❛ ── CAPÍTLO TREZE. . .

harmonia

"Um noivo rejeitado. Uma noiva indecisa. Confusão em um casamento no palácio. Chocante? De fato. Mas verdadeiro? Esta autora pode se basear em conversas e especulações, caro leitor, mas desinformação? Nunca! Os motivos que levaram a senhorita Eleanor a fugir do altar podem ser maiores em número do que qualquer um poderia imaginar. Mas não devemos nos esquecer: foi sua Majestade, a rainha, quem colocou a jovem senhorita naquela posição especial para que ela pudesse realizar essa saída triunfal. Esta autora espera pelo bem de sua Majestade, assim como a da Srta. Petrova e do Sr. Fell, que uma explicação oficial seja dada rapidamente, para que ninguém fique a mercê da imaginação de mau gosto da alta sociedade."

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Eleanor mal conseguira pregar os olhos a noite. O tempo inteiro se lembrando da sensação dos lábios macios do visconde pressionando os seus, as mãos grandes e ásperas apertando a sua cintura, das respirações ofegantes. Os olhares trocados.

A tarde se passou rapidamente com os preparativos para um baile, este que seria responsável por reparar os danos do noivado rompido.

Lady Bridgerton e o visconde pararam a frente das Sharma, Lady Danbury e Eleanor, todos se encarando sem saber o que falar. Eleanor então tomou a coragem necessária e encarou Anthony, por mais tempo do que gostaria.

- Srta. Eleanor... - Anthony murmurou, estendendo um pequeno buquê de gardênias. Ela sorriu fracamente para ele, sobre o olhar criterioso de todas as presentes.

- Muita consideração da sua parte, Lorde Bridgerton. - Lady Danbury disse.

- Bom, lembrem-se, antes de convidarmos as pessoas, temos que desfrutar da companhia uns dos outros. - Lady Bridgerton disse. - Vamos?

Novamente, Eleanor encarou o Bridgerton a sua frente. Querendo mais do que nunca beijá-lo novamente. Ela apenas suspirou ao sentir a mão suave de Edwina a puxando para passar na frente, mal percebendo que Anthony havia ficado desnorteado com o cheiro de mel e flores que a mesma emanava.

- Por que não admite logo que é apaixonada por ele e ficam juntos? - Kate parou ao lado da Petrova enquanto ambas encaravam uma das estátuas que estavam sendo exibidas.

- Não é tão simples assim..

- É sim. - A Sharma a interrompeu. - Vocês se amam. Qualquer um com visão o suficiente percebe.

- Não é tão simples, Kate. - Eleanor repetiu. - Anthony é um homem que sempre preservará os deveres antes de qualquer coisa.

- Você não sabe como será quando se casarem.

- Não vamos nos casar.

- Não tenho tanta certeza. Ele não para de te olhar. - Com a fala da Sharma, a Petrova desviou os olhos para o visconde que já a observava. - Não há mais nada impedindo vocês de ficarem juntos, El. Não deixe essa chance passar.

Com a fala da Sharma, a Petrova ficou pensativa por alguns minutos. Mal percebendo que estava sozinha novamente.

[...]

Lady Danbury estará dando um grande baile esta noite. Uma ama aprontava Eleanor graciosamente para o grande dia. Com um vestido sultil na cor azul, seus cabelos foram presos em um elegante coque com mechas cacheadas caindo em seu rosto. As Sharma e a Petrova ficaram espantadas ao descer as escadas do salão e o encontar completamente vazio, exceto por Violet e seus filhos.

- Bom..isso é inesperado. - Lady Danbury murmurou.

- Imagino que ainda esteja muito cedo. - Lady Mary disse.

- Quer que continuemos a tocar, Milady? - Um dos músicos questionou a Lady Danbury.

- Não será mais necessário. - Dispensou a mais velha.

- Se não há necessidade da minha presença, vou voltar para o ateliê. - Benedict murmurou.

- Não. Espere. Você ficará para uma dança. - Anthony disse surpreendendo a todos. - Vamos dançar. Perspectivas, não é?

- Dançar? Mas com quem? - Colin questionou.

- Anthony. - Violet chamou, ele apenas a encarou antes de se virar para as escadas.

- Hyacinth! - Chamou.

- Sim, irmão? - A menor questionou.

- Desça aqui e me dê essa honra. - Ele sorriu enquanto abria os braços.

- Se ela pode dançar, eu posso? - O Bridgerton mais novo questionou. Sem esperar uma confirmação, ambos os caçulas desceram as escadas eufóricos.

Anthony sorriu brincalhão, parado a frente as escadas, ele estendeu uma mão para a sua irmã mais nova.

- Venham! Mostre a está viúva o resultado de todas as aulas de dança que anda fazendo, Sr. Bridgerton. - Lady Danbury chamou pelo irmão mais novo.

- Ele é bem melhor que eu, sem dúvidas. - Eloise disse.

- Algo animado. Dança escocesa, talvez. - Sugeriu Anthony. Todos deram as mãos, formando uma grande roda. Não demorou e os músicos atenderam ao seu pedido.
- Acredito que o tema que escolheu para o baile foi "Harmonia", Lady Danbury.

Lady Danbury acenou com um sorriso animado. Em lados opostos. Eleanor e Anthony se observaram por alguns segundos antes da música ressoar e a dança animada começar. Risadas e palmas enviaram enquanto cada um dançava no meio da roda animadamente. Eleanor nunca havia se sentindo assim, acolhida, como se fosse parte de algo. Ela estava verdadeiramente feliz. Então a dança rapidamente mudou, fazendo par com Benedict, Eleanor e o Bridgerton não se contaram na animação ao dançar, rindo e pulando.

- Vamos! - Eleanor exclamou para Benedict quando todos começaram a andar em círculos de mãos dadas.

Todos deram as mãos enquanto ainda dançavam animadamente. Sorrisos e risos sendo trocados. Então foi a vez das damas entraram novamente no meio da roda. Edwina e Eleanor se encararam com os olhos brilhando, pulando e dançando como se apenas isso importasse. Logo os pares mudaram e Eleanor então dançava com Colin. Rodopiando e pulando, o riso de ambos contagiava a todos

- Eu quase caí! - Riu Eleanor.

Todos deram as mãos novamente e dessa vez, os cavalheiros entraram dançando no meio da roda enquanto as damas batiam palmas. Logo os pares mudaram novamente e Eleanor dançava com Anthony. Ambos se encararam com sorrisos que pareciam querer cortar os rostos. A animação estava presente no salão. Anthony fez questão de gravar cada detalhe do rosto da garota. De como os seus olhos se comprimiam ao sorrir, as covinhas, o rosto corado e o mais importante, os olhos brilhando.

Não demorou e eles deram as mãos rodando em círculos novamente, sem deixar de se encarar. Anthony rodopiou a garota alegremente e então se encararam intensamente novamente quando a dança acabou. Todos fizeram reverências aos seus pares e eles mal perceberam que Anthony ainda mantia as mãos na cintura da garota. Palmas soaram enquanto todos sorriam ofegantes.

- Que tal uma quadrilha? - Sugeriu Hyacinth.

- Que tal se começarmos a comer esta comida? - Sugeriu Colin ao ver que ninguém estava animado para mais uma dança.

- Sim! - Murmurou Violet. - Senhora Wilson, alguma coisa errada?

- Acabaram de entregar, senhora. - A criada disse entregando um panfleto de Lady Whistledown para a Bridgerton.

- É da Lady Whistledown? - Eloise se aproximou apressada. - Ela publicou, mamãe?

- Publicou, sim. - Murmurou Violet. - E agora vamos descobrir por que não tem ninguém aqui.

Eleanor pegou um dos panfletos de uma das criadas o lendo rapidamente. Aparentemente, Eloise estava andando com radicais políticos, companhias impróprias, sem uma criada.

Anthony saiu rapidamente do salão enquanto Eloise subia as escadas em prantos.

[...]

Caminhando pelo jardim, Eleanor aproveitava a brisa da noite. A lua cheia iluminava o céu enquanto a Petrova caminhava em direção ao gazebo. Tirando as luvas azuis, ela suspirou enquanto passava as mãos pelo rosto.

- O que está fazendo aqui fora? - A mesma se assustou e se virou encarando o visconde.

- Peço desculpas. - Se levantou suspirando.

- Não, não, por favor, fique.

- Chegou aqui antes. - A Petrova acenou com a mão.

- Eu estava de saída. - Ele disse. - Preciso insistir?

- O senhor está insistindo.

- E a senhorita não está?

- Boa noite, milorde.

- Será que pode concordar? - Anthony exclamou. - Tem agido assim desde o momento em que a conheci na floresta. Obstinada, inflexível, incapaz de se apegar ao mínimo de bom senso.

- Bom, é compreensível o motivo de isso irritar tanto um homem como o senhor. - Anthony a encarou não acreditando nas palavras que saiam da boca da Petrova. - Um homem acostumado a ter o que quer, acostumado a dar ordens..

- Eu nunca te dei ordens. - Ele a interrompeu, balançando a cabeça.

- Dá ordens e espera que eu obedeça. Eu não obedeço. - Negou a Petrova.

- Talvez devesse. - Ele disse.

- Eu nunca vou obedecer o senhor, ou qualquer pessoa de quem eu discorde totalmente! - Eleanor exclamou. - O fato de eu ter levado todo esse tempo para entender isso, para aceitar o que digo...

- Quer saber o porquê? - Ele a interrompeu.

- Nem sei se o senhor sabe o motivo.

- Eu sei, sim.

- Ah, me alegre com seu autoconhecimento e sabedoria. - Ironizou Eleanor.

- É porque nunca conheci alguém como você. - Anthony disse. - É enlouquecedor como você consome os meus pensamentos. Minha família está a beira da ruína. Eu tenho certeza que todos os meus irmãos e irmãs me desprezam, minha mãe também, apesar de eu ter dedicado a melhor parte da minha vida a eles. E ainda assim, a única coisa que na qual eu consigo pensar, a única coisa que ainda me mantém respirando...- Ele a encarou ofegante. - É você. Acha que eu queria estar nesta posição? Lidando com o fato de não querer estar em nenhum outro lugar que não com você? Querendo fugir com você? Lidando com os mais impuros e proibidos desejos.. - Ele se aproximou pegando as mãos da garota. - Por mais que eu fique insistindo em repetir para mim mesmo que eu sou um cavalheiro e você é uma Lady, esse.. - Anthony então passou os lábios pelo pescoço de Eleanor. - Esse seu cheiro..ele ficou aqui, grudado na minha mente, desde o primeiro baile da temporada, naquela varanda. - Eles se encararam ofegantes. - Gardênias. - Anthony então negou com a cabeça ofegante. - Você precisa parar.

- Eu preciso parar? - Murmurou Eleanor.

- Pare com isso. Pare de colocar obstáculos entre nós..

- O problema é você. - Eleanor se soltou se afastando do Bridgerton. - Foi você esse tempo todo virando o meu mundo do avesso, me fazendo reconsiderar tudo que já pensei sobre mim. Eu vim decidida a salvar a reputação da minha família. Seguir os passos dos meus pais. Tudo o que eu fiz foi..

- Tentar achar alguém que a ame. - Interrompeu Anthony.

- Foi para achar alguém que me amasse. - Completou Eleanor. - É você que precisa parar. Antes..

- Antes do quê? De fazermos algo por nós? - Anthony negou com a cabeça passando a língua entre os lábios. - Por favor, vá para dentro. Vá..para..dentro.

- O que eu falei sobre você e suas ordens? - Ofegante, questionou Eleanor. - Eu te odeio.

- Eu também odeio você. - Com a fala do visconde, ambos se encararam antes de se aproximar rapidamente e colar os lábios em um beijo desesperado.

As mãos de Anthony foram ágeis ao subir o vestido da Petrova, passando as mãos pelas suas coxas antes de subir tocando a sua intimidade. Ao murmúrio de surpresa da garota, Anthony a soltou rapidamente.

- Eu vou parar. - Ele disse pondo as mãos em rendição.

- Não pare. - Pediu ela.

- Eu vou parar. - Ele repetiu.

- Não pare agora. - Ela pediu colando seus lábios novamente.

Anthony então desabotuou o vestido azul da garota, deixando seus ombros desnudos, onde distribuiu beijos quentes. O vestido da Petrova caiu, revelando as suas peças íntimas na cor azul bebê, combinado perfeitamente com a cor do vestido. A Petrova foi rápida ao tirar o paletó do Bridgerton e desabotoar a sua camisa social. Anthony então soltou os cachos da garota, os deixando completamente livres de grampos. Ele se abaixou enquanto beijava toda a extensão da barriga de Eleanor. Abaixou as suas meias lentamente enquanto aproveitava o calor que emanava da garota.

Agilmente, seus dedos se direcionaram a intimidade da Petrova, a penetrando enquanto ela se contorcia e gemia sobre ele. Anthony então se levantou e delicadamente a deitou sobre o chão, não perdendo tempo e se deitando ao seu lado, a penetrando com os dedos novamente. Ele então beijou os lábios da garota ferozmente antes de descer os beijos para a sua intimidade, fazendo Eleanor se contorcer de prazer enquanto gemia o nome do visconde.

Sem perder tempo, Eleanor o puxou para si enquanto tentava tirar as calças do visconde. A ajudando, ele retirou a peça e então a penetrou enquanto a encarava com desejo.

Os beijos e carícias continuaram durante o ato, o ritmo não parou nem por um minuto enquanto Eleanor e Anthony se entregavam um para o outro.

[...]

Pela manhã, Eleanor foi rápida a se vestir e sair sem acordar o visconde. Não demorou e uma chuva começou, a deixando com pensamentos divertidos sobre como seria quando Anthony acordasse. Ofegante, a garota se sentou em sua cama sem acreditar no que havia feito. Se lembrando de todas as sensações sentidas na noite passada, nas promessas e carícias trocadas. A Petrova então se levantou e se encarou no espelho de seu quarto, ainda sem acreditar.

Ao mesmo tempo em que ela estava em seu quarto, Anthony correu até a sua casa e buscou uma caixinha com alianças. Sem demora, bateu incessante na porta de Mayfair.

- Chame a Srta. Petrova. - Mandou ao criado, que acenou e deixou o visconde entrar, mesmo estando completamente encharcado.

Anthony então se sentou em um dos pequenos sofás da sala de Mayfair enquanto encarava seu relógio impacientemente a espera de sua futura viscondessa. Ele então encarou os criados que conversavam nervosos na porta.

- Eu sei que é cedo, mas podem avisar a ela que estou aqui? - Ele se levantou.

- Receio não ser possível, Milorde. - Um dos criados disse. - Ela não está na casa.

- Um dos cavalos também sumiu. - Informou uma criada.

Anthony encarou o criado em descrença. O que Eleanor poderia estar fazendo a essa hora da manhã, na chuva?

A garota se perguntava a mesma coisa enquanto cavalgava para longe com Órion. Os pensamentos a mil, sem saber como agir, o que fazer. Com os cachos grudados no rosto e a capa esvoaçante com o vento, Eleanor aproveitava a sensação da gotas de chuva em sua face. Ela então encontrou um tronco caído, que por sorte, Órion conseguiu pular facilmente.

- Srta. Petrova! - A garota se sentiu ainda mais nervosa ao escutar a voz do Bridgerton a chamando não tão longe.  Órion relinchou, como se soubesse de tudo o que acontecia. - Srta. Petrova!

Outro obstáculo foi encontrado, desta vez um bem maior que o anterior.

- Vamos, Órion, você consegue. - Murmurou Eleanor.

- Srta. Petrova! - Anthony gritou. Órion então relinchou e se apoiou em suas duas patas traseiras, derrubando Eleanor. - Eleanor! Não, não, não. - Murmurou o Bridgerton ao perceber que a garota não havia se levantado, como na vez anterior. - Eleanor!

eu tô tão feliz! consegui escrever direitinho o que eu estava imaginando.

espero que tenham gostado do capítulo ☺️ não se esqueçam de votar e comentar, isso me motiva muito!