"Não olhe para trás, porquê encontramos nosso destino.
Não se arrependa disso, querida.
Estaremos pra sempre juntos."

Música - DNA.

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Finalmente, após uma boa caminhada, o casal chegam juntos na casa de Eliza.

- Entre, Dam! - A garota abre a porta e entra primeiro, se mostrando realmente animada, pela companhia do loiro em sua casa, novamente.

Eliza tira sua mochila e seu sobretudo, os pendurando atrás da porta, de forma apressada. Depois vai para a cozinha. Damien entra logo atrás, fazendo o mesmo com seu casaco e mochila também, então a segue até a cozinha, ali perto.

- Hum... Não tem janta - Eliza se abaixa, olhando para dentro da geladeira, enquanto Damien se aproxima olhando atento. - Mas tem isso!... - Ela pega uma caixinha de leite e coloca no balcão, depois abre o armário pegando uma caixa de cereais.

- Você precisa jantar, Eliza. - Damien tem um olhar de reprovação em sua face, ao ver a garota se alimentando mal, enquanto puxa um banquinho e senta-se perto do balcão, de frente a ela.

- Não é sempre que eu janto cereais. - Eliza se explica, parecendo sem jeito. - Mas hoje você vai me acompanhar e está tudo certo. - Ela pega uma tigela e lhe entrega, junto a um pequeno sorriso nos lábios.

Damien pressiona seus olhos claros, na direção dela, e depois de sentir -se vencido pelos grandes olhos castanhos da garota, ele pega a tigela das mãos de Eliza:

- Eu já jantei antes de ir pra faculdade, mas você, não. Você diz que sua mãe sempre pega no seu pé, para não comer besteiras no lugar das refeições. E ela está certa. - Ele termina de falar, despejando cereais por cima do leite.

-Você me fez lembrar dela agora.

Eliza para de mastigar e suspira, pensativa. Sua expressão é de saudade. Depois volta a levar mais uma colherada de cereal, junto com leite até a boca:

- Sinto tanta a falta da companhia da minha mãe. Eu a conheço bem, sei que ela vai me ajudar quando eu contar sobre nós. - A garota lhe lança um olhar animado ao falar. - Ela será a primeira a saber do nosso namoro. Mas eu também amo o seu cuidado, sabia? - Eliza deixa um beijo na bochecha de Damien, enquanto ele mastiga. - Não se preocupe, prometo tomar mais cuidado com minha alimentação.

- Me fala um pouco de seu pai, Liza? - pergunta o loiro, com jeito curioso, ainda mastigando, mas nota Eliza mudar sua feição bem rápido, se mostrando incomodada e sem jeito, com o assunto.

- Meu pai?

Eliza parece pensar por alguns segundos:

- Ele... faria tudo por mim. Tudo o que eu menos queria, era desapontá-lo, sabe. Só queria que ele, fosse menos autoritário. E o mais importante, que esquecesse esse complexo maluco de gringos e desse uma chance para você! - Eliza parece incomodada ao tentar explicar. - Mas só de pensar na reação dele ao saber de nós, já me dá arrepios! - Ela ergue as sobrancelhas, e balança a cabeça, depois tenta relaxar voltando a atenção ao seu pote de cereais.

- Sei como é complicado esses assuntos familiares, Liza. Às vezes queremos tomar nossas próprias decisões, pensando que parecem o certo, ou o melhor a se fazer, mas qual o preço a se pagar? Tudo o que não queremos, é desapontar nossa família, só queremos que eles se orgulhem de nós! E às vezes, mesmo que não pareça a melhor decisão, ela será a mais certa a se fazer.

Eliza nota o rapaz refletir por um momento com jeito concentrado. Mas logo, ele sai de seus pensamentos e volta a comer, deixando Eliza pensativa nas palavras do rapaz. Ela sabe que ele disse aquilo, se referindo aos pais dele, mas ela também sabe que no fundo, ele deixou subentendido a respeito da decisão de ficarem juntos e aquilo lhe pesou no peito.

- Como eu disse anteriormente, melhor irmos com calma, antes de dar os próximos passos.

Será que ele quer desistir de nós? - Eliza fica na dúvida sobre a declaração dele.

Eles ainda se olham, quando de repente, um clarão toma conta dos céus lá fora, fazendo refletir através das janelas, seguido de um trovão estrondoso. Os dois viram a cabeça e olham juntos para as janelas. Eliza se assusta, pondo as mãos nos ouvidos e olhando rápido ao redor.

- Nossa, vai cair um temporal! - Damien se levanta rápido, ainda olhando para as janelas. - Vem Liza, vamos estudar para não ficar tarde. - Ele pega na pequena mão da garota e a leva em direção do sofá.

...

O tempo passa, enquanto os dois, estudam, conversando de vez em quando. Eliza nota que às vezes, ela se perde em seus pensamentos ao parar e observar Damien, todo concentrado, na tela de seu notebook. Somente o barulho gostoso da chuva reina pela casa.

- Então, como vai sua pesquisa? - Eliza pergunta, ainda com os olhos presos na tela de seu notebook.

- Acho que já posso fazer meu resumo - responde ele, com jeito atento, sobre a tela.

- Sério? Nossa, você é rápido - elogia ela, com um sorriso orgulhoso. - Já te disse várias vezes que você tem jeito pra artes e não teria dificuldades em qualquer uma das matérias.

Mas de repente, outro clarão é visto e um estrondo mais alto, ecoa pela casa.
Eliza é pega de surpresa, abaixando o pescoço e pondo as mãos nos ouvidos, enquanto aperta os olhos, sentindo medo.

- Eu, tenho tanto medo de trovões! - declara ela, com olhar assustado, deixando o rapaz surpreso.

- Calma, Liza! - O loiro a olha, parecendo preocupado. - É apenas barulho, não precisa ter medo. - Ele põe a mão em seu ombro a trazendo mais para perto de si.

E sem perceberem, eles acabam trocando olhares interessados, por um momento. Eliza perde a noção do tempo, admirando o lindo rosto de Damien, tão de perto, esquecendo por um minuto, seu medo de trovões. Começa a sentir-se protegida e no fundo, está amando aquela aproximação. O som da chuva já é ouvida mais alta.

- Eu, não sei se posso declarar isso, já que você disse que é melhor irmos com calma ... Mas. Eu quero... Tanto te beijar agora! - declara Eliza, descendo os olhos para os lábios rosados do belo rapaz, sentindo o desejo tomar seu corpo.

Droga! Isso soou tão desesperado. - Pensa ela.

Damien muda o jeito de olhar, assim que tais palavras entram em seu coração, seus olhos ficam mais profundos, descendo para os lábios da garota. Ele realmente fica mexido com o que Eliza lhe disse:

- Acho que... Não tem problema se quiser me beijar - diz ele, já mudando o tom de voz, sem tirar os olhos dela, abrindo um pequeno sorriso sugestivo e parecendo desistir de ser forte.

Logo, Eliza vai se aproximando devagar, colocando a mão em seu maxilar com carinho e fechando os olhos, assim que seus lábios se tocam. Ter aqueles lábios pousados sobre os seus, depois de vários dias é tudo de bom e mais um pouco.

Eliza vira o pescoço de lado, encaixando melhor os lábios nos dele. O rapaz não consegue se segurar, e pede passagem para que sua língua quente explore a dela. Mais que de pressa, Eliza lhe entrega, permitindo sentir um arrepio e uma onda de calor já tomar seu corpo todo.

Ele põe a mão em sua nuca, adentrando seus dedos em seus cabelos macios e cheirosos e aperta sua boca mais para si. Isso faz com que suas línguas se encontrem perfeitamente e o beijo fique mais profundo. Finalmente Damien cessa o beijo, deixando um selar com esforço sobre a boca de Eliza, mas sem quer se afastar.

- Ah! Liza, você é tão linda! - Ele já se sente tomado pelo desejo ao ver o rosto dela tão perto, seus olhos grandes, castanhos lindos, sua boca carnuda, redondinha e rosada pelo beijo. Ele se aproxima de novo e agarra o seu lábio inferior com os dentes, devagar, sentindo uma fisgada em sua virilha - Eu não consigo ficar perto de você sem te desejar! Você é tudo que eu sempre quis!

Sua voz doce e seus olhos mergulham nos dela de uma forma avassaladora.

- Hoje eu também preciso tanto de você! - declara Eliza, então, já decidido, Damien coloca o notebook de lado com jeito apressado e volta a sua atenção toda a ela.

Eliza o abraça, apertado, arfando no ouvido dele, sem se conter. O barulho da chuva parece afrodisíaco para aquele momento que está ficando cada vez mais intenso. Pequenos relâmpagos e clarões entram pela janela, enquanto Damien continua mordiscando e sugando os lábios da pequena que já estão vermelhos.

- Eu... não vou conseguir me segurar, Liza! - diz ele, com dificuldade, já desistindo de ser forte.

- Eu não quero que se segure, amor! Me ame! - Eliza está brincando com fogo o instigando desse jeito.

- Vem cá!... - Ele se levanta, rápido, pegando Eliza pela cintura, fazendo ela passar as pernas ao redor de seu corpo e agarrar seu pescoço com os braços - Te quero no meu colo hoje - declara ele, mais que ansioso.

Eles se queriam com tanta necessidade, não iam esperar nem mais um segundo. Ele se senta acomodando Eliza em seu colo que olha pra ele perdida em tanta beleza.

- Te amo, Liza! - diz Damien, em português - Você vai ser só minha! - ele, a olha fascinado.

- Eu te amo! - responde Eliza, em português ainda sorrindo de leve, com os olhos pesados.

E inevitavelmente, o casal passa mais uma noite juntos.

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