ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗦𝗜𝗫𝗧𝗘𝗘𝗡❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘀𝗶𝘅𝘁𝗲𝗲𝗻. ᠉ ࣪ ˖
quem ela pensa que é?
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
𝗝𝗔́ 𝗘𝗥𝗔 𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟 𝗗𝗘 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔, Astraea estava mais feliz pelo resto do fim de semana do que se sentira até ali. A garota passou a maior parte do domingo tentando encontrar o anônimo da carta, e, embora ela verificou todas as letras de pessoas perto dela, nenhuma era a letra da pessoa que lhe mandava cartas. Astraea passou por um grande aviso que fora afixado ao quadro da Sonserina, tão grande que cobria tudo que ali estava, as ofertas de livros de feitiço de segunda mão, os lembretes sobre o regulamento da escola pregados por Argo Filch, o horário de treinamento do time de quadribol, as propostas para trocar certo cartões de sapos de chocolate por outros, os últimos anúncios dos Weasley pedindo testadores, as datas dos fins de semana em Hogsmeade, e os avisos de achados e perdidos. O novo aviso estava impresso em grandes letras pretas e tinha um selo de aspecto muito oficial embaixo, ao lado de uma assinatura rebuscada e clara.
POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS
Todas as organizações, sociedades, times, grupos e clubes estudantis estão doravante dissolvidos.
Uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube é aqui definido como uma reunião regular de três ou mais estudantes.
A permissão para reorganizá-los deverá ser solicitada à Alta Inquisidora (Prof. Umbridge).
Nenhuma organização, sociedade, nenhum time, grupo ou clube estudantil poderá existir sem o conhecimento e a aprovação da Alta Inquisidora.
O estudante que tiver organizado ou pertencer a uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube
não aprovado pela Alta Inquisidora será expulso.
O acima disposto está em conformidade com o Decreto da Educação Número Vinte e Quatro Assinado:
Dolores Joana Umbridge, Alta Inquisidora.
Astraea terminou de ler o aviso ao lado de Benjamin, que suspirou pesadamente. Astraea estava relendo o aviso, sabendo que de algum modo Umbridge sabia. A ruiva pensou nas possibilidades de alguém ter contado e ela chegou a um pensamento que talvez fosse aquele tal de Zacarias, Astraea se despediu rapidamente de Benjamin que ainda encarava a folha parecendo com ódio, ela precisava encontrar Harry, Rony e Hermione para contar sobre isso, mesmo sabendo que eles provavelmente já sabiam sobre isso. Astraea parou na frente do quadro da Grifinória, se lembrando que precisava de senha e ela claramente não tinha.
— Senha. — Pediu.
O quadro se abriu sem que Astraea falasse nada, e a ruiva viu quando duas garotas passou pela entrada e olhou pra ela, Astraea deu de ombros e aproveitando a entrada aberta a ruiva entrou. Astraea sorriu, olhando para a Sala Comunal da Grifinória, vendo Harry e Rony afastados, enquanto Hermione descia por um tapete em um tipo de escorrega.
— Bom, é uma regra antiquada. — Astraea ouviu Hermione dizer, se levantando do tapete. — Mas Hogwarts, uma história conta que os fundadores acharam que os meninos mereciam menos confiança do que as meninas. Em todo o caso, por que vocês estavam tentando entrar lá?
— Para falar com você... vem ver isso! — Disse Rony, se virando para trás se deparando com a ruiva.
Harry, Rony e Hermione arregalaram os olhos ao verem Astraea ali, a Sonserina sorriu como se não tivesse acabado de entrar na Sala Comunal da sua casa rival.
— Bom dia. — Disse ela acenando.
— Bom di... — Harry cumprimentou, então logo pareceu notar que Astraea estava na Sala Comunal da Grifinória, sendo ela da Sonserina ja que ele olhou para ela confuso. — Como?
— Como o que? — A ruiva inclinou a cabeça pro lado com uma sombrancelha arqueada.
— Como você entrou aqui? — Harry perguntou, olhando entre a ruiva e os amigos que estavam tão chocados quanto ele.
Astraea se virou olhando pra trás como se fosse óbvio.
— Pela porta...? — Disse ela simples em forma de pergunta.
— Isso eu sei. Mas como? — Harry perguntou novamente, observando como Astraea parecia tão confusa quanto ele.
— Eu abri a porta e eu entrei. — Disse com um sorriso no rosto.
— Sim, mas como você abriu a porta? — Rony quem perguntou.
— Eu peguei... — Astraea foi interrompida.
— Eu sei como se abre uma porta! — Harry disse irritado.
Astraea olhou pra ele, pensando o porque dele ter perguntado então. Ignorando a irritação do amigo ela deu de ombros, olhando para o trio.
— Mas como? — Rony perguntou novamente.
— Ah, tava aberta. — Ela disse sorrindo de forma inocente.
O trio ficou olhando pra ela, os três com cara de tacho, mas Astraea apenas ficou com seu sorriso no rosto não notando o que havia feito.
— E cuidado hein. — Ela continuou. — Alguém pode entrar assim.
— Não me diga. — Harry falou irônico.
— Okay. Isso é definitivamente muito estranho. — Hermione concordou olhando para a ruiva. — Mas o que vocês queriam me mostrar?
— É por isso que estou aqui. — Astraea disse e puxando os três amigos até o aviso que estava na Sala Comunal.
Astraea parou em frente do aviso, apontando pra ele como se tivesse feito uma nova descoberta, os olhos de Hermione relancearam pelo aviso. Sua expressão petrificou.
— Alguém deve ter contado a ela! — Disse Rony, zangado.
— É isso o que eu pensei. — Astraea falou cruzando os braços.
— Mas não podem ter feito isso. — Contestou Hermione, em voz baixa.
— Você é tão ingênua! Acha que só porque é honrada e digna de confiança...
— Não, eles não podem ter feito isso, porque lancei um feitiço no pergaminho que todos assinamos. — Disse Hermione, séria. — Pode crer, se alguém foi correndo contar a Umbridge, nós saberemos exatamente quem foi, e a pessoa vai realmente se arrepender.
— Que é que vai acontecer? — Perguntou Rony, ansioso.
— Bom, vamos dizer que a acne da Heloísa Midgeon vai parecer umas sardas engraçadinhas. Anda, vamos descer para tomar café e ver o que os outros acham... será que isso foi afixado em todas as casas?
— Foi. — Astraea falou pela primeira vez. — Pelo menos na minha casa, ela foi.
Ficou imediatamente óbvio ao entrarem no Salão Principal que o aviso de Umbridge não aparecera apenas na Torre da Grifinória. Havia uma intensidade peculiar nas conversas, e uma
multiplicação das idas e vindas de alunos correndo às mesas e se consultando sobre o que haviam lido. Harry, Rony e Hermione junto com Astraea tinham acabado de sentar quando Neville, Dino, Fred, Jorge e Gina caíram em cima deles.
— Vocês viram?
— Acham que ela sabe?
— Que vamos fazer?
Todos olhavam para Harry e Astraea. A ruiva olhou pro amigo que passou os olhos pelo salão para ter certeza de que não havia professores por perto.
— Claro que vamos continuar do mesmo jeito. — Confirmou em voz baixa.
— E claro que vamos manter isso em segredo o máximo possível. — Astraea continuou olhando para os Grifinórios.
— Eu sabia que vocês iam dizer isso. — Disse Jorge, abrindo um grande sorriso e dando pancadinhas no braço dos dois.
— Os monitores também? — Perguntou Fred, olhando curioso para Rony e Hermione.
— Claro. — Disse Hermione calmamente.
— Aí vêm Ernesto e Ana Abbott. — Disse Rony, olhando por cima do ombro. — E aque lescaras da Corvinal e Smith... e nenhum deles parece ter marcas no rosto.
Hermione teve uma reação de alarme.
— Esqueça as marcas, os idiotas não podem vir aqui agora, vai parecer realmente suspeito, vão sentar! — Vociferou Hermione para Ernesto e Ana, fazendo gestos frenéticos para voltarem à mesa da Lufa-Lufa. — Mais tarde! Falaremos... com... vocês... depois!
— Vou dizer ao Miguel. — Disse Gina, impaciente, deslizando para fora do banco. — O boboca, francamente...
Ela correu para a mesa da Corvinal, Astraea viu que Harry observou-a afastando-se. Cho estava sentada não muito longe, conversando com a amiga de cabelos crespos que levara ao Cabeça de Javali. E o moreno parecia doido olhando para a Corvina.
Mas eles só perceberam a amplitude das repercussões do aviso quando estavam saindo do Salão Principal para a aula de História da Magia.
— Harry! Rony!
Era Angelina que corria em seu encalço, com um ar absolutamente desesperado.
— Tudo bem. — Disse Harry baixinho, quando ela se aproximou o suficiente para ouvi-lo. — Vamos continuar...
— Você não está entendendo que ela incluiu o quadribol nisso? Teremos de procurá-la e pedir permissão para reorganizar a equipe da Grifinória!
— Quê? — Disse Harry.
— Nem pensar. — Disse Rony, estarrecido.
Astraea parou ao lado, cruzando os braços enquanto prestava atenção na conversa.
— Vocês leram o aviso, ela menciona os times também! Então, escute aqui, Harry... estou dizendo isso pela última vez... por favor, por favor, não perca a cabeça com a Umbridge de novo ou ela pode não deixar a gente jogar mais!
— O.k., o.k. — Concordou Harry, porque Angelina parecia à beira das lágrimas. — Não se preocupe. Vou me comportar...
— Aposto como a Umbridge vai estar na História da Magia. — Astraea falou com ferocidade, quando se encaminhavam para a aula de Binns. — Ela ainda não o inspecionou... aposto que vai estar lá.
Mas se enganou, o único professor presente quando entraram era Binns, flutuando alguns centímetros acima de sua cadeira, como sempre, preparando-se para continuar sua monótona lengalenga sobre a guerra dos gigantes. Astraea começou a acompanhar o que ele estava dizendo, diferente de Harry ao seu lado que rabiscava a esmo em seu pergaminho, fingindo não entender os olhares e cutucadas frequentes de Hermione, até que uma, particularmente dolorosa, nas costelas, o fez erguer os olhos aborrecido.
— Que foi?
Hermione apontou para a janela. Harry olhou e Astraea olhou também logo em seguida, com curiosidade. A coruja branca estava encarrapitada no estreito peitoril, olhando fixamente para ele pela grossa vidraça, uma carta amarrada à perna. Harry ao seu lado parecia estar sem entender o porquê da coruja estar entregando ali já que tinham acabado de tomar o café da manhã. Outros alunos também apontava para a coruja.
— Ah, eu sempre adorei essa coruja, é tão linda. — Ouviu Lilá suspirar para Parvati.
Astraea viu Harry olhar para o Prof. Binns, que continuava a ler suas anotações, serenamente inconsciente de que a atenção da turma estava ainda menos concentrada nele do que o normal. Harry saiu discretamente da carteira, levando um olhar sério da ruiva ao seu lado, ele abaixou-se e percorreu a fila até a janela, onde soltou o trinco, e a abriu muito devagarinho.
Ele abriu a janela devagar e a coruja pulou para sua mão de forma leve, Harry então fechou a janela lançando um olhar ansioso ao Prof. Binns, tornou a se abaixar e a voltar correndo para sua carteira, com Edwiges ao ombro. Sentou-se de novo, transferiu a coruja para o colo e fez menção de remover a carta amarrada à sua perna. Astraea então percebeu que as penas da coruja estavam estranhamente arrepiadas, algumas tinham sido dobradas para trás e ela mantinha as asas em um ângulo esquisito.
— Ela está ferida! — Sussurrou Astraea para Harry, curvando-se para a ave. Harry, Hermione e Rony se inclinaram para mais perto, Hermione chegou mesmo a descansar a pena. — Olhem... tem alguma coisa errada com a asa dela...
A coruja estava tremendo, quando a ruiva fez menção de tocar sua asa, ela se assustou, eriçando as penas como se estivesse se enchendo de ar, e deu ao dono um olhar de censura.
— Prof. Binns. — Chamou Harry em voz alta, e todos na classe se viraram para olhá-lo. — Não estou me sentindo bem.
O professor ergueu os olhos de seus papéis, parecendo espantado, como sempre, de ver diante dele uma sala cheia de gente.
— Não está se sentindo bem? — Repetiu nebulosamente.
— Nada bem. — Disse Harry com firmeza, levantando-se com a coruja escondida às costas. — Acho que preciso ir à ala hospitalar.
— Sei. — Disse o professor, nitidamente muito constrangido. — Sei... sei, ala hospitalar... bem, vá então, Perkins...
— Professor. — Astraea ergueu a mão logo em seguida, Prof. Binns olhando para ela logo em seguida. — Também não estou me sentindo bem.
— Assim, no mesmo momento que Harry? — A ruiva concordou, levando um olhar sombrio do Professor. — Posso saber o motivo?
— Poblemas femininos? — Astraea tentou se justificar, ouvindo algumas risadas pela sala. — Tão rindo porque?
A sala se calou, e o professor sinalizou para que a ruiva fosse. Astraea saiu correndo da sala, indo rapidamente se encontrar com Harry que estava lhe esperando do lado de fora. Harry tinha reposto Edwiges no ombro e saiu apressado com a ruiva pelo corredor.
— Onde nos vamos? — Astraea perguntou para o moreno que olhou para ela rapidamente.
— Encontrar alguém que possa nos ajudar com Edwiges.
Edwiges, então esse era o nome da coruja, Astraea até diria para Harry que ela conseguiria ajudar. Mas era melhor que ele levasse onde ele quisesse. A ruiva andou atrás do moreno, vendo que ele procurava algo do lado de fora de Hogwarts, mas vendo que não tinha ninguém, Harry pareceu espiar os terrenos ventosos e nublados da escola pela janela. sala dos professores. Ele resolveu descer com Edwiges balançando em seu ombro e piando fraco. Duas gárgulas de pedra ladeavam a sala dos professores. Quando Harry e Astraea se aproximaram, uma delas crocitou.
— Você deviam estar na aula, filhinhos.
— É urgente. — Disse Harry com rispidez.
— Misericórdia. — Astraea sussurrou baixo. — Nem a gárgula escapa da acidez dele.
— Ôôôôô, urgente é? — Comentou a segunda gárgula, numa voz esganiçada. — Bom, isto nos põe em nosso lugar, não é?
Harry bateu à porta com tudo dando um susto na ruiva ao seu lado, que pulou o colocou a mão sobre o coração. Ouviu passos, a porta se abriu, e eles se depararam com a Prof. McGonagall.
— Você não recebeu mais uma detenção! — Exclamou ao vê-lo, seus óculos quadrados faiscando assustadoramente.
— Não, professora! — Apressou-se a tranquilizá-la, então a professora botou os olhos na ruiva ao seu lado que sorriu sem jeito.
— Espero que não tenha sido você que recebeu uma detenção, Srta. Sinclair. — Prof. McGonagall ralhou furiosa.
— Dessa vez não tem nada ver comigo professora, e nem com Harry.
— Então, por que não estão na aula?
— Pelo jeito é urgente. — Comentou a segunda gárgula em tom de crítica.
— Estou procurando a Prof. Grubbly-Plank. — Explicou Harry. — A minha coruja está ferida.
— Coruja ferida, foi o que disse? —
A Prof. Grubbly-Plank apareceu ao ombro da McGonagall, fumando um cachimbo e trazendo nas mãos um exemplar do Profeta Diário.
— Foi. — Confirmou Harry, retirando Edwiges cuidadosamente do ombro. — Apareceu depois das outras corujas de correio com a asa esquisita, veja...
A professora prendeu o cachimbo firmemente entre os dentes e recebeu a coruja de Harry, observada pela Prof. McGonagall.
— Humm. — Fez a professora, o cachimbo balançando ligeiramente enquanto falava. — Parece que alguma coisa a atacou. Mas não imagino o que poderia ter sido. Os Testrálios às vezes caçam pássaros, mas Hagrid treinou os de Hogwarts muito bem para não tocarem em corujas.
Harry parecia se importar mais com a saúde da coruja do que com o fato que a Prof. Grubbly-Plank acabou de falar, e Astraea também estava preocupada com a coruja, mais do que com outra coisa. A Prof. McGonagall, porém, olhou para o garoto com perspicácia, e perguntou.
— Você sabe que distância essa coruja viajou, Potter?
— Hum, acho que veio de Londres.
Astraea viu a troca de olhares estranha entre Harry e Prof. McGonagall, e a professora parecia saber de algo pelo jeito com que as sobrancelhas da professora se juntaram sobre o nariz, que compreendia alguma coisa que Astraea não sabia, mas que tinha certeza que Harry escondia. A Prof. Grubbly-Plank então tirou um monóculo de dentro das vestes e encaixou-o no olho para examinar mais atentamente a asa de Edwiges.
— Devo poder resolver isso se você deixá-la comigo, Potter, em todo o caso ela não deve voar muito longe por alguns dias.
— Hum... certo... obrigado. — Disse Harry, na hora em que a sineta anunciava o intervalo.
— Tudo bem. — Disse a Prof. Grubbly-Plank, tornando a entrar na sala dos professores.
— Um momento, Guilhermina! — Chamou McGonagall. — A carta de Potter!
— Ah, é! — Exclamou Harry, arrancando uma risada da amiga, já que tinha esquecido a sua própria carta. A Prof. Grubbly-Plank entregou-a e desapareceu no interior da sala de professores, levando a coruja que olhava fixamente para Harry, como se não pudesse acreditar que o dono fosse
abandoná-la assim.
Astraea e Harry trocaram um olhar, então decidiram ir embora, os dois viraram de costas no mesmo momento e quando tinham pensado que iam conseguir ir embora, a voz da Prof. McGonagall chamando pelos dois soou em seus ouvidos.
— Potter, Sinclair!
— Sim, senhora professora. — Ela olhou para os dois lados do corredor, havia estudantes vindo de ambas as direções.
— Não se esqueçam. — Disse depressa em voz baixa, seus olhos no pergaminho que ele segurava. — De que os canais de comunicação, de e para Hogwarts, podem estar sendo vigiados, sim?
— Eu... — Começou a dizer Harry, mas as ondas de estudantes que vinham pelo corredor estava quase alcançando-os.
A professora lhe fez um breve aceno com a cabeça e se retirou, deixando Harry e Astraea serem empurrado para o pátio pela multidão. A ruiva tinha entendido o recado que McGonagall deu para ela, mas não entendeu o porque dela ter falado aquilo para Harry. Deixando de lado ela seguiu o moreno, que andava parecendo irritado.
Os dois localizaram Rony e Hermione, já parados em um canto abrigado, as golas das capas viradas para cima para protegê-los do vento. Harry abriu o pergaminho, se virando para Astraea com uma mão estendida, a ruiva sorriu e aceitou. Os dois correram para os amigos e Astraea viu Harry ler algo em um papel. Hoje, mesma hora, mesmo lugar. A híbrida arregalou os olhos, percebendo que Harry deveria estar saindo com alguém.
— Edwiges está bem? — Perguntou Hermione ansiosa, assim que a distância permitiu que eles a ouvisse.
— Aonde foi que vocês a levaram? — Perguntou Rony.
— Para a Grubbly-Plank. — Respondeu Astraea.
— A gente encontrou a McGonagall... escutem...
E contou-lhes o que a professora dissera. Para a surpresa de Harry e confusão de Astraea, nenhum dos dois pareceu se abalar. Ao contrário, trocaram olhares muito significativos.
— Quê? — Disse Harry, olhando de Rony para Hermione e novamente para o amigo.
— Também quero saber. — Sussurrou Astraea.
— Bom, eu estava justamente dizendo ao Rony... e se alguém tivesse tentado interceptar Edwiges? Quero dizer, ela nunca se machucou em um voo antes, não é?
— Afinal, de quem é a carta? — Perguntou Rony, tirando o bilhete da mão de Harry.
— É, de quem é a carta. — Astraea disse chamando a atenção do trio de ouro. — O que gente? Eu quero saber.
— Não é de ninguém. — Harry sorriu constrangido e deu um olhar para Rony e Hermione, um olhar que dizia "te conto depois".
Os quatro desceram a escada para as masmorras onde tinham aula de Poções, Astraea absorta em pensamentos, pensamentos que queria saber o que o trio de ouro estava escondendo dela, mas, ao chegar ao último degrau, os quatro foram chamados à realidade pela voz de Draco Malfoy, que estava parado bem à porta da sala de Snape, sacudindo um pergaminho de aspecto oficial e falando mais alto do que necessário para que eles pudessem ouvir todas as palavras que dizia.
— É, na mesma hora a Umbridge deu à equipe da Sonserina permissão para continuar a jogar. Fui pedir a ela logo que acordei. Bom, seria automático, quero dizer, ela conhece meu pai muito bem, ele está sempre entrando e saindo do Ministério... vai ser interessante ver se a Grifinória vai ganhar permissão para continuar a jogar, não acham?
— Não aceitem provocação. — Cochichou Hermione, implorando a Harry e Rony, que observavam Malfoy, os rostos tensos e os punhos fechados, já Astraea assoprava suas unhas que estavam secas em forma de deboche. — É o que ele quer.
— Quero dizer. — Continuou Malfoy, alteando um pouco mais a voz, os olhos cinzentos brilhando malevolamente para Harry e Rony. — Se é uma questão de influência com o Ministério, acho que eles não têm muita chance... pelo que diz meu pai, há anos que estão procurando uma desculpa para despedir o Arthur Weasley... e quanto a Potter... meu pai diz que é apenas uma questão de tempo, logo o Ministério vai mandar despachá-lo para o Hospital St. Mungus... parece que lá tem uma enfermaria especial para gente que teve o cérebro fundido por magia.
Malfoy fez uma careta grotesca com a boca aberta e os olhos girando nas órbitas. Crabbe e Goyle deram os seus habituais grunhidos de riso, e Pansy Parkinson guinchou de prazer. Perseu que estava um pouco afastado olhou para a ruiva esperando alguma reação dela, Astraea olhou diretamente pra Malfoy pensando qual maldição imperdoável iria lançar nele primeiro.
Antes que ela pudesse reagir, alguma coisa colidiu com força contra o seu ombro, empurrando-a para o lado. Uma fração de segundo depois, ela percebeu que Neville, às suas costas, acabara de avançar diretamente contra Malfoy.
— Neville, não! — Harry gritou em protesto.
Astraea segurou seu ombro, apesar do garoto não demonstrar, Neville era forte, e esse empurrão dele fez até o ombro da ruiva dar um estalo contra a parede, Astraea olhou para a frende vendo Harry saltar para a frente e agarra Neville pelas vestes, o garoto lutou freneticamente, os punhos sacudindo no ar, tentando desesperadamente chegar a Malfoy, que pareceu, por um instante, extremamente espantado.
— Me ajude! — Gritou Harry para Rony, conseguindo passar um braço pelo pescoço de Neville e puxá-lo para trás, afastando-o dos alunos da Sonserina. Crabbe e Goyle flexionaram os braços colocando-se à frente de Malfoy, prontos para brigar. Rony agarrou os braços de Neville e juntos, ele e Harry, conseguiram arrastar o garoto para junto dos alunos da Grifinória. O rosto dele estava escarlate, a pressão que Harry fazia sobre sua garganta deixava-o ininteligível, saltavam palavras
estranhas de sua boca.
— Não... graça... não... Mungus... mostre... a ele...
A porta da masmorra se abriu. Apareceu Snape. Seus olhos negros correram pelos alunos da Grifinória até o ponto em que Harry e Rony lutavam com Neville, Astraea ainda encostada na parede com a mão no ombro com cara de dor.
— Brigando, Potter, Weasley, Longbottom? — Indagou, com sua voz fria e desdenhosa. — Dez pontos a menos para a Grifinória. Solte Longbottom, Potter, ou receberá uma detenção. Para dentro todos vocês.
Harry largou Neville, que ficou ofegando, de cara amarrada para ele.
— Tive de segurar você! — Exclamou Harry, apanhando sua mochila. — Crabbe e Goyle iam estraçalhar você.
— Eles que tentasse. — A voz da ruiva soou enquanto ela fazia uma massagem em seu ombro, andando até o amigo.
Neville não disse nada, apenas agarrou a própria mochila e entrou na masmorra.
— Em nome de Merlin. — Perguntou Rony lentamente, ao acompanharem Neville. — O que foi aquilo?
Harry nada respondeu. E Astraea sabia que ele sabia de algo, mas ia ficar quieta.
Harry, Rony e Hermione ocuparam seus lugares habituais no fundo da sala, e Astraea sentou atrás deles, Perseu obviamente sentando ao seu lado. A ruiva tirou seu pergaminho, pena e exemplar de Mil ervas e fungos mágicos. À sua volta, a turma murmurava sobre o que Neville acabara de fazer, mas, quando Snape fechou a porta da masmorra com uma pancada ressonante, todos imediatamente se calaram.
— Vocês irão notar. — Disse Snape, com sua voz baixa e desdenhosa. — Que hoje temos uma convidada conosco.
Ele indicou, com um gesto, um canto sombrio da masmorra, e Astraea viu a Prof. Umbridge sentada, com a prancheta sobre os joelhos. Snape e Umbridge, os dois professores que mais eram uns amores na escola haviam se juntados, certamente para acabar com a raça dos alunos juntos.
— Hoje vamos continuar a nossa Solução para Fortalecer. Vocês encontrarão suas misturas como as deixaram na última aula, se forem feitas corretamente, elas deverão ter maturado a contento durante o fim de semana... as instruções... — Ele acenou com a varinha. — ... no quadro. Podem começar.
A Prof. Umbridge passou a primeira meia hora da aula tomando notas em seu canto. Astraea estava muito interessada em ouvi-la questionar Snape, tão interessada que começou a descuidar de sua poção pela primeira vez.
— Sangue de salamandra, ruivinha! —Ralhou Perseu, agarrando o pulso da ruiva para impedi-la de adicionar o ingrediente errado pela terceira vez. — E não suco de romã!
— Certo. — Respondeu Astraea voltando a sua poção, pondo o frasco de lado e começando a prestar atenção no que estava fazendo.
— Ahh! — Exclamou Harry baixinho a sua frente, então Astraea ergueu o olhar vendo quando Umbridge passou entre duas filas de carteiras em direção a Snape, que estava curvado para o caldeirão de Dino Thomas.
— Bom, a turma parece bastante adiantada para seu nível. — Disse ela, animada, para as costas de Snape. — Embora eu questione se é aconselhável lhes ensinar uma poção como a Solução para Fortalecer. Acho que o Ministério preferiria que fosse retirada do programa.
Snape se endireitou, lentamente, e se virou para encarar Umbridge. Ah, fala sério, quem ela pensa que é? Astraea pensou.
— Agora... há quanto tempo você está ensinando em Hogwarts? — Perguntou ela, com a pena em posição sobre a prancheta.
— Catorze anos. — A expressão de Snape era indefinível.
— Você se candidatou primeiro ao cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, não foi? — Perguntou a professora a Snape.
— Foi. — Respondeu ele em voz baixa.
— Mas não foi aceito?
O lábio de Snape se crispou.
— É óbvio.
A Prof. Umbridge fez uma anotação na prancheta.
— E você tem se candidatado regularmente àquele cargo desde que foi admitido na escola?
— Sim. — Respondeu Snape, quase sem mover os lábios, a voz baixa. Parecia muito irritado.
— Tem alguma ideia por que Dumbledore tem se recusado consistentemente a nomeá-lo? — Perguntou Umbridge.
— Sugiro que pergunte a ele. — Respondeu Snape aos arrancos.
— Ah, perguntarei. — Disse a professora com um sorriso meigo.
— Suponho que isto seja relevante? — Perguntou Snape, estreitando os olhos negros.
— Ah é, é, sim, o Ministério quer ter uma compreensão abrangente dos professores... hum... sua vida pregressa.
Ela virou as costas, saiu em direção a Pansy Parkinson e começou a interrogá-la sobre as aulas.
— Então, sem nota outra vez, Potter. — Disse Snape maliciosamente, Astraea virou a cabeça em direção a mesa de Harry vendo Snape esvaziando o caldeirão de Harry com um aceno da varinha. — Você vai me fazer um trabalho escrito sobre a composição correta desta poção, indicando como e por que errou, para me entregar na próxima aula, entendeu?
— Sim, senhor. — Respondeu Harry furioso.
✦ —— Olá estrelas e constelações!
Infelizmente esse é o último capítulo que eu vou postar hoje, mas não vai ser o último da semana, já estou terminando outros capítulos e quem sabe depois de amanhã já está prontinho aqui pra vocês lerem? Agora vamos falar sobre esse capítulo, primeira coisa que tenho a dizer é sobre a entrada da Astraea na Sala Comunal da Grifinória e que ela foi inspirada em um áudio, quem souber a referência comente aqui. Agora outro ponto importante é que no próximo capítulo já começa o meu plano de botar o plot em ação. E só tenho uma coisa a dizer, o negócio vai pegar fogo, outra coisa é o puta empurrão que Astraea levou que me lembrou da minha quase queda na escada hoje, queda essa que eu torci o tornozelo. E eu posso garantir que se o Neville não tivesse ido pra cima pra bater no Draco, mas uma palavrinha que ele falasse a Astraea quebraria ele no pau.
✦ —— Espero que tenham gostado, infelizmente chegamos ao final da maratona de hoje. Votem, comentem e compartilhem, isso vai me ajudar muito e até o próximo capítulo.
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro