ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗢𝗥𝗧𝗬 𝗦𝗜𝗫❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝘀𝗶𝘅. ᠉ ࣪ ˖
para além do véu?
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𝗦𝗔𝗕𝗘𝗥 𝗤𝗨𝗘 𝗠𝗘𝗨𝗦 𝗣𝗔𝗜𝗦 𝗘𝗦𝗧𝗔̃𝗢 𝗔𝗤𝗨𝗜 𝗠𝗘 𝗗𝗘𝗜𝗫𝗔 𝗔𝗟𝗜𝗩𝗜𝗔𝗗𝗔, só o pensamento que eles estão aqui me faz querer lutar ainda mais, sentir seus braços me apertando com tanta força, com tanto amor, saudade, medo e alívio me faz querer chorar e apenas me deixar por vencida, deitar em seus braços e aceitar seus carinhos. Meu pai e minha mãe são tudo para mim, eles são meu sangue, minha família, minha casa, minha vida e meu porto seguro. Saber que posso contar com eles a qualquer momento, qualquer segundo e qualquer hora que eu estiver desabando é tudo o que eu preciso, meus pais sempre estiveram lá para mim, sempre foram meu ombro amigo, meus melhores amigos, meus irmãos, minha família e obviamente meus pais. Os dois me deram tudo, apoio, amor, educação, uma casa, uma chance de viver e tudo o que eu faço para eles, tudo o que eu sempre fiz foi para agradecê-los por terem me dado essa oportunidade, por terem me feito sua filha e por terem me criado tão bem. É, meus pais são tudo o que eu tenho e eu nunca poderia pedir pais melhores, são eles, eles são tudo o que eu preciso, eu os amo tanto, mais tanto que esse amor não tem nem estrutura e muito menos fim.
— Vamos lá, minha estrelinha. — Meu pai se afastou sorrindo sagaz. — Vamos acabar com esses Comensais da Morte.
— Vá com seus amigos, ajude eles. — A voz de minha mãe soou a minha direita e eu olhei para ela de imediato. — Eles precisam de você, mas por favor, não se afaste da gente, tá legal?
— Beleza. — Ergui um joinha.
Imediatamente eu, minha mãe e meu pai nos viramos na direção de onde acontecia tudo e onde estavam todos. Os Comensais da Morte pareciam petrificados, não estavam entendo o que estava acontecendo, rapidamente levei meu olhar até meu tio, Sirius não tirava os olhos de nós e eu podia ver o vislumbre brilhante em seus olhos, ele sabia, meu tio sabia quem éramos. Senti meus ossos estalar e arrumei minha postura, girando minha varinha em mãos eu observei Neville ainda preso por um dos Comensais, okay, está na hora de começar a brincadeira.
— ESTUPEFAÇA! — Preciso usar feitiços fáceis, não vou usar um feitiço perigoso e acabar acertando Neville. Não mesmo, eu ainda penso.
O Comensal da Morte tombou de costas e sua máscara caiu, era Macnair, eu já tinha ouvido falar dele, o quase carrasco de Bicuço, um dos seus olhos agora estavam inchado e injetado.
— Obrigado! — Neville disse a mim, concordei vendo Harry indo até ele e o puxando-o para o lado.
No momento Sirius e seu Comensal da Morte passaram por eles, duelando com tanta ferocidade que suas varinhas pareciam borrões, então, o pé de Harry bateu em alguma coisa e ele escorregou. Arregalei os olhos e por um momento, pensei que ele tinha deixado cair a profecia, então vi o olho de Alastor Moody rolando pelo chão. Seu dono estava deitado de lado, a cabeça sangrando, e o atacante agora avançava para Harry e Neville. Dolohov, seu rosto pálido e comprido torcido de prazer. Me lembrei imediatamente do que ele havia feito a Hermione, de como por causa dele eu quebrei meu nariz e cortei o lábio, ah não, esse aí é completamente meu, vou adorar acabar com a raça dele e depois mandar sua cabeça para o próprio Voldemort em uma caixa endereçada.
— Tarantallegra! — Ouvi ele a gritar, a varinha apontada para Neville, cujas pernas iniciaram imediatamente um sapateado frenético, que o desequilibrou e o fez cair de novo no chão. — Agora, Potter...
Ele fez o mesmo movimento cortante com a varinha que usara contra Hermione, imediatamente comecei a correr em sua direção. Não posso deixar que ele machuque mais nenhum dos meus amigos, vou fazê-lo pagar por tudo que ele fez até agora.
— Protego! — Harry se protegeu antes que eu pudesse chegar até lá, parei de correr observando ele e o Dolohov que se encontrava de costas para mim.
Mesmo com o Feitiço Escudo, eu pude observar que Harry parecia ter sido afetado no rosto, a força do golpe derrubou-o para o lado e ele caiu em cima das pernas dançantes de Neville, mas o Feitiço Escudo impedirá o feitiço de se completar. Dolohov tornou a erguer a varinha.
— Accio prof...!
De imediato eu corri até o Comensal, bati com tudo em Dolohov com o ombro fazendo-o voar para longe. Obrigada meu lado loba, essa minha força excessiva pelo menos ajudou para alguma coisa, de certo que minha vontade é simplesmente me transformar aqui e agora e sair por aí arrancando a cabeça desses Comensais com a força bruta, mas isso me tornaria uma assassina, meu pai e minha mãe não iriam querer isso. Me virei para Harry atrás de mim, a profecia mais uma vez escorregava para as pontas de seus dedos, mas ele conseguiu retê-la. Olhando para frente novamente pude ver Sirius e Dolohov duelarem, suas varinhas cortando o ar como espadas, faíscas voando de suas pontas. Dolohov puxou a varinha para fazer o mesmo movimento cortante que usara contra Harry e Hermione. Já chega, vou acabar com a raça desse idiota agora mesmo.
— Azulacius! — Usei mais um feitiço simples, um feitiço que faz o alvo receber um grande impacto, podendo derrubá-lo facilmente. E assim Dolohov deu um passo para trás, não foi o suficiente para derrubá-lo, preciso lançar mais um. O feitiço Petrificus Totalus.
— Petrificus Totalus! — A voz de meu pai soou atrás de mim antes que eu pudesse recitar o feitiço, mais uma vez, os braços e pernas de Dolohov se juntaram e ele adernou para trás novamente, caindo com um estrondo. — Muito bem, Astraea.
— Você viu papai? — Olhei para ele com os olhos brilhando. — Eu acertei aquele idiota em cheio.
— Não poderia estar mais orgulhoso. — Ele deu um rápido beijo na minha testa, no exato momento que Sirius se aproximou da gente.
— Oi, titio. — Dava para ver que ele estava prestes a chorar. — Eu até te daria um abraço, mas devido às circunstâncias...
— Estrelinha? — Concordei e em seu rosto uma lágrima desceu, seus olhos brilhavam. — Como...?
— Longa história. — Olhei de escanteio para meu pai que encarava o irmão sem reação. — Vai, vai lá. É seu irmão.
Com um empurrão fiz com que meu pai se mexesse na direção de meu tio, assim que Sirius pareceu perceber que presença de seu irmão ali ele se deixou desabar, quase de imediato seus joelhos se dobraram e ele estava prestes a cair no chão. Dei um passo em sua direção mas foi em vão, meu pai já estava do lado do irmão o segurando fortemente nos braços, dava para ver que meu pai se continha ao máximo para não abraçar meu tio ali mesmo, mas devido a bagunça que se encontrava ao nosso redor eu duvidava que isso fosse acontecer, imediatamente me aproximei deles olhando ao redor de nós, feitiços e mais feitiços eram lançados no ar enquanto ambos os bruxos dos dois lados lutavam bravamente, com medo que esses feitiços acabassem atingindo a gente eu coloquei minha mão no ombro de meu pai tirando ele dos seus pensamentos.
— A gente vai acabar levando um feitiço na fuça se a gente ficar parado desse jeito. — Prontamente ele concordou comigo, ajudando meu tio a parar de pé, os dois se encararam sem piscar.
— Olá, irmão. — Vi o sorriso de meu pai, ele até tentava passar uma imagem de homem forte, mas eu conseguia perceber que ele estava prestes a desmoronar. — Faz um bom tempo, não?
— Regulus... — Sirius falou em um sussurro.
— PROTEGO! — Gritei me pondo na frente dos dois quando um feitiço foi lançado em direção à eles. — Vão, se continuarmos parados assim a gente vai ser acertado.
— Ela está certa. — Meu pai parou ao meu lado, seus olhos correndo pela sala antes dele sair em disparada. — Vou ajudar os outros, vocês dois façam o mesmo. Não morram!
— TE VEJO EM ALGUNS MINUTOS! — Minha voz soou por todo salão quando meu pai já se encontrava do outro lado da sala ajudando meu namorado, que por enquanto, ele não sabe que é meu namorado. Porque se soubesse, eu tenho a certeza de que ele não estaria ajudando Perseu agora.
— Boa, James! — Escutei o grito de Sirius assim que me virei para trás, ele estava empurrando a cabeça de Harry para baixo quando uns dois Feitiços Estuporantes voaram em direção a eles. — Agora quero que vocês saiam d...
Os dois tornaram a se abaixar, um jato de luz verde quase atingiu Sirius, meu coração disparou. Do outro lado da sala, pude ver Tonks cair na subida dos degraus, seu corpo inerte rolou de degrau em degrau e Bellatrix, triunfante, voltou correndo para a briga.
— Harry, leve a profecia, agarre Neville e corra! — Ouvindo os berros de Sirius, eu fui rápida em ir na direção dos dois amigos para ajudá-los, enquanto meu tio corria ao encontro de Bellatrix.
Não pude ver o que aconteceu a seguir, Quim passou pelo meu campo de visão, lutando contra o bexiguento Rookwood, já sem capuz, outro jato de luz verde voou por cima da cabeça de Harry quando eu me atirei em direção aos dois para que eles não fossem acertados.
— Vocês conseguem ficar em pé? — Perguntei no ouvido dos dois garotos, enquanto as pernas de Neville sacudiam e torciam descontroladas. — Apoie o braço no pescoço de Harry.
Neville obedeceu, Harry arquejou, as pernas do amigo continuavam a sacudir para todos os lados, não o sustentariam, e então, sem que eu percebesse, um homem se atirou sobre nós, de imediato nos três tombamos de costas. As pernas de Neville se agitavam sem direção como as de um besouro de barriga para cima, Harry com o braço esquerdo erguido no ar tentava impedir que a bolinha de vidro se quebrasse. E eu novamente, havia batido a cabeça no chão, fala sério, qual é o problema desse povo em fazer minha cabeça bater no chão?
— A profecia, me dê a profecia, Potter! — Vociferou Malfoy, eu podia observar o mesmo enfiando a varinha nas costelas do moreno, isso com toda certeza deve estar doendo.
— Não... me... largue... Neville... apanha!
Harry atirou a profecia pelo chão, o garoto se virou para ficar de costas e aparou a bolinha no peito. Malfoy, então, apontou a varinha para Neville, mas Harry espetou a própria varinha por cima do ombro. Não podendo ficar no chão por muito tempo eu me levantei, olhei ao redor vendo uma faísca verde de poder vindo até mim.
— Confractus Maledictionem! — Ordenei sabendo que a maldição da morte ainda estava no ar, esse feitiço desfaz maldições no ar, é capaz de desfazer até mesmo a tão famosa maldição da morte. Olhei para Nott que me encarava com a expressão chocada, desculpa Theodore, vou ter que matar seu pai. — Seu merdinha, quem você pensa que é pra tentar me matar? Aqua Flagellum!
O feitiço de chicote da água acertou Nott em cheio, ele voou alguns metros de distância do chão, caindo no chão totalmente inconsciente. Balancei a varinha no ar soltando um sorrisinho, ele não era um dos Comensais da Morte mais perigosos? Por que caiu que nem um marica com um feitiço de água tão pequeno como esse? Patético.
— Impedimenta! — O feitiço foi citado atrás de mim e eu me virei pensando que seria para me atingir, mas não, Harry que o havia convocado para atingir Lucius.
Malfoy voou para longe, fui até o lado de Harry ajudando ele a se levantar, olhei ao redor e vi o bruxo colidir com o estrado em que Sirius e Bellatrix agora duelavam. Malfoy tornou a apontar a varinha para mim, Harry e Neville, mas, antes que pudesse tomar ar para nos atacar, Lupin pulou entre eles.
— Harry, reúna os outros e VÁ!
Harry me agarrou, e logo fez o mesmo com Neville pelos ombros de suas vestes, erguendo ele até o primeiro degrau de pedra, as pernas do garoto se torciam e sacudiam, e o moreno parecia não suportar seu peso. Harry tornou a erguê-lo com todas as forças que tinha e subiram mais um degrau, me desgrudando do aperto do moreno eu senti quando um feitiço atingiu o degrau de pedra junto ao calcanhar de Harry, o degrau desmoronou e ele caiu no degrau abaixo. Neville afundou no chão, as pernas ainda entortando e se agitando, e ele enfiou a profecia no bolso. Com muita pura sorte, digo muita mesma, eu consegui parar de pé sem cair no chão.
— Vamos! — Disse Harry, desesperado, puxando Neville pelas vestes. – Tente empurrar com as pernas...
Ele deu mais um puxão descomunal e as vestes de Neville se rasgaram ao longo da costura lateral, abri a boca em choque no momento que a bolinha de vidro caiu do seu bolso e, antes que um de nós três pudesse pegá-la, o pé descontrolado de Neville a chutou, a bolinha voou uns três metros para a direita e se espatifou no degrau abaixo. Quando a gente olhou para o lugar em que ela se quebrou, aterrorizados com o acontecido, um vulto branco-pérola de olhos enormemente aumentados se ergueu no ar, sem ninguém reparar. Vi o exato momento em que a boca do vulto se moveu, mas com todas as colisões e gritos e berros que nos rodeavam, não consegui ouvir uma só palavra da profecia. O vulto parou de falar e se evaporou.
— Harry, sindo muido! — Exclamou Neville, seu rosto aflito e as pernas ainda se contorcendo. — Sindo, Harry não dive indenção de...
— Não faz mal! — Gritou Harry. — Tente ficar em pé, vamos dar o fora...
— Dubbledore! — Ouvi Neville falar, seu rosto suarento subitamente arrebatado fixando alguma coisa por cima do meu ombro e do de Harry.
— Quê!
— DUBBLEDORE!
Junto de Harry eu me virei para ver o que Neville olhava. Diretamente no alto, emoldurado pela porta da Sala do Cérebro, achava-se Alvo Dumbledore, a varinha no ar, seu rosto pálido e enfurecido. Senti uma espécie de choque elétrico em cada partícula do meu corpo, estávamos salvos. Dumbledore desceu depressa os degraus passando por mim, Neville e Harry, que definitivamente não pensavam mais em ir embora. Dumbledore já estava ao pé dos degraus quando o Comensal da Morte mais próximo percebeu sua presença e berrou para os outros. Um dos Comensais da Morte correu o mais que pôde, trepando como um macaco pelos degraus de pedra do lado oposto. Um feitiço de Dumbledore o trouxe de volta com a maior facilidade, como se o tivesse fisgado com uma linha invisível. Somente um par continuava a lutar, aparentemente sem notar o recém-chegado. De imediato eu vi Sirius se desviar de um raio vermelho de Bellatrix, ele ria dela.
— Corra! — Meu coração deu um pulo quando uma voz soou em minha mente, parecia que estava prestes a acontecer algo terrivelmente ruim. — Corra, Astraea! Salve-o a tempo, ela vai matá-lo! Bellatrix vai matar Sirius Black!
Não, meus pensamentos se enchiam em vários nãos. Não sei em que momento foi, mas meus pés não se encontravam mais parados, eles se moviam mais rápidos do que eu sequer poderia imaginar que um dia eles conseguiriam, os vultos de feitiços passavam por mim como raios, eu desviava de todos eles enquanto corria na direção de meu tio. Sirius Black não pode morrer, eu não vou deixar! Pude perceber quando passei ao lado de minha mãe, ela estava paralisada ou então, o tempo parou, assim que passei por ela, meu pai se encontrava mais a frente junto de Perseu, passei tão rápido por eles que seus cabelos voaram no ar. Eu estava tão perto, minha varinha já se encontrava em mãos, tenho que salvá-lo, meu tio não pode morrer, a gente precisa se conhecer, eu preciso que ele viva, minha mãe e meu pai precisam dele, Harry precisa dele, eu preciso dele, temos que viver juntos como uma família, a gente tem que ir viver juntos, morar juntos, viver aventuras, momentos familiares, fazer viagens, jantares e tudo mais, tenho que pintar junto a ele. Meu pai sempre me disse que nem e nem minha mãe tinham o dom da pintura, meu pai pode até passar horas comigo dentro do ateliê decorando coisas e pintando quadros, mas ele sempre me dizia que não tinha o talento de meu tio, que o talento que me pertencia foi tirado de Sirius, não dele e nem da minha mãe.
Por isso tenho que salvá-lo, tenho tanta coisa para falar para ele, tanta coisa para explicar, tantos abraços e carinhos que quero poder dar a ele, quero tanto poder falar para ele sobre cada momento da minha vida, sobre como foi minha experiência em Hogwarts, sobre meu crescimento, sobre meus amigos e em como eles pareciam tanto com a versão jovem dos marotos que minha mãe tanto me contou, como minha mãe e meu pai me criaram tão bem e sobre como foi todo esse tempo em que vivi em Massachusetts, sobre Hendery, Zoe e todos meus outros amigos que eu deixei lá. Sobre minhas experiências e meus feitos como bruxa, sobre minha primeira transformação e sobre todos os momentos que vivi ao lado de meu pai e minha mãe. Quero também que ele me passe seus ensinamentos, que ele me conte suas histórias com meu pai, que ele conte sobre tudo que ele passou e que simplesmente ele fique comigo. Quero meu tio, quero que ele me abrace e diga que está ali, quero tanto poder dizer que o amo e que senti saudades dele mesmo não me lembrando de como foi passar meus um ano ao seu lado, quero meu tio vivo e além de tudo, quero ele comigo, com minha família e quero viver com todos eles como uma família feliz que a gente deveria ter sido desde o início. Quero tudo isso e posso estar sendo egoísta em pedir tantas coisas, mas mesmo assim, se eu pudesse ter um desejo eu pediria que meu tio ficasse vivo, imploraria para todos os Deuses existentes que não o levassem para longe de mim, que não tirasse ele de mim de novo. Porque eu amo tanto, que sou capaz de dar minha vida por ele.
— Vamos, você sabe fazer melhor que isso! — Berrou ele, sua voz ecoando pela sala cavernosa.
Eu estava tão perto, faltava apenas alguns passos, mas meus olhos se focaram na figura de Bellatrix, era tarde, ela estava prestes a conjurar o Feitiço da Morte em direção à meu tio, feitiço esse que eu tinha certeza que o acertaria em cheio no peito, me desculpe papai, não vou poder te ver daqui alguns minutos. Fechei meus olhos por alguns segundos, a imagem de todos que eu amo passaram por eles como flashbacks, vi minha mãe, meu pai, meu tio Sirius, meu tio Lupin, minha tia Marjorie, minha tia Feyre, meu melhor amigo Hendery, meu melhor amigo Harry, meus amigos, Apolo, Benjamin, Rony, Hermione, Astória, Luna, Artemis, Athena, vi todos eles sorrindo, um sorriso brilhante no rosto enquanto me olhavam, vi meus amigos queridos e minha família com olhares tão orgulhosos em minha direção, seus olhos brilhavam mais intensos que até mesmo as estrelas no céu, brilhavam mais fortes do que à menção de meu nome.
Mas por último eu vi ele, vi meu loirinho, meu amigo, meu melhor amigo, meu companheiro e meu namorado, vi ele com aquele sorriso gigante dele que ele dirigia apenas para mim, escutei seu riso ecoando pelos meus ouvidos de forma leve, a imagem daquele dia na torre de astronomia, do dia que ele me pediu em namoro. As lembranças de seu rosto colorido pela brilho estelar azul e roxo, sua risada, seu sorriso, seu abraço, seu toque, seus beijos, tudo passaram pela minha mente, eu iria sentir falta deles, falta de todos eles, poderia morrer em paz se soubesse que eles ficariam bem, pedi para todos os Deuses que estivessem me ouvindo que protegesse eles com minha partida, que não fizessem mal a eles, foi tudo o que eu pedi, tudo o que eu implorei quando uma lágrima desceu pelo meu rosto, toda a dor, medo, felicidade e amor se encontrava nessa última lágrima que descia pelo meu rosto de forma lenta e calorosa, assim que eu abri meus olhos já estava na frente para Bellatrix, o tempo havia parado na minha frente, dei uma boa olhada em todos naquela sala antes que o feitiço pudesse me atingir em cheio. Uma brisa leve passou por mim bagunçando meus cabelos e eu sorri, acho que essa é a sensação da morte e mesmo morrendo pela primeira vez, eu não sinto medo dele, porque eu sei que mesmo com minha morte, todos ficariam bem e que somente esse pensamento fazia meu coração se encher de alegria.
— AVADA KEDAVRA! — O feitiço conjurado por Bellatrix me atingiu em cheio no peito, nesse momento o tempo voltou a funcionar, com um último movimento que eu conseguia fazer eu dei um passo para trás.
Meu corpo estava leve, tão leve… era como se eu estivesse prestes a voar nas nuvens, era como se eu fosse uma pena, uma leve pena que estava voando no ar graças ao feitiço flutuante. Me senti tão bem, me senti como se tudo estivesse ficado bem pela primeira vez. Tudo para mim, estava perfeito agora.
— Amo todos vocês. — Mesmo com a morte passando diante dos meus olhos eu pude recitar minhas últimas palavras, últimas palavras que eu tinha certeza que havia chegado no ouvido de todos dentro dessa sala.
Meu corpo caiu para trás, pude ver o exato momento que meu tio Sirius me encarava com um pavor aterrorizante nos olhos, com um baque surdo meu corpo caiu no chão e eu soltei minha última respiração, era como se eu tivesse guardado ela por toda minha vida, até chegar a este momento. Não ouvi mais nada, meus pulmões soltaram o último requisito de ar que havia neles, meu coração que antes batia por todos que eu amava simplesmente parou de bater e minha mente e meus sentidos que antes estavam ligados a mil, se desligaram por completo. Fechei meus olhos, olhos esses que eu tinha a certeza que não tinha mais o brilho que tanto Perseu insistia em dizer, a última coisa que ouvi foi gritos de terror, depois disso, a morte finalmente veio à tona. Mas uma pergunta se instalou em minha cabeça, o que tinha para além do véu?
A sala ficou em silêncio, ninguém ousou falar, ninguém ousou se mexer, os Comensais da Morte presentes na sala caíram todos desacordados com o baque surdo. Bellatrix foi a única a se manter em pé, ela foi a única a continuar ali, em seu rosto havia um sorriso tremendo, sua risada foi escutada por toda sala. Mas essa risada não se comparou com o que veio depois, os gritos que soaram como um trovão por todo local foi capaz de deixar todos aqueles que não sentiram a mesma dor de joelhos, Dahlia e Regulus Black sentiram seu mundo desabar ao verem a imagem da filha morta, os pais de Astraea foram os primeiros a gritar correndo até a filha, Harry Potter foi o segundo, sendo segurado por Remus Lupin, ele se debatia, esperneava, berrava e tentava correr até até o corpo de sua melhor amiga, o quarto grito veio de Marjorie Lupin que caiu de joelhos do outro lado da sala, a bela mulher loira que antes fora considerada uma das mais brilhantes estrelas no céu parecia ter perdido o brilho, o quinto e o último grito veio de mim, ver minha parceira perder a vida diante dos meus olhos foi a pior coisa que já aconteceu comigo, nem mesmo a morte da minha mãe, as coisas que meu pai fez comigo, o jeito que Benjamin me tratou durante esses anos e tudo o que eu passei na vida me atingiram em tão cheio como o que aconteceu a segundos atrás.
Meus joelhos queriam ceder, não me dei por vencido e mais rápido que todos os outros eu subi em direção ao corpo de minha amada estrela, me recusei, me recusei tanto que ela estivesse morta, meu coração disparou assim que a vi correndo na direção ao seu tio, mas ela parecia correr tão rápido que eu nem ao menos consegui mexer um fio do meu cabelo para impedi-la. Assim que parei diante dela meus joelhos finalmente cederam, a dor que eu senti por eles terem batido no chão, não foi nem considerada dor comparada ao que se instalava em meu coração. No momento que puxei seu corpo até o meu tudo pareceu se encaixar, seu corpo estava frio, seus olhos estavam fechados mas eu sabia que estava sem vida, aqueles cabelos como o fogo pareciam ter perdido a chama, por fim, para finalmente me fazer cair na real, aquele laço que nos unia tão fortemente se quebrou, ele se partiu dentro da minha mente como se fosse uma fina linha que havia perdido seu dourado e que se transformou em preto como a escuridão dentro de mim, era verdade, o laço se rompeu, minha parceira morreu, minha estrela, minha melhor amiga, minha namorada e o motivo de eu ainda continuar vivo havia morrido diante dos meus olhos. Astraea Sacturn Black havia perdido sua vida e ao mesmo tempo eu também perdi a minha, do mesmo jeito que nosso laço se quebrou o meu coração também.
— NÃO! — As lágrimas desceram pelo meu rosto como uma maldita cachoeira, não me importo se todos estão me observando agora, não me importo com nada. Porra, isso não está acontecendo, não pode estar acontecendo! — Por favor, por favor. Astraea! ASTRAEA! VOCÊ NÃO PODE IR, NÃO PODE ME DEIXAR ASSIM, POR FAVOR, EU TE IMPLORO, TE SUPLICO… você é tudo pra mim, minha estrela, por favor, não me deixe, não se vá, eu preciso de você. Você é minha parceira, minha vida, minha estrela lembra? Como eu vou viver sem você, não posso, não quero. Por favor, me responda! Astraea! Não, não, não! Astraea? Ruiva? Ruivinha? Minha Estrela?
— Minha filhinha. — Mesmo com o corpo de Astraea abraçado a mim, Dahlia Black também se ajoelhou do lado da filha, o desespero tomava conto de sua cara e ela parecia ter desabado por completo ali enquanto tocava o rosto da filha com as mãos trêmulas. — Estrelinha? NÃO!
Pude ver o exato momento que Regulus Black agarrou a esposa por trás, a mulher parecia descontrolada, ela tinha lágrimas nos olhos assim como seu marido, ela esperneava e gritava tanto que meus tímpanos doíam, seus socos acertavam o marido que ao menos parecia se mexer, ele tinha os olhos focados na figura de sua filha morta, Regulus ao contrário da esposa não esperneava, gritava, chorava ou batia em algo, ele apenas permanecia de joelhos ao seu lado, mesmo sem ter nenhuma reação, seus olhos mostravam o que definitivamente ele estava sentindo, toda aquela dor imensa e catastrófica se escondia por trás de seus olhos que eram tão parecidos com o de minha parceira, mas aquele brilho de constelação que eu tanto amava observar nela, não existia ali. O barulho de joelhos cedendo soou por toda sala em meio aos gritos, Sirius Black se encontrava de joelhos, seus olhos porém se mantinha no véu atrás de nós.
— Eu a perdi. — Sua voz soou tão dolorosa que parecia que mil facas estavam sendo fincadas em minha garganta, sim, minha garganta, porque no momento que Astraea parou de respirar ela levou meu coração junto com ela. — Eu a perdi de novo.
— Minha lobinha se foi. — A primeira palavra que foi ouvida saindo da boca de Regulus foi isso, depois disso, eu apenas escutava gritos ao meu redor.
Sem fôlego para gritar, sem mais lágrimas para derramar, sem mais forças para reagir e sem mais vida para poder viver, eu apenas me deitei sobre o corpo de minha parceira, uma de minhas mãos se juntaram na sua, essa que agora estava fria, ela odiava que suas mãos ficassem frias, preciso aquecê-las. Minha outra mão parou em seu rosto que eu tanto amava observar, fotografar, beijar e acariciar, esse também estava tão frio quanto meu coração que foi levado por ela. Deveria ter sido eu, deveria ter sido eu ao invés dela, minha estrela não merecia isso, ela nunca mereceu morrer, por que ela se foi? Por que? Por que teve que acabar assim? Por que teve que ter esse final tão trágico? O que nós tivemos, um lindo, mágico amor ali. Mas que triste, lindo, trágico caso de amor. Você e eu sempre andamos em uma linha frágil, eu sempre soube, mas eu nunca pensei que viveria para vê-la arrebentar, nunca pensei que veria... Eu sei, eu sei, eu simplesmente sei, você não se foi, você não pode ter ido, não! Vamos lá, vamos lá, não me deixe assim, eu pensei que já tinha te conhecido por inteira, alguma coisa saiu terrivelmente errado. Não vai terminar o que começou? Vamos lá, vamos lá, não me deixe assim, eu pensei que já tinha te conhecido por inteira, não consigo respirar quando você não está aqui. Não consigo voltar atrás agora, eu estou assombrado! Por favor, volte para mim, volte pra mim minha estrela. Eu imploro, apenas volte pra mim.
Saber que acabei de perder o amor da minha vida, a pessoa que eu mais amo no mundo, minha garota, minha namorada, a pessoa que eu queria como futura a esposa, como futura mãe dos meus filhos, a pessoa que eu queria tanto ver em um vestido branco caminhando até mim enquanto a gente está prestes a se casar, a pessoa que eu queria tanto poder acordar ao lado, a pessoa que eu queria poder sorrir, rir e amar sem me preocupar se iria me julgar ou não, queria tanto poder vê-la sorrir de novo, ver seus olhos azuis tão calmos como a maré que tanto me encantava, ver o brilho da constelação que existia em seus olhos, queria poder abraçá-la novamente, beijá-la e tudo mais, mas como posso fazer isso agora? Como posso viver sem ela aqui? Minha parceira se foi, minha vida se foi, jurei que não morreria por ela e sim viveria, mas como posso fazer isso quando ela não está mais viva? Amo tanto essa garota, o tamanho desse amor não pode nem ser descrito, mas agora... agora tudo o que restou foi um vazio imenso, um buraco em meu coração, tudo parece tão sem cor, sem sentido, sem vida. Acho que era ela quem fazia minha vida colorida, que fazia sentido nela e que me fazia querer viver, não posso fazer isso mais, sinto que... sinto que... tudo se foi, tudo desabou, eu realmente a perdi? Eu realmente perdi minha estrela?
Eu perdi ela, perdi tudo agora, não tenho mais pai, não tenho mais mãe, nem irmão, nem família, nem amigos e nem a minha amada Astraea. Não tenho mais nada, eu só tinha ela e agora? O que vai ser de mim? Tudo girava em torno dela, Astraea era meu mundo, mas agora que ela se foi, não consigo mais, acho que Dumbledore tinha razão afinal, na verdade, ele sempre tem. Aquele velho maldito, ele sabia, ele sabia esse tempo todo, desde o momento que eu coloquei meus pés naquela escola ele sempre me deu avisos, charadas, enigmas e tudo mais, mas eu nunca prestei atenção, nunca dei bola e agora aqui estou eu, pagando com minha própria língua. Queria voltar no tempo, queria voltar para aquele dia que eu disse que queria Astraea morta e não eu, queria poder dizer o contrário, queria ter morrido no lugar dela, minhas palavras foram como maldições e agora eu vejo que foi minha culpa, sim, foi tudo minha culpa, minhas palavras levaram minha ruivinha a morte. Eu tentei, juro que tentei escutar seu coração bater enquanto estava encostado sobre seu peito, mas não havia nada ali, tudo... tudo caiu sobre mim como uma avalanche gigante, se ele não está mais aqui então porque eu devo continuar? Quero estar com ela, quero poder ficar com ela, se ela me deixou eu devo ir atrás dela.
Aquele laço realmente está caindo sobre mim agora, assim como Dumbledore havia dito eu senti a necessidade de acabar com esse mundo, de matar todos nele e principalmente matar Bellatrix Lestrange por ter matado a minha estrela, quero tanto, mais tanto deixar que esse sentimento saia de mim, deixar que tudo saia, a angústia, raiva, dor, ódio, repulsa, culpa, saudade e tudo mais saia de mim. Preciso disso, olhando para o rosto tão belo e tão sereno de minha amada que já perdeu a cor a pouco tempo, não sei quanto tempo faz que ela morreu, mas para mim... para mim faz uma eternidade que isso aconteceu, para mim faz uma eternidade que estou sem ela. Preciso esvaziar, por tudo pra fora, deixar sair, isso, preciso acabar com isso logo. Observei todos ao meu redor, os Comensais estavam todos desmamados exceto por uma, Bellatrix Lestrange, vou matá-la assim que acabar com isso, os outros não tão próximos de Astraea pareciam devastados também, mas o que mais pareciam destruídos eram Remus Lupin, Marjorie Lupin, Harry Potter, Neville Longbottom e Sirius Black, não posso dizer que Dahlia e Regulus estão destruídos porque eles parecem pior do que isso, observar a dor que aqueles dois sentiam foi demais para mim, a dor de perder uma filha, eu perdi minha vida mas e eles? Eles haviam perdido a vida que eles fizeram, que eles trouxeram ao mundo e que eles amaram antes mesmo de saber de sua existência, Dahlia Black havia perdido sua filha, a que ela gerou por nove meses, a que ela criou, amou e ensinou junto a seu marido, Regulus Black.
Esses dois... esses dois acabaram de ver Astraea morrendo em sua frente, eles a viram nascer e ainda sim, viram ela morrer também, olhei novamente para Astraea e agarrando seu corpo tão forte que minhas mãos pareceram perder os movimentos eu gritei e deixei tudo vir, tudo o que eu sentia parecia sair de mim e me fazer ficar aliviado por essa dor estar saindo de mim. Ao meu redor parecia tudo preto como a escuridão que um dia foi dourado como a luz do dia, as sombras que saíram de dentro de mim se alastaram por toda a sala e a preencheram por completo, mas ainda não é o suficiente, essa dor está saindo mais ainda sim eu a sinto dentro de mim.
Eu deduzi então o que vai acontecer, não importa se eu grite, se eu mate todo mundo e se eu destrua esse mundo com minhas próprias mãos, essa dor... ela nunca vai sair, ela sempre estará em mim, me perseguindo, me destruindo e me fazendo perceber que eu realmente perdi tudo o que eu tinha, não vai sobrar nada, meu corpo vai andar por aí e vai ser somente isso, pois meu coração, minha alma, minha mente e minha vida estarão com outra pessoa. Astraea Sacturn Black, você se foi e me levou junto com você sem eu ao menos morrer, com a última sombra saindo de mim eu suspirei caindo sobre o corpo dela, acho que é agora que eu queimo o mundo inteiro, acho que é agora que eu vingo sua morte, que eu mato e torturo todos e que eu deixo as sombras e escuridão tomarem conta de mim. Laço dourado que não existe mais, você realmente se transformou em pó? Porque... o preto tomou conta de mim, minha visão está vermelho como sangue e tudo de mim, está tão vazio. Não dá pra alterar o que eu vou me tornar, e o que eu sou? Aquele que vai destruir esse mundo, posso finalmente dizer que daquele garoto, não sobrou nada, ele morreu junto com quem amava, a perda dela me tornou alguém frio e vazio, não restou nada além de um futuro sombrio. Esse impulso, não vou mais segurá-lo, vou destruir esse mundo até ter Astraea de volta para mim.
✦ —— Olá estrelas e constelações!
Aí gente, eu juro que eu gostaria de falar tantas coisas pra vocês, mas depois desse capítulo não tenho mais nada a comentar. A parte da Astraea já começou me destruindo, o Sirius e o Regulus me fizeram chorar, mas... a reação da Dahlia, do Regulus e do Perseu foram o bastante para me destruir, para todos que acharam que o Sirius que ia morrer, aí gente, é não, foi a Astraea que morreu mesmo. Se preparem, isso é apenas o começo, próximos capítulos só vai ser depressão, não tem mais felicidade aqui não, vai ser só tiro, porrada e bomba, não meus amores, Astraea não vai morrer para sempre e eu nunca faria isso com uma personagem minha (faria sim) mas enfim né, chorei horrores com isso aqui e até hoje eu não superei desde que eu escrevi esse capítulo, só lembrando que não pago a terapia de ninguém. Por hoje foi só, espero que tenham gostado, não se esqueçam de votar, comentar e o mais principal, não se esqueçam de ir escutar 1989 Taylor's Version, a pack já foi atualizada e a playlist de Elysium também, não se esqueçam de ouvir a música do nosso casal do TV, pra mim eles são inteiramente You Are In Love, é isso, beijinhos e até a próxima!
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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