ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘀𝗲𝘃𝗲𝗻. ᠉ ࣪ ˖
laço de aphrodite!
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𝗛𝗔́ 𝗥𝗨𝗠𝗢𝗥𝗘𝗦 𝗤𝗨𝗘 𝗛𝗔́ 𝗨𝗠𝗔 𝗟𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗩𝗘𝗥𝗠𝗘𝗟𝗛𝗔 que nós liga a algo, ou alguém. Ela está enrolada em nosso dedo mindinho e no de outra pessoa, que pode ser chamada de nossa alma gêmea. E ela não pode ser quebrada e muito menos forjada. O laço dos deuses, é isso que é chamado.
Quando Dumbledore chamou o garoto na sala dele. Perseu não entendeu no começo e até pensou nas duzentas coisas que ele fez ao longo dos anos para ter sido chamado pra ir a sala do diretor, e agora que ele estava ali, o garoto de belos olhos azuis só poderia esperar para que Dumbledore revelasse o motivo de sua presença na sala.
— Então? — Ele falou chamando a atenção do diretor pra ele. — O que o senhor queria me falar?
— Ah, sim, meu jovem. — Dumbledore começou enquanto se levantava da cadeira andando pela sala. — Já ouviu falar sobre algum laço de companheirismo? Ou mais específico, o laço de Aphrodite?
— Laço de Aphrodite?
— Sim, todos sabem que Aphrodite é a deusa do amor e da beleza na mitologia grega. Há uma especulação que ela criou um laço de amor tão forte quanto o seu pelo seu marido, Ares, o Deus da Guerra. Contudo, pelas especulações, Aphrodite nunca abençoou ninguém com esse laço. Até agora.
— Como assim até agora? — Questionou com uma sombrancelha arqueada.
— Creio que você deve ter tido um sentimento estranho pela Senhorita Astraea. — Dumbledore falou, parando em frente ao garoto.
— Astraea, quem? — Perguntou ainda mais confuso enquanto olhava ao redor, tentando achar algo que o tire do tédio que estava sendo a conversa com o diretor.
— A garota ruiva que você estava olhando na hora da escolha das casas.
Perseu viajou nos pensamentos, e ao se lembrar de quem o diretor estava falando, o loiro-acastanhado sentiu um leve incômodo no peito ao se lembrar da bela garota na qual havia trocado olhares durante a escolha das casas. E ele não pode deixar de ignorar com quem ela estava e em qual mesa estava, Harry Potter e Grifinoria. Duas coisas que o bruxo odiava.
— Ah. — Foi apenas isso, um fiasco de palavra saindo de sua boca.
Porque naquele momento, Perseu não conseguia falar nada e nem fazer nada, além de apenas focar na beleza da garota ruiva que certamente havia chamado sua atenção desde o último encontro deles no beco diagonal.
— Agora, voltando ao assunto anterior. — Dumbledore continuou trazendo a atenção do bruxo pra ele. — O sentimento estranho que sentiu pela Senhorita Sinclair naquele momento é nada mais do que o laço de Aphrodite se estabelecendo.
— Okay, agora o que diabos é o laço de Aphrodite? Porque sinceramente, eu não estou entendendo mais nada.
— O laço de Aphrodite... — Dumbledore passou a mão na barba pensando antes de começar a falar. — É uma criação da deusa do amor, que pelo nome já podemos saber que é a Aphrodite. Ela e seu filho, Eros, o tão famoso cupido. Fizeram um laço de companheirismo, uma ligação de almas e todos acreditavam e ainda acreditam que isso é apenas uma lenda ou mito, que o laço de Aphrodite não existe. Porém, é o contrário, meu jovem. Ele existe e é tão forte que quando se é encaixado, tudo o que importa para os dois que estão ligados são a vida um do outro, ligados desde o nascimento até a morte com um fio dourado que é sentido com o primeiro toque entre as duas pessoas ligadas. Essa ligação é muito poderosa e essas duas pessoas são ligadas por causa do poder, ou seja, essa ligação é com base no poder entre elas. Porque se fossem pessoas normais, não aguentariam o laço e acabariam morrendo.
— Porque? — O garoto perguntou se referindo a última parte, ainda raciocinando tudo o que o diretor falava.
— Porque de acordo com a lenda, essas duas pessoas, sejam elas homens ou mulheres, tem uma ligação tão forte que poderiam sentir e distinguir o sentimento um do outro. E por causa disso, caso uma dessas pessoas morresse, a outra sentiria tudo, a sua morte e a dor de perder sua outra metade e sua alma gême. E quando isso acontecer, eles sentiram aquele sentimento que vieram sentindo durante todo o tempo indo embora, desaparecendo entre suas mãos, sem poder fazer nada para impedir. Eles sentiram o laço se partindo, se quebrando e o seu companheiro perdendo a vida, tudo o que aquela pessoa passar Perseu, sua outra metade irá sentir, seja o sentimento de dor, culpa, perda, remorso, raiva, ciúmes, alegria, amor e prazer. O laço não vai ligar apenas duas pessoas, mas sim ligar suas almas uma na outra, como um encaixe, como se essas duas pessoas fossem as mesmas em um corpo diferente. Esse é o laço de Aphrodite, um laço de amor e companheirismo e também de ruina e destruição, porque se esse laço se encaixar com pessoas ruins. Nada no mundo será capaz de impedir que eles se destruam. Diz a lenda que se duas almas ruins se encontrarem será o fim da criação do laço e também da deusa do amor, e é por isso que as duas pessoas ligadas devem viver. Porque se uma perder a outra, essa outra pessoa perderá a cabeça por causa da morte de sua outra metade e se tornara alguém ruim, que apenas com a volta de sua alma gêmea poderá voltar ao que era antes.
O garoto ficou olhando pro diretor, um misto de temor e choque passando por seus olhos, aquilo era muito pra compreender na mente dele e naquele momento Perseu só queria que o diretor não estivesse falando isso pra ele, mas sim pra qualquer um, menos pra ele. Porque se Dumbledore estivesse certo, então o loiro-acastanhado tinha uma ligação de almas com uma completa estranha e ele não estava pronto pra isso. Ele não estava pronto pra se apaixonar, e definitivamente não estava pronto pra ver a pessoa que ama morrer, assim como sua mãe.
— E é exatamente o que você tá pensando agora, você tem uma ligação de almas, um laço de companheirismo e uma alma gêmea. Mais especificamente, o laço de Aphrodite com Astraea Sinclair, a nova aluna. — Perseu saiu de seu transe e se levantou pronto pra sair da sala, mas como se fosse a voz da razão Dumbledore se pôs a falar novamente. — Eu não terminei.
— E não precisa, não quero mais escutar essas baboseiras. — Sua voz saiu mais falhada do que ele esperava, e isso o fez coçar a garganta. — Eu vou fingir que isso não aconteceu e evitar a garota a qualquer momento para que não aja mais confusão pro meu lado.
— Você não pode, meu jovem. — O loiro-acastanhado o olhou pelo ombro. — Se você se afastar dela o laço vai entender com uma rejeição e um de vocês dois irá morrer. Esse laço era uma lenda a horas atrás, mas agora ele se tornou algo além do que um mito quando você e a senhorita Sinclair se encararam, e ele é único, só aconteceu uma vez desde a criação da deusa do amor e foi com você e ela. Vai realmente fingir que ele não aconteceu, apenas por ter medo de ama-la e acabar a perdendo ou você acabar morrendo?
— Espero que seja ela a morrer, então. — Frieza pura saiu de seus lábios e por um momento Perseu se arrependeu de ter dito aquilo. — E eu não me importo com suas palavras, eu não quero esse laço estupido na minha vida e o melhor vai ser que essa garota fique bem longe de mim, assim como você com esse seu papo sobre essa coisa.
— Você ainda vai se arrepender dessas suas palavras, garoto. — Perseu ignorou pronto pra sair da sala. — Tome cuidado com o que pede, um dia você pode estar desejando que isso não acontecesse, e no outro estará implorando para nunca ter feito e dito isso.
— Tanto faz. — Ele falou, colocando a mão na maçaneta. — Até mais, diretor.
— Até mais, Perseu Dempsey. — Dumbledore falou, o olhando como se soubesse de algo, enquanto sussurrava. — Filho de Érebo.
O garoto saiu, não escutando a última fala do diretor. E assim que ele fechou a porta atrás de si, o loiro-acastanhado se virou dando de frente com a garota que ele menos queria ver naquele momento. Quando os olhares dos dois se encontraram novamente, tanto ele quanto ela sentiram aquele sentimento estranho novamente que apenas ele sabia o motivo. A ruiva pronta pra pedir desculpas, acabou reparando que estava com a mão no braço do garoto. Quando Perseu percebeu isso, olhou para a mão dela sentindo um calafrio percorrer seu corpo, reparando que seu braço estava desnudo por causa que a camiseta havia subido para seus cotovelos.
Então, assim como Dumbledore havia falado, no fundo de sua mente um fio dourado apareceu, assim interligando a alma dos dois bruxos a sua frente. Astraea sentiu algo se encaixar em sua mente, mas estava tão confusa que não soube distinguir o que era aquilo, ela só sabia que era como um fio que havia se instalado no fundo de sua mente. Dando um passo pra trás, ela estava prestes a perguntar algo quando o garoto passou por ela correndo desesperado.
— Ei, seu mal educado. — Gritou chamando sua atenção. — Segunda vez que a gente se esbarra e você não pede desculpas.
— Não acho que deveria pedir desculpas, levando em consideração que você é uma desastrada que não olha por onde anda. — Ela o olhou, raiva se estabelecendo nas íris azuis.
— Escuta aqui seu... — Perseu deu de costas ignorando o fato de que ela iria começar a xingar e ofender até a última geração de sua família. — Por isso que minha mãe sempre fala que garotos normalmente não sabem tratar bem uma dama. Tirando meu pai, é claro.
Descendo as escadas correndo como se estivesse desesperado pra comer ou achar algo, Perseu deu o fora dali, ainda se martelando pelos acontecimentos recentes. Por que tinha que acontecer justo com ele, por que não podia ser com qualquer um, por que ela tinha que ser tão bonita e por que sua voz tinha que ser como a de anjos? Por Merlin, por que aquela garota tinha que ter entrado na sua vida?
Enquanto seus pensamentos eram relacionados a xingar todos os deuses por terem amaldiçoado ele com aquele laço. Ele andava pelos corredores com uma carranca espantando qualquer aluno que passava por ele com medo de que o loiro-acastanhado acabasse jogando uma maldição imperdoável neles, ou os socase no rosto por simplesmente existirem, e levando em consideração de como o garoto estava naquele momento, não era muito inesperado ele acabar fazendo isso.
Com os acontecimentos interiores rondando sua cabeça, o loiro-acastanhado imediatamente chegou na comunal da Sonserina, ignorando tudo e apenas falando a senha, enquanto entrava pronto pra se deitar e fingir que todo mundo não existia. Além dele.
Perseu subiu pra seu dormitório, que pra piorar sua situação, dividia com alguns garotos de sua casa e quando ele viu que havia chegado perto de sua cama. Ele se jogou nela, se embolando no cobertor e jogando seus sapatos para longe enquanto olhava para o teto tentando colocar seus pensamentos em ordem, onde era todos relacionados ou a sua conversa com o diretor ou ao maldito laço que o prendia a alguém. Ou a ela.
Se revirando na cama, Perseu só pode implorar aos deuses existentes para que não colocasse ela na mesma casa que ele. Pra que não colocassem ela na Sonserina, mas sim em qualquer casa que a deixasse longe dele.
Pela manhã, Perseu xingou os deuses de todos os nomes possíveis. A garota ruiva se sentou na mesa chamando a atenção de todos Sonserinos que olhavam pra ela com ódio por causa da noite anterior. A ruiva olhou ao redor com a maior cara de deboche, como se estivesse afrontando eles para que falassem algo.
Os Sonserinos vendo a ação da garota se viraram imediatamente, ignorando ela. Perseu observou quando Apolo Beaumont, um Sonserino, se sentou do lado da garota e começou uma conversa. A ruiva sorriu e o loiro-acastanhado quis socar a cara de Apolo por aquele sorriso ter sido direcionado a ele. Vendo seus pensamentos, Perseu rapidamente chacoalhou a cabeça retirando o que disse e se repreendendo mentalmente.
— Já disseram que você é a coisinha mais linda desse mundo? — Apolo questinou para a ruiva.
— Já, muitas vezes. — Ela respondeu, antes de se virar a começar a comer seu café da manhã.
— E já...
— Com licençinha. — Uma morena falou entregando o papel para a ruiva, que pegou rapidamente e para o moreno do seu lado. — Esses são os horários de aula de vocês e Apolo pare de dar em cima da garota, ela não é pra sua ladainha.
— Obrigada. — Ela agradeceu.
— Ah, qual é? Por que você sempre tem que estragar meus flertes?
— Porque eu posso, beijos. — A morena mandou um beijo no ar enquanto já se afastava, arrancando uma risada da ruiva e também de Perseu que ouvia tudo.
Perseu observou a Corvina entregar os horários para cada Sonserino na mesa, mesmo que alguns a olhassem torto e pegassem os papéis agressivamente da sua mão, ela não deixou de dar um sorriso para todos eles. Até chegar na vez do loiro-acastanhado, Perseu olhou para a mão que estava com a folha parada em sua frente e virou para trás observando a Corvina com os horários estendido para ele e provavelmente esperando que ele a tratasse do jeito que os outros Sonserinos, exceto Astraea, a tratou.
— Obrigado, senhorita. — Sorriu de lado pegando a folha e colocando dentro da capa, sem nem ver qual era suas aulas. Ao contrário dos alunos que viam seus horários animados, enquanto comentava com seus amigos.
Perseu escutou um garoto falando qual era a primeira aula, sabendo assim qual séria o local que ele tinha que ir, para a sala de aulas de história de magia. E o loiro-acastanhado ficou feliz em saber que não era aula de poções, já que ele odiava.
Perseu bebeu seu suco enquanto analisava os Sonserinos na mesa e ao olhar pro lado, ele viu a tempo a ruiva se levantar e se preparar pra sair. Benjamin se levantou no mesmo momento, indo até a ruiva e a puxando pelo ombro delicadamente. O loiro-acastanhado franziu a testa, analisando os dois.
— Ei, garota do trem. — Benjamin sorriu.
— Olá? — Ela pareceu confusa olhando pra ele, o loiro-acastanhado quis rir, mas se segurou observando a cena apoiando a cabeça na mão. — ATÁ.
Todos olharam pra ela, fazendo a ruiva arregalar os olhos e perceber o que havia feito. Ela olhou para Benjamin, um sorriso se manifestando em seus lábios.
— Demorei pra te reconhecer, domador de furão. — Ele pareceu bufar, olhando pra ela.
— Você não trouxe aquele demônio branco aqui, não né?
— Quem você chamou de demônio? — Ela levantou uma sombrancelha.
— Ninguém. — Sorriu amarelo, enquanto passava o braço ao redor dos ombros da garota.
— Que bom, Benjamin. — Ela falou, começando a andar sendo acompanhada pelo garoto.
— Patético. — Sussurrou Perseu, observando o irmão com a garota que ele estava praticamente ligado. Ele se levantou da mesa atraindo a atenção de alguns Sonserinos.
O loiro-acastanhado colocou as mãos no bolso de sua calça enquanto andava em passos largos até a saída. Ele propositalmente esbarrou no ombro do irmão e olhou para ele com um sorrisinho de lado, já Benjamin olhou pra ele com um olhar decepcionada e a ruiva apenas ficou observando, uma carranca se formando em seu rosto.
— O, sem educação. Não tá vendo que a gente está em uma conversa, não? — Benjamin olhou pra ela surpreso, já a ruiva focou os olhos em Perseu, raiva transbordando de sua feição.
— Não, sou cego.
— Da pra ver mesmo. — A ruiva olhou de baixo pra cima pra ele, então puxou Benjamin pelo braço, esbarrando no garoto propositalmente. — Vamos, Ben. Não se junte com essa gentalha.
Perseu olhou para os dois saindo do salão e bufando, ele os seguiu já quê tinham o mesmo destino. A ruiva olhou pra trás trocando olhares com ele, antes de se virar com tudo e iniciar uma conversa civilizada com o amigo do lado. O loiro-acastanhado apenas revirava os olhos a cada palavra dos dois, andando impaciente atrás deles, até chegar na sala onde se iniciaria a aula.
Ele entrou na sala, ignorando os dois atrás que pararam para fofocar. Astraea e Benjamin começaram a sussurrar baixinho enquanto olhavam os alunos passar pela porta. Perseu ficou os olhando de longe, vendo que a garota junto com seu irmão parecia duas velhas fofoqueiras. Os dois imediatamente pararam de sussurrar quando Harry Potter entrou na sala, Astraea e Benjamin se olharam parecendo se falarem mentalmente. Então, os dois amigos foram rapidamente atrás do escolhido, com um sorriso no rosto.
— Oi, Harry. — Astraea cumprimentou, fazendo o moreno se virar para ela.
— Astraea. — Murmurou ele a olhando. — Você está na Sonserina?
— É, parece que sim. — Sorriu. — Mal posso acreditar que minha primeira aula em Hogwarts é com você!
Perseu ficou olhando para os dois notando como Benjamin ficou parecendo uma planta parada enquanto prestava atenção na conversa de Harry e Astraea.
— Eu também. — Sorriu. — Já tem lugar para se sentar? Se você não tiver, pode se sentar comigo.
— Ah, eu já marquei em me sentar com o Benjamin.
— Quem? — Perguntou confuso, observando o aceno da ruiva para o seu lado, analisando o garoto que estava ao lado de Astraea, Harry pareceu constrangido.
— Bem, este é meu amigo Benjamin e Benjamin este é meu outro amigo, Harry, mas você já deve conhecer ele. — Os apresentou.
— E aí, Harry, é um prazer revê-lo.
— É um prazer rever você também, Benjamim. — Sorriu forçado.
Perseu mesmo a alguns metros de distância, riu ao ver a tensão entre os dois, e ele sabia muito bem o motivo disso. Notando a confusão da ruiva o loiro-acastanhado só pode balançar a cabeça, vendo que ela estava perdida ali entre os dois garotos.
— Bem, eu estou indo me sentar. Mas depois a gente conversa. — Harry falou recebendo um aceno da parte da ruiva.
— Tudo bem, até depois. Harry.
O moreno andou até a frente se sentando em uma das primeiras cadeiras. Enquanto Astraea e Benjamin iam até o fundo se sentando em uma mesa a frente da que Perseu estava encostada. E assim foi a aula, escutando os dois amigos a sua frente conversando, enquanto se perdia em pensamentos
Perseu se sentou na sua mesa, xingando qualquer um ao seu lado. Agora era aula de poções, aula de Snape, que apesar de todos os Sonserinos amarem ele, Perseu o odiava. Sem nem ter motivo, Snape odiava ele, o loiro-acastanhado parecia que era um dos vermelhos no olhar de Snape, já que o professor sempre implicava e brigava com o garoto, mesmo que ele fosse muito bom nas aulas de poções, ainda sim era criticado pelo professor. Que sempre achava algum defeito, seja ele mínimo no garoto.
Com estes pensamentos que a porta das masmorras rangeu, no mesmo momento que a ruiva se sentou na mesa ao lado de Perseu, que rapidamente olhou para ela. Vendo que agora seu irmão não estava do seu lado, como um cachorrinho sem dono.
— Quietos. — Disse Snape friamente, fechando a porta ao passar.
Não havia necessidade dessa fala pelo professor, já que no momento que a turma ouviu a porta se fechar, o silêncio se estabeleceu e todo a farra terminou. A mera presença de Snape era, em geral, suficiente para garantir o silêncio da classe.
— Antes de começarmos a aula de hoje. — Disse o professor, caminhando imponente até a escrivaninha e correndo os olhos pelos alunos. — Acho oportuno lembrar a todos que em junho próximo prestarão um importante exame, no qual provarão o quanto aprenderam sobre a composição e o uso das poções mágicas. Por mais debilóides que sejam alguns alunos dessa turma, eu espero que obtenham no mínimo um "Aceitável" no seu N.O.M., ou terão que enfrentar o meu... Desagrado.
O seu olhar recaiu desta vez sobre Neville, um garoto da Grifinoria, que Perseu não tinha nada contra. Esse engoliu em seco, olhando para Snape.
— Quando terminar este ano, naturalmente, muitos de vocês deixarão de estudar comigo. — Continuou Snape. — Só aceito os melhores na minha turma de poções preparatórios para o N.I.E.M., o que significa que alguns de nós certamente vamos dizer adeus.
Seu olhar pousou em Harry e Perseu e seu lábio se crispou. Os garotos encarou-o de volta, ambos sentindo um prazer sinistro em pensar que poderiam desistir de poções depois do quinto ano.
— Mas ainda teremos um ano antes do feliz momento das despedidas. — Disse Snape suavemente. — Portanto, pretendam ou não tentar os exames do N.I.E.M.s, aconselho a todos que se concentrem em obter a nota alta que sempre espero dos meus alunos de N.O.M.
Perseu revirou os olhos, ele certamente conseguiria muito mais que somente um "aceitável", mas seria bem possível que Snape achasse vários defeitos em algo e falasse que ele foi mal.
— Hoje vamos aprender a misturar uma poção que sempre é pedida no exame dos Níveis Ordinários em Magia, a Poção da Paz, uma beberagem para acalmar a ansiedade e abrandar a agitação. Mas fiquem avisados, se pesarem muito a mão nos ingredientes, vão mergulhar quem a beber em um sono pesado e por vezes irreversível, por isso prestem muita atenção no que vão fazer.
A sua esquerda, Astraea se sentou ainda mais reta, com uma expressão de extrema atenção. E Perseu só pensou o quão bonita ela ficava assim.
— Os ingredientes e o método. — Snape fez um gesto rápido com a varinha. — Estão no quadro-negro — (eles apareceram ali.) — neles encontrarão tudo o que precisam. — Ele tomou a agitar a varinha. — no armário de estoque — (a porta do armário mencionado se abriu.) — e vocês tem uma hora e meia... Podem começar.
Exatamente como Perseu havia previsto, Snape não poderia ter passado para os alunos uma poção mais difícil e demorada. Os ingredientes tinham de ser acrecentados ao caldeirão na ordem e quantidade precisas, a mistura tinha de ser mexida o número exato de vezes, primo no sentido horário, depois no anti-horário, o calor e as chamas em que a poção ia cozinhar tinham de ser reduzidos a um nível exato, por um número específico de minutos antes de último ingrediente ser adicionado.
— Um vapor claro e prateado deve se desprender da poção. — Avisou Snape. — Dez minutos antes de ficar pronta.
Perseu, que estava calmo e totalmente relaxado, correu o olhar calmamente pela masmorra. Seu caldeirão estava liberado um vapor igual a que Snape havia mencionado, claro e prateado; o do Weasley cuspia fagulhas verdes. Simas cutucava febrilmente as chamas da base do caldeirão com a ponta da varinha, pois elas pareciam estar se apagando. A superfície da poção de Astraea, no entanto, apresentava uma névoa prateada de vapor, e quando Snape passou por ela olhou do alto do seu narigão sem fazer comentários, o que significava que não conseguirá encontar nada a criticar. Mas Perseu ainda pode perceber que ele a olhava com um brilho orgulhoso no olhar.
Snape portanto passou por Hermione Granger, tendo a mesma reação da poção da ruiva, apenas passando sem fazer comentários. Junto ao caldeirão de Harry, porém, o professor parou, e olhou-o com um horrível sorriso de afetação no rosto.
— Potter, que é que você acha que isto é?
Os alunos da Sonserina sentados na frente da sala ergueram a cabeça, pressurosos, adoravam ouvir Snape implicar com Harry. Menos Astraea, que parecia focada de mais na sua poção.
— A Poção da Paz. — Respondeu o garoto, tenso.
— Diga-me, Potter. — Perguntou Snape baixinho. — Você sabe ler?
Draco Malfoy deu uma risada, recebendo um olhar do loiro-acastanhado que olhou para o platinado com desdém. Ele não ia com a cara dele.
— Sei, sim senhor. — Disse Harry, os dedos apertando a varinha.
— Leia a terceira linha das instruções pra mim, Potter.
Harry pareceu apertar os olhos para ver o quadro-negro, não era fácil ler as instruções através da névoa de vapor multicolorido que agora enchia a masmorra.
— Acrescente a pedra da lua moída, mexa três vezes no sentido anti-horário, deixe cozinhar durante sete minutos, depois junte duas horas de xarope de heléboro.
O ânimo do moreno despencou, pelo olhar que Potter deu ele não juntará o heléboro, passará direto para a quarta linha das instruções, depois de cozinhar a poção durante sete minutos.
— Você fez tudo que estava na terceira linha, Potter?
— Não, senhor. — Respondeu Harry baixinho.
— Como disse?
— Não. — Repetiu o garoto mais alto. — Esqueci o heléboro.
— Eu sei que esqueceu, Potter, o que significa que essa porcaria não serve pra nada. Evanesco!
O conteúdo do caldeirão de Harry desapareceu, ele ficou parado como um tolo ao lado do caldeirão vazio.
— Os alunos que conseguiram ler as instruções encham um frasco com uma amostra de sua poção, colem uma etiqueta com o seu nome escrito com clareza e tragam-no à minha escrivaninha para verificação. — Disse Snape. — Dever de casa, trinta centímetros de pergaminho sobre as propriedades da pedra da lua e seus usos no preparo de poções, a ser entregue na terça-feira.
Enquanto todos a sua volta enchiam os frascos, incluindo Perseu. Harry guardou o que era seu, espumando de raiva. Sua poção não estava pior do que a de Rony, que agora exalava um cheiro horrível de ovo podre; ou a de Neville, que atingirá a consistência de cimento recém-misturado, e agora ele tentava extrair do caldeirão; mas era apenas ele, Harry, que iria receber zero no trabalho do dia.
Perseu sentiu um pouco de pena, apenas um terço, mas logo afastou a pena pro lado ao perceber que Snape já havia feito pior com ele. O garoto se levantou, assim como os demais que se dirigiram à escrivaninha de Snape com frascos cheios e arrolhados. Perseu colocou o frasco ali, sendo seguido pela ruiva que deu de ombros e foi arrumar suas coisas para sair. E quando finalmente a sineta tocou, Harry Potter foi o primeiro a sair da masmorra.
Perseu observou a ruiva ao seu lado, que só pegou sua mochila e colocou sobre os ombros, saindo em disparada das masmorras, o loiro-acastanhado a seguiu, que assim como os outros alunos foram até o Salão Principal. Ao chegaram lá, Astraea se sentou na mesa da Sonserina, colocando a mochila de lado. O teto se transformará em cinza acima deles, ainda mais sujo durante a manhã, a chuva fustigava as janelas.
Perseu ignorou todos, apenas se sentou um pouco perto da ruiva, mas especificamente ao seu lado. Ele começou a se deliciar com o banquete a sua frente. Astraea fazia o mesmo, comendo um pedaço do empadão de batata com carne moída, logo despedaçando um pedacinho e levando a sua bolsa ao lado. Perseu observou isso, até ver o motivo da garota estar levando a comida para a bolsa, nela havia um bicho, mas especificamente um pequeno rato branco.
— O que você tá fazendo? — Questinou Perseu, atraindo a atenção da ruiva.
— Fazendo exatamente, o quê? — Levantou uma sombrancelha.
— Alimentando um rato.
A ruiva abriu a boca, parecendo chocada. Ela levou os olhos até o loiro-acastanhado, raiva se estabelecendo neles.
— Quem você chamou de rato, seu idiota? — Esbravejou raivosa.
Nesse momento, o tal rato saiu de sua bolsa. E Perseu pode ver que não era um rato, na verdade era uma doninha, branca e de olhos vermelhos mortais. O bichinho olhou para ele, um olhar tão mortal e sanguinário que fez o loiro-acastanhado engolir em seco, mas Perseu não pode largar mão de pensar que ele era exatamente a doninha que Draco Malfoy foi transformado no ano anterior.
— Meu Merlin, você tem um mini Draco Malfoy na sua bolsa. — Disse risonho.
— Como é que é?! Não insulte o meu anjinho! — Astraea se levantou colocando a bolsa sobre os ombros, enquanto a bola de pelos braços agarrava com suas unhas no pano, deixando sua cabeça para o lado de fora.
A garota terminou de beber seu suco, apanhou alguns cupcake verdes e virou as costas, saindo do Salão Principal enquanto xingava o loiro-acastanhado, que apenas ficou a olhando de longe, enquanto dava altas risadas do jeito que ela ficou.
Harry Potter e Perseu Dempsey foram os próximos a sair do Salão Principal, enquanto Perseu andava calmamente com um sorriso no rosto. Harry parecia raivoso, pisando fundo com uma carranca no rosto. Os dois alcançaram a ruiva, que estava alguns metros a frente, xingando alguém, ou mais resumidamente, xingando Perseu.
— Onde já se viu, chamar você de rato. Mas ele ainda vai ver quem é o rato, sério. — Bufou. — Esse garoto acha que pode falar assim de você, meu anjinho, mas está muito enganado, ainda mais ao pensar que pode te comparar com aquela calopsita albina do Malfoy.
O loiro-acastanhado riu baixinho, prestando atenção na ruiva que xingava ele. Harry foi rápido em ficar ao lado de Astraea, olhando pra ela assustado pelos xingamentos que saiam de sua boca.
— Aquele desmiolado, sem educação, patético. Ele... — Astraea não pode terminar de falar, pois logo foi interrompida pelo moreno que agarrou ela pelo braço. — O quê que foi?
Ela se virou com tudo, dando de cara com Harry, que olhava pra ela com um pequeno sorriso no rosto, a expressão raivosa da ruiva logo desapareceu, dando lugar a um sorriso de lado.
— Oi, Harry. — Sorriu amigável.
— Oi, Astraea. — Ele sorriu retribuindo.
— Está indo para aula de adivinhação? — Perguntou.
— Estou, e você?
— Também. — Respondeu. — Que tal a gente ir juntos?
— Por mim tudo bem. — Concordou.
Astraea então sorriu, agarrando o moreno pelo braço e o puxando para que pudessem andar. Perseu novamente revirou os olhos, e seguiu atrás dos dois, sem ao menos ser percebido.
Astraea, Harry e Perseu, que andava atrás dos dois disfarçadamente, subiram dois degraus de cada vez da escadaria de mármore, passando pelos numerosos estudantes que corriam para almoçar. A raiva que Harry ainda sentia, acaba de extravasar tão inesperadamente ainda queimava dentro dele, e a visão dos rostos chocados de Rony e Hermione lhe proporcionou uma sensação de profunda satisfação. Já a ruiva mantinha o ódio por Perseu ainda dentro de si, mas agora ela estava mais calma, enquanto acariciava sua bolinha de pelos.
Em um dia patamares, Astraea e Harry passou pelo grande retrato do Sir Cadogan, o cavalheiro desembainhou a espada e brandiu-a ferozmente contra Harry, que não lhe deu atenção. Diferente da ruiva que olhou para aquilo confusa.
— Volte aqui seu cão pestilento! Fique parado e lute! — Berrou com a voz abafada pelo visor da armadura, mas Harry simplesmente continuou o seu caminho e, quando Sir Cadogan tentou segui-lo, correndo para o retrato do lado, foi repelido por seu dono, um cachorro de cara feroz.
Perseu se preparou para passar em frente ao quadro, sabendo que Sir Cadogan iria encher ele também, mas ele logo soube uma coisa para fazer com que o cavalheiro lhe deixasse em paz.
— Venha aqui! E lute comigo! — Brandou novamente o cavalheiro, quando Perseu parou, Sir Cadogan achou que o garoto iria lutar com ele.
Mas quando Perseu se aproximou do quadro, ele colocou o quadro de cabeça para baixo, fazendo com que o cavalheiro perdesse o equilíbrio caindo com sua armadura fazendo um barulho alto.
— Me deixe em paz, Sir Cadogan. — Resmungou Perseu, seguindo seu caminho.
Perseu andou, suas mãos indo diretamente para seu bolso, quando ele estava pronto para passar pelos dois amigos que estavam sentados no alçapão, no alto da Torre Norte. O intervalo acabou, e em consequência disso, os três foram os primeiros a subir a escada prateada que levava à sala de aula de Sibila Trelawney, quando a sineta tocou.
Depois de Poções, Adivinhação era a aula de que Perseu menos gostava, principalmente por causa do hábito que tinha a Prof. Trelawney de predizer a morte das pessoas que Perseu é próximo com frequência. Uma mulher magra, envolta com pesa dos xales e refulgente de colares, ela sempre lembrava a Perseu uma espécie de inseto, cujos óculos ampliavam enormemente seus olhos. Estava atarefada, colocando exemplares de livros encadernados em couro, mas muito usados, sobre cada uma das mesinhas instáveis que atravancavam sua sala, quando os três entraram. Porém, a luz refletida pelos abajures cobertos por lenços de seda e pelo fogo baixo e nauseante da lareira era tão fraca que a professora pareceu não ter notado a presença dos três quando eles se sentaram nas sombras. Os demais alunos foram chegando nos cinco minutos seguintes. O Weasley apareceu no alçapão, olhou atentamente a toda volta, localizou Harry e se encaminhou direto para ele, ou o mais diretamente que pôde, depois de contornar mesas, cadeiras e pufes repolhudos.
Astraea estava sentada um pouco mais distante do moreno, mas perto de Perseu, onde tinha pouca sombra mas também luz. Mas mesmo assim, assim como o loiro-acastanhado ela escutava a conversa dos dois amigos a frente.
— Hermione e eu paramos de discutir. — Disse o Weasley, sentando-se ao lado do amigo.
— Ótimo. — Resmungou Harry.
— Mas Hermione diz que acha que seria legal se você parasse de descontar sua raiva na gente.
Ao ouvir esse comentário, Astraea e Perseu olharam na direção dos amigos, achando interessante esse assunto. Os dois disfarçaram que estavam ouvindo a conversa, enquanto mexiam em outra coisa. Perseu tirava e colocava seus anéis nos dedos, e Astraea mexia no pelo de Pólux por debaixo da mesa. Assim, os dois ficaram ouvindo a conversa de Harry e Rony.
— Eu não estou...
— Eu estou só transmitindo o recado. — Disse Rony, interrompendo-o. — Mas acho que ela tem razão. Não é nossa culpa o modo do Simas e do Snape tratarem você.
— Eu nunca disse isso...
— Babado. — Sussurrou Astraea e Perseu ao mesmo tempo.
— Bom dia. — Saudou a Prof. Trelawney, com a voz difusa e sonhadora de sempre, e Harry parou falar, sentindo-se mais uma vez chateado e ligeiramente envergonhado. Astraea e Perseu desviaram o olhar para Prof. Trelawney, que estava lá na frente. — E bom retorno à Adivinhação. Eu estive naturalmente acompanhando o destino de vocês com a maior atenção durante as férias, e estou felicíssima que todos tenham voltado a Hogwarts sãos e salvos, como, aliás, eu sabia que aconteceria.
— O que ela quis dizer com sãos e salvos? — Sussurrou Astraea, medonha.
Perseu olhou para ela, querendo responder. Mas ele apenas desviou o olhar, prestando atenção na Prof. Trelawney.
— Vocês vão encontrar nas mesas à sua frente exemplares do Oráculo dos sonhos, da autoria de Inigo Imago. A interpretação dos sonhos é um meio dos mais importantes para adivinhar o futuro, e que por isso pode muito provavelmente ser exigido no seu N.O.M. Não que eu acredite, é claro, que ser aprova ou não em um exame tenha a mais remota importância, quando tratamos da arte sagrada da adivinhação. Se a pessoa tem o Olho que Vê, os certificados e as séries concluídas não vêm ao caso. Contudo, o diretor gosta que vocês prestem exames, portanto...
A voz da professora foi baixando delicadamente, não deixando aos alunos a menor dúvida de que ela considerava a sua disciplina acima de detalhes sórdidos como exames.
— Abram, por favor, na Introdução, e leiam o que Imago tem a dizer sobre a interpretação de sonhos. Depois, quero que se dividam em pares e usem o Oráculo dos sonhos para interpretar os sonhos mais recentes um do outro. Comecem.
Perseu olhou para os lados, vendo quem seria a pessoa mais apropriada para fazer dupla. Quando ele percebeu, todos os alunos já tinham suas duplas, menos a ruiva que parecia não querer fazer aquilo. Ao seus olhares se cruzarem, Perseu sorriu maldoso e se levantou do lugar que estava sentado indo até ela, ele parou na frente de Astraea, se sentando em sua frente, enquanto ela olhava pra ele raivosa.
— Nem fodendo. Vaza! — Ela apontou com o dedo para outra direção, sendo totalmente ignorada pelo loiro-acastanhado.
— Não quero. — Sorriu, olhando para a bolinha de pelos. — Olá, mini Malfoy.
O furão afiou suas garras para ele, que recuou pacientemente.
— Qual é o nome dessa coisinha adorável e mortífera? — Perguntou com curiosidade.
— É Pólux, e não mini Malfoy. Então se você chamá-lo outra vez assim, permitirei que ele rasgue sua cara por completo com suas garras. — Sorriu docemente.
— Adorável. — Murmurou Perseu, olhando para a ruiva.
Astraea revirou os olhos, pegando a introdução e começando a ler, assim como Perseu, que por um momento apenas prestou atenção na introdução. Uma coisa boa a dizer desta aula é que não durava dois tempos. Na altura em que todos terminaram de ler a introdução ao livro, restavam menos de dez minutos para a interpretação de sonhos. Na mesa ao lado da de Astraea e Perseu, Dino fizeram par com Neville, que imediatamente embarcou em uma interminável explicação sobre um pesadelo que envolvia uma tesoura gigantesca usando o melhor chapéu de sua sua avó, Astraea e Perseu apenas se entre olharam sombriamente.
— Não vou contar dos meus sonhos pra alguém tão insignificante como você. — Disse Astraea. — Conta você.
— Eu também não irei contar os meus para você, coisinha. — Disse Perseu, impaciente.
Ele não ia dividir seus sonhos com ninguém. Sabia perfeitamente bem o que significava o pesadelo frequente com sombras, ossos e sangue, e não precisava de Astraea nem da Prof. Trelawney, nem daquele livro idiota para lhe dizer.
— Bom. — Disse a ruiva chamando a atenção de Perseu para ela, ela contraiu o rosto mim esforço para se lembrar. — Uma noite dessas eu sonhei que domava um dragão. Que é que você acha que isso significa?
— Provavelmente que você vai ser devorada por um dragão ou coisa assim. — Disse Perseu, sorrindo folheando as páginas do Oráculo dos sonhos, sem interesse. Era um trabalho muito sem graça procurar fragmentos de sonho no Oráculo, e Perseu não se sentiu mais animado quando a professora mandou preparar um diário com os sonhos de um mês, como dever de casa. Quando a sineta tocou, ele e Astraea foram os primeiros a descer pela escada, Astraea resmungando em voz alta.
— Que ódio, mal cheguei em Hogwarts e já estou odiando. Esses garotos ridículos, esses professores. — Xingou ela. — Onde já se viu, é claro que eu nunca iria ser devorada por um dragão. Eles me amam, tudo bem que eu nunca vi um dragão, mas mesmo assim. Sem contar no tanto de dever de casa que já tenho. Professor Binns mandou fazer um trabalho de quarenta e cinco centímetros sobre as guerras dos gigantes, como se eu quisesse saber sobre gigantes. Snape quer trinta centímetros sobre o uso das pedras da lua, e agora tenho que fazer um diário de sonhos durante um mês para Trelawney! Bem que minha mãe disse que nada disso seria fácil! É melhor aquela tal Umbridge não me dar nada pra fazer...
A ruiva falava sozinha, pelo menos era isso que eles pensaram. Já que não viam o furão dentro de sua mochila, Perseu ria atrás da ruiva, totalmente envolvido em suas palavras. Astraea andava na frente resmungando, e o loiro-acastanhado ia atrás, se preparando para a aula de Defesa Contra As Artes Das Trevas. Onde era o rumo de ambos os dois.
O garoto esperava que a aula fosse mais produtiva que as passadas, e que houvesse pelo menos um pouco de entretenimento como houvera na de Poções, e rezando para isso, ele seguiu seu caminho. Agora para a aula com Dolores Umbridge.
✦ —— Olá, estrelas e constelações.
Eu acho que muitos de vocês, acharam que eu provavelmente estava morta. Mas não, eu apenas tive alguns poblemas na minha vida, e não sentia mais vontade de escrever e nem mesmo de aparecer no wattpad. Aconteceu muitas coisas nesse tempo, e estive extremamente ocupada resolvendo essas questões da minha vida, eu sinto muitíssimo! Não queria ter deixado essa história assim, não queria ter deixado vocês, mas eu voltei, e dessa vez é pra ficar. Além de agora eu estar estudando novamente, ainda tenho muitos problemas para resolver, mas eu não deixarei sem capítulos mais por tanto tempo. Eu tenho muitos projetos fora dessa fanfic, e também para essa fanfic, mas eu irei esperar para seguir em frente com esses projetos, porque não seria justo com vocês eu simplesmente largar mão de escrever essa fanfic para ir atrás de outras.
✦ —— Eu não posso prometer, mas eu irei tentar com todo meu ser, postar capítulos e principalmente manter vocês informados, não irei largar mão de escrever essa fanfic, mas também não irei largar mão de viver minha vida por ela. Eu espero de coração que vocês entendam, eu ainda tenho muitas coisas para resolver, escola, vida social, vida virtual e principalmente um psicólogo totalmente fudido para cuidar. Mas eu vou tentar, de coração. Escrever essa fanfic, que desde sempre foi meu sonho escrever. Eu espero que vocês entendam, e tenham gostado do capítulo na perspectiva do Perseu, isso vai ser totalmente importante no futuro, principalmente o laço entre Astraea e Perdeu, que será explorado e totalmente explicado durante os capítulos a seguir. Comentem o que acharam, e não se esqueçam de votar, infelizmente foi isso por hoje. Mas espero que vocês tenham gostado, amo vocês e até a próxima!
MALFEITO FEITO!
─ Às pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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