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𝟎𝟒. 𝖡𝗋𝗈𝖺𝖽𝖼𝖺𝗌𝗍 𝖡𝗂𝗋𝖽𝗌

𝟎𝟒. ⠀⠀⠀␥⠀⠀𝓕𝗂𝗅𝗂𝗉𝖺 𝓕𝖾𝗋𝗋𝖾𝗂𝗋𝖺
❆⠀𓈒 ׁ ˖⠀𝖡𝗋𝗈𝖺𝖽𝖼𝖺𝗌𝗍 𝖡𝗂𝗋𝖽𝗌... ⠀֪ ʾ

                                  EU NUNCA HAVIA CAMINHADO TANTO em um paddock. Na verdade, nunca imaginei que meu corpo seria capaz de suportar essa maratona, mas aqui estava eu: obcecada, insana e totalmente focada em uma única missão — encontrar Fernando Alonso. Não me pergunte o motivo, só aceite o fato de que quando Alonso está no paddock, você precisa vê-lo.

Minha busca começou a me enlouquecer. No caminho, vi Felipe conversando com uma garota que parecia ter confundido o paddock com um desfile de moda dos anos 2000 — porque ninguém usa uma pochete prateada com salto alto ali, pelo amor. Ao lado dela, como sempre, estava o Gabriel Bortoleto, que parecia mais interessado no Paddock do que na conversa. Eu ignorei os dois. Porque, novamente, foco: Alonso.

Andei. Corri. Quase me matei tropeçando em um cabo solto. Ah, e trombei de leve com o herdeirinho Stroll, que sequer pediu desculpas. Ele só continuou andando com aquele olhar de "eu sou rico, então dane-se." Legal, né? Depois dizem que ele é injustiçado.

Finalmente, o avistei. Fernando Alonso. Ele estava no motorhome da Mercedes — sim, da Mercedes, porque Alonso adora surpresas. Do lado dele, ninguém menos que Kimi Antonelli, o prodígio da F1. Era como assistir a um momento histórico em formação.

Eu estava prestes a me aproximar, e então aconteceu. Senti um braço me puxando para trás com força suficiente para me fazer dar um passo torto nos meus próprios pés.

─── Mas que... ─── comecei, já me preparando para lançar um discurso de ódio, quando vi quem era.

Felipe. Claro que era ele. Porque, aparentemente, o universo tinha decidido que minha vida precisava de um vilão particular.

─── Tá correndo uma maratona, ou só quer chamar atenção? ─── ele perguntou, com aquele tom irritantemente casual, enquanto um sorriso sarcástico se espalhava pelo rosto.

─── Me solta, Felipe! ─── rebati, tentando me soltar, mas ele sequer se moveu. Claro, ele é um piloto de Fórmula 1, e eu... bem, sou só alguém com força de uma folha de papel.

─── Você tá realmente achando que vai conseguir falar com o Alonso assim, na base do "vou invadir o motorhome"? ─── Ele arqueou uma sobrancelha, agora cruzando os braços como se fosse o guardião do portão.

─── Eu só quero... falar com ele, ok? Não é da sua conta.

─── Ah, é da minha conta sim, porque você tá andando por aqui como uma lunática, derrubando metade do paddock e assustando até os mecânicos. ─── Ele apontou na direção de onde eu tinha vindo. ─── Aliás, você quase matou o Lance.

─── Ele que se jogou no meu caminho. E, sinceramente, não vejo o problema nisso. ─── Cruzei os braços, irritada. ─── Agora, dá licença.

Felipe deu um passo à frente, me bloqueando completamente.

─── Não até você me explicar por que tá tão desesperada pra falar com o Alonso. Ele tá te devendo dinheiro ou alguma coisa assim?

Suspirei, exasperada, e encarei Felipe como se fosse a criatura mais irritante da face da Terra.

─── Primeiro, não é da sua conta. Segundo, vai me soltar ou quer que eu grite?

─── Pode gritar. Talvez o Alonso escute. ─── Ele sorriu, com aquele brilho nos olhos que fazia meu sangue ferver.

Eu o encarei, querendo jogá-lo contra a parede — ou talvez me jogar contra ele. Não sei mais. Tudo o que sabia era que ele estava atrapalhando o meu dia e, de alguma forma, parecia estar gostando disso.

─── Você é impossível. ─── Soltei, finalmente.

─── E você é completamente maluca. ─── Ele rebateu, mas a provocação na voz dele parecia um desafio que eu não podia ignorar.

Eu odiava ele. Odiava o fato de que ele parecia saber exatamente como me tirar do sério. Eu odiava esse metido a bruxa do 71, mendigo de Chavez.

─── Agora, vamos lá. ─── Ele apontou para onde Alonso estava. ─── Eu te acompanho. Porque, honestamente, se deixar você sozinha, você vai acabar sendo banida do paddock.

E, contra toda a lógica, eu aceitei. Porque Felipe pode ser irritante, mas ele também era minha única chance de não ser jogada para fora dali pelos seguranças.

Felipe olhou rapidamente para Gabriel e para a garota, que claramente havia confundido o paddock com um desfile de modelos. Mas o que me impressionava mesmo era a falta de... bem, de qualquer coisa, se é que você me entende. Uma verdadeira obra de arte minimalista.

Ele deu de ombros e, com um olhar que parecia misturar indiferença e desdém, virou-se para mim.

─── Eu já volto. ─── Ele disse, com aquele sotaque perfeito, mas a maldita frase saiu em inglês, como se estivesse me deixando claro que, para ele, o português era algo que ele usava só quando precisava se comunicar comigo.

Eu quase ri da cara dele, mas me segurei. Estava claro que ele não estava nem aí para o que estava acontecendo ali, enquanto eu ficava me contorcendo, tentando encontrar uma brecha para escapar daquela sua pressão toda. Não bastasse o fato de que ele ainda estava me impedindo de chegar perto do Alonso, agora ele ainda me deixava na ignorância com seu inglês perfeito e... atitude de quem sabe que está certo.

Claro, é sempre assim com Felipe. Ele não se importa se você quer sair correndo atrás de um ídolo — desde que não seja ele o centro das atenções.

A caminhada até o motorhome da Mercedes parecia eterna, ainda mais com Felipe, com aquele sorriso de superioridade, caminhando ao meu lado. Ele estava se divertindo com a minha frustração, isso era claro, e o pior de tudo: ele sabia disso.

─── Você tem alguma noção de como soa a sua obsessão pelo Alonso? ─── Ele perguntou, sem tirar os olhos do caminho, a voz provocante como sempre.

─── Não é obsessão. É admiração. ─── Eu disse, tentando soar calma, mas sem muito sucesso.

─── Ah, claro. "Admiração". Como se não fosse mais uma das suas loucuras de fã que vai até a Lua se necessário. ─── Ele riu, sem remorso algum.

─── Isso não é da sua conta. ─── Eu resmunguei, tentando ignorá-lo. Sabia que não adiantava responder, mas ele adorava arranjar uma briga.

Finalmente, chegamos ao motorhome. Alonso estava lá, conversando com Kimi. A tensão no ar era palpável. Era como se uma aura de grandeza os cercasse, uma força magnética que me puxava para perto, e eu quase podia sentir o cheiro de adrenalina e competição ao redor deles.

Felipe parou ao meu lado, ainda observando com aquele olhar cínico, mas, para minha surpresa, ele não disse nada. Apenas ficou ali, me deixando ter meu momento. Eu não sabia se estava mais irritada por ele me dar um voto de confiança silencioso ou por ele simplesmente estar ali, esperando eu fazer algo estúpido.

Respirei fundo, meu coração batendo forte, enquanto me aproximava do motorhome. Alonso não parecia perceber a minha presença, mas Kimi, como sempre, tinha aquele olhar afiado. Ele me analisou por um segundo e, antes que eu pudesse pensar em qualquer outra coisa, falou:

— Você é a garota que quase atropelou o Lance, não é? — O tom dele era neutro, mas a ironia estava ali.

─── Não é bem assim, mas sim, sou eu. ─── Respondi, meio sem saber o que fazer. Era Kimi Antonelli, e ele parecia mais curioso do que realmente interessado.

Alonso levantou a cabeça, finalmente me vendo. Ele parecia mais tranquilo do que eu esperava, mas a sua presença era tão intensa quanto sempre.

─── Então, o que você quer? ─── Ele perguntou, a voz firme, mas sem desdém. Um simples "o que você quer", que tinha todo o poder de um questionamento existencial.

Eu parei, quase congelando. Esse era o momento que eu tanto esperava, mas agora que estava ali, não sabia o que dizer. Minha mente estava em um turbilhão, e eu, que sempre pensei que saberia o que falar, estava completamente sem palavras.

Felipe, por outro lado, parecia estar se divertindo com a minha indecisão. Ele deu um leve empurrão em mim, como se estivesse dizendo "vai lá, faça alguma coisa".

─── Bem, eu... ─── comecei, mas minha voz falhou. Eu realmente não sabia como expressar tudo que sentia naquele momento.

Eu dei uma olhada para Felipe, que parecia se divertir ainda mais com o meu desconforto, e sabia que, se não agisse agora, a chance de me perder completamente seria iminente.

─── Eu... eu só queria dizer que sou sua fã, Alonso. Não é mais do que isso. Só precisava que você soubesse disso. ─── A sinceridade me tomou de surpresa, mas parecia ser a coisa mais honesta que eu poderia dizer no momento.

Havia um silêncio. Um silêncio pesado, onde só o som distante de motores de carros poderia ser ouvido.

Então Alonso, com aquele olhar sereno que ele sempre tem, respondeu:

─── Isso é tudo? ─── Ele sorriu, como se estivesse vendo algo em mim, algo mais do que simples admiração. ─── É um prazer te conhecer.

Eu assenti, sem saber o que mais dizer. Mas, ao contrário do que eu esperava, ele se levantou e, para minha surpresa, deu um passo à frente.

─── Bom, então, prazer em conhecê-la... finalmente. ─── Ele disse, estendendo a mão.

O momento foi estranho, mas, de alguma forma, eu consegui respirar.

Felipe, no entanto, ainda estava ali, com aquele sorriso enigmático, como se tivesse testemunhado algo mais do que simples devoção.

─── Viu? Não foi tão difícil, foi? ─── Ele disse, já começando a se afastar, como se não tivesse sido parte de todo aquele caos.

Eu olhei para Alonso, que já estava voltando para sua conversa com Kimi, e então para Felipe, que me lançava um olhar de "você sobreviveu". Por algum motivo, aquele gesto de Felipe — tão desinteressado e ao mesmo tempo tão cheio de provocação — me fez sentir que, apesar de tudo, ele havia sido mais útil do que eu estava disposta a admitir.

Felipe se afastava a cada segundo, e eu, sem hesitar, retirei minha pequena câmera da bolsa e comecei a gravar, sabendo que teria tempo para editar mais tarde. Cobrir a Fórmula 1 vai ser uma experiência e tanto.

A cada movimento de Felipe, eu capturava, como se fosse parte de um espetáculo que ele nem sabia que estava protagonizando. A Fórmula 1 não era só velocidade — era um palco perfeito para as minhas observações irreverentes. E o que seria da cobertura sem um toque de ácido, não é?

─── Olhem só, pessoal, Felipe Drugovich, a estrela em ascensão… ou será que é a estrela que pensa que está subindo e acaba apenas girando no mesmo lugar? Quem sabe ─── eu falei para a câmera, com um sorriso sarcástico. ─── Mas, vamos dar crédito: o garoto tem a paciência de um santo e o ego de um rei. Claro, quem mais poderia ser o centro das atenções de todas essas câmeras? Ou será que ele só está esperando a Ferrari me ligar para a vaga dele?

Ele se virou assim que ouviu minha voz, seus olhos se fixando em mim por um instante enquanto eu o filmava.

─── Posso te processar, sabia? ─── disse ele, com um sorriso irônico dançando nos lábios.

─── Eu adoraria ver você tentar ─── respondi, um sorriso sarcástico se espalhando pelo meu rosto.

Ele me observou com intensidade, e foi o suficiente para entender o que viria a seguir. Eu comecei a correr, a câmera ainda firme na mão, enquanto ele me perseguia, rápido e determinado.

─── Não deveria estar se preparando para o treino? ─── gritei, a voz cortando o ar enquanto continuava me gravando, sem perder a oportunidade de provocar.

Ele não respondeu de imediato, o que só fez a tensão entre nós aumentar. O som das nossas respirações aceleradas e os passos pesados ecoando no piso preenchiam o espaço com uma energia elétrica. Ele estava tão perto que eu podia ouvir o som das suas botas batendo no chão, cada vez mais forte.

─── Não acha que está se arriscando demais? ─── Ele perguntou, a voz agora mais grave, com uma provocação sutil que me fazia querer desafiar ainda mais.

Eu desacelerei, fazendo de propósito para que ele se aproximasse. Quando ele estava quase ao meu lado, parei abruptamente, apontando a câmera diretamente para o seu rosto. Ele parou também, seus olhos queimando com uma mistura de diversão e algo mais — algo que eu não podia definir, mas que me fazia querer provocar ainda mais.

─── Se você tivesse metade da personalidade que diz ter, não ficaria correndo atrás de mim como um cachorro ─── eu disse, lançando uma risada curta, mas cortante.

Ele olhou para mim, e pela primeira vez, eu vi algo diferente em seu olhar.

─── Talvez eu só esteja tentando pegar alguém tão desafiadora quanto você ─── ele retrucou, a voz baixa, quase um sussurro.

─── Eu tô indo pro treino, e vê se faz uma boa cobertura da Fórmula 1! ─── Ele retrucou, já se virando para seguir seu caminho.

─── Pode deixar, dilminha ─── provoquei, minha voz carregada de ironia enquanto o observava se afastar.

Ele deu um breve olhar de reprovação, mas não parou. Afastava-se para se preparar para a grande corrida.

Eu não perdi tempo e segui com a gravação, apontando a câmera para o campo onde ele desaparecia. Fui dando uma risada baixa, só para eu mesma ouvir.

─── Olhem só, pessoal, aqui temos um piloto que mal consegue se concentrar sem olhar para o próprio reflexo no espelho ─── falei para a câmera, fazendo uma cara exagerada de admiração. ─── Um verdadeiro exemplo de humildade, como sempre.

Pausei por um momento, analisando a cena ao redor. Ele estava distante, mas eu sabia que ele provavelmente ainda me escutava.

─── E ali está ele, o campeão da autossuficiência. Um homem tão talentoso que até o espelho parece ter medo de refletir algo que não seja sua grandeza. Vamos ver se ele consegue se encontrar na pista hoje, ou se vai passar mais tempo se admirando.

Ri sozinha, antes de continuar a gravação, sabendo que não podia perder a chance de fazer mais uma piada. A tensão entre nós nunca foi tão divertida.

A gravação continuava, e agora, sem perder a chance de mostrar o que realmente sabia, meu tom mudou para algo mais sério, embora ainda com uma pitada de ironia.

─── Bem-vindos, fãs da Fórmula 1. Hoje, temos um cenário clássico no paddock, com uma mistura de expectativas altas e egos maiores ainda. A pista está seca, as condições são ideais para uma corrida estratégica ─── eu ajustei a câmera, capturando os carros se alinhando para a sessão de treino. — Como vocês podem ver, todos estão ajustando seus tempos, tentando se adaptar às condições variáveis, já que, com a previsão de chuva para a corrida, esse treino vai ser crucial.

Eu respirei fundo, observando o primeiro carro acelerar na pista.

─── Aqui, o segredo é o equilíbrio entre velocidade e desgaste de pneus. Nenhum erro pode ser tolerado, e mesmo os mais leves ajustes podem fazer toda a diferença na corrida de amanhã. Já vimos pilotos que, no treino, pareciam incontroláveis, mas conseguiram tirar uma volta mágica na qualificação. E, claro, temos aqueles que, mesmo no treino, já se mostram mais preocupados em manter a pose do que em fazer tempo ─── olhei novamente para a câmera, sem esconder o sorriso.

─── Falando nisso, tenho certeza que nosso querido "Dilminha" vai se destacar hoje, não por sua habilidade na pista, mas por ser o único capaz de olhar para si mesmo enquanto tenta fazer a curva ─── eu ri baixo, mais para mim do que para a câmera, antes de continuar com a cobertura, totalmente focada no que estava acontecendo na pista. A cada volta, eu sentia a adrenalina subir, mas minha língua afiada não perdia uma oportunidade de se fazer ouvir. ─── O mais interessante aqui é a estratégia de cada equipe. Olhem como a Ferrari está buscando melhorar o comportamento aerodinâmico, enquanto a Red Bull parece se preocupar mais com o ritmo de combustível. Mas, claro, sempre há aquele piloto que decide fazer tudo ao contrário para se destacar. Vamos ver se, mais tarde, ele realmente consegue mostrar alguma habilidade, ou se vai só dar um show de 'eu sou incrível' na linha de box.

O treino seguia, e eu mantinha a cobertura precisa, mas nunca sem uma dose de sarcasmo. Sabia exatamente o que estava acontecendo na pista, e não era só o drama entre pilotos que eu estava capturando — era a essência da Fórmula 1, onde cada detalhe fazia toda a diferença.

A gravação continuava, e eu sentia que o público estava comigo, mesmo que às vezes não soubessem se deviam rir ou levar a sério o que eu dizia.

— Ah, e não vamos esquecer dos engenheiros, que estão aqui com suas pranchetas, fones de ouvido e caras de "sei exatamente o que está acontecendo" — pausei, sorrindo para a câmera. — Quando, na verdade, às vezes eles estão tão perdidos quanto a gente quando tentamos entender o regulamento de 2023.

Mais um carro passava em alta velocidade, e eu aproveitei o barulho como trilha sonora.

— E vamos combinar, gente, o paddock é um teatro — levantei as sobrancelhas, como quem contava um segredo. — Os atores, quero dizer, os pilotos, estão sempre no palco. Uns mais protagonistas do que outros, claro. E hoje, como de costume, os que mais falam, entregam menos. Um certo piloto que não vou citar, mas que rima com “chorão”... Já sabem, né?

A gravação fluía de um jeito natural, sem filtro, exatamente do jeito que eu gostava. O sarcasmo, para mim, era apenas um tempero. Mas no meio disso tudo, eu estava ali para informar. Cada piada vinha com um dado técnico, cada ironia vinha acompanhada de uma análise certeira.

— E por falar em estratégias de corrida, é importante lembrar que tudo pode mudar com a chegada da chuva, o que promete dar uma agitada no grid. Alguns pilotos rezam por chuva, outros só rezam para conseguir terminar a corrida sem fazer besteira. Vamos torcer para que a segunda categoria esteja inspirada amanhã — finalizei, já me preparando para o próximo take.

Sabia que minhas palavras tinham impacto. E adorava isso.

A gravação continuava, e eu estava com o veneno afiado.

— Gente, vocês têm que ouvir isso, porque a vida realmente adora me colocar em situações de puro constrangimento. Lembram da vez que eu quase atropelo o Lance? Pois é, aquele momento de glória me levou diretamente ao senhor Alonso. E, olha, não foi nem tipo um "encontro épico" de fã e ídolo, foi mais como um "oi, você quase matou o Lance e agora vamos fingir que estamos em um episódio de The Office"..

Eu dei uma pausa dramática e uma olhada na câmera, tipo, mostrando que era sério, mas também ridículo.

— Aí, eu chego lá, né? E o Alonso, como sempre, totalmente alheio ao fato de que alguém ali poderia estar em pânico por estar na presença dele, nem percebeu minha entrada. Mas quem não perde uma oportunidade de fazer piada é o Kimi Antonelli, né? Ele olha pra mim, me encara e manda, no meio de todo mundo: "Você é a garota que quase atropelou o Lance, não é??" Ai, meu Deus, gente, foi tipo um soco no estômago. Eu quase falei "não, eu sou a reencarnação do Michael Schumacher, prazer", mas, não, o que sai da minha boca foi: "É... sou eu."

Eu rolei os olhos e continuei, já começando a me divertir com a lembrança.

— E aí, Fernando Alonso, com aquele ar de "já passei por coisa pior, vai embora, guria", me olha e pergunta: "Então, o que você quer?" Eu, em pânico total, não sabia se eu estava em um interrogatório ou se o cara realmente estava me desafiando a ser relevante. Que momento de pura vergonha. Eu devia ter dito algo tipo "desafiar voce para uma corrida em Le Mans" ou "me ensina a ser tão perfeito quanto você", mas o que saiu foi: "Sou sua fã." Gente, a vergonha foi real.

Eu dei uma risada abafada, já vendo que a coisa toda estava mais para comédia do que qualquer outra coisa.

— Ele me olha como se estivesse analisando uma barata no canto da sala e solta: "Isso é tudo?" E eu, na minha total falta de graça, só disse: "É, isso é tudo" ele então, tipo, deu uma risada séria, nem de longe a empolgação de quem tem um fã, e só disse: "Prazer em conhecê-la... finalmente." Gente, isso foi basicamente um "tá bom, pode ir agora, minha paciência acabou".  Mas tudo bem, é Fernando Alonso, ele tem mais títulos do que eu tenho contas de Instagram pra stalkear.

Nesse exato momento, meus olhos se fixaram na tela. A Dilma Drugo tava lá, fazendo o que parecia impossível: ultrapassando o George Russell. Aí, meu coração deu uma acelerada, e eu só consegui falar:

— Peraí, peraí, GENTE, o Felipe tá ultrapassando o George Russell! Isso não é só um milagre, é praticamente um ato de rebeldia contra as probabilidades. Se alguém me disser que Felipe não tem talento, vou dar risada na cara dessa pessoa, porque isso é uma obra de arte em tempo real.

Eu respirei fundo, estranhando o elogio.

— E, voltando ao meu encontro com o Alonso… enquanto ele me deixava mais desconfortável que um ex de férias na sua casa, Felipe estava lá fazendo história, gente. Então, acho que aprendi uma lição: você pode ser Alonso, com toda a sua calma e títulos, ou você pode ser Felipe Drugovich, que, aparentemente, não entende que há regras para fazer milagres na pista.

Eu soltei uma risada irônica e continuei, sem perder o ritmo.

────────────⭑ ֗ 💍 ESPERO QUE GOSTEMMM! aí eu amo esse capítulo. Até a próxima, amores da minha vida.

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