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𝚎𝚕𝚎𝚟𝚎𝚗

Você acordou com dor nas pernas. Seu corpo nu, deitado de bruços, implorava para que você não movesse um músculo. Lutando com todas as suas forças, você virou apenas a sua cabeça para ver o outro lado da cama.

Tobirama não estava mais lá. A cama que já era grande, parecia mais enorme ainda, com você sozinha naquele colchão espaçoso.

Não sabia explicar o porquê mas o seu coração se apertou um pouco com aquilo. Talvez você quisesse ter acordado com ele ao seu lado.

A noite passada tinha sido simplesmente extraordinária. Com toda a certeza, foi o melhor sexo que você já teve em toda a sua vida. Não esperava que fosse ser acordada com um buquê de flores do Senju nem nada do tipo. Até porque vocês dois não se suportavam.

O que aconteceu na noite anterior era provavelmente só a falta de sexo despertando um desejo incontrolável que fez com que vocês dois dessem uma trégua temporária. É, só podia ser isso. Não tinha nada por trás do que vocês fizeram antes. Mesmo que tivesse sido bom para caralho e que você até quisesse repetir a dose, era melhor se afastar do platinado o quanto antes.

Aquele homem na cama era perigoso demais. Faria você acabar querendo dormir com ele todos os dias para o resto de sua vida.

Devagar e com dor, você esticou o braço e pegou o seu celular em cima da cabeceira ao seu lado. Deslizou os olhos pelas mensagens dos seus homens, mas algo lhe chamou a atenção.

Exatamente de duas horas da manhã todas as mensagens pararam de chegar. Geralmente, você recebia relatórios por mensagens pelo menos a cada meia hora. Madara e Izuna também não tinham falado nada desde a tarde do dia anterior. Conferiu para ver se o seu celular estava funcionando, mas não aparentava estar nada de errado com ele.

Entrou na sua lista de contatos e ligou para seu irmão mais velho. Deixou que chamasse até cair na caixa postal. Isso era estranho. Não importava a situação, não se lembrava da última vez que Madara não tinha atendido uma ligação sua.

Também tentou com Izuna, mas o resultado foi o mesmo. Acabou mandando uma mensagem no grupo de vocês três, perguntando por onde eles andavam. A mensagem tinha chegado para eles, mas nenhuma resposta chegou nos próximos cinco minutos.

Ligou também para Hashirama, mas nada.

Tinha algo de errado. E, ao perceber isso, um gosto ruim começou a tomar conta da sua garganta. Por isso odiava viajar. Odiava a sensação de não saber o que estava acontecendo.

Isso foi o suficiente para fazer você ignorar toda a dor do seu corpo e se levantar de uma vez da cama, se arrependendo no exato momento em que sua visão ficou turva por causa da baixa de pressão. Mas não poderia ligar menos para isso.

Se apressou em ir para de baixo do chuveiro gelado. Precisava acordar para pensar direito, e tirar esse cheiro de sexo do seu corpo. Lavou o cabelo e esfregou o seu corpo o máximo que conseguiu, tudo para tirar qualquer vestígio de que Tobirama Senju explorou cada centímetro da sua pele na noite passada.

Queria pensar sobre isso. Queria reviver os acontecimentos do dia anterior. Mas não tinha tempo para isso.

Colocou o primeiro conjunto de roupas leves que achou no guarda-roupa, tentando afastar ao máximo dos pensamentos que algo poderia ter acontecido com os seus irmãos. Eles eram sua vida. Sem eles, nada fazia sentido.

Quando saiu do banheiro, pegou seu celular em cima da cama e já estava indo em direção à porta que interligava seu quarto com o de Tobirama, quando ouviu uma batida vindo daquela mesma porta. Se apressou em ir até lá e abri-la.

O platinado arregalou os olhos ao ver você lá tão rápido, ofegante e com uma expressão de preocupada. Ele estava maravilhosamente lindo como sempre, mas isso não era importante naquele momento.

— Bom dia — O Senju disse e você apenas franziu as sobrancelhas. Será que ele não tinha percebido que alguma coisa estava errada? Ou era realmente um problema com o seu celular? — Sobre eu ter saído mais cedo...

— Conseguiu falar com Hashi hoje? — Você o interrompeu por dois motivos. Primeiro porque aquilo era realmente urgente. Se alguma coisa tivesse acontecido com Konoha vocês precisariam tomar providências urgentes. Segundo porque você não precisava e nem queria ouvir os motivos que ele tinha para ter deixado você sozinha depois da noite incrível que tiveram ontem. Ele não lhe devia explicações sobre isso. Vocês estavam noivos apenas para impedir uma guerra entre as gangues. Não existia absolutamente nada por trás disso.

— Com meu irmão? — Agora, eram as sobrancelhas dele que estavam franzidas — Não tentei ligar para ele.

— Me empresta o seu celular — Disse, estendendo a mão.

— Para que?

— Me dá logo a porra do seu celular, Senju! — Você gritou e deveria aparentar tão desesperada que ele nem hesitou em tirar o aparelho do bolso, desbloquear e lhe dar.

Entrou no aplicativo de mensagens. Ignorou todas as mensagens não lidas de mulheres convidando-o para sair. Aquilo também não era importante naquele momento (e talvez nunca seria).

Os Senju usavam um sistema muito parecido com os do Uchiha. Não foi difícil verificar quais eram as mensagens dos homens dele falando sobre a rotina e problemas da gangue. Seus olhos se arregalaram quando viram que elas também pararam de chegar de duas horas da manhã.

— Desde que você acordou, recebeu alguma mensagem ou ligação de algum dos seus homens? — Perguntou, devolvendo o celular para o platinado.

Ele não respondeu. Apenas fez uma ligação e colocou o aparelho próximo ao ouvido. Quando ninguém atendeu, ele passou um tempo encarando a tela preta nas mãos dele.

— Madara e Izuna?

— Nada — Respondeu, dando as costas para ele e entrando de novo no seu quarto. Ele lhe seguiu, mas você não se importou quando ele fechou a porta atrás de vocês — Duas horas da manhã.

— O que?

— Foi a hora que eles pararam de dar notícias.

Jogou seu celular na cama e começou a andar de um lado para o outro do enorme cômodo. Tinha que pensar racionalmente, mas seus pensamentos estavam meio embaralhados desde o início dessa viagem. Muita coisa estava acontecendo e tudo de uma vez só. Ainda nem teve tempo para pensar que tinha transado com Tobirama Senju.

Sério. Qual era o seu problema?

Você e ele se odiavam. Ele até tinha uma cicatriz no tronco de um tiro que você deu. Já tinham declarado guerra um contra o outro, além de serem conhecidos por não conseguirem ficar no mesmo espaço por mais de cinco minutos sem sacarem suas armas, apontadas um para o outro.

Nada estava certo. Nem toda aquela história de noivado de mentirinha; nem o sexo incrível de ontem; nem o desaparecimento dos seus irmãos.

Estava tudo saindo do seu controle bem em baixo do seu nariz.

[Nome] Uchiha. Respeitada por todos por sua incrível competência de liderança e conhecida por ser uma pessoa extremamente calculadora e controladora. Não tinha mais nada em suas mãos. Tudo estava imerso em pleno caos.

— E se falarmos com os Brasart? — Tobirama ainda estava lá. Você quase tinha esquecido.

A principal causa da confusão em sua mente olhava para você quase como se estivesse com pena do seu desespero. Pena. Tá aí um sentimento que você odiava. Não queria que as pessoas tivessem pena de você. Nunca.

— Isso abriria uma brecha enorme pra eles — Explicou, tentando controlar a raiva de explodir bem ali — Literalmente o único motivo pra eles não terem entrado na guerra ainda é porque eles tem medo da gente. Se descobrirem que alguma coisa aconteceu, não vão mais ter que se preocupar com isso.

— Nada garante também que eles não vão tentar invadir o Japão.

— Exatamente.

Tobirama estava com raiva. Não do que estava acontecendo, mas de si mesmo. Ele tinha acordado muito mais cedo do que você. Como ele não tinha percebido o que estava acontecendo? Passou a manhã inteira organizando os pensamentos em relação ao que aconteceu entre vocês na noite anterior. Tinha até preparado um discurso sobre como aquilo poderia se repetir mais vezes, sobre como ele queria que se repetisse mais vezes. Pensou em pedir desculpas por ter lhe deixado sozinha depois de passarem a noite inteira transando.

Apenas você ocupava plenamente os pensamentos dele naquela manhã. Ele não tinha percebido nem um perigo daqueles bem na cara. Estava se sentindo um amador, um lixo.

Você bagunçava os pensamentos dele completamente. Tobirama poderia até se esquecer de respirar quando estava ao seu lado. Ele se esquecia de todas as responsabilidades e só conseguia pensar no seu sorriso. Não aquele sorriso, afiado como uma lâmina, que você dava quando queria intimidar alguém. Mas sim aquele sorriso genuíno e sincero, que você dava quando estava feliz de verdade. O mesmo sorriso que você tinha demonstrado poucas vezes para ele, mas que ele desejava que você desse muito mais.

— O que fazemos? — Ele perguntou, em parte porque realmente não tinha ideia do que fazer, mas, por outra, porque sabia que, se existia alguém capaz de encontrar uma solução para um problema, por pior que seja, esse alguém era você.

Mas, assim como ele, seus pensamentos estavam perdidos. Precisava se concentrar.

— Não tenho ideia — Foi sincera e ele arqueou as sobrancelhas em completa surpresa.

Você era do tipo de pessoa que nunca admitia quando não sabia o que fazer. Nunca demonstrava suas fraquezas para ninguém. Era essa a Uchiha que milhares de pessoas admiravam tanto. Mas agora você parecia apenas uma garotinha assustada. Queria poder só deitar na cama e chorar, mas, ao invés disso, respirou fundo e se concentrou.

— Nosso casamento acabou de ser anunciado — Você disse, ainda andando de um lado para o outro — Imagino que muita gente tenha ficado insatisfeita com isso. Pode ter sido um ataque. Com a gente aqui e com Madara e Hashirama ocupados com toda a farsa do noivado, seria uma ótima oportunidade.

— Se foi isso, podemos confiar que está tudo bem. Os dois já passaram por muitas guerras e sabem melhor do que ninguém como lidar com tudo.

— Sim — Mas você ainda estava apreensiva. Algo lhe dizia que as coisas não estavam tão bem assim — Vou usar o canal de emergência pra tentar entrar em contato com algum dos meus homens. Mesmo que tenha sido um ataque, alguém deve responder — Agora, seus olhos finalmente se voltaram para os dele e foi um desafio imenso não tremer ao lembrar da forma como essas mesmas orbes olhavam para você na noite anterior, enquanto ele gozava e lhe proporcionava os melhores orgasmos da sua vida — Você deveria fazer a mesma coisa.

Você pegou o seu celular na cama novamente e começou a fazer o protocolo de mensagem de emergência. Assim, algum dos seus homens responderia, por mais terrível que a situação pudesse estar por lá. Mas, no meio do processo, sentiu uma mão agarrar o seu pulso, não o suficiente para machucar, mas firme.

O Senju lhe encarava, tentando ler os seus pensamentos através dos seus olhos. Ele parecia calmo, mas estava ainda mais agitado do que você. Muita coisa estava acontecendo. O irmão dele poderia estar em perigo, mas, antes de resolver isso, ele queria resolver outra coisa.

— Sobre ontem, aquilo foi um erro.

Não era isso o que ele pensava de verdade. Claro que não. Mas o que acabou de acontecer só mostrou para ele uma coisa: Tobirama não podia mais ficar perto de você. Era você que fazia com que ele perdesse a cabeça e se esquecesse do resto do mundo. Ele tinha responsabilidades enormes por ser o sucessor dos Senju. Não podia se dar o luxo de perder a cabeça por causa de uma mulher, principalmente por uma mulher que ele considerava como inimiga.

— Não vamos mais fazer aquilo — Concluiu, ainda lhe encarando nos olhos, mas se arrependeu no mesmo momento em que aquelas palavras saíram da boca dele. Se aquilo fizesse com que ele perdesse você de vez, Tobirama nunca se perdoaria — Na verdade, eu...

Você franziu as sobrancelhas e puxou seu braço de volta, com uma brutalidade que ele não tinha usado antes, interrompendo, pela segunda vez no dia, as palavras dele.

— Nossas famílias podem estar mortas agora e a primeira coisa que você tem pra falar é que não quer me comer de novo? — Você falava com raiva, mas em um tom baixo. Não podia se dar o luxo de os homens dos Brasart, que ficavam no corredor "protegendo" vocês, ouvissem a conversa — Vai se foder, seu puto. Você fala como se ontem tivesse significado alguma coisa, mas não significou porra nenhuma.

Não era verdade, mas você estava tão puta com toda a situação que aquelas palavras saíram como se fossem as mais sinceras possíveis.

— Não ache que eu sou uma das suas putinhas, Senju — Continuou, com um olhar tão mortal que fez os pés dele quererem dar um passo para trás — Se confundir as coisas de novo, eu deixo outra cicatriz no seu corpo. Dessa vez, quem sabe, no meio da sua testa.

Deu as costas para ele e começou a andar em direção aos sofás que tinham no lado esquerdo do seu quarto. Precisava se concentrar no que era importante agora. A transa com o platinado tinha sido surreal, mas seus irmãos poderiam estar em perigo e nenhuma foda no mundo seria mais importante para você do que aqueles dois. Resolveria seus pensamentos em relação a Tobirama depois que se certificasse de que estavam todos seguros. Se bem que, depois de tudo o que você acabou de falar para ele, duvidava muito que o Senju iria se dispor a escutar suas palavras.

— [Nome], eu...

Ele nunca lhe chamava pelo primeiro nome. Era insuportável ouvir aquilo naquele momento. A forma carinhosa como ele pronunciava o seu nome era torturante. Queria correr para os braços dele. Queria chorar no ombro dele. Mas não podia. Agora, mais do que nunca, tinha que se manter firme e ser forte. Madara e Izuna eram sua prioridade máxima no momento. Precisava garantir que eles estariam bem.

— Suma — Disse, se virando para trás apenas para encara-lo nos olhos uma última vez — Saia desse quarto agora, antes que eu te obrigue a isso.

Tobirama passou alguns segundos sem se mover, mas, sem falar mais nada, se virou e saiu.

Você teve que engolir o choro antes de voltar para o seu celular. A mensagem de emergência já estava pronta e enviada. Demoraria apenas alguns minutos para que alguém respondesse e você poderia saber, de uma vez por todas, o que realmente tinha acontecido.

A pior parte de tudo era ter que esperar. Queria poder fazer isso com o Senju no quarto ao lado, mas a conversa de vocês tinha ido por um caminho sombrio. Se ao menos ele não tivesse tocado no assunto da noite anterior...

Só naquele momento você parou para perceber que tinha levado um pé na bunda dele. Acabou rindo da sua própria situação. Nem tinha cogitado a hipótese de sentir algo por ele e já tinha sido rejeitada.

— Patético — Sussurrou, pouco antes de enfiar o rosto em um travesseiro.

Aquela mesma sanção de manhã voltou a assolar o seu corpo, quando acordou sozinha na cama. O seu coração tinha se apertado de novo, só que dessa vez com mais força.

Você já tinha sido rejeitada antes, por homens que você nem se importava, mas que tinham feito questão de deixar claro que você não teria chance com eles. Filhos de líderes de outras gangues, homens com patentes altas de famílias importantes. Você nunca ligou para as palavras de nenhum deles.

Aquilo foi um erro.

Mas, agora, essas palavras cravaram na sua mente como uma lâmina afiada. Talvez você só estivesse recolhendo o que plantou. Tinha se deixado ficar vulnerável na frente dele. Se apegou a ideia de que talvez vocês dois acabassem pudendo dar certo. Era até uma piada de mal gosto. Deveriam apenas voltar a como eram antes, se é que isso era possível.

Talvez você nunca seria capaz de apagar a imagem dele da noite anterior. A forma como ele lhe segurava; como beijava cada centímetro da sua pele; como até parecia conhecer o seu corpo melhor do que você mesma; como conseguia fazer você ir às nuvens apenas com os dedos. Isso você nunca conseguiria esquecer.

Foi uma batida na sua porta que fez com que você acordasse de seus pensamentos.

— Senhorita Uchiha e Senhor Senju, temos um comunicado importante do Senhor Brasart.

Se levantou rápido. Precisava que Tobirama viesse ao seu quarto com urgência. Os homens dos Brasart viram vocês dois entrando juntos no seu quarto na noite passada. Seria um problema se eles vissem que não estavam mais no mesmo cômodo. Para a sua sorte, o platinado abriu a porta que ligava os seus quartos, depois de ter ouvido o chamado do homem lá fora.

Vocês se encararam e não falaram absolutamente nada. Não precisavam falar. Podiam deixar suas diferenças para depois, mas, naquele momento, tinham algo muito mais importante para resolver.

A porta foi aberta por você. O homem não pareceu nem um pouco surpreso ao ver vocês dois no mesmo cômodo e falou sem demora:

— Os senhoras estão sendo convocados para uma reunião de emergência — Você tentava ao máximo não mudar a expressão aflita que insistia em surgir no seu rosto — Houve um ataque a Konoha durante a madrugada.

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