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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎
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𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐍𝐎𝐑𝐌𝐀𝐈𝐒 (?)
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TONY ABRIU E FECHOU SUA BOCA REPETIDAS VEZES, em todas ele levará um cutucão com o cotovelo de Natasha Romanoff, imaginei que ele gostaria de falar sobre as coisas jogadas pelo corredor da noite anterior ou talvez só quisesse fazer alguma piada humana que eu provavelmente não entenderia e teria que receber uma explicação, mas depois do que se pareceu minutos longos, o homem somente suspirou quase frustrado e caminhou para longe. Sorri levemente para a mulher ruiva, essa a qual piscou para mim e também saiu em seguida.

Ter uma noite de amor com Pietro foi uma das melhores coisas que me ocorreu após chegar a terra, no entanto minha mente me traia a todos os segundos e temia o escândalo que Hefesto provocaria se descobrisse tal feito. Não era nenhum pecado, não um que os deuses não apoiassem, porém para mim era estranho sentir a sensação de terror me atingir sempre que seu rosto surgia em minha mente.

(...)

Às duas semanas seguintes marcaram um mês completo da estadia de Afrodite na terra, ela ainda parecia feliz e reluzente como jamais estivera antes e Hefesto sentia uma tristeza profunda em seu coração, muitas vezes se questionando em qual ponto de sua relação a fez tão mal a ponto dela odiá-lo daquela forma. Claramente ele sabia exatamente onde havia errado, uma vez ouvirá que casamentos arranjados são o pior martírio para qualquer pessoa, mas como deuses, ele não imaginou que seria um grande problema, agora tinha uma opinião diferente, sabendo que ter a privado de sua escolha e liberdade fora a pior coisa que poderia ter feito.

Diante de seus olhos, as três moiras surgiram, como uma sombra que só é perceptível em uma determinada luz. O deus grego da metalurgia as olhou e segundo algum demonstrou incerteza, elas tinham um olhar certeiro e focado, como alguém que já sabe o que será pedido. A primeira era a moira Cloto, acompanhada de uma roca de fiar, sempre tecendo um fio, a segunda era Láquesis, que trançava o fio enquanto o encarava e a terceira era Átropos, que tinha uma tesoura em suas mãos e cortava o fio quando assim fosse o momento certo ── o fio citado era, na verdade, vidas humanas, as quais as moiras tinham a liberdade de traçar os seus destinos, seus inícios, meios e fins.

── Senhoras! ── o homem as cumprimentou de forma saudosa. ── Que bom que vieram ao meu encontro.

── Ficamos curiosas para saber o que o filho de Zeus queria de nós. ── Láquesis falou. Hefesto as encarava, elas não eram bonitas, jovens ou qualquer coisa desse tipo, eram realmente senhoras de muita idade e desgrenhadas.

── Filho de Zeus é algo muito forte, mas vocês sabem de tudo. ── falou pondo os seus braços para trás.

── Sabemos mesmo de tudo! ── em coro concordaram. ── Inclusive o motivo de ter nos chamado.

── Então vocês podem me dizer como levar minha esposa para casa e desse lugar imundo?

── Não podemos!

Átropos declarou sem muitos rodeios, Cloto a cutucou com o cotovelo e Láquesis somente as observou.

── Darei o que quiserem. ── o homem falou rapidamente, seriamente decidido em convencê-las.

Por um instante as três se reuniram em um círculo e pareceram conversar entre si, ele esperou pacientemente por segundos que chegaram próximos da eternidade para ele.

── Tudo bem! ── Átropos foi quem falou. ── Iremos te ajudar.

── Mas antes, você terá uma charada para desvendar. ── Cloto levantou o dedo demonstrando o número um, também tendo um grande sorriso torto no olhar.

── E então fará em seu palácio a mais bela roca de tear. ── Láquesis completou, fazendo assim as três o olharem com atenção.

── O que quiserem. ── então ele concordou.

As três outra vez se juntaram em um círculo, uma visão surgindo diante os seus olhos, mostrando o passado, presente e o futuro. Hefesto olhava a luz dourada, a dor de Afrodite em cada instante do passado, até chegar naquele momento que era o presente, fazendo Cloto outra vez abrir a boca:

── Uma boa notícia está por vir...

── Trazendo alegria ao Olimpo e iluminando até o que há de mais sombrio em seu ferido coração...

── Mas não só alegria virá...

── O mal também chegará!

Hefesto ouviu com atenção perdido entre as milhares de hipóteses que aquilo poderia significar, as três o olhavam curiosas, esperando que sua ficha caísse e elas não precisassem mais falar, no entanto Hefesto parecia perdido e confuso demais para pensar.

── No ventre da deusa do amor, fertilidade e sexualidade, cresce dois frutos de duas uniões. ── proferiu Átropos.

── Vocês tem certeza de tal informação? ── perguntou, estava chocado o suficiente para fielmente acreditar.

── Além de pouco provido de beleza, também és de inteligência? ── Cloto indagou.

── Nós não proferimos mentiras! ── em coro as outras duas falaram, ganhando a concordância de Cloto.

── Então ela se deitou com o humano. ── cheio de fúria, Hefesto levou as mãos ao seu cabelo castanho escuro, bagunçando-o. O homem esmurrou a parede ao seu lado, completamente atordoado, porém não demonstrando dor.

── Podemos trazê-la até você. ── a voz mansa de Átropos surgiu como um murmuro. Logo as suas duas irmãs entenderam exatamente onde ela queria chegar.

── Se você nos entregar um dos raios de Zeus, aqueles dos quais você fabrica em seu palácio. ── outra completou.

── O que querem com um raio de Zeus?

Ganhando uma clareza limitada e uma curiosidade aflorada perguntou.

── Não interessa, grandão, só faça isso e faremos a nossa parte.

── O que significa a criança com o humano? ── perguntou ao se aproximar. ── Qual a chance de perder o meu lugar?

── Oh, você sabe, Hércules é uma prova viva o suficiente para você saber que deve alguma coisa temer. ── lembrou. ── Mas, a tenha ao seu lado e mal algum acontecerá.

── Então tragam Afrodite para mim!

E ganhando a confirmação do sugerido, as três sumiram da mesma forma em que chegaram, deixando Hefesto outra vez ansioso, desta vez com a certeza de que Afrodite nunca diria não para o que fosse que acontecesse, principalmente porque ele agora tinha todas as cartas do jogo em suas mãos.

(...)

Girei em frente ao espelho do quarto, conferi pela milésima vez o vestido rosado que cobria o meu corpo e pela primeira vez, em uma semana, me senti realmente bem para finalmente aceitar o pedido de Pietro e ir com ele a um desses encontros que os humanos tanto falam sobre. Meu cabelo estava completamente liso, jogado sobre os meus ombros e quase alcançando a altura de meu quadril, era brilhoso, sedoso e totalmente perfumado. Os brincos delicados e dourados, com singelas conchas em destaque compunham o meu visual de uma forma fascinante.

Mas, vendo-me diante o espelho, meu coração inesperadamente se apertou sobre o pensamento de meu filho, questionando-me onde ele estava e como estava, outra vez lembrando-me de como poderia ser terrível em questão de maternidade, entretanto balancei minha cabeça e não permiti os meus erros me incomodarem naquele instante, por isso saí logo daquele quarto, tentando escapar de meus próprios sentimentos e pensamentos.

Ao chegar onde os outros estavam, Tony balançou suas sobrancelhas para mim e em seguida para Pietro, o que fez Clint e Natasha rirem e minha mente ficar confusa, mas antes que qualquer palavra fosse dita, Pietro agarrou-me pela mão e rapidamente estávamos em um carro, bonito e luxuoso o suficiente para saber que pertencia a Tony.

── Escuta isso. ── o platinado de olhos azuis pediu-me. Assenti e uma melodia começará a tocar, no entanto o olhei em seus movimentos, senti seu coração acelerado e notei toda a sua beleza, na luz do luar ele tinha o dom de parecer ainda mais lindo do que já costumava ser. A melodia era composta pela voz suave de uma mulher, a música falava sobre se casar com anéis de papéis e não fazia tanto sentido quanto a melodia, ainda assim era formidável ouvir. ── Taylor Swift! ── contou.

── Que canta?

── Sim! ── afirmou.

Assenti, pelo o resto do caminho permaneci apenas ouvindo as melodias da mulher chamada Taylor Swift, observando a lua que nos seguia e apreciando Pietro que balançava inquieto no banco ao lado. Quando chegamos, deparei-me com um lugar iluminado por várias pequenas luzes e mais natureza do que era o normal naquele tipo de lugar apresentar, mas era realmente lindo como Wanda e Natasha disseram que seria. Logo fomos levados para uma mesa que tinha vista para um lago iluminado também pela grande lua e que ficava mais afastada das outras e de todos os murmúrios do lugar.

── Por que viemos até aqui? ── perguntei curiosa, também demonstrando a minha inocência sobre os feitos humanos.

── Não gostou? ── indagou preocupado, me encarando.

── Gostei, é belíssimo! ── ao ouvir aquilo, Pietro soltou o ar que segurava em seu pulmão, assim me fez sorrir. ── Perdão!

── Tudo bem! ── afirmou. ── Pessoas vão a encontros para se conhecerem melhor.

── Melhor do que nós conhecemos? ── perguntei pouco confusa. ── Já até transamos.

── Ei! ── o homem à minha frente reprimiu a minha última fala, ganhando um rubor rosado em suas bochechas, demonstrando timidez sobre a possibilidade de alguém mais ter ouvido.

── Isso não é comum? ── perguntei em um sussurro, dessa vez ele sorriu e assentiu.

── Bem, sim, mais do que deveria ser. ── riu baixo. ── Mas também não significa que já nos conhecemos muito bem e as pessoas aqui também não precisam saber que já fizemos amor.

── Oh, não? ── soprei inocente. ── Pensei que transar fosse comum.

── E é, Afrodite, só é uma coisa íntima, ninguém mais precisa saber. ── esclareceu. ── E não nos conhecemos bem só por causa disso, por exemplo, eu não sei muito sobre você ou sobre o seu filho. ── pontuou.

Naquele momento, um garçom educado surgiu, questionando sobre o que queríamos beber e encarando-me sem cerimônia alguma, sorri educadamente para o humano encantado e prontamente pedi por vinho, sendo seguida por Pietro que não pareceu entender muito sobre a bebida, logo o homem se retirou e prometeu rapidamente voltar.

── Bem, se Eros estivesse na terra, talvez ele se assemelhasse a um homem de sua idade. ── comentei, Pietro pareceu surpreso.

── Não seria como uma criança?

── Querido! ── gargalhei. ── O meu pequeno cupido tem alguns milhares de anos.

── Caramba! ── soprou surpreso. ── Pensei que o cupido fosse sempre uma criança.

── Ele era uma criança adorável, sim! ── confirmei sorrindo. ── Mas faz tanto tempo, ele agora é um homem lindíssimo, muito melhor do que eu e o seu pai.

── E o pai dele é o deus da guerra?

── Sim! ── afirmei.

Outra vez nossa conversa foi parada pelo garçom, ele serviu as bebidas e anotou os pedidos, para mim sendo uma salada e para Pietro algum tipo de peixe que não me dei o trabalho de decorar o seu nome, o homem saiu outra vez e encarei o platinado novamente.

── Como você, a deusa do amor, acabou com um deus da guerra e outro da metalurgia? ── ele indagou completamente perdido e curioso.

── É o meu dom, os homens caem de amores por mim, independente de seus títulos e dons. ── comentei, joguei meu cabelo para trás outra vez e ri levemente ao levar a taça aos meus lábios. Pietro permaneceu sem expressão, eu claramente havia dito para implicá-lo um pouco. ── Não seja ranzinza.

── Não tem graça! ── reclamou.

── Para você não mesmo!

Um silêncio curto surgiu, não me importei e encarei os lados, haviam mesas com toalhas brancas para todos os lados, pessoas felizes e pessoas tristonhas, o lugar que parecia ser o início de muitos romances, também parecia o fim de muitos outros. Em uma distância considerável, no escuro de um corredor, avistei três sombras novas, todos os pêlos do meu corpo se arrepiaram instantâneamente.

── Como é a sua relação com o seu filho? ── ele perguntou, fazendo-me voltar a olhá-lo. Então suspirei, meu estômago revirou e pela primeira vez senti o gosto do vinho de uma forma diferente em minha garganta.

── Sinceramente, era muito mais fácil quando ele era criança. ── confessei. ── Éramos unidos, inseparáveis, acho até que o mimei de uma forma grandiosa demais, mas conforme ele crescia e entendia algumas coisas e eu também me perdia em minha própria história, começamos a nos afastar.

── Por alguma razão?

── Não sou boa mãe, Pietro. ── murmurei ao mexer nos talheres prateados sob a mesa. ── Ou boa esposa, provavelmente também não teria sido boa filha.

── Não é fácil ser bom em tudo. ── sussurrou tentando me entender.

── Também não é fácil ser ruim em tudo. ── completei. ── Toda a minha vida fui alguém invejosa e egoísta, a beleza sempre foi predominante em minha vida, era sempre a isso que eu mesma me resumia e era resumida, isso consequentemente afastou a única coisa boa que fiz na minha vida, Eros.

── Você sabe, às vezes uma conversa honesta muda tudo. ── falou.

── Deuses e conversas geralmente não combinam bem. ── sorri sem mostrar os dentes. O meu olhar outra vez fora além de Pietro, para o corredor escuro com os sussurros ensurdecedores que vinham de lá, meu corpo estava trêmulo e todos os meus músculos tentavam me levar até lá.

── Não são tão diferentes de humanos. ── acrescentou, logo me encarou. ── Tá sentindo alguma coisa?

── Por que? ── indaguei, meu estômago se revirava de uma forma que nunca havia acontecido antes, minha visão estava turva e o vinho estava amargo.

── Tá pálida! ── contou, neguei rapidamente.

── Estou bem, querido. ── falei para não deixá-lo preocupado. ── Só vou rapidamente até o banheiro, tudo bem?

── Claro, qualquer coisa me chama.

Pietro sorriu, ao me levantar e passar por ele, o mesmo puxou minha mão e a beijou, sorri contente com o gesto e me abaixei até o seu rosto, logo deixando minhas mãos em sua face e beijando levemente os seus lábios.

Soltei-me do homem e caminhei até o banheiro. Conforme meu quadril balançava e o barulho dos saltos ecoavam pelo piso do lugar, meu cabelo também balançava em um movimento gracioso em minhas costas. Uma vez estando no banheiro, me encarei pelo reflexo do espelho e suspirei, em uma tentativa frustrante de recompor minha respiração e afastar o embrulho exagerado em meu estômago, mas nada surtia algum efeito, por tanto encarei a privada do local e meu estômago pareceu notar. Rapidamente levantei o vestido, que tinha o comprimento até as minhas canelas, para que não pegasse no chão e ajoelhei-me de forma ágil frente a privada limpa e branca, logo colocando o único gole do vinho que havia tomado para fora e as rosquinhas que havia ganhado de Tony horas antes, senti-me doente naquele pequeno instante.

Em seguida lavei os meus lábios e livrei-me do amargo em minha garganta, logo ajeitei minha veste e voltei outra vez para o caminho que havia feito até ali. Logo avistei Pietro em nossa mesa e o garçom parado ao seu lado, mas olhando para o corredor escuro que ficava logo adiante, as sombras novamente chamaram minha total atenção.

── Venha, deusa do amor!

Me senti ludibriada pela melodia das vozes em conjunto, meu coração dizia para correr, porém todos os meus músculos me faziam caminhar cada vez mais para o corredor. Ao finalmente chegar até a entrada do lugar, as sombras já haviam sumido e tinha a opção de continuar adentrando o lugar ou voltar para Pietro e continuar me martirizando sobre como era péssima em quase tudo, e contrariando o meu coração, adentrei o corredor e em um piscar de olhos o lugar inteiro havia se tornado outro, ao voltar para trás já não tinha mais sinal de restaurante, encontro e tão pouco de Pietro, mas a minha frente estavam as razões do lugar diferente.

── A deusa do amor! ── exclamou uma delas.

── Estava junta da alma que nos roubou. ── a do meio comentou.

── Isso é engraçado, não pertencia a vocês! ── declarei, dei alguns novos passos em suas direções e levei minhas mãos ao meu quadril. ── Por que ousam me atrapalhar?

── Você é sempre tão gentil, Afrodite. ── a terceira falou em um tom de deboche. ── E sempre tão intrometida.

── O que as moiras querem comigo?

Perguntei diretamente, não querendo aprofundamento naquela conversa e querendo voltar para Pietro. As três moiras sorriram com seus dentes amarelos, me fazendo encará-las com incerteza pairando.

── No ventre da deusa do amor, fertilidade e sexualidade, cresce dois frutos unidos. ── uma delas também proferiu, não havendo enrolação ou preparação.

── O que? ── indaguei, outra vez, sentindo todos os pêlos do meu corpo arrepiarem.

── Um bem ao mundo chegará! ── continuaram.

── E um mal lhe acompanhará! ── Láquesis concluiu ao me olhar.

Meus olhos instintivamente se inundaram em lágrimas, meu coração se apertou em total e completa incerteza. Minhas mãos correram ao meu ventre, meu cérebro correu ao exato instante, há quatro semanas, onde um dia antes de ser exposta pela vingança de Hefesto para todo o Olimpo, eu me deitava com ele, crente que aquilo era o máximo que eu podia fazer para não ser completamente inútil como a sua mulher.

── Hefesto? ── pronunciei o seu nome, crente que ele era o mal dito, entretanto elas negaram, sabendo exatamente o que eu pensava.

── Ele é o único em quem você poderá confiar! ── Cloto afirmou e a sua mão estendeu em minha direção.

── Não, ele... ── minha garganta parecia queimar, a maquiagem feita em mim por Natasha parecia derreter e meu coração novamente se quebrar.

── Ele te salvará! ── Átropos também afirmou, outra mão estendendo a mim.

── Venha, deusa do amor, o seu marido e o dono do fruto do seu ventre lhe aguarda voltar! ── Láquesis proferiu.

Em um estado catastrófico olhei para o caminho que havia feito, outra vez podendo ver o restaurante. Pietro estava de pé, encarando todos os lados, parecendo preocupado. Meu estômago outra vez se revirou, mas nada havia lá dentro para ser despejado em uma privada.

Olhando para o meu passado, sabendo a mãe horrível que fui e em como fiz mal para Eros quando o coloquei naquela situação horrível, onde ele constantemente me via de dia com um homem e de noite com outro, tive a certeza de que não poderia jamais cometer o mesmo erro outra vez. Olhando para as moiras com suas mãos estendidas e minha liberdade outra vez se esvaindo de minhas veias, escolhi meus filhos, mesmo que aquilo significasse mais muitos outros milênios de solidão.

Agarrei suas mãos, libertei minhas lágrimas e rapidamente estávamos em outro lugar. Era uma montanha esverdeada, com lavandas para todos os lados, no meio Hefesto, ele caminhou até mim e estendeu a sua mão, relutante a segurei, ele beijou-me nos lábios e abraçou-me com cuidado, acariciando meus cabelos, parecendo esquecer totalmente o passado.

── Irei proteger vocês, bela!

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