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— Qual eu levo? — O homem de cabelos longos perguntou, analisando as prateleiras com as bebidas alcoólicas, fazendo você desviar os olhos até onde ele estava olhando.

— O mais caro — Respondeu de forma simples, dando de ombros, o que arrancou uma risada divertida dele, que não demorou em analisar os preços e pegar três das garrafas mais caras.

— Vai querer levar alguma coisa pra você?

— Talvez uma vodka — Você pegou uma das garrafas, sentindo o peso da Belvedere em suas mãos — Mas Hashi falou que ia comprar uma Grey Goose pra mim.

— Me lembra de pedir pra ele parar de te mimar.

— Nunca.

Você sorriu para o irmão, que revirava os olhos, brincalhão. Depois de pegar mais algumas coisas para deixar no apartamento, vocês foram para o caixa pagar e saíram de lá rapidamente. A volta foi mais rápida do que a ida, até porque Madara não mediu esforços para chegar o mais veloz possível, recebendo altas multas por causa disso.

Assim que vocês chegaram, você abriu a porta e entrou na casa, dando de cara com Izuna e uma mulher, sentados no sofá.

— Vocês demoraram — Seu irmão mais novo disse, olhando na direção de vocês — Essa é Aika, sua maquiadora, [Nome].

— Muito prazer — Você falou, indo até a mulher, que já estava de pé, e apertando a mão dela — Me desculpe pelo atraso.

— Não se preocupe — Ela respondeu, com um sorriso simpático — Podemos começar agora, se você preferir.

— Certo. Por favor, venha comigo.

Em passos não tão apressados, você andou até o seu quarto, guiando Aika com você. Claro que vocês três nunca deixavam as ilegalidades à mostra, como as diversas armas que usavam no dia a dia, justamente para casos como esses, em que alguém de fora vinha para o apartamento. Você tinha uma maquiadora pessoal, que já era antiga na família Uchiha, mas ela acabou ficando doente e não pôde lhe atender hoje, por isso, você contratou Aika, uma das melhores maquiadoras da cidade. Mesmo assim, não pretendia contratar muito ela, justamente pelo fato de ela não saber sobre o seu "trabalho".

— Enquanto você arruma as coisas, eu vou tomar um banho rápido, pode ser? — Sua pergunta atraiu o olhar dela até você novamente.

— Claro.

Você assentiu com a cabeça e foi até o banheiro, se livrando o vestido tubinho que você ainda usava. Como dito antes, você não demorou no banho, tanto para não deixar a mulher esperando, quanto para não deixar ela sozinha por muito tempo no seu quarto. Se ela começasse a catucar nas coisas, poderia acabar achando algo que não devia, e, nesse caso, você não teria escolha a não ser matá-la.

Somente ensaboou todo o seu corpo e lavou rapidamente os cabelos escuros, característica marcante nos Uchiha. Assim que desligou o chuveiro, se enxugou e colocou roupas leves.

— Pode se sentar aqui — Aika falou, assim que você entrou novamente no quarto, apontando para a cadeira que tinha atrás da sua mesa de escritório.

Você obedeceu, imediatamente sentindo as mãos dela no seu rosto, preparando a sua pele antes da maquiagem. O fato de ela estar sendo um pouco apressada aliviava você, que sabia que acabaria se atrasando para o jantar se não fosse logo. E Hashirama já estava nervoso o suficiente com a ida de vocês, não precisava se preocupar também com o atraso.

Depois de um suspiro fundo, você relaxou seu rosto e deixou que Aika trabalhasse. Você passou quase todo o tempo de olhos fechados, só abrindo quando ela precisava retocar algo em baixo dos olhos. Além disso, ela também fez o seu cabelo, em uma agilidade que você nunca tinha visto antes. Somente o barulho da porta se abrindo fez você levantar o olhar na direção dela, vendo Izuna entrar no quarto.

— Seu vestido chegou — Ele disse, colocando a peça de roupa em cima da cama, um pouco longe de onde você estava — Quando tiver pronta pode ir lá pra sala.

Apenas com um aceno de cabeça, você concordou e ouviu o mais novo saindo do cômodo novamente.

Ao perceber que todos já estavam prontos, menos você, a mais velha não conseguiu evitar de tentar ir mais rápido. Você não estava muito preocupada, na verdade. Só estava indo ao jantar por causa de Hashirama e não queria chamar muita atenção, ainda que você sempre chamasse.

Você tentava relaxar enquanto o cheiro de fixador de cabelo invadia as suas narinas. Nunca foi muito fã de uma produção dessas, tanto de cabelo quanto de maquiagem, mas sabia que tinha que ficar apresentável para não manchar o nome da sua família.

— Pronto, acabei — Aika falou, soltando os cachos que ela havia feito no seu cabelo.

Você abriu os olhos, tendo que piscar algumas vezes para se acostumar com a claridade novamente. Não demorou quase nada para se levantar e ficar de frente para o espelho. Suas sobrancelhas se arquearam assim que você viu o seu reflexo por ele. Estava magnífica. Nunca tinha ficado tão linda assim antes. Com certeza, o plano de não chamar atenção foi por água abaixo.

— Você.. não gostou?? Eu posso fazer outra..

— Eu amei — Você interrompeu a maquiadora — Pode me ajudar com o vestido?

Aika assentiu a cabeça várias vezes, indo logo até a sua cama e pegando a peça de roupa pesada. Enquanto ela abria o zíper do vestido, você tirava todas as suas roupas, ficando apenas com a calcinha de renda vermelha. Assim que você ficou completamente nua, a maquiadora lhe ajudou a por a peça de roupa. Demorou um pouco por causa do peso, mas conseguiram sem nenhum problema.

Novamente, você se olhou no espelho, arqueando as sobrancelhas mais uma vez. O vestido era todo de paetê e degradê, com preto em cima e vermelho em baixo. A alça dele era cruzada e tinha um decote considerável entre o vão dos seus seios. Ele vestiu perfeitamente em você, explorando da melhor forma cada uma de suas curvas. O fato de ele ser brilhoso só o deixava ainda mais chamativo e realçavam as cores da família Uchiha.

— Você está perfeita — A voz de Aika lhe tirou do seu transe. A mulher tinha os olhos arregalados, fixados em você, analisando cada detalhe do seu corpo.

— Obrigada — Você respondeu, com um sorriso gentil — Posso fazer a transferência para o seu banco agora, se quiser.

— Não precisa, podem ir para a festa. Eu te mando uma mensagem e resolvemos isso depois.

— Tudo bem — Você respondeu, indo até o seu closet, direto para a penteadeira com suas joias.

Depois de escolher os brincos e o colar, você abriu uma gaveta com uma chave, tirando de lá uma pequena caixinha preta. Dentro dela, estava um anel prateado com o símbolo dos Uchihas. Ele estava na sua família a gerações, sempre passado pelas mulheres que eram líderes do clã.

No momento em que voltou para o quarto, ajudou a maquiadora a organizar as coisas dela e vocês duas saíram do quarto juntas, assim que você pegou a bolsa que usaria e colocou seu celular dentro. Seus saltos faziam barulho ao andar pelo corredor, como de costume, até vocês chegarem na sala e a atenção dos seus irmãos serem voltadas para você.

— Pu..ta mer..da — Izuna falou, pausadamente, os olhos arregalados fixos em você — Aika realmente consegue fazer milagres, você tá linda, mana.

Depois de revirar os olhos, você levantou o dedo do meio para seu irmão, que já estava rindo da sua reação. Logo em seguida, seu olhar foi parar em Madara, que ainda lhe olhava sem dizer nada.

— E então? — Você perguntou, encarando o mais velho, que vestia um terno tão negro quanto os cabelos dele, mas com uma gravata vermelha, que combinava perfeitamente com o seu vestido — Não vai falar nada?

— Se eu não te conhecesse, diria até que se arrumou assim pra um certo alguém — E você sabia exatamente de quem ele estava falando.

— Nesse caso, ainda bem que você me conhece, maninho — A última parte você falou no puro deboche — Vamos, já estamos atrasados.

— É verdade — Izuna disse, se levantando do sofá — Hashirama já ligou três vezes.

Vocês se apressaram em sair de casa, só demorando para Madara pegar as bebidas que tinha comprado. Desceram o elevador juntos, mas se separaram quando Aika foi para o próprio carro dela. Você sorriu quando se pegou pensando que, com certeza, a contrataria de novo.

Como de costume, você foi no banco da frente, com Madara dirigindo e Izuna atrás. Seu gêmeo costumava reclamar que você estava uma posição acima dele na hierarquia da família, mas com o tempo acabou se acostumando. De fato, os dois minutos de diferença entre o seu nascimento e o dele foi o suficiente para fazer você ter chance de se tornar a próxima Hokage. Mas, com o tempo, Izuna pareceu não ligar mais para isso.

Madara não demorou mais que segundos para ligar o carro e arrancar ele de lá. Enquanto ele focava nas ruas à frente, você e Izuna checavam as armas. Os homens geralmente levavam uma dentro do paletó, enquanto você escondia duas por baixo do vestido.

— Não quero parecer chato... — O mais velho começou.

— Mas já sendo... — Izuna interrompeu, fazendo ele revirar os olhos e arrancando uma risada divertida sua.

— [Nome] — O chefe da família continuou — Já sabe, não é?

— Não vou arrumar confusão com o Tobirama — Você falou, recebendo uma encarnada de lado de Madara, obviamente não acreditando na sua palavra — Eu juro — Reforçou — Eu sei o quanto isso é importante pro Hashi.

— Obrigado — Seu irmão falou, finalmente aliviando a expressão e colocando um sorriso sincero no rosto.

Você se ajeitou no banco, levemente nervosa. De fato, esse evento era muito importante para o Senju mais velho, uma das pessoas que você mais respeitava no mundo. Mas você não sabia se conseguiria controlar sua raiva se Tobirama viesse com algum daqueles comentários idiotas dele. Só o modo como ele lhe chamava de Uchiha já lhe deixava puta o suficiente para puxar o gatilho.

— Chegamos — Izuna falou, acordando você de seus pensamentos.

O mais novo desceu do carro primeiro, seguido de Madara, que dava as chaves para o manobrista. Izuna deu a volta no veículo e abriu a porta para você, estendo a mão para lhe ajudar. Você aceitou a ajuda e saiu do veículo, entrelaçando o braço com o do seu irmão.

Não demorou mais que um minuto para toda a atenção dos que estavam entrando na mansão se voltar para vocês. Os líderes da família Uchiha. Você colocou o seu sorriso mais simpático no rosto, enquanto cumprimentava os conhecidos. A entrada para a casa dos Senju era enorme e sempre muito movimentada.

— Todo mundo está olhando para você — Izuna sussurrou no seu ouvido — Se bem que já era de se esperar.

— Para de falar besteira. Pelo menos metade desses olhares estão em você, e ainda tem os que estão em Madara.

— Não sei dizer se você 'tá mesmo sendo ingênua ou tentando me convencer disso.

Você riu fraco enquanto revirara os olhos e voltava a se concentrar em cumprimentar as pessoas. No geral, a grande maioria dos Senju aceitavam muito bem a união com os Uchiha. Uma parte muito pequena ainda queria que a guerra continuasse, entre eles, claro, o Senju mais complicado da cidade.

— Vamos logo procurar Hashirama — Madara disse, se virando para vocês dois — Meu celular vai explodir se ele continuar ligando.

Assim que vocês passaram pela porta principal, a gigante sala de estar ficou visível para vocês. Mais uma vez, os olhares caíram sobre o trio de Uchihas que acabou de entrar. Os Senju tinham características bem marcadas, assim como os Uchiha. Mesmo assim, eles eram muito diferentes uns dos outros, por isso, vocês se destacavam com facilidade naquele lugar. Além disso, seu vestido brilhoso contribuiu para que ninguém conseguisse tirar os olhos de você.

— Ainda bem que vocês chegaram — A voz de Hashirama fez vocês se virarem para encara-lo. Ele rapidamente cumprimentou Madara e Izuna, arregalando os olhos quando lhe analisou com mais calma — Acho que nunca tinha te visto mais bonita do que hoje, [Nome].

— Você também está muito bonito, Hokage — Você nem tentou esconder o tom de provocação, recebendo uma revirada de olhos por parte dele e uma risada baixa de seus irmãos.

— Um dia você vai ter que parar de tentar me provocar.

— Quem sabe um dia, Hashi.

Eu preferia quando você estava me provocando — Ele falou, se referindo ao apelido que você deu a ele, que, inclusive, ele nunca escondia que odiava — Tobirama está ali, vou buscar ele para cumprimentar vocês.

Suas sobrancelhas se arquearam e, no momento em que ele saiu de perto de vocês, você falou:

— E eu vou no bar.

— Realmente vai ficar fugindo dele a noite toda? — Madara perguntou, depois de um suspiro.

— É o plano.

— E se você se encontrar com ele?

— Eu improviso — Você respondeu, dando de ombros e saindo de lá antes que seu irmão falasse mais alguma coisa.

Não foi muito difícil de achar o bar e, assim que chegou nele, foi rapidamente atendida. Depois de pedir uma caipirosca de limão, você finalmente olhou ao redor, analisando as pessoas que estavam lá. Os Senju eram educados e bem políticos. As festas deles eram elegantes e chiques, muito diferente das dos Uchiha, que geralmente eram uma bagunça.

Enquanto esperava a bebida, algumas pessoas vieram lhe cumprimentar, e você sempre respondia da forma mais educada possível. Para se tornar a próxima líder de Konoha, não bastava apenas a aprovação dos Uchiha, como a dos Senju também. Além disso, você realmente gostava de muitas dessas pessoas. Nunca teve muito problema com Senjus revoltados, apenas com aquele homem.

Um pouco longe de onde você estava, Tobirama cumprimentava alguns amigos da família, sempre agradecendo politicamente pela presença deles. Era incrível como o Senju raramente sorria ou mudava a expressão séria, mesmo assim, ele sempre acabava atraindo a atenção das pessoas ao seu redor, principalmente das mulheres.

Ele já havia falado com Madara e Izuna, e acabou se perguntando onde você estaria.

— Provavelmente arrumando alguma confusão — Ele pensou, mas tentou mudar o rumo dos pensamentos quando percebeu que você estava neles. Na verdade, isso era inevitável. Você tinha uma presença muito forte e sempre permanecia um tempo nos pensamentos de quem lhe conhecia, e com o platinado não seria diferente.

Os olhos dele ainda vagaram um pouco pelo local, até pararem onde você estava e, inevitavelmente, arregalarem. Ele analisava cada detalhe da sua produção, tendo que admitir para si mesmo que o vestido ficou perfeito em você. O corte que acentuava suas curvas, as cores que combinavam perfeitamente com você, tudo contribuía para que você ficasse ainda mais linda do que o normal.

Ao perceber o rumo que os pensamentos dele estavam novamente em você, Tobirama balançou a cabeça, a fim de espanta-los. Era sempre estranho quando você entrava na mente dele nessa forma, até porque ele sempre tentou deixar claro o ódio que sentia por você.

Enquanto isso, você se pegou pensando o que faria se realmente esbarrasse com o Senju mais novo, mas resolveu afastar isso da sua cabeça. Assim que você esvaziou sua mente novamente, percebeu que seus olhos estavam encarando um par de íris vermelhas, completamente penetrantes. Nem precisou de muito tempo para perceber que era o próprio Tobirama.

Você teve que se controlar para que um "caralho" não escapasse de seus lábios. Deixando toda a rivalidade que vocês tinham de lado, você nunca negou que o platinado era um homem realmente muito atraente. Mas, puta merda, ele estava mais bonito do que nunca. O terno justo caiu perfeitamente no corpo dele, só fazendo você imaginar, não pela primeira vez, como seria aquele corpo sem toda essa roupa.

O Senju olhava para você com as sobrancelhas franzidas, como se tivesse um ponto enorme de interrogação no rosto dele. No momento em que ele começou a andar em sua direção, você arqueou as sobrancelhas e se virou para o barman, pegando uma bebida aleatória em cima do balcão, já que a sua ainda não estava pronta.

Você olhou na direção dele de novo, percebendo que ele ainda se aproximava, mas parava no caminho para cumprimentar outras pessoas. No exato momento em que ele desviou o olhar de você para falar com outro Senju, disparou para fora do campo de visão dele, usando o fato de que a sala estava quase lotada ao seu favor. Acabou se esgueirando entre as pessoas lá, até não conseguir mais ver o platinado.

Somente quando você se viu em uma parte mais afastada, deixou seu corpo relaxar e um suspiro pesado sair de seus lábios. Sabia que essa noite seria difícil, mas não queria encontrar com Tobirama e correr o risco de estragar a festa de Hashirama.

— 'Tá fugindo de quem? — A voz do seu irmão mais novo fez você dar um pequeno salto de onde estava, completamente assustada, quase pegando uma das armas que estava na sua coxa.

Que susto, porra! — Você sussurrou, com raiva — Vai assustar alguém na casa do caralho.

— Tá nervosinha? — O tom brincalhão era evidente na fala dele, o que lhe deixou ainda mais irritada — Acho que isso tem haver com alguém que começa com "To" e acaba com "birama".

— Izuna, eu juro, por tudo o que é mais sagrado, que se você não calar a boca agora, eu enfio esse copo na sua garganta até ele sair pelo seu cu.

— Parei, parei — Ele falou, tentando conter a risada e levantando levemente os braços, como se estivesse se rendendo — 'Tá bebendo o que?

— Eu sei lá. Acabei pegando uma bebida aleatória, mas acho que é espumante — Respondeu, depois de dar um gole e fazer uma careta.

— Logo a que você não gosta.

— Se me ajudar a ficar bêbada, não vou reclamar.

— Tá tao ruim assim? 

— Quase esbarrei com o Tobirama agora a pouco — Mais uma vez, você olhou ao redor, para se certificar de que ele não estava por perto.

— E vocês realmente se odeiam ao ponto de não conseguirem nem se dar "boa noite"?

— Não é que eu odeie ele — Você parou de falar assim que viu a expressão do seu irmão — 'Tá, não nos damos nem um pouco bem. Mas eu também não queria correr o risco de alguma coisa dar errada e estragar a noite do Hashi, por isso eu 'tô evitando ele.

— Vocês deviam tentar conversar — Se irmão deu de ombros — Vai que acabam descobrindo que vocês tem mais em comum do que parece — Você olhou para ele, refletindo sobre essas palavras. Realmente, talvez você conseguisse conviver em paz com o platinado, se ao menos conversassem sobre isso — Falando nele, olha quem tá vindo ali.

— Não vai ser dessa vez — Você falou, olhando na direção que Izuna estava apontando e vendo o Senju mais novo se aproximando novamente — Até mais tarde, maninho.

— Boa sorte na fuga.

A última fala dele você não conseguiu responder, já que estava passando pelas pessoas novamente. Você virou todo o líquido que tinha no copo em suas mãos e deixou a taça na bandeja de um dos garçons que passavam por ali.

Ao olhar levemente para trás, você conseguiu ver Tobirama claramente atrás de você, lhe seguindo. Não sabia sobre o que ele queria falar, mas essa noite não seria a ideal para isso.

Quando voltou a atenção para frente, encontrou um corredor, que dava para o interior da casa. Sem saber mais para onde ir, você entrou nele, sem se importar se era proibido ou não. O corredor era tão extenso quanto o que tinha no apartamento de vocês, provavelmente porque muitos Senju moravam naquela mansão, diferente do seu apartamento, que só moravam vocês três.

As portas pelas quais você passava eram todas praticamente iguais e você não queria entrar em uma e correr o risco de invadir alguma privacidade. Mas essa preocupação saiu de sua mente assim que você ouviu a voz de Tobirama no final do corredor.

— [Nome]!

Sem nem pensar, você entrou na primeira porta que viu, a fechando assim que passou por ela. Sua respiração estava levemente acelerada, juntamente com as batidas do seu coração. Estava se sentindo ridícula. Desde quando [Nome] Uchiha correria assim por causa de um homem?

Patético — Você sussurrou para si mesma, antes de suspirar e decidir voltar para a festa e encarar o platinado de uma vez por todas.

Mas, assim que levantou o olhar, você mudou de ideia. Tinha acabado parando na biblioteca da mansão. As prateleiras entupidas de livros, novos e antigos, fizeram seus olhos arregalarem e sua boca ficar entre aberta. Infelizmente, só você gosta de ler da família, então não tinha tantos livros assim no apartamento. Nem conseguia imaginar quantos desses livros Hashirama já tinha lido.

Você acabou andando involuntariamente para dentro do cômodo, analisando as prateleiras, sem tocar em nada. Tinha livros de todos os tipos imagináveis, que atraiam mais a sua atenção a cada segundo. Seus olhos percorriam loucamente por todos eles, até parar em um pequeno livro conhecido.

Naruto — Você leu o título, se lembrando o livro que tinha no escritório de Hashirama. Com cuidado, você pegou o primeiro volume, analisando a capa colorida — Com certeza é para crianças.

— Eu não teria tanta certeza se fosse você — Sua mão direita foi parar na barra do vestido, já preparada para pegar a arma assim que ouviu aquela voz estranha. Mas, assim que levantou o olhar e viu Tobirama, seu corpo relaxou — Você não devia se distrair tão fácil assim.

— Se você quisesse mesmo me matar, já teria feito isso a muito tempo — Você retrucou, revirando os olhos e desviando o olhar daquelas íris penetrantes, voltando a encarar o livro em mãos — Você já leu?

— Já, várias vezes.

Você assentiu com a cabeça, analisando a capa mais uma vez. Um silêncio constrangedor tomou conta de todo o ambiente, enquanto você sentia o olhar quente do Senju em cima de você.

— Estava fugindo de mim? — A pergunta dele quebrou o silêncio, fazendo você o encarar de novo.

— Talvez — Você respondeu, colocando o livro de volta no lugar — O que queria comigo? — Perguntou, sem rodeios.

— Você é nossa convidada — Nem o tom e nem a expressão dele mudavam, nem um segundo sequer — Claro que eu ia dar as boas vindas.

Uma risada involuntária saiu de seus lábios, fazendo o platinado franzir mais ainda as sobrancelhas.

— Calma, isso é sério? — Você perguntou, arregalando os olhos — Você ia mesmo só me cumprimentar?

— Por que é tão difícil assim de acreditar?

— Bom, geralmente você não quer nem respirar o mesmo ar que eu.

— Eu não-

— Além de ter deixado claro, inúmeras vezes, que não me suporta — Você o interrompeu.

Ele não respondeu. Apenas ficou lhe encarando, com a mesma expressão inabalável de sempre. Ele tentava, mais do que tudo, não encarar o sorriso divertido que você tinha nos lábios. Aquele maldito sorriso, que, de vez em quanto, aparecia na mente dele.

— Por que fugiu de mim? — Foi a primeira coisa que ele falou, depois de alguns longos segundos de silêncio.

— Eu sei o quanto essa noite é importante pro Hashi — Respondeu, escolhendo ser sincera ao invés de arrumar alguma desculpa esfarrapada — Não queria estragar isso brigando com você de novo.

— Sempre brigamos porque você-

— Lá vem você de novo — Você interrompeu de novo, revirando os olhos — Se quiser colocar a culpa em mim, tudo bem, eu não ligo — Virando de costas, você começou a andar em direção à porta, querendo sair de lá o mais rápido possível — Mas hoje eu realmente não posso discutir com você.

Seus saltos eram a única coisa audível durante os próximos segundos. Era como se Tobirama estivesse escolhendo muito atentamente as palavras que ele dizia, quase como se estivesse tentando ser pacífico.

Espera — Ele falou, fazendo você parar de andar, já perto da porta, e se virar apenas para encara-lo — Por que não fica com isso? — O platinado ergueu um livro em mãos e, assim que você o viu, percebeu que se tratava do Naruto.

Você suspirou e se virou para ele, andando em passos não apressados, até conseguir pegar o livro das mãos dele.

— Por que quer que eu leve?

— A leitura é boa.

— E não tem problema alguém como eu levar? — Suas sobrancelhas se franziram mais ainda.

— Não — As respostas dele estavam simples demais. Obviamente Tobirama estava se atando a falar apenas o necessário. E isso lhe deixava com ainda mais raiva.

— Vai mesmo emprestar o seu livro pra uma Uchiha?

Esse livro não é meu, é do meu irmão.

Uma risada alta e inacreditável escapou de seus lábios. Você não sabia se esse encontro estava ajudando a relação de vocês ou atrapalhando ainda mais.

— Eu acho que se tivéssemos vidas diferentes, a gente podia acabar se dando bem — Você falou, mais para si mesma do que para ele.

— Se você não fosse uma Uchi.. — Ele tentou parar de falar, mas claro que você havia escutado.

Era inevitável. Tobirama odiava a sua família, não importa o que você fizesse. E foi esse ódio que lhe levou a sentir toda essa raiva que você tinha por ele. O fato de ele lhe odiar só porque você era uma Uchiha lhe irritava demais.

Uma risada debochada saiu de seus lábios. Você não olhou nos olhos dele quando devolveu o mangá, pressionando o livro contra o peito do mais alto.

— Pode pegar o seu livro, eu não quero — Assim que ele pegou de suas mãos, você se virou e continuou a andar em direção à porta — Na verdade, eu quero é que você se foda — Finalmente, já segurando a maçaneta, você se virou para ele, encarando aquelas orbes vermelhas mais uma vez — Hoje a noite, nem se aproxime de mim. Você pode odiar minha família o quanto quiser, mas eu amo o seu irmão e eu sei o quanto essa porra de jantar é importante pra ele. E eu não vou estragar tudo isso só porque você não me suporta.

Sem esperar uma resposta, você saiu de lá, batendo a porta com força quando passou por ela.

Tobirama deixou um suspiro pesado escapar dos lábios, pouco antes das íris dele se voltarem para o livro em mãos. Mais uma vez, vocês dois não conseguiram nem passar cinco minutos conversando. Mesmo assim, ele sabia que boa parte disso era culpa dele. Ainda que no dia a dia você também contribuísse para as brigas, hoje você estava disposta a ser pacífica, e ele também. Mas era quase que inevitável para ele lhe provocar.

E tudo isso porque eu queria dizer o quão linda ela ficou essa noite — O platinado sussurrou para si mesmo, como um segredo que ele não queria que ninguém ouvisse.

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