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Sua cabeça doía e a única coisa que você queria fazer era voltar a dormir, mas uma batida suave na porta fez com que você voltasse um suspiro pesado e se levantasse da cama. Estava fazendo tudo de uma forma muito devagar, mas quando você ouviu uma segunda batida, se apressou em pegar seu roupão de dentro do guarda-roupa e foi abrir a porta.

— Boa tarde — De fato, ainda era de tarde. Depois da reunião, quando Tobirama saiu do seu quarto, você só teve tempo de tirar o vestido e a maquiagem, antes de se jogar na cama e adormecer que nem uma pedra. Um dos homens dos Brasart olhava para você, esperando uma resposta, mas você estava com muito sono para ser simpática — Me pediram para entrar isso à você — Ele estendeu um envelope branco na sua direção, o qual você pegou sem muita cerimônia.

— Obrigada — Seus olhos se voltaram para o papel em suas mãos — Mais alguma coisa?

— Não, era apenas isso — Mas ele não tinha ido embora. Você subiu os olhos novamente, encontrando com os dele. O homem tinha um sorriso ansioso no rosto, como se estivesse esperando você continuar a conversa. Mas, como você já sabia, estava cansada demais para ser simpática e, depois do que aconteceu com Jacob, nem queria imaginar um outro homem da gangue Brasart interessado em você.

— Nesse caso, boa tarde.

Seu sorriso era levemente sarcástico e você não esperou uma resposta antes de entrar de novo no quarto e fechar a porta, soltando um outro suspiro cansado enquanto andava de volta até sua cama.

Você decidiu abrir o envelope e ver o que tinha dentro, antes de decidir se voltaria a dormir ou não. Assim que pegou a carta que tinha dentro, suas sobrancelhas se arquearam ao ver quem mandou aquela carta. Jacob realmente parecia não ter nada melhor para fazer, mesmo sendo o futuro líder de uma grande gangue.

Srta. Uchiha,

Peço perdão pela forma que agi mais cedo na reunião. Me arrependo das minhas palavras desrespeitosas e gostaria de me redimir.

Estou aqui para convidar a senhorita e o Sr. Senju para um jantar mais tarde, às 20hrs. Caso aceitem o convite, por favor avisem para qualquer um dos nossos homens e na hora marcada vocês serão guiados por eles.

Espero que possamos deixar os acontecimentos de hoje de lado e, quem sabe, formamos uma aliança que futuramente será lucrativa para as duas gangues.

Atenciosamente,
Jacob Brasart.

Formal demais. Você sabia que não tinha sido ele quem escreveu aquilo. Hoje realmente estava sendo um dia com muitos suspiros pesados. Não sabia dizer seria melhor vocês aceitarem o convite ou recusar. Ainda teria que falar sobre isso com Tobirama, mas não queira acordar ele. Imaginava que ele provavelmente estivesse dormindo, até que uma batida na sua porta, vindo da porta que interligava os quartos de vocês, atingiu seus tímpanos.

— Pode entrar — Você gritou, enquanto andava até um sofá que tinha no cômodo e se jogava lá, ainda cansada. Quando seus olhos se voltaram para o platinado, ele também tinha um envelope branco nas mãos — Então você também recebeu uma dessas? — Perguntou, agitando o envelope que tinha nas próprias mãos no ar.

— Vamos aceitar ou recusar? — Direto como sempre, ele andou na sua direção, até que se sentou em uma poltrona na sua frente.

Mesmo com o rosto um pouco amassado por causa do sono, o Senju continuava perfeito como sempre. A camisa que ele usava era fina demais para esconder os músculos definidos que você já sabia que estavam ali. Queria poder ver eles de novo, mas precisava se concentrar nessa conversa, antes que não conseguisse mais se controlar e tirasse aquela camisa você mesma.

— Eu que ia te fazer essa pergunta — Respondeu, se encostando mais na cadeira e soltando o que seria o vigésimo suspiro do dia — Sinceramente, eu preferia muito mais passar o resto da tarde dormindo, mas Jacob vai ser o próximo líder dos Brasart. Seria bom a gente manter uma boa relação com ele e hoje de manhã isso já não deu muito certo.

— Eu não queria ter que olhar para a cara dele nem tão cedo — Tobirama não olhava na sua direção. Ele parecia pensativo, mas não compartilhou o que se passava na mente dele com você — Mas você tem razão. Deveríamos ir.

— Vou avisar pro homem lá fora que aceitamos o convite — Você se levantou e começou a andar em direção à porta.

O platinado ficou entretido com os próximos pensamentos enquanto isso. Ele não podia perder o controle de novo, como fez na reunião. Claro que Jacob vai aproveitar a chance para tentar dar em cima de você de novo. Todos sabiam que um casamento entre ele e você seria muito lucrativo para os Brasart. Ele só não conseguia de controlar quando pensava nessa ideia.

Não tinha nada haver com Jacob não ser um pretendente bom para você. Nenhum outro homem seria um bom pretendente para você, a não ser que fosse o próprio Tobirama.

Quando percebeu o rumo que seus pensamentos estavam tomando, o platinado se amaldiçoou. Ele não poderia ter sentimentos por você. Vocês se odiavam desde sempre. Ele odiava a sua família. Era assim que as coisas funcionavam para vocês dois. Atualmente vocês estavam apenas dando uma trégua pelo bem da missão, mas isso não significava que vocês estavam próximos ou algo do gênero. Era apenas uma relação de interesses.

— Então, como você quer fazer? — Sua voz assustou ele, que virou na sua direção rápido demais — Temos umas três horas ainda, mas acho que é melhor a gente começar a se arrumar.

— Sim — Ele disse, depois de limpar a garganta e se levantar da poltrona — Eu venho para cá de 19:50 e saímos juntos.

— Certo.

Assim que o platinado saiu o quarto, você se controlou muito para não deitar na cama novamente, por mais que ela chamasse muito pelo seu nome. Resolveu se enfiar logo de baixo de um chuveiro gelado, na esperança de que todo o sono e cansaço fossem embora. Spoiler: não foram, mas até que ajudou um pouco.

Já tinha lavado seus cabelos de manhã naquele dia, antes da reunião, então o banho foi apenas do pescoço para baixo.

Quando saiu do box, resolveu primeiro fazer a maquiagem e arrumar os cabelos, para apenas depois escolher sua roupa. Fez a maquiagem neutra de sempre, sem que empenhar muito nela e resolveu deixar o cabelo preso em um coque.

Saiu do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e foi até o armário. Já tinha tirado todas as roupas da mala no início da reunião, quando estava procurando o vestido que usou mais cedo. Achou um vestido preto curto, com somente uma manga longa. Ele era feito com um tecido leve e um tanto brilhoso. Geralmente você preferia usar vestidos longos em ocasiões em que ia agir como a representante de Konoha, mas imaginou que esse seria um jantar informal, então optou por aquele vestido mesmo.

Depois de se vestir, você colocou apenas brincos médios e o anel da sua família. Pegou o único salto preto que tinha trazido para a viagem e o calçou. Estava pronta e se olhando no espelho. Ainda faltava uma hora para vocês sairem, então você bateu na porta que interligava seu quarto com o de Tobirama.

Demorou mais do que você esperava e, quando ele abriu, seus olhos não estavam encarando as orbes vermelhas, mas sim o tronco nu dele, bem na sua frente.

— Me desculpa, acabei demorado para entrar no chuveiro — Ele disse, não se movendo de onde estava, quase como se estivesse gostando de ver você comer ele com os olhos — Pode entrar.

— Se você quiser, eu posso esperar no meu quarto — Você disse, finalmente saindo do transe o olhando para o rosto dele.

— Não precisa — A expressão neutra de costume estava lá e ele não esperou sua resposta antes de dar as costas e adentrar o cômodo. As costas dele sempre foram tão largas e definidas assim?

Você se rendeu e também entrou no quarto dele, praticamente se jogando na primeira poltrona que conseguiu encontrar. Ainda estava cansada e só a ideia de ter que aguentar Jacob durante a noite inteira já lhe dava mais cansaço ainda. Além disso, começou a temer a possibilidade de Tobirama perder o controle de novo. Você não sabia exatamente o motivo pelo qual ele tinha agido assim na reunião, mas começou a se perguntar se ele realmente estava com ciúmes. Era uma ideia boba e ilusória, mas você não conseguiu evitar de desejar que fosse aquilo mesmo.

Seus olhos involuntariamente começaram a procurar por ele. O Senju estava perto do guarda-roupa, colocando a camisa social.

O movimento dos músculos dele enquanto o platinado se vestia era simplesmente viciante. Você não conseguia afastar o olhar. Assistiu enquanto ele se vestiu, peça por peça. Você tinha consciência de que ele sabia que você estava o assistindo, mas ficou feliz que ele não se virou na sua direção e nem falou nada a respeito.

Somente quando acabou de se vestir, Tobirama começou a caminhar na direção em que você estava sentada, mas se virou devagar o suficiente para lhe dar tempo de parar de encarar ele. O quarto estava muito quente. Você estava começando a suar.

Seus olhos se voltaram na direção dele mais uma vez, mas suas sobrancelhas se franziram levemente.

— Sua gola — Você disse, vendo que uma parte da gola do blazer estava desajeitada.

— O que?

Você suspirou e se levantou, chegando perto dele e ajeitando a peça de roupa. Seus dedos raspando na nuca dele fizeram todos os pelos do corpo de Tobirama se arrepiarem. Vocês estavam tão próximos que o platinado conseguia sentir suas respirações se misturando. Você não olhava na direção dele, mas sim para a gola que você ainda estava tentando manter no lugar.

As mãos dele subiram um pouco. Ele queria agarrar a sua cintura. Na verdade, queria agarrar você por inteira e lhe jogar naquela cama. Fazer todas as fantasias sexuais que ele já teve com você virarem realidade.

Somente depois que conseguir deixar a peça de roupa no lugar, seus olhos se encontraram com os dele. Não tinha percebido até agora o quão perto vocês estavam um do outro. Se você desse um passo para frente, conseguiria juntar seus corpos. E, porra, como você queria isso.

Instintivamente, seus olhos desceram para os lábios dele. Você já imaginou um milhão de vezes como deveria ser o gosto deles. Queria provar.

Tobirama também desceu o olhar, e você sabia muito bem disso. As vezes ele se pegava perguntando se você beijava tão bem quanto aparentava. Seus lábios sempre chamaram a atenção de qualquer um que cruzasse o seu caminho e com ele não tinha sido diferente. O platinado queria atacar eles; queria atacar você.

Você conseguia sentir seu próprio coração batendo, forte. Seu corpo estava pegando fogo e você precisava urgentemente aliviar todo o tesão que estava sentindo naquele momento.

Era impossível continuar assim, e o platinado sabia muito bem disso. Ele cederia, porque não aguentava mais. Ele precisava sentir o seu corpo urgentemente. Por isso, ele colocou uma das mãos na sua cintura e lhe puxou bruscamente na direção dele. Você nem pensou antes de juntar os seus lábios em um beijo feroz e estupidamente necessitado.

Nenhum de vocês precisou pedir passagem com a língua, já estavam necessitando isso a muito tempo. Você colou ainda mais os seus corpos, ao mesmo tempo em que Tobirama apertava mais ainda a sua cintura. A outra mão dele alcançou o zíper do seu vestido, já pronto para arrancar aquela peça de roupa fora, até que uma batida na porta fez com que vocês se afastassem bruscamente.

O que porra estavam fazendo?

Até poucos dias atrás vocês se odiavam; não conseguiam nem passar uma hora inteira juntos sem que começasse uma briga. Falavam abertamente que se odiavam. E, agora, estavam tão necessitados um pelo outro que nem conseguiam manter as mãos longes.

— A gente devia... — Você começou a falar, sem jeito, apontando na direção da porta.

— Sim, claro — Por incrível que pareça, Tobirama também estava sem jeito.

Ele foi até a porta ver quem estava batendo, enquanto você foi no espelho ajeitar o gloss completamente borrado.

Puta que pariu — Escapou de seus lábios. Você só não sabia dizer se estava mais irritada pelo fato de ter cedido a ele ou pelo fato de vocês terem sido interrompidos.

Suspirou fundo mais uma vez no dia enquanto andava em direção à porta do quarto. O Senju ainda estava falando com um homem dos Brasart, até que viu você chegando e se virou na sua direção.

— Eles estão preparados para nos levar até o jantar, se já estivermos prontos — O platinado explicou, esperando pela sua resposta.

— Podemos ir — Você respondeu, não sabendo exatamente se deveriam ir ou tentar voltar ao que estavam fazendo antes, mas estava sem jeito demais para isso — Vou pegar minha bolsa.

Se apressou em desviar das orbes vermelhas, que pareciam ainda mais intensas do que antes. Pegou sua bolsa em cima do sofá e voltou até eles. Precisavam quebrar esse clima estranho que ficou pairando no ar. Ele não parecia estar muito abalado, mas você sabia que a cabeça dele estava tão conturbada quanto a sua.

O homem começou a andar, sem falar nada, e vocês seguiram ele, também sem falarem nada. O clima estava muito desconfortável, mas vocês agiam como se nada tivesse acontecido. Continuavam andando lado a lado, com os queixos erguidos e olhares de superioridade.

Durante o trajeto até a garagem, foram cumprimentados algumas vezes, respondendo todos com apenas um aceno com a cabeça. Os Brasart ainda deviam uma resposta para vocês e, até lá, não estavam muito dispostos a criarem amizades.

Quando chegaram perto do mesmo carro em que vieram para o hotel, o mesmo homem de antes abriu a porta de trás para vocês. Tobirama estendeu a mão para você e, depois de aceitar, você entrou no veículo, sendo seguida por ele.

O caminho não era nem um pouco longo. Demoraram menos de vinte minutos para chegar, mas também não falaram nada durante o percurso. Porém, assim que o carro parou, suas sobrancelhas se arquearam ao olhar par fora. Aquilo não era um restaurante, era uma boate, enorme por sinal. A fila de espera para entrar estava pateticamente grande.

O Senju desceu primeiro do carro, assim que um dos homens abriu a porta para ele, e estendeu novamente a mão para você.

— Puta merda — Você sussurrou, junto a um suspiro — Talvez a gente deveria ter recusado o convite.

— Provavelmente — Ele respondeu, agora encarando a fila monstruosa.

Mas, antes que você pudesse dar a ideia de vocês apenas entrarem no carro de novo e voltarem para o hotel, uma voz familiar atingiu seus ouvidos, mas não lhe causou nenhum tipo de alegria.

— Srta. Uchiha e Sr. Senju — Jacob disse, se aproximando de vocês, com um sorriso divertido no rosto. Ele tinha uma taça de champanhe em uma mão e era acompanhado por duas mulheres, uma entrelaçada em cada braço dele — É uma honra receber vocês em minha boate.

— Não precisa ser tão formal conosco — Foi Tobirama quem respondeu, com a neutralidade de sempre — E o prazer é nosso.

— Espero que vocês se divirtam hoje — Quando falou, ele olhou especificamente para você, descendo o olhar por todo o seu corpo — Vamos entrar?

Tobirama cerrou o punho, mas relaxou quando o corte do soco na mesa começou a pulsar. Seria um desafio e tanto aguentar Jacob durante a noite inteira.

Vocês seguiram o Brasart, que não se importou com a fila e simplesmente passou pelos seguranças, que não barraram a entrada de vocês. O interior da casa era tão impressionante quanto o lado de fora.

Você já estava pensando em ir na direção do bar mais próximo. Precisava ficar bêbada urgentemente. Mas Jacob continuou andando até subir uma escadaria que daria para a área vip da festa.

— Eu vou ali com essas duas rapidinho — Ele disse, olhando para as duas mulheres nos braços dele com um sorriso enorme no rosto — Mas eu volto depois.

Você e Tobirama apenas assentiram com a cabeça e procuraram um lugar vazio para se sentarem. Acharam um conjunto de sofás e poltronas, com um centro no meio, e ficaram por lá. Assim que se sentaram, um garçom veio perguntar o que vocês queriam beber.

— Whiskey com gelo, por favor — Tobirama respondeu, antes de olhar para você e esperar pela sua resposta.

— Vodka.

— Uma caipirosca, senhora? — O garçom perguntou, com as sobrancelhas levemente franzidas.

— Não, pura — Respondeu, com um sorriso forçado no rosto — Pode trazer três shots.

O homem assentiu e foi embora. Você relaxou um pouco mais no sofá. A música nessa área não era estupidamente alta, então dava para conversar sem precisar gritar. Várias pessoas passavam de um lado para o outro e você nem conseguiu contar quantas mulheres vestindo apenas uma lingerie fina passaram.

— Você não devia exagerar na bebida — Seus olhos se voltaram para Tobirama. Não esperava que ele fosse começar a puxar assunto depois do que aconteceu no quarto dele — Vai acabar que nem na festa dos Senju.

— Quer dizer aquele dia em que você "me ajudou a ir no banheiro"? — Fez sinal de aspas com as mãos — Você realmente nunca vai me contar o que aconteceu de verdade naquele dia?

Ele desviou o olhar por um segundo, encarando o centro que estava na frente de vocês, mas depois voltou a atenção para você novamente.

— Você me disse que se eu te pedisse em casamento, você aceitaria.

Sua boca abriu involuntariamente. Tentou pensar em alguma coisa para falar, o mínimo que fosse, mas não conseguiu. Seus olhos já estavam arregalados e você não conseguia desviar do Senju. Por que caralhos você foi falar aquilo?

— Eu realmente disse isso?

— Falou — Ele parecia estar se divertindo com isso — "Por que você não me pede em casamento? Se você pedisse, eu aceitaria". Foi alguma coisa assim que você disse.

Nessa hora, outro garçom chegou e colocou os seus pedidos em cima do centro. Sem nem precisar pensar, você pegou um dos copos de shot e virou todo o líquido de uma vez, sentindo sua garganta queimar.

— Puta que pariu — Você disse, voltando a olhar para ele — "Me desculpa" é realmente a única coisa que eu consigo pensar pra dizer agora.

— Ao invés de me pedir desculpa, você pode me responder uma pergunta — Ele esperou você assentir com a cabeça, antes de continuar — Se eu te pedisse em casamento, você realmente aceitaria?

"Muito provavelmente sim" foi o que você pensou, mas não ousaria falar isso em voz alta. Para sua sorte, antes que você tivesse que pensar em algo para responder, uma mulher se aproximou da mesa de vocês. Ela era realmente linda. A pele bronzeada combinava perfeitamente com o cabelo meio dourado. Sobrancelhas finas e uma maquiagem bem leve, apenas para realçar a beleza que ela obviamente já tinha.

A morena vestia apenas uma mini saia preta e um sutiã rendado da mesma cor. Era obviamente uma garota de programa, mas não é como se você não estivesse acostumada com isso. Já foi em festas de líderes de gangue o suficiente para não ficar mais surpresa.

Ela se sentou ao lado de Tobirama, que, mesmo com a presença dela, ainda tinha os olhos fixos em você, provavelmente esperando por uma resposta. A morena passou a mão levemente pelo braço dele e isso lhe incomodou muito, mas você tentou não demonstrar.

— Parabéns — Ela disse, só então fazendo o Senju se virar na direção dela.

— Pelo que? — Perguntou, ríspido e obviamente irritado.

— Você é, disparado, o homem mais lindo dessa festa.

As sobrancelhas dele se franziram, mas ela ainda tinha um sorriso sensual nos lábios. Mas, mesmo que os lábios dela fossem muito bonitos, ele ainda não conseguia tirar os seus da cabeça, principalmente depois do beijo no quarto dele.

— Eu agradeço, mas pode ir tentar a sorte com outro homem.

Finalmente, os olhos da morena foram parar em você, como se ela não tivesse notado sua presença até aquele momento.

— É sua namorada?

— Sim, agora suma — Ele respondeu, sem pensar direito.

Suas sobrancelhas se arquearam levemente, mas você não demonstrou muita surpresa. Não queria estragar a historinha dele. A mulher tirou o sorriso do rosto e se levantou, lançando um olhar afiado na sua direção enquanto fazia isso. Assim que percebeu, você sorriu. Aquele seu famoso sorriso que era mais perigoso do que uma arma carregada. Ela arregalou levemente os olhos e se apressou em sair de lá o mais rápido que conseguisse. Você tomou outro shot de vodka.

Tobirama não sabia se fazia a pergunta novamente. Não queria parecer insistente ou desesperado demais. Por isso, resolveu deixar para lá. Ele podia conseguir essa resposta em outra oportunidade.

Vocês dois ainda conversaram um tempo. O clima não estava mais tão estranho e uma sensação de conforto preenchia o corpo de vocês dois. Você até conseguiu arrancar alguns mini sorrisos dele, o que já era uma vitória e tanto.

Do mesmo jeito que o Senju não insistiu na pergunta de se você aceitaria um pedido de casamento dele, você também não pensou em falar sobre ele ter dito que vocês eram namorados. Concordaram mutuamente em não tocar em nenhum desses assuntos, mesmo que nunca tivessem chegado nesse acordo.

O tempo foi se passando e vários copos vazios foram se juntando na mesa. Você já estava começando a ficar levemente bêbada, mas sempre adorou essa sensação. 

— Eu vou ali dar uma olhada na parte de baixo da festa — Você disse, apontando para um muro de vidro, que dava uma visão bem ampla do andar de baixo, onde os shows estavam acontecendo — Quer vir?

— Não, pode ir — Ele respondeu, pegando o celular em cima da mesa — Eu preciso resolver uma coisa com Madara, mas depois eu te encontro.

— Okay.

Você pegou o copo da caipirosca que estava tomando e se levantou. Foi caminhando até a direção em que tinha apontado e observou as pessoas já embaixo. Você sentia falta disso. De poder sair e dançar a noite inteira. Fazia tempo que o trabalho em Konoha estava falando mais alto do que tudo e tirando o tempo que você tinha para se divertir.

Estava tão entretida observando as pessoas que só percebeu que tinha alguém do seu lado quando essa pessoa falou.

— Quer ir lá dançar? — A voz de Jacob quase lhe deu um susto.

— Hm.. não, mas obrigada.

Você respondeu e voltou a olhar pela janela de vidro. Estava bêbada e com sono. Provavelmente acabaria falando alguma merda para ele se continuassem essa conversa.

— Sabe, [Nome], eu realmente fiquei muito interessado em você — Nenhuma respeita sua, então ele continuou — Amanhã, quer sair? Só nós dois, sem aquele cara assustador.

— Tobirama.

— O que?

— O nome dele é Tobirama — Seus olhos se voltaram para ele mais uma vez e, antes de continuar, você suspirou fundo — Olha, Jacob, eu sei que seria muito bom pra vocês se a gente se casasse, mas isso não vai acontecer.

— Por que não? — Ele tinha aquele sorriso no rosto que lhe dava vontade de socar a cara dele.

— Você não faz o meu tipo — Deu de ombros — Simples assim.

— Mas você não deveria aceitar um casamento arranjado de qualquer forma?

— Meu casamento não vai ser arranjado — Respondeu, com um sorriso debochado — As pessoas raramente conseguem me dizer o que fazer e casar com alguém que eu não gosto nunca foi uma opção.

Silêncio por um momento. Tempo suficiente para você voltar a encarar a pista de dança lá em baixo. Preferiria estar lá do que tendo essa conversa.

— E se essa for a condição para os Brasart não entraram em guerra com os Yadav?

Seus olhos se arregalaram e voltaram a encontrar os dele. Jacob realmente estava dizendo que existia a chance de os Brasart entrarem em guerra se você se recusar a casar com ele? Agora sim você estava morrendo de vontade de dar um soco nele.

— Eu fui paciente demais — Ele continuou a falar — E meu pai concordou comigo quando eu disse esses termos. Ou você casa comigo, ou uma guerra vai começar.

— Eu não posso me casar — Foi a única coisa que você conseguiu pensar para responder, mas isso só fez com que o sorriso dele se alargasse ainda mais.

— Ah, é? E por que não?

— Porque ela já é a minha noiva — A voz de Tobirama assustou não só Jacob, como você também.

Aquele olhar irritado no rosto dele estava lá novamente. Pelo menos, ele tinha lhe salvado de uma situação claramente perigosa. Uma das mãos do platinado agarrou a sua cintura, trazendo você para mais perto dele, enquanto ambos encaravam o Brasart mais novo. Você não estava com um olhar de surpresa no rosto e tinha um sorrisinho satisfeito nos seus lábios.

— Isso é mentira — Jacob disse, confuso e irritado — Ninguém nunca soube nada sobre um noivado entre vocês e existem rumores de que vocês se odeiam.

— E quem você acha que criou esses rumores? — Você disse, mas era um blefe enorme — Precisávamos que ninguém suspeitasse que estávamos noivos, porque isso impactaria dizer que os dois seriam os próximos Hokages de Konoha — Que porra você estava falando agora?

— Eu até tolerei o incidente durante a reunião — O Senju começou a falar, mais ameaçador do que você jamais tinha visto — Mas não vou tolerar mais você indo atrás da minha noiva.

— Provem — Jacob falou, ainda assustado, mas você e Tobirama apenas ficaram com as sobrancelhas franzidas, sem entender — Provem que vocês estão juntos.

Ele não precisou falar mais nada. Você colocou uma das mãos na lateral do rosto do platinado e o puxou para um beijo. Era uma ótima desculpa para fazer algo que você já estava louca para fazer. O Senju não demorou mais do que meio segundo para reagir e colocar as mãos ao redor da sua cintura. Você se beijavam com menos ferocidade do que no quarto, mas era um beijo tão apaixonado quanto.

Quando se separaram, suas respirações estavam ofegantes. Ainda estavam muito próximos um do outro e vocês se encaravam nos olhos.

Não tinham como não terem convencido Jacob de que realmente estavam noivos. Vocês dois pareciam um casal extremamente apaixonado. E, o pior de tudo, é que nenhum dos dois teve que fingir para isso.

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