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𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢

A semana foi um inferno, mas você conseguiu passar por ela sem perder a cabeça. Quase não parou em casa, mas Tobirama manteve a promessa de acordar ao seu lado todos os dias. Essa era a única parte da semana que lhe fazia se levantar no dia seguinte: saber que, no final de um dia exaustivo de trabalho, o Senju estaria lhe esperando em casa.

Você ainda estava assustada com a proporção que os seus sentimentos por ele estava tomando. Não queria se jogar de cabeça e correr o risco de quebrar a cara depois, mas estava muito difícil não se derreter toda por ele.

Do lado de fora do quarto, vocês fingiam estarem perdidamente apaixonados um pelo outro. Do lado de dentro, você acabava se pegando pensando que ele realmente estava apaixonado por você. Depois, afastava o pensamento, com medo de acabar se iludindo.

Izuna sabia da verdade, mas ficou calado e não comentou isso com ninguém. Pelo menos, não que você tivesse visto. Talvez ele tivesse conversado com Hashi sobre o assunto, já que o moreno também estava ciente do "status" do seu "relacionamento" com Tobirama. Mas Madara não aparentava desconfiar de nada, então você assumiu que o seu irmão gêmeo não comentou nada com ele.

Os últimos dias tinham sido muito corridos por causa das preparações para a festa de noivado aberta. Hoje seria o grande dia e várias famílias líderes de gangues estavam chegando em Konoha nos últimos dias. A maioria delas desacreditava do relacionamento de você e Tobirama, mas pareciam convencidos depois que vocês os iam receber.

Tobirama sempre tinha uma mão em você. Seja no seu ombro, rodeando a sua cintura ou entrelaçando os seus dedos com os dele. Dava beijinhos no topo da sua cabeça de vez em quando e aparentemente gostava de roubar selinhos quando você estava desarmada. Aquilo estava perfeito, mas fazia você se questionar se era tudo somente uma encenação ou se existia algum resquício de verdade naquilo tudo.

Sua cabeça estava obviamente confusa.

Mesmo assim, ele estava fazendo um bom trabalho em convencer a todos de que estava apaixonado por você. Você também não ficava muito atrás. Alguns membros de diversas família flagraram você e o platinado aos amassos "sem querer". Sua boca não demorava muito para lançar provocações e brincadeiras sensuais sem se importar com quem estava por perto.

Isso sempre fez parte da sua personalidade única. Nunca ligou muito para o que os outros, além da sua família, pensavam. Sempre fez o que achou mais vantajoso (ou apenas mais divertido). Era bom ser aquela mulher de novo.

— Ela já tá pronta? — Izuna perguntou, pela vigésima sétima vez em menos de duas horas.

— Quase — Aika respondeu, mas você apenas mandou o dedo do meio para o seu irmão, que obviamente revirou os olhos e sussurrou um "vai se foder", antes de sair do seu quarto — Eles estão com pressa.

— Ainda faltam horas pra essa porra começar — Você disse, depois de um suspiro pesado — Só tá todo mundo muito nervoso hoje.

— Não é de se estranhar — Enquanto falava, ela continuava a fazer a maquiagem nos seus olhos — Quem diria que você se casaria com ele. Eu mesma não acreditei quando ouvi os rumores pela primeira vez.

— Pois é — Você respondeu, tentando parecer indiferente — Eu também duvidaria se um ano atrás tivessem me dito que eu casaria com ele.

— Fico feliz que vocês tenham resolvido as diferenças entre vocês dois — Ela acabou de passar as sombras nos seus olhos e pegou o fixador de maquiagem. Aika nem precisou pedir antes que você prendesse a respiração e ela começasse a aplicar o aerosol no seu rosto — Era sempre uma grande tensão pra saber quem ia acabar matando o outro primeiro.

Você não respondeu, apenas aceitou a ajuda dela para colocar o vestido e os saltos. Já estava pronta, mas ainda não tinha se olhado no espelho. Estava tentando se concentrar em tudo o que a mulher tagarelava sobre o fato de seu novo relacionamento ter deixado todos confusos.

Até eu estou confusa. Mas você não respondeu isso.

Uma batida suave na porta fez com que ela parasse de falar e se apressasse em juntar as coisas. Você sabia que não era Izuna. Ele não teria batido de leve na porta. Na verdade, teria aberto com toda a força do mundo, como fez nas vinte vezes anteriores.

— Pode entrar — Você gritou e nem precisou pensar par saber quem estava entrando por aquela porta.

Tobirama estava usando o mesmo terno da festa de noivado passada. Estava de arrasar corações como na outra noite também. Lindo. Tão perfeito que fazia você se perguntar como nunca tinha reparado em toda a magnitude da beleza dele. Talvez o ódio que você sentia lhe cegasse, porque não havia outra explicação para o seu coração não ter errado uma batida antes.

— Você está perfeita — Ele disse, como se tivesse lido os seus pensamentos sobre como ele estava — Mais linda do que qualquer outra mulher nesse mundo.

Suas sobrancelhas se arquearam, sem saber o que responder. Ali perto, Aika se derretia, olhando para o Senju com olhos admirados, mas logo se apressou em falar que precisava sair porque estava atrasada e se retirou do cômodo.

— Você também está perfeito, Senju.

— Estou igual à outra vez, Uchiha.

— E você também estava perfeito lá.

Ele sorriu sem mostrar os dentes e o seu coração se aqueceu. Um sorriso também tomou conta dos seus lábios e, logo depois, seus olhos acabaram desviando para o seu reflexo no espelho. Realmente, estava bonita. As características da família Uchiha se destacavam no vestido branco. E você não deixou de perceber que as pedras vermelhas nas joias combinavam com os olhos do platinado.

Ainda estava observando o seu reflexo quando percebeu que ele se aproximou de você por trás, colocando as mãos em seus ombros.

— Eu agradeceria se você mantivesse distância do Brasart durante o jantar — Ele disse, sério, mas isso arrancou uma leve risada divertida sua.

— Tá com medo de que ele se apaixone por mim, Senju?

Tobirama se abaixou até que a boca dele ficasse na altura de seu ouvido e murmurou, baixinho:

— Só um louco não se apaixonaria por você, Uchiha.

Todos os pelos do seu corpo se arrepiaram, mas foi quando ele depositou um beijo demorado no seu pescoço que você teve que juntar todas as suas forças para não cair no chão. Como de costume, Tobirama fingiu que nada tinha acontecido. Esboçou um pesquiso sorriso satisfeito, ao perceber o quão desconcertada você havia ficado, e estendeu a mão na sua direção.

— Vamos?

Você observou a mão por três longos segundos. Estava gostando o tempo que passava com o platinado, além de realmente ter desenvolvido sentimentos sérios por ele. Mas, se pudesse escolher, não seria assim que as coisas aconteceriam. Um noivado de mentirinha. Queria que a relação de vocês fosse crescendo apenas por vontade de vocês mesmos.

Se bem que, se não fosse essa história de mentirinha, talvez vocês ainda se odiassem.

— Sim — Você respondeu, aceitando a mão dele e colocando a sua por cima — Vamos acabar logo com isso.

Tobirama lhe conduziu para fora do quarto, onde vocês encontraram com seus irmãos e com Hashi. Os mais velhos passaram alguns minutos falando o quanto você estava linda e o quão orgulhosos estavam do seu desempenho recebendo as outras gangues que vieram para a festa. Izuna se limitou a falar que você não estava tão horrível assim.

Juntos, vocês cinco seguiram para a festa. O nervosismo já não tomava mais conta do seu organismo, talvez porque você estava muito cansada para isso. Só queria acabar com aquela festa e voltar para o apartamento, onde teria uma noite maravilhosa ao lado de Tobirama mais uma vez. Podia se acostumar com isso.

Chegando no salão, quase ninguém tinha chegado. Isso foi bom para fazer com que vocês pudessem dar os últimos ajustes, além de receberem todas as famílias que começaram a chegar depois de algumas horas. Os seus pés já doíam, mas você sabia que não passaria mais muito tempo em pé.

Foi um saco cumprimentar todos eles, mas você já tinha decorado os nomes fazia anos. Tobirama, sempre ao seu lado, também não parecia ter muita dificuldade em chamar eles pelos nomes. Vocês estavam deslumbrantes juntos, ao lado dos seus irmãos mais velhos, que, como líderes da gangue, também precisavam receber todos.

Os comentários desconfortáveis ainda passavam pelo salão de vez em quando. Só que, dessa vez, você já não se importava mais. A mão de Tobirama cobrindo a sua era apenas mais uma confirmação de que tudo iria ficar bem.

Todos eles já acreditavam na mentirinha de vocês dois. Se bem que, para você aquilo nem era mais apenas uma encenação.

— Você está cansada? — Tobirama perguntou ao seu lado, se abaixando um pouco para falar rente ao seu ouvido.

— O salto tá incomodando um pouco, mas não é nada demais.

— Pode se sentar um pouco, se quiser — Ele puxou a sua mão com delicadeza e depositou um beijo casto no topo dela — Eu recebo o resto dos convidados.

Apenas porque suas bochechas estavam pegando fogo e você não confiava em si mesma o suficiente para não desabar ali mesmo, você assentiu com a cabeça e se retirou da entrada. A parte interna do salão era muito maior do que o local da última festa, o que era compreensível já que vocês receberiam não só suas famílias como membros de outras gangues.

A sala já estava lotada de pessoas, que conversavam e bebiam animadamente. Não precisava ser um gênio para saber que nem todos estavam felizes com o noivado. Muitas mulheres tinham mandado propostas de casamento para Tobirama ao longo dos anos e muitos homens tinham mandado para você. Não tinha como agradar a todos.

No fundo, você e o Senju tinham criado aquela imagem de que eram tão envolvidos com o trabalho que não tinham tempo para relacionamentos românticos. Mas, depois de alguns anos, ali estavam vocês, noivos. Isso fez muitas cabeças explodirem.

Você teve que cumprimentar algumas pessoas enquanto se dirigia até a sua cadeira, no centro da parede mais distante do salão, onde todos conseguissem lhe observar atentamente. Quando chegou lá, se apressou em pedir uma taça de vinho e tirar os saltos, depois que os seus pés foram colocados estrategicamente em baixo da toalha de mesa, de forma que ninguém percebesse que você estava descalça.

Seus pés latejavam, mas você estava tão ocupada falando com as pessoas que paravam na sua frente para lhe cumprimentar que nem estava mais sentindo nada. Lá no final do cômodo, você conseguia ver Tobirama as vezes virando a cabeça para trás, quase como se estivesse se certificando de que você estava bem.

Isso não era do feitio dele. O Senju, mais do que ninguém, sabia o quão forte e perigosa você poderia ser. Não era uma festa de noivado que iria lhe afetar.

— Boa noite, Senhorita Uchiha — Aquela voz irritante fez com que você quisesse revirar os olhos, mas conseguiu segurar a vontade depois de muito esforço — Ou deveria dizer Senhora Senju?

— Brasart — Você respondeu, olhando agora nos olhos do homem na sua frente — Seu pai e seu tio não conseguiram comparecer?

— Eles tiveram que ficar na Inglaterra e resolver algumas coisas — Ele disse, animado — Mas eu não podia perder a oportunidade de prestigiar a sua festa de noivado.

— Não fode — Foi o que você disse, depois de um suspiro — De verdade, você veio fazer o que aqui? Mandei o convite por educação, mas achei que você não fosse vir.

— Nossa última conversa foi muito... interessante — Sabia que se referia a quando ele lhe disse que sabia que o relacionamento de você com Tobirama era apenas uma farsa. Isso fez com que seus olhos se voltassem para o seu noivo, que conversava com o líder de uma das gangues da China, mas os olhos vermelhos dele estavam fixos em você. Era nítida a vontade do Senju de apenas acabar com aquela conversa e vir correndo na sua direção, mas ele não podia fazer isso sem parecer mal educado — Então vim ver como andava todo esse teatrinho.

— Eu já disse isso antes e repito agora: eu não tenho ideia do que caralhos você está falando — A última parte, você falou pausadamente, nitidamente irritada com a conversa e com a presença dele — Eu amo Tobirama. Vamos nos casar e essa é a porra da minha festa de noivado, que você, inclusive, está atrapalhando. Então, se não for muito incômodo, será que o Senhor poderia me deixar em paz?

Inicialmente, os olhos de Jacob se arregalaram, mas, depois de poucos segundos, se estreitaram. Ele acreditava em você, mas sabia que algo estava de errado, você só esperava conseguir manter essa expressão de irritada por tempo suficiente até ele ir embora.

— A quanto tempo você se apaixonou por ele? — Foi a pergunta dele, o que fez você desviar o olhar e soltar um suspiro fundo. Era difícil mentir para ele. Você não sabia o motivo, mas Jacob lhe conhecia muito bem.

— Há bem mais tempo do que eu gosto de admitir.

Por mais que essa não fosse a resposta que ele esperava, o Brasart parecia satisfeito. Esboçou um sorriso travesso e deu um passo para trás.

— Acho que eu perdi minha chance, então — Ele estava sendo sincero e você sabia disso — Me desculpe pela intromissão e aproveite a festa, Senhora Senju.

— Obrigada, Senhor Brasart — Mas, antes que ele pudesse se afastar muito, você completou — E é "Senhora Uchiha". Vou manter o sobrenome da minha família.

— É claro que vai — Ele respondeu, como se conhecesse você há milênios, e foi embora.

Você deixou que um suspiro fundo escapasse de seus pulmões e se encostou mais confortavelmente na cadeira. Seus olhos desviaram para a entrada, mas você não conseguiu mais ver Tobirama.

Como se conseguisse ler os seus pensamentos, uma mão segurou o seu ombro, lhe fazendo olhar rápido para trás. O Senju mais novo tinha uma expressão solidária no rosto, mas estranhamente feliz. Você sabia que ele não queria o Brasart ali, então imaginou que ele fosse ficar mais irritado ao ver Jacob falando com você.

— Oi — Ele disse.

— Oi.

— Eu ouvi sua conversa com o Brasart.

Tobirama parecia culpado e meio sem jeito de ter ouvido uma conversa sua às escondidas, mas você apenas queria enfiar sua cabeça de baixo da mesa e ficar lá o resto da festa inteira. Ele já tinha falado em voz alta que lhe amava, claro que apenas para convencer as outras pessoas. Você também poderia usar dessa mesma desculpa ao seu favor. Não tinha problema ele ter ouvido.

— É, ainda bem que ele foi embora — Você respondeu, deixando o seu corpo amolecer na cadeira de novo — Talvez eu devesse ter te escutado e não ter chamado ele.

Naquela hora, o Senju esboçou um pequeno sorriso divertido.

— Não vou dizer que eu estava certo — Ele pegou sua taça vazia em cima da mesa — Vou pedir para encherem e pegar uma para mim, tudo bem?

— Claro.

Com isso, ele depositou um beijo demorado em seus lábios e saiu de perto de onde você estava. Os seus olhos ainda acompanharam ele por um tempo, até sentir que alguém tinha se sentado na cadeira ao seu lado. 

— Vocês estão fazendo um trabalho melhor do que eu imaginava — Madara disse e você não se virou na direção dele para ouvir — Estão conseguindo enganar todo mundo direitinho. Parabéns.

Só tinha um problema na fala dele: você já não estava mais pensando em enganar ninguém. Nem precisaria se esforçar para parecer apaixonada por ele. Na verdade, teria que se esforçar se tentasse esconder que estava perdidamente louca por aquele homem. Essa história de noivado de mentirinha veio bem a calhar. Você nem sabia o que seria de você se não precisassem fingir serem noivos. Com certeza, você estragaria as coisas.

— Continuem assim e vão poder se livrar do noivado em poucos meses.

O seu coração se apertou de uma forma insuportável. Tinha até se esquecido que esse sonho não era eterno. Em pouco tempo, o noivado seria desfeito e você e Tobirama seguiriam rumos diferentes. Isso doía muito mais do que um tiro.

— Pois é — Você disse, indiferente — Já já isso tudo acaba.

Em poucos minutos, Tobirama voltou com a sua taça, dessa vez cheia. Você nem pensou direito antes de tomar metade do líquido de uma só vez. Estava irritada e triste. A festa já tinha acabado a graça e você só queria poder voltar ao seu quarto e ficar agarrada ao corpo do Senju a noite inteira, enquanto ainda podia fazer isso.

O jantar foi servido e as conversas paralelas começaram. Algumas pessoas se levantavam para vir falar com vocês quatro. Alguns davam, mais uma vez, os parabéns. Outros tentavam conseguir assentos na frente no dia do casamento. Essa união acabou virando um joguinho político muito rápido e você já estava farta disso.

Quando menos esperavam, quase todas as pessoas da festa estavam perto dos assentos de vocês, vigiando. Era óbvio que nem todos tinham acreditado nessa história de felizes para sempre. Mas vocês já esperavam por isso.

A mão de Tobirama alisava a sua por baixo da mesa, mas você pegou a mão dele e colocou, juntamente com a sua, em cima da mesa, para que todos pudessem ver o gesto de carinho. Com o canto do olho, ele lhe encarou por um tempo. A verdade era que o Senju estava pouco se fodendo para o que aqueles velhos pensavam. Só estava usando a oportunidade como desculpa para ser carinhoso com você. Não ligava se ninguém acreditasse que ele lhe amava, porque ele, de fato, estava completamente perdido por você.

Era triste saber que você, na verdade, estava fazendo aquilo pelo show e para convencer as pessoas. Ele queria acreditar que suas palavras para o Brasart foram verdadeiras, mas seria um erro se agarrar a isso.

Só que, na verdade, elas foram reais, mas Tobirama não saberia disso. Não se dependesse de você.

— Então, como vocês dois perceberam que não se odiavam e pararam de atirar um no outro? — A pergunta do líder da máfia da Argentina arrancou algumas risadas altas.

Ao seu lado, Tobirama cerrava um pouco os punhos, obviamente incomodado com a pergunta, mas você apenas sorriu antes de responder:

— Eu percebi isso quando ele me viu chorar.

— Te viu chorar?

— É — Você disse, ainda mais satisfeita ao perceber os olhares confusos — Tobirama foi o único que já me viu chorar. Depois daquilo, eu percebi que ele era a única pessoa que fazia com que eu me sentisse confortável o suficiente para abaixar todas as barreiras — Todos ouviam atentamente, inclusive o platinado ao seu lado, que não tirou os olhos de você nem por um segundo, desejando, do fundo do coração, que todas aquelas palavras fossem reais — Também não foi muito difícil perceber que ele é um partidão. Quer dizer, várias das filhas que vocês devem estar me lançando maldições desde que o noivado foi anunciado — Você deu de ombros, ignorando alguns olhares de raiva lançados na sua direção — A verdade é que Tobirama é muito diferente do que eu achei que era e, quando ele começou a me mostrar esse lado dele que eu não conhecia, eu fui me apaixonando cada vez mais por ele — O seu rosto se virou na direção dele, que ainda tinha as orbes vermelhas fixadas em você, dessa vez com um brilho diferente — Eu o amo tanto que as vezes nem consigo lembrar o que me fazia odiar tanto ele.

Os olhos de vocês estavam fixos um no do outro, quase como se fosse uma competição para ver quem desviava primeiro. O Senju estava simplesmente sem palavras, dividido entre se deixar acreditar que aquilo era verdade ou se forçar a acreditar que era mentira. Você já tinha dado alguns indícios de que gostava dele, mas... desse jeito? Parecia bom demais para ser verdade.

— E você, Tobirama? — Ele nem sabia quem tinha perguntado e não desviou o olhar do seu ao responder a mesma coisa que tinha lhe confessado no avião de volta da Inglaterra, enquanto você estava imersa em um sono tão profundo que não conseguiu ouvir.

— No início, eu tinha certeza que odiava [Nome] com todas as minhas forças. Mas já faziam muitos anos desde que eu comecei a usar isso só como uma desculpa para ficar obcecado por ela — Uma de suas sobrancelhas se arqueou com aquela informação, por mais que o seu interior dissesse que era apenas um discurso para convencer os outros do noivado de vocês — A verdade é que eu já gostava dela fazia muito tempo, mas eu era imbecil demais para admitir. Eu já a machuquei tanto por muito tempo, que eu tinha medo que ela não me correspondesse — Uma risada triste escapou dos lábios dele — Claro que eu entenderia se ela ainda me odiasse. Mas não consigo deixar de agradecer todos os dias por ela ser tão louca por mim quanto eu sou por ela.

Aplausos explodiram no salão, mas você nem conseguia ouvi-los. Não poderia ligar menos para quem estava ao seu redor. Só conseguia se concentrar no homem ao seu lado, que usava o dedão para enxugar uma lágrima do seu rosto, que escorria pela sua bochecha.

— Não chora, Uchiha.

Mas ele não entendia o motivo de você estar chorando naquele momento. Era porque, com todas as suas forças, você apenas desejava que cada uma daquelas palavras fosse verdade.

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