𝚗𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗
Realmente, suas pernas estavam doendo tanto que ficou difícil até se virar na cama. Seu corpo nu estava coberto com o edredom, mas você se lembrava muito bem de ter dormido sem ele, apenas com o corpo enorme de Tobirama lhe envolvendo para lhe esquentar. Ficou imaginando se ele não teria lhe coberto durante a manhã.
Pensando nele, você se esforçou ao máximo e conseguiu se virar no colchão confortável. Estava sozinha, de novo. Nenhum sinal do Senju e você sabia que era cedo demais para ele já ter trabalho para fazer.
— Puta que pariu — Você sussurrou, irritada. Já estava ficando chata essa história de ele sumir toda manhã depois que vocês transavam. Isso causava uma insegurança em você maior do que gostaria de admitir.
Ainda de mau humor, você se forçou a levantar da cama, tendo que se apoiar em alguns móveis para chegar no banheiro. Tobirama tinha feito um belo estrago com o seu corpo na noite passada e, por mais que tivesse sido incrível, você só conseguia focar no fato de ter acordado sozinha de novo.
Também começou a se perguntar se os seus irmãos tinham ouvido alguma coisa na noite passada. A última coisa que você precisava era ter que explicar para eles que estava transando com o Senju desde Liverpool. Já tinha passado lê-la experiência de ter que explicar essa parte para Hashirama, não queria ter que passar por isso de novo com Madara e Izuna.
Mesmo assim, você afastou os pensamentos e se concentrou em tomar banho. Tinha mandado a lista de convidados completa para o Senju mais velho, mas ainda faltava decidir o resto da decoração da festa e você ainda tinha mil assuntos para resolver com os seus homens. Acabou se lembrando da conversa que teve com Tobirama.
Você é incrível, sabia disso?
Teve que se concentrar mais uma vez para afastar esses pensamentos depois de ter passado condicionador duas vezes no cabelo sem querer. Saiu de baixo do chuveiro depois de acabar o banho e se enrolou em uma toalha. Escolheu uma roupa para o dia de trabalho: confortável, mas chique e profissional. Depois disso, acabou o resto das suas higienes e saiu do quarto.
Por incrível que pareça, seus irmãos estavam na sala, sentados nos sofás conversando. Você não conseguiu identificar de imediato o assunto, mas os dois sorriram quando você chegou. Isso fez o seu estômago se revirar em puro nervosismo. Mas o fato de eles estarem sorrindo significava uma coisa boa, não é?
— Noite difícil? — Izuna brincou, lhe deixando ainda mais ansiosa.
— O que? — Tentou não parecer desesperada.
— A gente ouviu alguns gritos da discussão de ontem à noite — Foi Madara quem explicou, fazendo o seu corpo se acalmar um pouco.
— Ele mal chegou e vocês já quase saíram na mão — A risada alta de Izuna preencheu o cômodo e fez o seu coração voltar a bater normalmente.
Eles não ouviram a parte do sexo.
— Qual foi o motivo da briga? — O seu irmão mais novo perguntou.
Você suspirou fundo e se jogou no sofá ao lado dele. Não era muito comum vocês três ficarem juntos assim de manhã, antes do trabalho. O mais normal era se encontrarem de noite e fazerem atualizações sobre como foram os dias de vocês.
— Foi sobre a lista de convidados da festa de noivado — A melhor parte era que você nem precisava fingir que estava puta com Tobirama. Você, de fato, estava, mas por motivos bem diferentes — Mas não precisam se preocupar. Ninguém apontou arma pra ninguém. Todos saíram sem graves ferimentos.
— Vocês deviam conversar sobre isso mais tarde — Madara aconselhou, se levantando do sofá — Ele não parecia muito feliz quando saiu daqui do apartamento.
Era bom mesmo que ele estivesse com raiva. Você estava tão puta pela briga merda de ontem e por ele ter saído de fininho durante a manhã de novo que não sabia se podia se responsabilizar pelos seus atos quando o visse mais tarde.
— Enfim, a gente deveria ir — O mais velho estendeu a mão na sua direção, que aceirou e se levantou do sofá com a ajuda dele.
Vocês três saíram juntos do apartamento, cada um com suas atribuições para fazer ao longo do dia. Pelo menos, as coisas estavam mais calmas do que nas duas últimas semanas. Tirando a parte em que Tobirama iria agora morar com vocês, tudo parecia mais pacífico do que antes. Todos vocês pareciam até mais saudáveis e descansados.
Durante o caminho, em que foram no carro de Madara, já que todos iam para o mesmo lugar, conversavam casualmente, como sempre faziam quando estavam juntos. A sensação de ir com eles para o trabalho era nova, mas incrível. Queria poder fazer isso todos os dias.
— Como foi que vocês resolveram a briga? — Izuna quis saber, mas você estava tão entretida analisando as pessoas na calçada que nem ouviu direito.
— Que briga?
— A sua com Tobirama, retardada.
— Ah... — Sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo sexo e mais sexo — A gente só decidiu que brigar logo no primeiro dia era um péssimo começo. Ele foi tomar banho e eu dormi logo. Eu já não tava mais acordada quando ele voltou pro quarto.
Você era uma péssima mentirosa, principalmente na frente de Madara, mas aproveitou que estava com o rosto virado para a janela.
— Eu realmente espero que essa seja uma oportunidade de vocês começarem a se dar bem de verdade — O mais velho falou, entre um suspiro cansado — A viagem para Liverpool já foi muito melhor do que qualquer um de nós poderia prever. Quem sabe vocês realmente acabam amigos depois de toda essa confusão.
— Se fosse por Hashirama, eles iam acabar se casando de verdade — Izuna brincou, ganhando uma dedada sua em resposta — Todo mundo sabe que o Hokage queria dar uma de cupido pra cima de vocês, mas vocês dois tavam tão ocupados apontando armas um pra cara do outro que ele acabou desistindo.
— Se bem que esse dias ele veio me perguntar de novo o que eu achava da ideia — Madara falou, chamando a sua atenção para a conversa novamente.
— E o que você disse? — Perguntou, tentando parecer desenterrada.
— Que eu não conseguia imaginar vocês dois juntos.
Claro que não. Quem conseguiria? Todos só se lembravam das cenas de vocês discutindo e, principalmente, de quando você atirou nele. Talvez o que vocês tivessem naquele momento fosse apenas sobre sexo. Talvez não tinha nada de romântico naquilo e, depois que o noivado fosse cancelado, vocês voltariam ao status normal: inimigos.
Ou então um status menos agressivo. Mas, definitivamente, não de noivos.
Quando vocês três chegaram na sede de Konoha, seus pensamentos ainda estavam na sua discussão da noite anterior com Tobirama; no fato de ter acordado sozinha mais uma vez; e no que Madara havia dito de não conseguir imaginar vocês dois juntos.
Dizer que sua cabeça estava cheia era eufemismo. Ela estava abarrotada dos pensamentos mais loucos que você já teve. Mesmo assim, mandou tudo para a casa do caralho e entrou de cabeça no trabalho. Não podia se dar o luxo de deixar sua vida particular influenciar no seu trabalho.
Continuaria com o mesmo profissionalismo de sempre, principalmente porque precisava se estabelecer como futura Hokage. Sua relação com Tobirama podia ter melhorado muito ao longo do último mês, mas isso não era motivo para você ceder na disputa da liderança. Você tinha trabalhado muito duro para alcançar esse objetivo. Não desistiria assim tão fácil.
A manhã foi marcada por reuniões com seus homens em posições privilegiadas de comando. Estavam monitorando uma entrega enorme de novas armas que precisava do maior cuidado possível. A polícia já estava na cola de vocês faziam alguns meses, mas você tinha homens infiltrados lá dentro. A situação estava sob controle, mas você não podia se deixar relaxar demais.
Também validou muitos relatórios que chegaram na noite anterior. Acabou de fazer as escolhas de decoração para a festa de noivado e mandou tudo para a mulher responsável pela cerimônia. Agora só faltava a festa em si e você ainda teria um tempinho para se preparar psicologicamente para isso. Podia deixar esse assunto de lado por enquanto.
No início da tarde, Hashirama bateu na porta da sua sala perguntando se você gostaria de almoçar com eles. Ficou levemente receosa em encontrar com Tobirama. Tinham algumas coisas estaladas na sua garganta que você gostaria de botar para fora, mas aquela não seria a hora. Porém, quando chegou na sala do líder e viu apenas os seus irmãos, um sentimento de decepção passou pelo seu peito.
— Tobirama não vem? — Você perguntou, entre garfadas, como se não estivesse muito interessada, mas Hashirama sabia de todos os seus segredos mais sombrios.
— Ele disse que precisou resolver algum problema em uma missão que estava com ele — O Senju mais velho respondeu, tentando esconder o sorrisinho satisfeito que insistia em aparecer no rosto dele — Falando nisso, como estão as coisas no apartamento?
— Eles já brigaram noite passada — Izuna respondeu, rindo. Não era muito comum ele almoçar com vocês, mas isso estava se tornando uma rotina desde que você voltou de Liverpool.
— Sinceramente, eu não esperava nada menos do que isso — O moreno também riu, obviamente se divertindo com a situação — Mas tenho certeza de que isso vai ser uma boa experiência para vocês.
— Em que sentido? — Sua pergunta saiu mais sarcástica do que você gostaria. Ainda estava chateada com Tobirama pela noite passada e aquela manhã.
— Vai que vocês descobrem que trabalham bem juntos e, no futuro, virem uma dupla de líderes melhor do que eu e Madara.
— Quem você quer enganar, Senju? — Foi a vez do seu irmão mais velho rir alto — Todo mundo aqui sabe que você tem uma fanfic estranha na cabeça em que [Nome] e Tobirama acabam juntos no final de toda essa confusão.
— Nunca digam nunca — Hashirama apontou um hashi na direção de Madara, que só fez rir ainda mais — No final das contas, vamos ver quem tinha razão desde o início.
— Eu não vou me casar com seu irmão, Hashi — Você disse, revirando os olhos — E parem de falar como se eu não estivesse aqui.
— Se querem saber minha opinião, acho que tem boas chances de [Nome] e Tobirama acabem se aproximando loucamente um pelo outro — Izuna disse, lhe ignorando completamente — Como é que eles chamam? Enemies and lovers?
— Enemies to lovers — Hashirama corrigiu, mais empolgado do que deveria estar.
— Isso só acontece em filmes! — Você praticamente gritou, se levantando da cadeira — E eu não sei que fanfic é essa que vocês tão lendo, mas essas coisas não acontecem na vida real.
Os dois riram e Madara não demorou muito para seguir eles. Estavam tentando lhe irritar... e conseguindo. Seus sentimentos pelo Senju mais novo estavam muito bagunçados para você conseguir pensar racionalmente sobre isso.
— Não sei vocês, mas eu tenho muito trabalho a fazer — Você disse, já se caminhando em direção à porta da sala — Então vocês podem ficar o tempo que quiserem bancando os videntes sobre minha vida amorosa, mas eu vou trabalhar.
Conseguiu ouvir alguns gritos deles dizendo que era brincadeira e lhe pedindo para voltar, mas você já tinha fechado a porta da sala e estava voltando para a sua. Ainda tinha muito trabalho para fazer e queria voltar mais cedo para casa para tomar banho antes que Tobirama voltasse. Talvez deitaria para assistir uma série antes de dormir. Não queria falar com ele.
Por isso, nas próximas três horas, você entregou cem por cento da sua produtividade. Fez mais reuniões com seus homens, validou relatórios e fez autorizações. Traçou planos de ação e os enviou e-mails para Madara e Hashirama para validação. Poderia ir na sala deles para ser mais rápido, mas não queria olhar para aqueles dois pelo resto do dia.
Antes de ir embora, mandou mensagem no grupo dos seus irmãos. Izuna disse que já tinha saído da sede, mesmo sem especificar para onde tinha ido. Madara falou que ia ficar até tarde por lá. Por isso, você pediu que o motorista de vocês lhe levasse para casa.
O dia tinha sido puxado e você só queria tomar um banho quente e se jogar na sua cama, só se levantando no dia seguinte. Então, assim que passou pela portaria do prédio, se apressou em chamar o elevador e subir até a cobertura, cumprimentando todos os Uchihas que passavam.
Quando abriu a porta do apartamento, porém, parou de andar no meio da sala. Tobirama já estava em casa. Na verdade, parecia que ele tinha acabado de chegar. Estava afrouxando a gravata e andando em direção ao seu quarto, parando apenas quando lhe ouviu entrar.
Ele se virou na sua direção. Você parou de andar e apenas ficou o observando por um tempo. A visão do Senju voltando para casa depois de um dia cansativo de trabalho era... sexy? Nossa, você não precisava de mais essa. Ele era insuportavelmente maravilhoso.
— Bem vinda de volta, Uchiha — Tobirama disse, com um sorrisinho de lado.
— Oi, Senju — Você fez pouco caso, começando a andar em direção ao seu quarto, mas, quando tentou passar por ele, foi impedida por uma mão segurando o seu braço — Solta.
— Só quando você me disser o que tem de errado.
— O que te faz pensar que tem alguma coisa errada, seu idiota? — Ele apenas arqueou uma das sobrancelhas em resposta. Você suspirou fundo. Não fazia parte do seu plano discutir sobre isso — Me solta, tá? Não tem nada de errado. Eu só tô sendo infantil.
— Mas eu quero saber com o que você está sendo infantil — O Senju disse, soltando o seu braço, mas não se afastando — Por favor.
Você suspirou de novo. Enquanto tentava formular palavras, percebeu que isso era mais estupidez do que você tinha notado. Nem conseguia formular uma frase sem parecer uma completa idiota.
Já que não tinha mesmo jeito, resolveu apenas falar de vez:
— Toda vez que a gente transa, eu sempre acordo sozinha.
Ele arregalou levemente os olhos. Durante vários segundos, Tobirama não falou absolutamente nada e por um momento você achou que ele realmente fosse rir da sua cara. Quando abriu a boca para falar para ele esquecer isso, ele falou:
— Me desculpa — Foi a sua vez de arregalar os olhos — Eu achei que você ia se sentir mais confortável se eu saísse antes de você acordar.
— Por que caralhos eu ia me sentir mais confortável assim? — Você quase gritou, indignada.
— Eu não sei, Uchiha — Ele suspirou fundo e passou a mão pelos cabelos, obviamente frustado consigo mesmo — Você é meio confusa as vezes, mas a culpa é minha por ter assumido isso.
— E eu aqui achando que você não gostava da transa — Escapou dos seus lábios, mas você nem teve tempo de se arrepender.
— É claro que eu gosto da transa, sua tonta — Ele colocou as mãos nos seus ombros e lhe trouxe mais para perto — Se eu não gostasse, não faria questão de fazer isso tantas vezes — Você desviou o olhar, com as bochechas levemente coradas. Quem lhe visse assim, nem acreditaria que é a mesma [Nome] Uchiha que já matou dezenas de uma só vez. Ele usou uma das mãos para levantar o seu queixo, deixando os seus olhares conectados — Sinto muito por ter feito você se sentir mal. Não vou mais sair da cama antes que você acorde, tudo bem?
— Tudo — Respondeu, baixinho, ainda envergonhada.
Tobirama esboçou aquele sorriso que fazia o seu corpo parecer gelatina de tanto que não conseguia aguentar o próprio peso. Você queria se derreter olhando para aquele sorriso, eternamente. Ele se aproximou de você e colou os lábios nos seus, em um selinho casto e carinhoso. As mãos dele arrodeavam a sua cintura de forma firme e protetora, como se ele quisesse deixar claro que estava ali para você.
O seu coração começou a bater mais rápido. Era uma sensação estranha e quente. Saber que ele estava ali lhe deixava... completa.
Quando ele se afastou, vocês estavam sorrindo um para o outro, até que você percebeu uma sombra com sua visão periférica. Olhou para o lado e o sorriso sumiu do seu rosto na hora.
Izuna olhava para a cena com ambas as sobrancelhas arqueadas ao máximo. A boca dele estava completamente aberta e ele tentava falar alguma coisa, mas apenas sons desconexos saiam dos lábios dele.
— Eu vou tomar banho — Tobirama disse, mas, antes de sair, se virou na sua direção — A não ser que você queira minha ajuda nisso.
— Não, pode ir — Você respondeu, ainda sem desviar o olhar do seu irmão gêmeo.
O Senju assentiu com a cabeça e, antes de se afastar, depositou um beijo casto na sua bochecha e sussurrou perto do seu ouvido:
— Por favor, convença ele a não arrancar minha cabeça.
— Pode deixar — Você devolveu, no mesmo tom.
Izuna não sabia para onde olhar. Ficava revisando entre lhe analisar e lançar um olhar mortal para Tobirama, que saiu da sala e deixou vocês dois sozinhos.
— Então... — Você começou a falar, juntando as mãos na frente do corpo — Quer sentar?
— Caralho — Foi o que ele falou, depois de expirar todo o ar que conseguia e se agachar no chão, como se estivesse exausto — Eu sabia que existia a possibilidade de você realmente acabar gostando dele, mas... isso? Por que vocês só não anunciam o casamento de verdade?
— É mais complicado que isso — Você se sentou no sofá e esperou seu irmão vir se sentar ao seu lado — A gente meio que se odiava até um mês atrás, lembra? As pessoas não mudam tão rápido assim.
— Vocês dois sim, aparentemente.
— Pode ser que pra ele seja só sexo.
— Irmãzinha linda do meu coração — Izuna juntou as duas mãos na frente do rosto, como se estivesse tentando reunir toda a paciência que restava — Você viu como ele tava olhando pra você agorinha. Aí me responde uma coisa: você realmente acha que aquilo era só por causa de sexo?
— Eu não sei, Izuna — Tentou falar baixo. Sabia que Tobirama não iria tentar escutar a conversa escondido, mas não poderia fazer nada se você e seu gêmeo começassem a gritar que nem os dois loucos que eram — Eu tô confusa, tá? Isso tudo é muito mais estranho do que vocês acham. Temos muitos altos e baixos. O sexo é incrível, claro, mas a gente continua brigando muito mais do que um casal normal deveria. Além disso, temos muita história para superar antes de sequer pensarmos em entrar em algum relacionamento de verdade. E, mesmo assim, eu não sei se ele sente o mesmo.
— A quanto tempo isso tá rolando?
— O sexo? — Esperou ele confirmar com a cabeça antes de responder — Desde Liverpool.
— Puta que pariu — Ele riu e você não sabia se era uma risada descrente ou se ele estava realmente achando graça nessa história — Mas você se apaixonou por ele mesmo?
— Hashi me fez a mesma pergunta.
— Hashirama sabia disso antes de mim? — Agora ele parecia verdadeiramente ofendido.
— Em minha defesa, depois da festa de noivado eu passei a noite lá e ele me encontrou no quarto de Tobirama, aí...
— Eu sabia que aquela história que você precisou ir pra lá de manhã resolver umas coisas era só uma desculpinha — Ele lhe interrompeu, rindo de novo — Eu sabia que você não tinha dormido em casa.
— E o que você achava que tinha acontecido?
— O mais lógico era que você tinha passado a noite com Tobirama — Ele deu de ombros — Mas isso também não era muito lógico levando em consideração que eram vocês dois.
— Pois é — Você encostou a cabeça no sofá e encarou o teto.
Passaram alguns segundos, ou talvez minutos, em silêncio. Izuna parecia estar processando toda a informação e você não o culpava. Era realmente estranho e ele estava lidando até melhor do que Hashirama quando recebeu a notícia.
— Madara sabe?
— Acho que nem desconfia — Você respondeu, ainda sem desviar o olhar do teto — Na viagem ele me perguntou se eu tinha me apaixonado por Tobirama, mas eu disse que não. Até porque naquela época eu realmente não sabia se eu tava apaixonada ou não.
— E agora?
Você finalmente voltou a encarar o seu irmão gêmeo. Izuna não estava mais rindo.
— É, acho que eu tô apaixonada por ele.
— Bom, vocês tem minha benção, se quer saber minha opinião — Um sorriso sincero tomou conta dos lábios dele — Eu tenho minhas críticas sobre ele, mas sei que Tobirama é um bom homem.
— E se ele não corresponder?
— Então, melhor ainda — Izuna pulou mais para o seu lado e passou um braço por trás dos seus ombros — Aí eu vou ter um motivo real pra arrancar a cabeça dele.
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