EDWARD CULLEN

As vezes somos obrigados a tomar decisões difíceis, que podem trazer consequências mais difíceis ainda, e eu sabia disso quando decidi salvar Amélia, eu estava correndo pela floresta do Canadá, fugindo da pior decisão que tive que tomar, terminar meu relacionamento com a Bella foi a coisa mais difícil  que tive que fazer, eu a amava, mas para o bem dela eu não poderia estar por perto, não poderia colocar a vida dela em risco de novo, abandonar ela confusa e magoada no meio daquela floresta densa foi cruel demais.

Mas todas essas decisões que tomei foi pensando no bem da Bella, deixar ela ter uma vida humana e feliz, removida de todo o meu mundo sombrio e principalmente para que ela esquecesse a tragédia que poderia ter acontecido no seu aniversário.

Eu me odiava completamente por ter que fazer aquilo com ela, e parecia que minha mente estava disposta a me torturar me lembrando incansavelmente daquela cena em que eu despedaçava o coração de Bella e a abandonava, parecia um loop infinito, me fazendo reviver aquele momento várias e várias, mas eu merecia, esse seria o meu castigo eterno, da qual eu nunca seria perdoado, eu nunca irei me perdoar.

Eu corria sem parar, sem olhar para trás, como se correr fosse me fazer esquecer o tamanho da dor que eu havia causado em Bella, corri, corri muito, para o mais longe que eu conseguia e quando finalmente parei de correr caí de joelhos no chão me sentido frustrado, vazio, sem saber o que fazer ou para onde ir, mas logo me levantei eu precisava caçar, descontar tudo em uma pobre presa e saciar a minha sede.

Respirei fundo em busca de uma presa quando senti um aroma doce e delicioso me chamando com uma abelha para o mel, e então um grito de uma mulher se fez presente. A curiosidade foi grande e então corri na direção, o cheiro da humana era viciante, assim como o de Bella, talvez mais do que o dela, cheguei perto das montanhas quando vi um homem atacando um jovem, ele havia esfaqueado ela e pretendia abusar dela, senti o ódio me consumir e em questões de segundos eu estava drenando o sangue do homem o jogando no chão, seu corpo já sem vida. A jovem me olhava assustada, me abaixei e peguei seu corpo em meu colo, enquanto sua vida se esvaia pelas minhas mãos, seu corpo estava ficando gelado, a facada havia sido profunda e seus olhos suplicando por ajuda eram angustiantes e então em um momento de desespero e também por conta do cheiro de seu sangue não hesitei em perfurar sua pele com os meus dentes afiados sugando um pouco do seu sangue e tentando o máximo não beber tudo.

Quando me dou conta do que fiz me afasto dela imediatamente, seus olhos se fecharam e então ela deu seu último suspiro, já estava feito, o meu veneno já estava em seu corpo, logo a transformação iria acontecer, eu havia a transformado em um monstro.