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Capítulo 14

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Eliza caminha devagar pelo aeroporto, acompanhando o fluxo de pessoas que acabam de sair do avião. Ela empurra suas malas no carrinho, sentindo todo o cansada viagem em seu corpo. Tudo o que quer é chegar em casa agora e dormir, ao notar que a noite chegou rápido.

Ela vai se aproximando das pessoas que estão ali, esperando seus parentes e amigos, então logo avista de longe seus pais. Eles aguardam ansiosos enquanto sua filha se aproxima e seu coração acelera ao ver seu pai, com olhos atentos nela.

Lembra-se que poderia estar feliz ao revê-lo, mas infelizmente o único sentimento que toma seu peito é a tristeza, ao lembrar que por causa dele, ela está de volta. Eliza ainda caminha, quando seu pai já vem apressado ao seu encontro.

- Eliza!... - Ronald, puxa Eliza para seus braços, num abraço apertado, fechando os olhos - Minha filha! Agora, sinto meu coração mais aliviado.

Era bom ter finalmente sua filha de volta.

Mas a garota apenas fica ali, parada, com os braços abaixados, olhando com indiferença. Ela está realmente magoada por tudo o que ele lhe fez e não consegue lhe devolver o abraço, nem abrir seu coração nesse momento. Lara olha e percebe que isso pode ser bem mais sério do que pensam.

- Eu estou feliz que esteja de volta e em segurança! - Ronald a segura pelos braços a olhando nos olhos. - Vamos! - Ele pega sua mochila, ajeita no ombro e vai caminhando na frente, empurrando o carrinho com as malas dela. - Quero que descanse, depois conversaremos.

- Liza!... - Sua mãe, a abraça também, carinhosamente.

- Oi, mãe! - Eliza devolve o abraço demorado, lembrando que ambas tem a mesma estatura baixa. - Que saudade!

- Que bom que está de volta! - Sua mãe se afasta colocando os cabelos castanhos de Eliza, atrás das orelhas, a olhando com carinho. - Vamos pra casa, Liza! - Elas caminham de mãos dadas até lá fora.

Asssim que pisam na calçada, Eliza sente um vento forte atingir seu corpo, levando seus cabelos para trás.
Nuvens se juntam no céu e parece que logo vem chuva. Até que não seria má ideia, está bem abafado e aquele ventinho, acompanhado por uma boa chuva, vai refrescar. Elas caminham depressa, enquanto alguns pingos grossos de já caem um aqui e outro alí.

- Vamos nos apressar, Ronald, você sabe que essa cidade para, quando chove! - avisa Lara, sentando-se no carro ao lado dele.

E Eliza se dá conta de que realmente está em casa! Na sua terra! Já percebe, começando pelo tempo típico, o trânsito, as pessoas, entre outras coisas. Ela senta no banco de trás, ajeitando a cabeça no encosto e ajeita os fones no ouvido. Seus olhos vão através do vidro do carro, enquanto segue caminho pelas ruas movimentadas do centro, embaixo da chuva que já caí, escorrendo gotas pelo vidro.

Seus pensamentos vão longe, ela observa os prédios altos, as luzes. Se dá conta que essa cidade realmente não para. No fundo ela gosta disso, da sua terra, da cultura, do jeito bem único dos brasileiros, que se for pensar pelo lado bom, ainda há sim, muita coisa. Mas lembra de Damien. Queria tê-lo conhecido em outras circunstâncias.

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Já em casa, Eliza sai de seu banheiro com uma toalha enrolada nos cabelos, usando um conjunto confortável de dormir. Caminha em direção da varanda, afasta a cortina branca e abre a porta de vidro. Sua casa é enorme, pé direito alto. Uma bela casa que seu pai conseguiu trabalhando duro. Observa a garoa que ainda cai, porém mais fina. Seu corpo relaxa ao observar as luzes da cidade. Ela senta-se na cama e liga o secador sacudindo em cima da cabeça, enquanto o vento quente vai o os bagunçando.

...

- Eliza! - Lara bate na porta, abrindo devagar e quando a avista, a garota abre um pequeno sorriso.

- Entra, mãe. - Eliza desliga o secador e cruza as pernas sobre a cama.

- Seus amigos e primos querem fazer uma festinha de boas vindas pra você, amanhã. Estão ansiosos pra te vêr. O que acha? - Ela termina, sentando-se na beirada da cama com calma.

- Vai ser ótimo! - Eliza sorri discreta, ficando pensativa logo em seguida. Sua mãe percebe, então puxa mais assunto.

- Bem... O que achou da reforma em seu quarto?

- Achei lindo... - Ela passa os olhos ao redor.

- Seu pai deu a ideia, ele queria que estivesse tudo pronto antes de você chegar. - Lara vê Eliza, mudar a feição, ficando séria.

- Isso não muda em nada. Ele não pode mais compensar seus atos impensados, me dando outras coisas, como fazia quando eu era pequena. Eu já sou adulta. Se ao invés de ele reformar meu quarto, tivesse me mandado o dinheiro, quem sabe eu ainda estaria estudando!... - Eliza olha com jeito incomodado.

- Não era pra você estar trabalhando lá. Nós temos condições de pagar. O problema é que seu pai é um cabeça dura! - diz Lara, brava.

- Mas agora já foi - Ela acaricia os cabelos de sua mãe. - Eu já estou aqui e estou feliz em ver você, mãe!

- E seu pai? - pergunta Lara.

- Eu estou feliz em vê-lo também... - Ela tenta soar mais confortável ao dizer. - Mas eu estou muito magoada. Só queria me resolver com ele logo, para ver se consigo mudar essa situação.

...

- Eliza... - Ronald bate na porta e entra.  - Já sente-se melhor do estômago? - Ele caminha a passos lentos, com as mãos nos bolsos.

- Sim... - Eliza abaixa a cabeça - Eu tomei um remédio. Sabe como eu fico mal quando viajo - comenta Eliza, ainda séria.

- Filha, preciso falar a sós com você - Ele olha para Lara. E sua mãe, depois de pensar um pouco, resolve sair.

...

- Amanhã bem cedo, vamos achar uma vaga em uma boa faculdade para você não perder seus estudos e assim terminar o curso, enfim - Diz Ronald e Eliza suspira pesado, olhando para o lado.

- O senhor sabia o quanto era importante pra eu terminar esse curso em Paris! - Ela ergue os olhos com firmeza.

- Sei disso. - Ronald desvia os olhos dela - Mas do jeito que as coisas estavam indo... Já não dava mais para continuar, eu tentei, mas estava desgastante pra mim e eu não consegui... - diz ele, por entre os dentes e voz baixa.

- Porque não deixou ao menos eu terminar o curso? - Ela insiste, firme.

- Não! - rebate ele, virando-se em direção da janela e seus olhos ficam preocupados - Talvez não desse tempo!... Aquele francês, iria fazer sua cabeça e um dia iria te levar de vêz! Você estava diferente, não me dava mais ouvidos, eu tive que cortar seus custos e só assim eu consegui te fazer voltar! - Ele se aproxima passando a mão em seus cabelos. - E que bom que está de volta para nós, filha.

Mas Eliza, põe a cabeça para o lado saindo do contato de sua mão, com olhar magoado.

- Você deixou tão triste, pai!... - Eliza olha com frieza.

Ronald abaixa a mão e seus olhos voltam a ficar desanimados. Ele caminha pelo quarto devagar, pensativo, vendo a chuva cair pela janela. Seu olhar viaja no tempo.

...

- Eu tive que viajar ainda muito jovem, não aproveitei minha juventude, as necessidades eram grandes e eu indo para o exterior, mandaria tudo o que eu conseguisse para eles. O casal que me acolheu. - Ronald, faz ênfase com os dedos na palavra 'acolheu' - disse que por eu ser muito jovem, iriam cuidar de mim. Mas não foi isso o que aconteceu. Enquanto eu trabalhava como um escravo, não recebia nada. Passei necessidades e humilhações, minha família também sofria aqui, queriam que eu voltasse. Meu pai tentou de tudo, mas não conseguiu me trazer de volta.

- Você já disse essa história, pai - Eliza o interrompe, ainda séria.

- Mas nem recontando tudo, você se importa com seu pai, Eliza!

Ronald se vira com olhar incomodado.

- Quando eu consegui fugir, fui para o País vizinho. Paris. O dinheiro que eu conseguia com os trabalhos não dava para nada! Nem ao menos pra eu voltar. Passei as mesmas condições que no último País, eu lhe afirmo que eles são todos iguais filha, acredite em mim?! Pelos lugares que passei foram só decepções e eu sonhava um dia em voltar. E naquele momento eu olhei para o alto e prometi pra mim mesmo, que minha família nunca iria precisar deles! E que um dia eu iria fazer tudo que estivesse ao meu alcance para ter dinheiro, eu iria ser alguém no Brasil, na minha terra! E daria tudo que eu nunca tive.

A mágoa agora é nítida, em seus olhos.

- E eu consegui filha, eu voltei, sou bem sucedido e com muito esforço deu tudo certo. E você tem tudo o que precisa aqui, não precisa mais voltar a Paris.

- Pai... - Eliza se levanta - Éra o meu sonho!... - Seus olhos brilham, profundos, juntando lágrimas.

- Um dia vai reconhecer que tudo o que eu fiz, foi para te livrar deles! E vai encontrar um brasileiro, vai se casar, me dar netos - ele tenta anima-la.

- Eu sempre entendi que o senhor teve uma história difícil, mas eu já disse que tive ótimas experiências naquele lugar! E quanto a Damien... Nós nos damos tão bem! Eu o amo...

- Não! - Ronald a interrompe, com firmeza - Você não o ama! - Nega ele, alto agora, olhando em seus olhos  - Eu estou tentando lhe fazer entender, mas você não quer! - Ele se vira com jeito bravo.

- Eu já disse que te entendo, mas o senhor não quer me entender! Eu não sou você, eu tenho minha vida, já sou crescida. Não é porque você passou por tantas coisas difíceis em outros Países que eu também vou passar. Talvez isso seja uma forma que dizer que ainda existem pessoas boas em todos os lugares e que eles possam te ajudar a ver que ainda pode ter perdão em seu coração! - Eliza suspira e se aproxima dele. - Sei que precisa se tratar, eu e a mãe estaremos com você...

- Não! Eu não preciso me tratar! - Ele se afasta - Nada vai me fazer esquecer o que aconteceu! - Ele olha firme e amargura esbanja de seus olhos. - Você não vai mais ver esse francês! Eu não consigo imaginar você casando com um deles, ou tendo filhos! - ele esfrega os olhos de jeito incomodado. - Já chega! Esta conversa acaba aqui e nada vai me fazer mudar meus pensamentos!... Eu te amo filha, e eu faço isso para o seu bem. Espero que entenda que vamos recomeçar.

- Droga! O senhor não vê que o que eu mais queria, era que tudo fosse diferente? - seu coração acelera e sua voz sai alta - Eu nem deveria ter vindo. Eu deveria ter fugido com Damien quando tive a oportunidade! - Decide ela caminhando depressa, em direção de sua cama a passos largos.

Ronald se aproxima.

- Já vi que foi o melhor pra todos, você ter voltado. Talvez fosse tarde. - Ele se surpreende com o jeito dela. - Logo você vai esquecer tudo isso, e vamos voltar a ser como antes. - Seus rosto fica sério.

- O senhor quem deveria esquecer seu passado e me deixar viver, pai!... - Diz ela em voz alta, percebendo suas lágrimas caírem.

- Eu Prometo recompensar tudo o que eu puder para você esquecer isso. Mesmo sabendo que eu não pude ser recompensado pelos danos causados em meu coração... Daqueles tempos. Acho que nunca vou conseguir esquecer meu passado - Seus rosto é tomado pela melancolia. Sua cabeça vai abaixando devagar e pensativo. Eliza se aproxima.

- Pai. Sei que além disso mais alguma coisa aconteceu... Me diga? Eu quero ajudar, quem sabe assim eu possa seguir a diante com meus sonhos e meus sentimentos por um gringo. - Eliza olha com curiosidade.

- Não é nada. - Ronald olha mais uma vez para ela, com jeito triste - Vou deixar você descansar agora. Amanhã será outro dia. Dia de recomeços - Ele sai do quarto deixando Eliza.

Ela fecha os olhos e suspira desanimada.

...

Ronald, entra em seu quarto sózinho. Se tranca e suspira, aproxima-se da janela e encosta nela. Fecha os olhos e tem uma lembrança;

Depois de tudo de ruim que a vida o obrigou a passar morando no exterior, sem nunca imaginar, ele se apaixonou pela primeira vez. Ela era diferente de todos naquele lugar! Mesmo sabendo de suas condições ela o queria com tal desejo, assim como ele. Joana.

Esse era o nome de sua esperança. Finalmente tudo ganhou cor, ela era a ruiva mais linda de todas. Ele se sentia vivo, afinal. Seus sorrisos eram os mais sinceros quando estavam juntos. Não importava como iriam fazer, mas ele iria recomeçar do zero por causa dela. Mas infelizmente as coisas que ouviu e passou dos pais dela, quando os conheceu, foram as piores e mais doloridas de todas. Foi difícil ver os pais de Joana a obrigando a se afastar dele por ser um ninguém. Isso acabou de vez com as migalhas que haviam restado de seu coração.  Foi então que prometeu pra si mesmo que um dia seus filhos nunca iriam se envolver com um deles.

Esses malditos!!... Todos!!

Diz ele, por entre os dentes, seus olhos são tomados pela ira.

Nenhum deles vai chegar perto de minha filha nunca mais!!

....

- Filha... - Sua mãe entra com jeito triste - Tudo vai ficar bem, acredite! Venha, vamos desfazer as malas? - Ela tenta animá-la.

Eliza se levanta secando suas lágrimas, precisa ser forte, ainda nem começou a luta. Lara vai tirando as peças de roupas.

- Isso vai para a lavanderia.... Isso também...

Eliza avista o quadro de Damien no meio das coisas. Ela se levanta pensativa com o quadro nas mãos, rasga o papel e admira, a bela pintura, colocando em sua prateleira com olhos melancólicos.

- Tudo bem? - Lara olha, sem entender.

- Essas é uma de suas pinturas  - explica Eliza, com os olhos distantes. Então sorri de leve ao admirar.

Eliza sente seu coração bater forte.
Ela viu que as coisas não iriam acontecer como o esperado, talvez demoraria mais do que pensa.

- Ele é um rapaz talentoso, filha. Assim como você me disse - declara sua mãe.

- Ele é isso e muito mais, mãe. Só espero que meu pai entenda que eu não vou desistir dele tão fácil. - termina ela com os olhos presos sobre a bela pintura e jeito esperançoso.

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Olá amores (◍•ᴗ•◍)❤
Espero que tenham gostado
Faço de coração ❤

Beijinhos

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