eu esteja reclamando.

Olho para cima, o queixo apoiado em seu peito. Ele olha de volta para mim, um sorriso aparecendo em seus lábios, uma de suas mãos–enormes– indo para minha bochecha, seus dedos fazendo um carinho ali.

Um silêncio confortável paira no ar, aquele silêncio barulhento do Rio de Janeiro, o som das ondas quebrando misturados com a música que ecoa do restaurante. Sinto sua outra mão vagar por minhas costas até chegar em minha cintura novamente, parando ali, e não consigo evitar um leve suspiro quando noto o calor confortável de sua mão.

Sorrio, olhando para ele, meu coração começando a bater um pouco mais forte. Os olhos dele brilham com algo que não sei identificar, mas que de certa forma me atrai para mais perto.

Quase fico com vergonha quando percebo que estou na ponta dos pés, sem me lembrar quando fiz isso, sem notar o quanto me aproximei mais ainda dele, sem notar que ele também se aproximou, fazendo nossas respirações se misturarem. Sinto o toque leve de sua mão em meu pescoço, enviando arrepios pela minha espinha. Me deixo levar pelo sentimento de seus lábios quase encostando nos meus. Meu coração acelera com a antecipação e fecho os olhos esperando o toque. Mas ele não vem.

Abro os olhos para encontrar Lucas sorrindo, os olhos divertidos, o que me deixa mais confusa.

— O que houve?— pergunto tentando ignorar a pontada de ansiedade que surge.

— A música...— ele aponta com a cabeça para o bar.

É só então que reparo na música que toca no bar. A introdução de Girassol ecoa pela praia, o que me faz sorrir um pouco.

— O que tem a música?— respiro, me livrando um pouco da tensão.

— É você... parece que foi escrita pra você...

— É? Por que?

— Começando pelo fato de que sua flor preferida é o Girassol, eu acho bem auto explicativo...

— Mas não diz muita coisa...— provoco.

— Tem razão... mas eu ouço essa música e só consigo pensar em você— Lucas se aproxima mais ainda— e nesse seu batom vermelho...— ele diz em um sussurro, encarando minha boca, meu batom vermelho que sempre uso, que a essa altura deve estar todo borrado pela água do mar.

A música continua enquanto a mão dele aperta um pouco mais minha cintura, a tensão do momento se opondo completamente à melodia calma e serena da música.

Não posso evitar a risada que me escapa. Minhas mãos sobem para seus ombros, ainda por dentro da camisa, afastando-o um pouco, com um sorriso em meu rosto.

— É sério que você tá tentando me seduzir ao som de Alceu Valença?— o pensamento me faz sorrir ainda mais.

— Tá funcionando?

O encaro por um segundo, engolindo a sensação gostosa das borboletas no estômago.

— Tá...

Minhas mãos o puxam inconscientemente para perto, quase encostando nossos lábios e Lucas segura minha nuca, acabando completamente com a distância entre nós dois, finalmente.

Beijar ele é completamente diferente de tudo o que eu imaginei ao longo da semana. É suave, calmo e quente. Me deixo perder na sensação gostosa que invade meu corpo quando Lucas me puxa para mais perto, nós dois querendo mais, mais, mais.

••••••••

VEIO MUITO AÍ!!!!!!!!!!





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