Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

001. 𝑬𝑺𝑻𝑹𝑨𝑵𝑯𝑨 𝑬 𝑺𝑶𝑳𝑰𝑻𝑨́𝑹𝑰𝑨


2 DE SETEMBRO DE 1978,
HOGWARTS

Calliope andava apressada pelos corredores de hogwarts, estava atrasada, havia uma coisa que todos que conheciam a jovem Saltzman sabiam: ela odiava atrasos. Para a loira a ideia de se atrasar era algo inadmissível, algo que aprendeu de seu falecido pai. 

O senhor Orfeu Saltzman prezava pontualidade, era uma qualidade incomum em um tempo onde a maioria pareciam apressados para tudo, mas ele acreditava que havia tempo para cada coisa e, que era preciso apenas um pouquinho de organização e vontade. Calliope ou Callie para os íntimos — que se resumia apenas mãe, irmão e prima. — acreditava veementemente na opinião do pai, por esse motivo, ela estava tão frustrada consigo mesma. 

O dia anterior foi o retorno às aulas, a maioria dos alunos pareciam desanimados pela volta, inclusive a prima de Callie, Celeste, que parecia mais feliz em ver os alunos da Sonserina treinando do que se preparar para os estudos. E numa dessas " espiadas " clandestina e totalmente reprovadas por Callie, que Celeste precisou fazer detenção.

Mas o que tudo isso tem haver com Calliope? Simples, Celeste acabou levando a prima e melhor amiga junto, afinal, a professora minerva não acreditou na história de que Callie não estava totalmente envolvida nas escapadas noturnas da outra Saltzman. Por alguma razão, os alunos da Sonserina acharam que seria uma boa ideia treinar a noite, no que resultou em uma punição mais " severa " para as primas, por estarem fora da cama aquelas horas! 

Agora Calliope tentava andar o mais rápido possível para sua primeira aula do dia — nem café da manhã a loira tomou! — que seria DCAT ou Defesas Contra as Artes das Trevas , como preferia chamar, Callie não compreendia a mania dos outros de encurtar os nomes, não era mais bonito chamar o nome corretamente? Para Calliope era. Mas, voltando ao problema anterior, adivinha com qual outra casa teriam essa aula ? Sonserina, é claro! 

Callie suspirou aliviada ao chegar a sua finalmente na sala, alisou a túnica preta, o brasão da Grifinória mostrava a qual casa pertencia, e era o orgulho da mais nova saltzman, a casa que seu pai e antepassados ficaram, não havia outra casa que combinasse mais com a garota de cabelo loiros e olhos azuis claros, Calliope era uma verdadeira Grifinória e se orgulhava de pertencer à ela. 

Então, após ter certeza de que seu uniforme estava aliado e todos seus pergaminhos e penas em mão, a loira bate três vezes na porta grossa de madeira, as três batidas eram um tipo de marca sua, ela começou com o velho hábito após entrar sem a permissão do irmão em seu quarto, o que resultou em alguns gritos da parte do mais velho e lágrimas da pequena Calliope que na época tinha apenas 11 anos. Após esse incidente, ela nunca mais entrou em algum lugar sem que estivesse certa que sua entrada era permitida ou ouvida. E depois de alguns problemas técnicos os demais membros da família, e até alguns professores começaram a entender e aceitar o hábito estranho da loira. 

Por isso, alguns minutos depois a porta foi aberta com um simples alohomora, Calliope entrou na sala de aula com os olhos fixos em seu lugar, ela podia ouvir os cochichos e risadinhas enquanto seguia até sua mesa compartilhada, que ficava na primeira fileira. Sua colega de mesa era outra Grifinória, uma garota de cabelos escuros e traços orientais cuja Calliope só conversava durante essa aula. 

Não é de atrasos, Calliope —  Comenta o professor após suspirar — voltem ao seus pergaminhos! — Gritou sobre as conversas que começava a tomar conta da sala.

Por sorte a maioria dos professores pareciam gostar de Calliope, no início foi difícil entenderem a situação da garota, pois, sua condição era rara no mundo trouxa, até que se acostumaram com todas as " peculiaridades" da jovem Saltzman, no início houve muito preconceito e receio em relação à ela, o que fez com os seus pais quase desistissem de mantê-la em hogwarts, mas Dumbledore era um homem sábio e vivido, muito vivido, ele conseguiu convencer a família Salfazam que Hogwarts era o melhor lugar para alguém tão extraordinária quanto Calliope, e aos poucos eles aceitaram. 

Mas a boa relação era exclusiva e aceita apenas pelos professores, pois, os demais alunos não pensavam da mesma forma. Viam seus gestos e hábitos incomuns como algum tipo de esquisitice, no seu terceiro até espalharam que era resultado de uma doença contagiosa, o que só aumentou mais o preconceito e exclusão dos outros alunos da Grifinória. Mas todas as piadas e boatos, até de sua própria casa, parecia não abalar Calliope, o que de certa forma enfurecia mais seus terríveis algozes, para muitos Calliope parecia alguém fria e com alto grau de superioridade, os demais alunos sempre tentavam diminuí-la tanto fisicamente quanto intelectualmente, mas as tentativas pareciam inúteis aos seus olhos. Como se tudo isso estivesse muito baixo da Grifinória estranha e solitária, como se os demais não merecessem sua atenção! 

Mas era claro que tudo isso era apenas falação e imaginação dos demais alunos. Eles não viam Calliope como ela realmente era, ninguém via, até sua própria família, que por mais que tentassem não conseguiam atravessar o escudo que inocentemente a própria Calliope criou ao seu redor, o que impossibilitava de verem ela verdadeiramente, até de se comunicar com a mesma!  

Não fora sua intenção parecer insensível ou superior, ela apenas não via ou sentia as coisas à sua volta como os outros, todas suas emoções e interações exigiam um esforço tremendo, não fora sua vontade ser assim, mas ela não podia evitar e nem mudar o preconceito de outras pessoas. 

{...} 

A aula passou terrivelmente lenta para quase todos os alunos, afinal, o professor teve a brilhante ideia de revisar todos os feitiços aprendidos até então pela turma, era possível ouvir resmungos e suspiros irritados por toda sala. Callie vez ou outra olhava discretamente para seus colegas sem entender o motivo de tanta chateação. Não era bom revisar o que estudaram? Ter certeza de que todos estavam prontos? 

Alguém poderia me dizer o que são os Livros Amaldiçoados ? 

Mais resmungos. Esse era um assunto ensinado nos primeiros anos, então quase ninguém ali lembrava direito o que realmente eram. Logo, após a pergunta do professor, apenas três mãos levantaram instantaneamente. Duas da Grifinória e outra da Sonserina. 

O professor sorriu de lado ao ver uma pequena mão balançando frequentemente, logo, todos os olhares foram para a loira Saltzman, que parecia querer pular na cadeira apenas para chamar atenção do professor. Alguns alunos rolaram os olhos já acostumados com a atitude da loira, que esperava ansiosamente ser escolhida. 

— Senhorita Saltzman. — Permitiu o professor. 

A garota tomou um fôlego e desatou a falar rapidamente. 

Os livros amaldiçoados são objetos comuns utilizados quando enfeitiçados para causar danos a qualquer um que tentar lê-los. Exemplos de livros assim incluem o livro Sonetos de um Bruxo, que faz com que o leitor do livro comece a falar apenas em rimas, assim como um livro sem nome que a pessoa que o começa a ler nunca consegue parar de ler. 

— Sempre querendo aparecer. — comentou alto um aluno da Sonserina. — Esquisita. 

Houve alguns risinhos e falatórios, Calliope não olhou para trás, mesmo tendo ouvido, ela estava interessada na confirmação do professor, mesmo já sabendo que estava certa, queria ouvir dele. 

Calado, Nott! — Avisou outro aluno da Sonserina, em um tom cortante, este, tinha os cabelos loiros e olhos azuis claros. 

Seus olhos estavam na loira a frente que parecia ansiosa, olhos tão parecidos com os seus concentrados no professor.  Porque não fica quieta, Calliope? Pensou o loiro levemente irritado com a irmã, ao menos nessa aula fique quieta! 

Dionysio Saltzman era o filho mais velho da família Saltzman, estava encarregado desde da morte do pai de cuidar e proteger a mãe e irmã, apesar de que essa última fizesse todo o esforço para ignorar sua ajuda. Dionysus, sabia que a irmã sofria bullying dos colegas da própria casa e até de outras, o mesmo sofreu no início, era um mestico numa casa onde a superioridade do sangue ditava as regras, mas o seu sobrenome e talento no quadribol fez com que seus caros colegas deixassem de "lado" sua origem, ele sabia que nem todos ali o suportava, mas ser filho de um grande mendibruxo com uma longa linhagem de bruxos poderosos gregos os "obrigou" aceitá-lo mesmo que a contragosto. Mas o mesmo não foi estendido à irmã mais nova. 

Calliope era diferente, sua inteligência acima da média assim como os gestos e hábitos no mínimo incomum, trouxe uma má fama a irmã e, mesmo que tentasse usar sua influência como principal jogador do time da Sonserina, não fora capaz de evitar que zombassem da pobre Calliope.

Dio, como insistia em ser chamado, colocava um pouco da  culpa na própria irmã, na sua cabeça, Calliope poderia, sim, se controlar. 

Mas a loira não compreendia isso, como sempre

— Certíssima, Senhorita Saltzman — Parabeniza o professor. 

Dionysio não precisava ver o rosto da irmã para constatar que sorria, um sorriso de orgulho. 

Ele balança a cabeça, levemente preocupado com o que as atitudes da irmã poderiam ocasionar, não somente com ela, mas com sua popularidade. Parecia egoísta, mas Dio acreditava que apenas continuado com seu status poderia evitar que a irmã sofresse mais repúdio dos alunos. 

O professor de DCAT continuou com suas perguntas do primeiro ano em Hogwarts e, Calliope ainda disputava com os outros gênios da sala — Lili Evans e Severus Snape — o último que parecia furioso por não ter a oportunidade de mostrar seus conhecimentos também. E, assim, a raiva e inveja dos alunos por Saltzman aumentava sem a mesma sequer notar ou dar atenção, pois, eram os outros que competiam com ela, e não o contrário. 

{...} 

Após conseguir 50 pontos para sua casa na aula de Defesas Contra as Artes das Trevas, Calliope saiu satisfeita da sala, seus livros e pergaminhos firmes em seus braços, ela seguiria para biblioteca, seu lugar favorito, depois do lago. Mas antes que pudesse virar o corredor uma cabeleira loira e conhecida entrou em sua frente. Dionysus, seu irmão, não parecia não feliz, havia uma expressão séria, então, ele puxa — delicadamente, pelo menos — a irmã para fora da vista dos outros alunos e, no tom duro exigi:

— Deveria deixar os outros responderem, Calliope! Eles já pensam que você é arrogante, e ainda faz questão de responder todas as perguntas! 

Callie olhou duramente para o irmão por alguns breves segundos. Estava acostumada com suas repressões, sempre dizendo : não fale muito, não diga coisas estranhas, não repita os outros, não encare muito, não seja tão Callie! 

Eu não tenho culpa se os outros não sabem algo simples, Irmão. — Respondeu de forma calma, seus olhos fixos nos azuis do irmão. 

Seu tom como sempre neutro e ao mesmo tempo suave como uma brisa, Calliope raramente se alterava, ou demonstrava emoções, às vezes, olhá-la dava a impressão de estar de frente com uma louça branca, não havia expressões claras, apenas o olhar azul límpido como o verão que prendiam todos que conseguissem encarar por muito tempo. Os olhos de Calliope eram  como um mar, e apesar de tranquilo poderia fazer qualquer se afogar em suas profundezas. 

Dionysio desviou o olhar, tamanha era a intensidade dele. Outra coisa que incomodava os outros, Calliope olhava nos olhos, ela não desviava ou ficava envergonhada, olhos sempre centralizados em quem conversava, alguns achavam que era por provocação, para desestabilizar. Mas apenas sua família compreendia que essa era sua "forma" de ler as pessoas. 

Para os outros, era fácil entender as emoções, mas Calliope precisava analisar minuciosamente o rosto das pessoas para conseguir compreendê-las, sua falta de compreensão das emoções e facetas humana obrigava-à agir dessa forma, sempre notando pequenas mudanças, como as sobrancelhas arqueadas, o canto da boca, o tom de voz, essas e outras coisas que lhe dava uma noção do que o outro sentia, mas não era algo exato, ou totalmente confiável, as pessoas às vezes fingem suas emoções, sentimentos e reais intenções e, essas mudanças eram difíceis para pessoas como Calliope conseguir distinguir. 

— Apenas tente não fazer isso em toda aula, principalmente com a minha casa. Não posso te defender sempre, maninha! — Apesar de sério, havia um toque de carinho no apelido. 

No fundo Dionysio queria apenas o bem da irmã. 

— Não sei se consigo, Dionysio— Murmurou veemente preocupada — Sabe que gosto de responder! 

O irmão sorriu de lado, sua irmãzinha estranha era única, mas ele a amava. 

— Te vejo no almoço — Decidiu mudar se assunto — Ah, fique longe dos nossos treinos, Callie. 

Ele sabia! Pensou surpresa, viu o irmão sair com um sorriso malicioso no rosto, logo, sendo seguindo por seu grupo de amigos, que pareciam esperá-lo, provavelmente eram jogadores também. E, se seu irmão sabia, os outros também poderiam… 

Celeste, minha amiga, você só apronta! 

Com esse pensamento ela seguiu até a biblioteca sem perceber que um par de olhos escuros observando seus passos como de uma serpente prestes a devorar sua presa. 




♡﹒[ 𝒐𝒏𝒆 ] ꜛ info﹗o primeiro capítulo está entre nós!! Ah, eu amei escrever ele e me surpreendi de como fluiu rápido, essa história é encantadora e torço para que se apaixonem por ela também.

⬚﹒[ 𝒕𝒘𝒐 ]﹐info﹒ja vimos pouquinho dos problemas da Callie, e quão brilhante ela realmente é. Como dito no capítulo de introdução, a inspiração para ela surgiu após assistir o kdrama advogada extraordinária, inclusive sugiro que deem uma chance a essa história incrível e necessária.

⟡﹐[ 𝒕𝒉𝒓𝒆𝒆 ]﹒info﹒◌ qual parte gostaram mais no capítulo? Amo interagir com vocês, cada comentário e voto são essenciais para o crescimento da história, então, não esqueçam de votar também. Aliás, já tem um palpite sobre quem está observando nossa Callie? Quero ouvir as teorias. Até o próximo capítulo, bruxos!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro