|Capítulo 11|
P.O.V Gwen Black
Assim que a aula terminou, me levantei rapidamente, pegando minha mochila enquanto o sinal ainda ecoava pelo corredor. Rosalie, ao meu lado, fez o mesmo, com uma graça que parecia natural, quase etérea. Nós nos misturamos com o fluxo de alunos que saíam da sala, e eu fiquei um pouco surpresa quando ela continuou andando ao meu lado, em vez de seguir direto para a próxima aula.
No corredor, o burburinho habitual dos estudantes enchia o ar. Rosalie e eu caminhamos em silêncio por um momento, até que ela quebrou o gelo.
— Você parecia um pouco entediada na aula hoje. — disse ela, com um tom de voz que era ao mesmo tempo sério e levemente provocativo.
— Não é o meu estilo preferido de aula, sabe?—eu ri, encolhendo os ombros—
Só assistir a vídeos e fazer resumos... prefiro algo mais interativo. — expliquei, tentando não parecer tão abertamente desinteressada.Rosalie arqueou uma sobrancelha, um pequeno sorriso jogando luz em seus olhos dourados.
— É, eu percebi. — respondeu Rosalie,
com um leve tom de troça. — Mas, mesmo assim, você parece prestar atenção.
— Bem, eu tento. — admiti. — Mas e você? Pareceu gostar. Você realmente achou o vídeo interessante?—perguntei, ela deu de ombros, parecendo ponderar a resposta por um momento.
— Não é exatamente o vídeo. — disse, depois de uma pausa. — Mas eu gosto de aprender sobre o passado. É fascinante ver como as coisas mudaram ao longo dos anos.
— Não sei, Rosalie.—olhei para ela, um pouco surpresa—Você sempre pareceu tão... imperturbável. É difícil imaginar você se interessando por coisas tão comuns.—completei, ela parou de andar, me olhando diretamente nos olhos.
— Talvez você não me conheça tão bem quanto pensa. — comentou Rosalie,a voz baixa, quase desafiadora.
— Então me conte.—eu parei também, encarando-a.—O que mais eu deveria saber sobre você?— questionei,Rosalie hesitou, o que me pegou de surpresa.
— Não é tão simples. — disse ela finalmente. — As pessoas tendem a ver apenas o que querem ver. E muitas vezes, elas preferem a superfície.
Eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Havia algo nos olhos dela, uma profundidade que eu não tinha percebido antes.
— Eu quero ver além da superfície. — digo, sentindo a sinceridade nas minhas palavras. Ela me olhou por um longo momento, como se estivesse avaliando minha sinceridade.
— É mesmo? — perguntou, seu tom mais suave, mas ainda com um toque de desconfiança. — Você está disposta a lidar com o que encontrar?
Eu fiquei em silêncio, refletindo sobre a pergunta. Rosalie tinha razão; conhecer alguém de verdade significava ver todos os lados, os bons e os ruins.
— Acho que sim. — respondi finalmente. — Se você estiver disposta a me mostrar.— ela sorriu, um sorriso que parecia triste e esperançoso ao mesmo tempo.
— Talvez um dia. — ela disse, começando a andar novamente, enquanto eu olhava para ela,
Voltamos a caminhar pelo corredor, mais algo chamou minha atenção em Rosalie. Havia uma mudança sutil em seu olhar, algo que eu não conseguia definir de imediato.
— Seus olhos... — comecei, tentando colocar em palavras o que havia notado. — Estão um pouco castanhos. Antes, eles eram mais... dourados.
Rosalie parou de andar abruptamente e se virou para mim, seus olhos estreitando ligeiramente. Seu rosto, que geralmente exibia uma calma fria, agora mostrava uma tensão palpável.
— Eu... — ela começou, mas pareceu hesitar. Por um momento, quase parecia vulnerável, algo que eu nunca tinha visto nela antes.
— Eu só queria dizer que gosto dessa cor também. — tentei amenizar a situação, mas era óbvio que algo havia mudado.
— Eu tenho que ir. — disse ela bruscamente, a voz mais dura do que o normal. Sem esperar por uma resposta, Rosalie se virou e começou a se afastar rapidamente, sua postura rígida.
— Rosalie, espera! — chamei, tentando alcançá-la, mas ela já estava se misturando à multidão de alunos no corredor.
Fiquei parada por um momento, sentindo uma mistura de confusão e preocupação. Algo nos olhos dela havia desencadeado aquela reação, e eu não conseguia parar de pensar nisso. Rosalie sempre foi um enigma, mas agora parecia que ela estava escondendo algo mais profundo, algo que a deixava desconfortável.
(...)
Depois que as aulas terminaram, eu estava no estacionamento, sentada em cima da minha moto. Olhei para o carro de Rosalie, tentando entender os pensamentos que giravam em minha mente. Bella estava perto da sua camionete observando Edward com a mesma intensidade que eu observava Rosalie. Havia algo estranho no ar, uma sensação de que algo estava prestes a acontecer.
Foi então que ouvi o barulho ensurdecedor de pneus derrapando. Virei-me a tempo de ver a van do Tyler perder o controle e vir em direção à Bella. Meu coração quase parou. Pulei da moto, pronta para correr até ela, mas meus olhos captaram algo ainda mais rápido: Edward.
Em uma fração de segundo, ele estava lá, entre Bella e a van, como se tivesse surgido do nada. Meus olhos se arregalaram. Edward parou a van com uma força que não era humana. Bella olhou para ele com espanto, e por um breve momento, eles se encararam, congelados no tempo.
Então, tão rápido quanto tinha aparecido, Edward se afastou, misturando-se à multidão que começava a se reunir ao redor de Bella. Pessoas corriam para ajudar, e eu observei, quase em transe, enquanto Edward voltava para o carro. Rosalie já estava lá, os olhos fixos em mim por um breve segundo antes de desviar o olhar.Enquanto os Cullen entravam em seus carros e saíam do estacionamento, eu não conseguia tirar os olhos deles.
Quando o choque inicial passou, minha preocupação com Bella me trouxe de volta à realidade.
— Bella! — gritei, saindo do meu transe e correndo em direção a ela. Empurrei algumas pessoas no caminho, tentando abrir espaço até chegar ao seu lado. Ela estava pálida e em estado de choque, seus olhos arregalados olhando para o nada.— Bella — chamei novamente, com a voz trêmula de preocupação. Ela piscou e finalmente me olhou, ainda atordoada.
— Gwen... — ela murmurou, sua voz fraca e confusa.
— Já chamamos a ambulância — disse Angela, tentando manter a calma enquanto segurava o telefone com mãos trêmulas.
— Você está bem? — perguntei, tentando esconder o pânico na minha voz. Me ajoelhei ao lado de Bella, colocando minha mão no seu ombro. — O que aconteceu? Como você se sente?
Bella parecia perdida, seu olhar oscilando entre Edward, que estava a uma certa distância, e a van amassada ao seu lado.
— Eu... eu não sei. — Ela balançou a cabeça, como se tentasse fazer sentido do que tinha acabado de acontecer. — Edward... ele estava lá. Ele me salvou.—sussurrou ela
— Eu vi... — murmurei, ainda sem acreditar completamente no que meus olhos haviam testemunhado. — Como ele fez isso?
— Ele não devia estar lá... — Bella continuou, como se falasse consigo mesma. — Ele estava longe demais. Como ele chegou até mim tão rápido?
A confusão e o medo em sua voz eram palpáveis, e tudo o que eu queria era tranquilizá-la, mas eu mesma estava cheia de perguntas sem resposta.
— Vamos focar em você agora, ok? — tentei reconfortá-la. — A ambulância está chegando.
Mais um capítulo amores amores, espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Me 15 curtidas amores.
Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️
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