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𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄
𝐍𝐎𝐕𝐄 ︒𖽡🕊ꫧ𖠣⚽️𖣠ꔡ⸍
Ú𝙻𝚃𝙸𝙼𝙰 𝙽𝙾𝙸𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝙰𝙼𝙾𝚁
𝙴 𝙰 𝙼𝙴𝙸𝙰 𝚅𝙴𝚁𝙳𝙰𝙳𝙴

━━━━━━━ ·.༄࿔ ━━━━━━━


AS LÁGRIMAS ESCORRIAM PELA PEDE pálida. Sentada sobre o sacada do quarto do hotel, com uma camisa velha, um rosto inchado e o cabelo solto e bagunçado que era brutalmente soprado pra longe pelo vento da noite fria, Chiara se sentia triste, e ao mesmo tempo, uma repleta idiota. Os joelhos eram fortemente abraçados pela ajuda de ambas as mãos, e o peito parecia doer.

Doer de decepção, doer de vergonha, ansiedade, e de tudo oque tinha direito.

Algo que pouco se fala sobre a sensação de ser traída, é a parte que você começa a se culpar pelo que aconteceu. E ela se culpou até demais, por mais que não tivesse culpa alguma. Se perguntou mentalmente se havia sido uma namorada ruim em algum momento, se não havia dado atenção suficiente para ele em algum momento, se não era bonita o suficiente para que atenção do namorado só fosse possível de estar sobre ela. Oque era uma merda, já que nunca tinha tido aquele tipo de pensamento antes.

Sempre exalou confiança, e era muito injusto da parte dele arrancar essa parte da sua personalidade por falta de caráter.

— Chi, você tá aqui? — A voz de Richarlison soou ofegante, e Chiara se xingou mentalmente por não ter fechado a porta. Não queria ouvir sua voz e muito menos vê-lo. — puta que o pariu, eu vim correndo.

Chiara fechou os olhos com força, enquanto mordiscava o lábio inferior. Se não estivesse grávida, provavelmente já teria esvaziado uma garrafa de vinho inteira sozinha e tomado alguns remédios para dormir com a ajuda de vodka pra fazê-los descer garganta á baixo. O álcool fazia seu corpo e mente fugirem da realidade, e em uma situação como aquela, ninguém poderia julgá-la se quisesse sumir da face da terra.

Mas com não podia, sua mente passava em loop o post que havia visto há cerca de manhã cedo. Chorou, colocou o celular no modo avião e isolou-se do resto do mundo pelo tempo equivalente. Queria dormir, mas a ansiedade em seu peito não permitia. Queria sumir, mas como aquilo era possível? Não queria ver ninguém, falar com ninguém, nem muito menos confirmar se era verdade que havia sido traída, porque, ela também não sabia se era verdade.

E queria mesmo acreditar que de fato não havia sido, porém, por mensagem, ele não havia negado. Havia dito que podia explicar.

Mas, em uma situação como aquela, oque havia pra explicar? Como aquilo era possível?

— Chi, eu posso explicar. — Richarlison falou outra vez, mais perto agora que estava na sacada junto com ela. Seus dedos tentaram tocar a pele de seu rosto, mas Chiara recuou para trás.

Richarlison quis socar o próprio rosto quando viu a forma que foi capaz de deixar a mãe de seu futuro filho(a). Os olhos vermelhos em conjunto com o nariz, a camiseta molhada por lágrimas e a expressão em um perfeito mix de decepção e tristeza... Ah, meu Deus. Como ele pode? Nunca pensou que podia pisar tanto na bola com alguém daquela forma.

— Como se atreve em me trair? Acha que existe uma mulher no mundo melhor do que a que você tem? — Perguntou, brava, mas em um tom sereno.

— Não, lógico que não! — Richarlison revira os olhos. — não existe ninguém melhor que você, pô.

— Então porque caralhos você estava no hotel da Sandri? Oque tanto você fez lá que não podia me avisar antes de ir?

— Ruiva, fala sério. Acha mesmo que eu te trairia?

— Não respondeu minha pergunta, cacete.

— Fui conversar sobre uns bagulhos, só isso.

— Telefone, tá vendo isso aqui? —Chiara alcança seu telefone na mesinha, balançando bem perto do rosto de seu namorado. — porque não por telefone? porque essa sede de falar pessoalmente?

— Isso é do menos, ruiva. Tô te falando a verdade, Pelo amor de Deus.

— Você só pode tá de sacanagem comigo, porra.

Chiara girou os calcanhares para andar pra longe dele, como quem tenta controlar a raiva. Mas um nó se forma em uma garganta, enquanto seu sangue parecia ferver dentro das veias. Não podia estar falando sério. Havia lhe prometido a verdade, no entanto, não estava lhe dando informação alguma sobre aquilo. Se aquela situação fosse oposta, o garoto se contentaria com um simples " fui lá conversar "? Não, absolutamente não. Então, porque a ruiva teria que aceitar uma explicação tão rasa?

— Você poderia ter agido diferente. Eu estava mandando que te amava enquanto você tava no hotel da sua ex, sem me dar sinal se vida. Eu achava que você estava ocupado com tudo menos ela...

As benditas lágrimas voltaram a escorrer, e a voz embargou. Chiara queria ser mais forte, ao menos na frente dele, mas não conseguia.

Então, dane-se. Iria chorar até soluçar, não queria fingir mais.

— Chi, não chora, por favor. Me dói te ver assim...

- Te dói?! — Chiara subiu o tom de voz, levando as mãos a cintura. — achou mesmo que ia agir da forma que agiu e eu ia ficar ótima?

— Eu ia te contar antes da mídia.

—Quando?! — Chiara perguntou esperando uma resposta. Richarlison deu de ombros. — quando todos já estivessem me chamando de corna por aí?!

— Você não é corna, não viaja.

— Então me dá uma boa explicação agora, caralho! — Não queria, mas gritou. Gritou alto e sabia que os vizinhos de quarto haviam escutado. — sem essa de " não importa " ou " é o de menos ", Richarlison. Eu quero a verdade por completo ou pode dizer adeus á esse relacionamento.

Foi a vez do garoto fechar os olhos com força e morder o lábio inferior.

— Eu não posso, desculpa.

— Não pode oque, hein? — A ruiva se aproximou novamente, enquanto caminhava em sua direção e o empurrava pelo peito com a mão. Richarlison cambaleava pra trás ainda com os olhos fechados e a cabeça levemente inclinada para o lado. — dizer a verdade pra mulher que você diz amar?

Aquele ponto, o garoto estava deixando que ela descontasse toda sua raiva em seu peitoral com os empurrões. Ele merecia, e ela, estava certa.

— Ou não pode dizer que me traiu porque não tem coragem? — A ruiva o encarou nos olhos.

— Não te trai, ruiva, por favor... — O garoto teve coragem para segurar seus braços, e a encarou de volta.

— Não, eu que te peço... — Chiara rosnou na direção do garoto e sentiu o gosto da água salgada encostar em seus lábios já que suas mãos estavam impedidas de ajudar a secagem. — porque desse segredo agora? Por favor, eu só quero a verdade.

— Eu não posso, ruiva. Eu prometi não contar.

Chiara fez força para se soltar de seus braços, mas não conseguiu, pois Richarlison fazia força para que ela o abraçasse ao invés de se desvencilhar se seus braços. E então, como uma metáfora para um momento como aquele, Chiara só desistiu de lutar em seus braços, e se permitiu chorar apertando o namorado enquanto ele segurava seu rosto com força. Eles sabiam oque aquilo significaria. Estavam parando de lutar um pelo outro aos poucos, mesmo que involuntariamente.

Richarlison se permitiu chorar enquanto a abraçava, sentindo suas bochechas serem molhadas pelas suas e o tecido branco de sua blusa ser molhado pelas dela. Era só questão de segundos até aquele quarto virar uma piscina.

— Não, não é justo... —Chiara disse irritada finalmente soltando-se dele e indo pra longe. — eu não queria isso! Você me colocou nisso! Você me disse que valeria a pena!

—E não valeu? — O garoto perguntou, magoado.

—OLHA PRA MIM! — A ruiva gritou alto outra vez. — eu tô na merda, por sua culpa!

— Eu sei.

— Estou sem comer o dia todo por sua culpa! Vão fazer piada de mim por sua culpa!

— Eu sei, desculpa.

— Acha que eu estaria passando por isso se não tivesse aceitado namorar com você? — A garota perguntou enquanto abria os próprios braços. Richarlison negou com a cabeça. — você me colocou na situação que eu tô agora.

— Se eu pudesse sugar tudo oque você tá sentindo agora pra mim mesmo, acredite, ruiva. Eu ia fazer.

— Pois é. Mas devia ter pensado nisso antes de fazer oque fez.

— Só se acalma, tá legal? — Limpou as lágrimas com as costas das mãos. — você tá grávida e estresse faz mal pro bebê.

Chiara riu, por mais que não estivesse achando aquela situação nem um pouco engraçada.

— Agora liga pro bebê? — Chiara perguntou em um tom irônico. — quando se enfiou no hotel da sua ex, não ligou pra droga de bebê nenhum. Quando não me falou aonde estava indo, não ligou pra bebê nenhum. E ainda sim, agora...

Chiara respirou fundo. Em um momento como aquele odiava admitir que ele estava certo, mas, estava. Estresse faria mal para o bebê em sua barriga. Então, pelo seu filho(a), resolveu se acalmar.

— Ainda sim, agora, quando só tô te pedindo pra ser honesto, você não está ligando pra bebê nenhum.

— Lógico que ligo, ruiva. É meu filho também, pô.

— Acha que a mãe do seu filho não merece saber a verdade? — Chiara deu de ombros, esperando uma resposta.

Richarlison encarou bem no fundo de seus olhos verdes e agora levemente avermelhados, tentando fazer uma espécie de telepatia para que ele não precisasse dizer a verdade em voz alta e quebrar sua promessa. Esperava que a garota entendesse tudo oque seu olhar transmitia. Mas, aquilo não era um filme de super heróis. Ele precisava dizer a verdade ou iria perder a mulher amava, da mesma forma que se perde areia quando se é colocada em mãos ao vento.

No entanto, não podia. Ia contra seus princípios. Então, ao invés de responder sua pergunta, o garoto fica em silêncio.

Ao ficar sem resposta, Chiara assente. Caminha até a grade da sacada, e se esquiva para se sentar sobre a mesma, sentindo a brisa fria da noite soprar seus fios ruivos pra longe. O vento era tão forte que secou suas lágrimas quase de imediato ao entrar em contato com sua pele, e ela encarou a cidade agitada e iluminada do Qatar abaixo do hotel com a expressão séria. Observou o garoto fazer o mesmo e sentar ao seu lado, mas não conseguia o olhar nos olhos. Não conseguia acreditar no ponto que aquele relacionamento havia chegado. Doía pensar daquela forma, doía até demais.

Aquilo não fazia sentido algum. Oque ela havia feito pra merecer algo assim?

— Porque fez isso? Tínhamos algo especial. Vou ser mãe do seu filho(a).

— Eu precisei, amor. — Richarlison a encarou de forma triste. Chiara ainda mantinha os olhos no horizonte, mas ela não tirou os olhos dele um segundo sequer. — foi um bagulho que aconteceu antes de você.

Chiara ficou em silêncio enquanto assentia.

— Mas eu não te trai. Se é isso que te preocupa. Pode me odiar pra sempre, ruiva. Mas precisa acreditar que não te trai.

— Eu acredito em você. — Assentiu outra vez. — Claro que acredito. Então acredite em mim também quando digo, Richar, que eu queria mesmo que isso fosse o suficiente para que tudo voltasse ao normal. Mas, não consigo...

— Oque quer dizer com isso? — O garoto perguntou, com medo, porém, precisava saber.

— Preciso de um tempo.

— Tira o tempo que cê quiser.

— Quando digo isso, sabe que quero dizer um tempo da gente, né?

Richarlison mordeu o lábio inferior. Olhou para todos os cantos daquela sacada possíveis e se controlou para não chorar novamente. Queria gritar, correr, ajoelhar no chão, espernear como criança mimada. Queria implorar para que ela não o deixasse, pois sentia que precisava dela. Precisa do cheiro dos seus fios ruivos sobre seu rosto todas as manhãs ao acordar, dos lábios macios em contato com o seu, do toque delicado e apertado nos cantos certos, do som da risada que parecia música. Mas, não podia. Não podia porque não estava agindo como um homem que Chiara Mancini merecia. E seria egoísmo demais implorar que ela ficasse com alguém com ele, pelo menos após oque aconteceu.

Então, chorou de novo. Chorou porque aquela era sua realidade no momento. Seria obrigado por suas próprias ações á deixar a mulher que amava ir, por tempo indeterminado, e então, se merecesse de fato tal castigo, pra sempre.

— Tudo bem. Espero o tempo que você quiser.

Sem aviso prévio, Chiara selou os lábios com os dele, iniciando um beijo que ambos podiam sentir o gosto das lágrimas. Richarlison foi pego desprevenido, mas preparou as forças restantes e a pegou no colo, descendo das grades aonde estava sentado e deitando no chão, depositando só metade do seu corpo por cima da ruiva. Chiara sentiu o gelo do material sobre suas costas, e o ajudou a se livrar da sua camisa, com pressa. As roupas foram jogadas no chão, e os gemidos se espalharam pelo ar como poeira. O suor do corpo cansado e excitado escorreu pelo corpo. As costas e a pele foram arranhadas com força.

E então, fizeram amor a noite toda. Amor de despedida, que grita que vai sentir saudades. Porque, só fariam outra vez quando ela estivesse pronta para o amar novamente, como se fosse a primeira vez.

E algo assim não tem data e previsão pra acontecer.

Oque estavam fazendo agora, não era como algo efêmero.

















NOTAS DA AUTORA

peço que confiem em mim pra essa reta final 🙌🏻

p.s: chorei escrevendo esse cap e com a msc da mídia  😋😋

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