
|Capítulo 20|
P.O.V Narradora
A atmosfera na sala estava tensa. Edward e Rosalie estavam frente a frente, trocando olhares carregados de irritação. Ele estava indignado, seus punhos cerrados ao lado do corpo, enquanto ela mantinha os braços cruzados, uma sobrancelha arqueada com desdém.
— Isso é ridículo, Rosalie! — Edward explodiu, sua voz baixa, mas carregada de frustração. — Você fica implicando com minha relação com Bella, mas acha perfeitamente normal estar perto da Gwen? Que diferença faz?
Rosalie bufou, revirando os olhos enquanto se inclinava levemente para frente, encarando-o.
— A diferença, Edward — ela respondeu, com a voz afiada como uma lâmina — É que eu não sou irresponsável! Você está brincando com fogo com essa humana. E se algo der errado? Vai expor todos nós! Eu não quero ver nossa família em risco por causa de sua... obsessão!
Edward balançou a cabeça, claramente exasperado.
— Obsessão? — ele riu sem humor. — E o que você chama de ficar sempre ao redor de Gwen? Não está sendo hipócrita aqui, Rosalie?
Antes que ela pudesse responder, Emmett, que estava sentado no sofá ao lado, finalmente interveio, sempre com sua postura despreocupada, mas agora com uma leve irritação no tom.
— Ei, deixa Gwen fora disso, Edward — disse Emmett, se inclinando para frente. — Ela não tem nada a ver com a sua escolha de correr atrás da Bella. Gwen é diferente.
— Diferente? — Edward repetiu, incrédulo. — Ah, claro, porque se fosse eu dizendo isso, todos estariam do meu lado, certo?
Alice e Jasper, que estavam do outro lado da sala, apenas observavam a troca de farpas. Alice, com os braços cruzados, olhava para a cena com uma expressão de desânimo, já antecipando onde aquela discussão iria parar. Jasper, por outro lado, permanecia em silêncio, mas seus olhos seguiam o embate com cuidado.
— Não é a mesma coisa, Edward — Rosalie respondeu com firmeza. — Gwen pode se cuidar, não é uma garota vulnerável como Bella. Ela sabe onde está se metendo, e mais importante, eu sei como lidar com isso. Você, por outro lado, está agindo como um idiota, colocando todos nós em perigo por causa de uma paixão.
Edward apertou a mandíbula, claramente tentando conter sua raiva.
— Isso é o que você diz — rebateu ele. — Mas a verdade é que você está com ciúmes, Rosalie. Ciúmes porque não é você quem tem alguém como Bella. Você não suporta a ideia de que alguém possa amar uma humana da mesma forma que você queria ser amada.
Rosalie o encarou, seus olhos brilhando de fúria.
— Cuidado com o que você diz, Edward — ela alertou, a voz baixa e ameaçadora. — Eu não preciso de lições de moral de você.
O silêncio na sala ficou pesado, e por um momento, parecia que o conflito poderia escalar ainda mais. Emmett soltou um suspiro pesado, levantando-se.
— Ok, ok, vamos acalmar aqui — disse ele, colocando as mãos entre os dois. — Isso não vai levar a nada. Rosalie, dá um tempo, e Edward... — ele olhou para o irmão, ainda irritado — Você tem suas escolhas, mas não precisa jogar tudo isso na cara dela.
Edward ainda encarava Rosalie, mas se virou lentamente para se acalmar. Alice deu um passo à frente, quebrando o clima de tensão.
— Isso já foi longe demais — comentou ela. — Estamos todos no mesmo barco aqui. Não precisamos brigar entre nós.
Rosalie permaneceu em silêncio, mas o olhar que lançou para Edward ainda estava carregado de ressentimento. Sem dizer mais nada, ela se afastou, subindo as escadas em passos firmes, deixando a sala envolta em um silêncio desconfortável.
Edward, por sua vez, balançou a cabeça e foi até a janela, olhando para fora, claramente ainda abalado pela discussão.
— Isso não vai terminar bem — murmurou Alice, já antevendo complicações futuras.
(...)
P.O.V Gwen Black
Quando abri os olhos, tudo parecia fora de lugar. A luz suave invadia o ambiente, e eu precisei de alguns segundos para ajustar minha visão. Sentei na cama, tentando processar o que estava acontecendo. Foi então que flashes da noite anterior vieram à tona: a estrada escura, os bêbados, e... Rosalie.
Levantei-me, meu corpo ainda um pouco tenso, e olhei ao redor. A decoração era sofisticada, elegante. Não era minha casa. Caminhei até uma cômoda próxima e vi minha bolsa cuidadosamente apoiada. Peguei-a e, com uma mistura de curiosidade e apreensão, abri a porta do quarto.
Ao sair no corredor, tive a certeza de onde estava. Mesmo sem nunca ter estado ali, reconheci o lugar. Era a casa dos Cullen. Suspirei, tentando entender como havia parado ali, e desci as escadas lentamente, cada passo fazendo minha mente correr com perguntas. Ao chegar ao pé da escada, dei de cara com Emmett e Alice, ambos me encarando com sorrisos leves, como se estivessem esperando por mim.
— Olha quem decidiu acordar — brincou Emmett, cruzando os braços, com seu típico ar descontraído.
Alice deu um passo à frente, os olhos brilhando com curiosidade.
— Como você está, Gwen? — perguntou ela, com uma voz suave, mas cheia de expectativa.
Passei a mão pelo cabelo, ainda me sentindo desorientada. Tentei esconder meu desconforto com um sorriso nervoso.
— Bem... Eu acho? — respondi, sem muita certeza, olhando de um para o outro. — Mas... o que aconteceu ontem à noite?
Emmett riu, balançando a cabeça.
— Digamos que você estava em apuros e teve sorte de Rosalie estar por perto — respondeu ele, com uma piscadela.
— Ela te trouxe para cá—Alice, mais delicada, continuou— Achamos que seria melhor você descansar.
— Rosalie me trouxe? — repeti, surpresa, piscando várias vezes enquanto tentava juntar as peças. — Eu lembro dos caras... E de ela aparecer... Mas depois tudo fica meio confuso.
— Sim, ela lidou com eles. — Alice riu suavemente. — Eles não foram páreo.
— Ah, claro... — murmurei, tentando imaginar o que "lidar com eles".
Houve uma pausa desconfortável, e eu percebi que estava em pé, segurando minha bolsa como se fosse um escudo. Alice percebeu o meu desconforto e deu um sorriso reconfortante.
— Não precisa se preocupar. Você está segura aqui — ela disse.
Emmett deu um passo em direção à cozinha, como se estivesse pensando em algo divertido para quebrar a tensão.
— Quer um café ou algo assim? — ele perguntou, rindo ao perceber a ironia. — Ou talvez algo mais normal para um café da manhã?
Eu ri sem jeito, balançando a cabeça.
— Acho que não... Mas obrigada — respondi, ainda tentando processar tudo.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, senti uma presença se aproximando. Quando me virei, vi Rosalie descendo as escadas, com seu habitual ar de superioridade, mas havia algo diferente em sua expressão. Ela olhou diretamente para mim, seus olhos avaliando, mas não com a mesma frieza de antes.
— Finalmente acordou — disse Rosalie, com um tom ligeiramente provocador, mas havia um toque de preocupação em sua voz.
Eu respirei fundo, olhando para ela, ainda com mil perguntas rodando pela minha cabeça.
— Sim, obrigada por... ontem à noite — digo, minha voz saindo mais hesitante do que eu esperava. — Eu realmente não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido.
Rosalie apenas deu um pequeno aceno com a cabeça, como se quisesse encerrar o assunto.
— Não precisa agradecer. Só não se coloque em situações perigosas de novo. — Ela fez uma pausa, os olhos fixos em mim. — Nem sempre vamos estar por perto.
— Obrigada, mais acho que preciso ir.—falei arrumando minha bolsa no ombro.
— Você não vai a lugar nenhum até tomar café da manhã.—Rosalie me olhou firmemente, seu tom firme, mas quase carinhoso.
Antes que eu pudesse protestar, ela pegou minha mão e, com aquele toque inesperadamente suave, me puxou em direção à cozinha. A risada de Emmett ecoou pela sala, divertida, como se ele já soubesse que eu não teria escapatória. Quando meus olhos se encontraram com a cozinha, fiquei instantaneamente chocada. O espaço era tão sofisticado, impecável... tudo parecia saído de uma revista.
Rosalie me guiou até uma cadeira perto do balcão central e me fez sentar, com uma delicadeza que contrastava com sua personalidade usualmente forte. Eu a observava em silêncio, sentindo aquele misto de admiração e nervosismo.
— Fiz panquecas e suco de laranja — disse Rosalie, com um leve sorriso enquanto colocava o prato e o copo na minha frente.
Olhei para a comida e depois para ela, com um sorriso bobo escapando de mim, apesar de minha tentativa de disfarçar.
— Obrigada, Rosalie — murmurei, tentando não parecer tão impressionada. — Você realmente não precisava...
Ela deu de ombros, como se não fosse grande coisa.
— Não é todo dia que tenho companhia para o café da manhã — disse, cruzando os braços e me observando com um olhar meio divertido, meio protetor. — Agora come.
Eu olhei para o prato, ainda surpresa pela gentileza, e comecei a cortar as panquecas. Não consegui deixar de pensar em como aquela manhã estava sendo estranhamente... normal.
Mais um capítulo amores amores, espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Me 30 curtidas amores.
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