O cheiro de café recém-passado preenchia o ar todas as manhãs, misturando-se ao murmúrio suave de conversas e risos discretos na cafeteria aconchegante onde Hanni trabalhava. Ali, entre xícaras e sorrisos trocados, a rotina era sua companhia mais fiel, até que os poemas começaram a aparecer. Pequenos papéis esquecidos nas mesas, versos curtos e cheios de uma melancolia intrigante. Eles pareciam falar de solidão e busca, como se o autor estivesse perdido, ansiando por ser encontrado.

Curiosa, Hanni começou a olhar os clientes com um interesse novo, tentando decifrar quem poderia esconder tantas emoções em palavras tão cuidadosamente escolhidas. Até que, em um dia de movimento tranquilo, seus olhos pararam em Jungwon – um cliente habitual, sempre distante, mas de olhar profundo. Poderia ser ele o dono daqueles versos enigmáticos?

Assim, um jogo de mistério e poesia começou a entrelaçar os caminhos de dois desconhecidos, que, sem saber, compartilhavam mais do que o gosto por café. Em meio a encontros inesperados, confidências sussurradas e palavras deixadas ao acaso, Hanni e Jungwon estavam prestes a descobrir que às vezes o amor é encontrado nas entrelinhas.