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002. 𝑹𝑬𝑮𝑼𝑳𝑼𝑺 𝑩𝑳𝑨𝑪𝑲

2 DE SETEMBRO DE 1978,
HOGWARTS


A biblioteca era o lugar favorito de Calliope, fora assim desde sempre, seus pais falavam que Callie preferia os livros a qualquer outro brinquedo, que sua primeira palavra foi livro, isso já explicava quão peculiar a jovem saltzman era. Uns diriam que herdou essa paixão do pai, Orfeu, um verdadeiro amante dos livros e arte, mas, a ligação de Calliope com os livros ia além, seu irmão, Dionysio, costumava brincar que Calliope amava mais os livros do que pessoas, e Celeste, completava dizendo; se um dia ela amar uma pessoa como ama os livros, o mundo acabaria.

Bem, Calliope não entendeu muito o motivo de tanto alarde. Qual o problema de amá-los? Os livros sempre foram seus melhores amigos, e se não fosse eles, teria sido apenas Celeste sua única amiga. A verdade era que Calliope procurava nas histórias uma forma de entender o mundo, de compreender todas as emoções e sentimentos que o ser humano vivia, que  não conhecia. Mas, Callie gostava também da tranquilidade em poder ler, era seu refúgio, seu momento, por isso, escolheu seu lugar de sempre na grandiosa biblioteca de Hogwarts, enquanto seu irmão e prima estavam ansiosos para desvendar o castelo e seus mistérios no primeiro ano, Callie queria ler todos os livros, sabia que seria humanamente impossível, a não ser que, tivesse uma certa pedra preciosa, então, ela viveria por muitos e muito anos, podendo ler assim todos os livros!

Ah, seria um sonho.

— Infelizmente, não tenho essa pedra. — murmurou desgostosa.

Sentando-se no seu lugar de sempre — a mesa mais afastada e escondida de todas — Calliope tirou seu livro do momento, um romance trouxa que era o favorito de sua prima, Celeste. A outra loira insistiu tanto nas férias para que Calliope lesse a história, que finalmente a grifinória cedeu.

A história era bem simples, um romance como os outros, Calliope, não entendia bem como eles confiavam tão cegamente em suas emoções, o amor descrito nos livros parecia irreal aos olhos inocentes da loira, que não compreendia como era amar daquela forma.

— Esse livro não parece ser tão bom… — Uma voz masculina interrompe sua leitura, o que faz com que Calliope se assustasse também, assim, derrubando o livro.

Callie procura o dono da voz entre as prateleiras de livros, os olhos azuis claros esforçando-se para encontrar quem ousou interromper sua leitura.

— Quem está aí? — pergunta calmamente, mas se alguém prestar atenção, notará uma pequena dose de irritação na voz delicada.

— Não queria assustá-la, Senhorita. — A voz misteriosa retorna a falar, mas ainda permanecia escondida.

— Não queria assusta-lá. — repetiu por hábito —  Então não deveria aparecer do nada e, muito menos enquanto alguém está distraído — repreende — O que quer comigo?

Uma risada masculina e grave é ouvida, Calliope ouve passos e, logo, alguém sai das sombras, finalmente revelando-se. Calliope observa o rosto, agora já não tão misterioso. Ela sabia quem era, os cabelos negros e traços aristocratas eram inconfundíveis, por essa razão não evitou a surpresa.

— Pergunto novamente, o que quer comigo, Black?

A voz apesar do tom calmo e suave de sempre, mantinha uma certa apreensão e desconfiança. Calliope nunca conversou com o Black mais novo, nem com nenhum dos dois irmãos. É claro que via Regulus Black pelos corredores durante os anos em Hogwarts, mas o mais novo, sempre parecia distante de todos, na maioria das vezes solitário, masele tinha um ponto ao seu favor. Era um dos poucos da Sonserina que não atormentava Calliope, ela só não sabia o porquê.

— Sempre direta. — Comentou com um leve sorriso, os dentes brancos e alinhados parecia ter saído de um comercial da TV.

Calliope teria dito isto à ele isto, se não soubesse que o rapaz nunca deveria ter ouvido falar de televisão ou comerciais em sua vida. Somente, por essa razão, ela continuou calada, observando ele que estranhamente não estava desconfortável com os olhares de Calliope, outro ponto a favor, se Calliope estivesse levando isso em consideração.

— Posso me sentar? — Perguntou, o sorriso permanecendo em seu rosto.

Nos padrões de sua prima, Regulus era um rapaz bonito, mas novo que si, mas ainda bonito. Os cabelos eram tão negros como a escuridão e pareciam muito macios, talvez, não tantos quanto do seu irmão mais velho, Sirius. Este, era outro que Calliope nunca teve contato e muito menos gostaria, o mais velho parecia muito imaturo e irresponsável aos olhos da Saltzman, mesmo sendo da mesma casa. Mas, voltando à Regulus, que parecia esperar sua aceitação para sentar, o gesto fez com que Callie sentisse menos desconfortável com  ele.

A loira fez um gesto pequeno com a cabeça, Regulus tomou isso como sim, sentando-se o mais elegentemente possível, os olhos negros como duas onix estavam fixos em Calliope, quem olhasse de fora parecia um concurso de quem piscava primeiro.

Uma coisa estava clara para Callie; Regulus era tão estranho quanto ela própria.

(...)

No primeiro momento eles não falaram nada, Calliope continuou lendo seu livro, vez ou outra ela sentia o olhar de Regulus em si, mas não dizia nada, pretendo-se na leitura, mesmo que não fosse seu estilo e tudo parecesse exagerado demais, Calliope sempre dava uma chance aos livros, para ela, não havia essa ideia de livro ruim, ele simplesmente não foi feito para tal pessoa. Mas outro motivo para terminar o romance que lia, era que Callie odiava deixar as coisas pela metade, se começasse algo, ia até o final.

Sempre.

— Tem certeza que quer continuar esse livro? — A voz serena de Regulus interrompe sua leitura.

A Saltzman apenas arqueou a sobrancelha, um hábito que tinha quando estava incomodada com algo, que no momento era Regulus atrapalhando sua leitura.

— Continua fazendo careta. — Explica com um sorriso.

Para Regulus a expressão frustrada que a Grifinória fazia quando interrompida era deveras divertida, ele que sempre era calmo, orgulhava-se de ser educado — diferente do irmão mais velho que parecia desconhecer o mínimo da etiqueta. — o jovem Black sentia um prazer incomum em provocar a bruxa estranha e arisca.

— Celeste recomendou a história. — informou após longos minutos apenas o encarando.

— E vai ler apenas por isso? — Estranhou a resposta — Sempre faz o que pendem?

Sempre faz o que pendem.

— Como?

— Sempre se intrometer nas vidas dos outros? — retruca impaciente.

Touché !

Eles se encararam por mais uns minutos, até que Regulus começa a rir, causando espanto para Calliope, que fecha o livro com força. Por que aceitou ele na sua mesa mesmo?

— Gostei de você, Calliope Saltzman. E não costumo gostar de muitas pessoas.

Com essa frase, Regulus vai embora, deixando uma Calliope confusa por um instante.

— Agora posso finalmente terminar o livro.

{...}

Calliope passou o restante da tarde na biblioteca, terminou o livro, no final ele realmente não era o seu tipo, a protagonista era irritante e o protagonista parecia muito idiota na sua opinião, mas chegou a conclusão de que deveria ter alguma coisa de interessante nele, já que era o favorito de Celeste que Callie não viu.

Após terminar, resolveu adiantar seus trabalhos, e teria terminado todos se Celeste não tivesse aparecido à sua procura.

—  Te procurei em todo canto. — Resmungava Celeste enquanto seguiam até a cozinha.

Novamente, Callie perdeu a noção do tempo e esqueceu de se alimentar, sua sorte era que sua prima sempre cuidava dela.

— Era apenas ter ido para a biblioteca primeiro. — Lembrou a loira.

Celeste a olhou com diversão.

— Não banque a esperinha comigo.

Bancar? Não estou sendo " esperinha", Celeste. — Explica Calliope calmamente. — Eu costumo ficar na biblioteca apenas.

— Eu apenas quis… ah, esquece. Apenas não fique tanto tempo lá, precisa comer alguma coisa também. Não se alimenta apenas o cérebro, priminha.

Calliope iria responder, quando finalmente chegaram a cozinha, que estava agitada como de costume, com vários elfos trabalhando sem parar. Celeste puxou a prima até uma mesa que eram iguais a dos Salão principal, as comidas eram colocadas nelas que aparecem magicamente no Salão, como costumavam fazer algumas refeições lá, os elfos não estranham mais a presença das garotas, alguns até gostam delas, e Celeste vez ou outra  já fez detenção na cozinha também.

— Imagino que já tenha terminado o livro, certo? — Perguntou após ver a prima começar a comer.

Não era uma refeição completa, apenas um suco de abóbora e algumas guloseimas, mas já era alguma coisa para tranquilizar Celeste que Callie não iria desmaiar de fome. O que infelizmente já aconteceu algumas vezes, por a outra loira priorizar mais seus estudos do que a sua saúde era comum.

— Sim. Mas demorou mais do que o costume.

Como assim? Ele nem é tão grande!

Realmente não era, tinha apenas umas 300 páginas, Calliope era habituada a ler o triplo de páginas em pouco tempo.

— Alguém atrapalhou minha leitura. — Explicou após beber um gole grande de suco.

Pelo tom de voz, Celeste notou o quanto incomodou a prima, afinal ninguém atrapalhava suas leituras, isso era regra para quem conhecesse a loira. Esperou a prima continuar o assunto, mas era Calliope, ela não ligava tanto para informações que não fosse acadêmica.

— Essa pessoa te fez algo?

Essa pessoa te fez algo ?— repetiu olhando a prima. — Você quer dizer bullying sobre meus hábitos? Não. Ele não fez isso.

— Então é ele?

— Sim. Ele.

As duas ficaram em silêncio, Calliope aproveitou para terminar sua pequena refeição enquanto era observada atentamente pela prima.

— Não vai dizer quem ele é?

Não vai dizer quem ele é.

Calliope Saltzman!

Eu.

Merlin, me ajude — Celeste murmura cansada — se essa pessoa te incomodar novamente, me avise, ok?

— Okay.

— Ótimo! Agora termine, você precisa me ajudar com meu trabalho de runas antigas ainda!

— É errado, Celeste— Repreende Calliope após organizar a mesa — você não pode copiar meu trabalho!

Celeste sempre deixava para fazer suas tarefas de última hora, e na maioria das vezes, Calliope ajudava a prima.

— Não é cópia! Eu vou apenas dar uma olhada para me inspirar um pouco. — explicou sorridente — mas, sério, termine, preciso te contar o que aconteceu no refeitório hoje….

{...}

No final, Celeste não conseguiu dá uma olhada no trabalho de Calliope, a loira Saltzman não concordava com essas atitudes, mas para prima não ficar sem nota, acabou ajudando-a, o que demorou o resto da tarde das garotas, já que Celeste nem mesmo tinha começado sua pesquisa, o que fez com que ganhasse um sermão da prima mais nova. Após ajudar Celeste, Callie seguiu para o salão da Grifinória, iria descansar um pouco, estava cansada e com cabeça doendo um pouco, provavelmente tinha haver com ler sem seus óculos de leitura, sua mãe, Phoebe ficaria furiosa se soubesse, a mais velha sempre se preocupava com a filha, tanto por saber como era difícil para filha caçula se adaptar ao mundo, como as pessoas a sua volta entenderem seu jeitinho único.

E, como o esperado naquele horário, o Salão da Grifinória estava cheio de alunos, alguns estudam perto da lareira enquanto outros formavam grupos para conversar. Calliope não se encaixava em nenhum grupo, geralmente evitava ficar muito tempo à vista de seus colegas, que costumavam ser sempre rudes com a loira.

Sem chamar atenção, subiu as escadas para o dormitório feminino, quando no meio do caminho é interceptada por dois alunos mais velhos.

— A esquisita resolveu dar o ar da graça. — Debochou o mais velho.

Calliope sabia que ele era de outra turma, pois, ele junto de um  grupo da Sonserina eram os que mais costumam provocá-la. Calliope sempre evitava ficar perto dele, o que era um pouco difícil já que eram da mesma casa.

— A rainha não gosta de ficar com nós meros plebeus, somos indignos da presença dela. — completou o outro garoto, com uma risada jocosa.

Aos poucos a interação deles chamava atenção, agora tendo o olhar de todos sobre os três.

— Somos indignos da presença dela. — Callie repete picando os olhos com força como se tentasse acordar de um pesadelo.

Ela ouve algumas risadas. Resmunga mentalmente por não conseguir se controlar, de todas as "características" de sua condição, Ecolalia era o que Calliope mais tentava evitar, mesmo que quase nunca conseguisse, pois, era mais forte do que si. Não era que odiasse ter o Transtorno do Espectro Autista, aceitava sua condição, mas sabia que nem todos tinham a capacidade de aceitar o diferente, e aqueles dois a sua frente eram esse tipo de pessoas.

— Parece um papagaio repetindo assim. — Zombou o mais velho — Devemos te tratar como um? Hein, esquisita?

Mais risadas.

Calliope já não se incomodava mais com os insultos, alguns nem tinha a capacidade cognitiva necessária para realmente ofendê-la, mas o que realmente ainda causava um certo incômodo, era ver que ninguém nunca fazia nada. Nem todos zombavam dela, era verdade, mas nenhum também da sua própria casa já a defendeu.

— Esse não é jeito de tratar uma garota, Charles — uma voz se fez presente no meio da multidão de alunos que se formou.

Calando assim todas risadas e murmúrios a respeito de Calliope.

— Não se meta, Lupin. Estou apenas me divertindo com nossa Rainha esquisita.

Lupin revira os olhos castanhos, acabando por um instante se prendendo na garota pequena e loira na escada.

— Ela não parece está se divertindo.

Charles se aproximou de Calliope, tocando o cabelo loiro preso em seu habitual rabo de cavalo, ele puxa o cabelo com força para trás , fazendo com que um gemido de dor escapasse dos lábios rosados de Calliope.

Remus xinga um palavrão, sobindo apressado até eles, mas antes que pudesse fazer algo, Calliope sacou sua varinha com rapidez e lançou um feitiço não-verbal que fez com que Charles batesse na parede e, em seguida caísse da escada.

A queda não foi tão dolorosa, pois, antes que se esparramar-se no chão do salão, Calliope lançou outro feitiço não-verbal que o impediu de se machucar tanto assim. Mas a pancada na parede foi forte o bastante para que ficasse inconsciente. Longos minutos de silêncio se estendeu, até que o amigo de Charles — cujo Calliope nunca se importou em lembrar o nome. — correu tardiamente até o amigo no chão.

— Nunca mais toque no meu cabelo. — Calliope avisou, mesmo que o outro estivesse desacordado, o aviso pareceu se estender para todos.

Em silêncio ela subiu para seu dormitório, sem nem menos olhar na direção daquele tinha sido o primeiro a defendê-la além da sua família.

♡﹒[ 𝒐𝒏𝒆 ] ꜛ info﹗fortes emoções nesse capítulo, hein? A demora valeu a pena. Para aqueles que pensavam ser  o Severus no capítulo passado atrás da nossa, Callie, bem, a identidade foi revelada kk.

⬚﹒[ 𝒕𝒘𝒐 ]﹐info﹒uma pergunta, vocês preferem o Regulus ou Sirius? Simplesmente, sou incapaz de opinar, amo os dois. Mas como viram no capítulo também , Celeste sempre cuidadando da prima, vocês tem uma relação assim? Aqui, em casa é parecido tanto comigo e minha irmã mais nova quanto minhas primas.

⟡﹐[ 𝒕𝒉𝒓𝒆𝒆 ]﹒info﹒◌.  Minha vontade é de colocar a Callie no potinho pra ninguém fazer mal à ela. Sério, ela não  tem defeitos! No próximo capítulo teremos o ponto de vista do nosso maroto favorito — pelo menos o meu — sobre o que aconteceu. Mas alguém acha que ele vai ser muito cadelinha da nossa loira? Quero ver às opiniões e sugestões de vocês, amo interagir com cada um. Ah, relevem os erros, okay? Nem sempre consigo revisar bonitinho, mas espero que todos possam ter uma agradável leitura, até o próximo capítulo, bruxinhas.

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