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𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟐𝟗

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— Ah... Tem uma mulher. — Suspirou entre as palavras. — Sim, uma mulher, que eu amo. E nesse momento, eu imagino como ela deve estar decepcionada. — Tragou o cigarro. Ele também se sentia decepcionado consigo. — Eu cheguei tão perto.

A morte era o destino que Thomas havia aceitado de bom grado. Contudo, quando os tiros foram disparados atingindo os homens ao seu lado e não a ele, entendeu que seu propósito na terra ainda não tinha acabado. Atordoado com as palavras que recebera, o Shelby caminhou pela mata sem rumo, até cair novamente em uma estrada e pedi carona até a estação de trem. A noite estava escura e tortuosa, Thomas pensou que não a encontraria mais ali àquela hora. Era tarde o suficiente para saber que Amara partira. Mas bastou ver a silhueta feminina tomando forma em meio a neblina, que percebeu que escolheu a mulher certa para amar e faria de tudo para vê-la bem.

Amie! — Thomas chamou. Estava cansado e rouco, mas ainda havia forças para dizer o nome com clamor.

Amara soluçou alto. Levou uma das mãos para o rosto, perdendo o equilíbrio das pernas. Thomas foi rápido em dar passos mais largos e apressados, tomando-a em seus braços de maneira ofegante.

— Eu pensei que você estava morto! — Ela chorou. Thomas deixou um leve beijo no topo dos cabelos escuros e salpicados com o sereno. Amara observou os respingos secos de sangue na roupa dele, assim como um machucado na têmpora.

— Eu também pensei que esse seria meu fim. — Sua mão afundou na nuca, trazendo-a para perto. — Mas eu estou aqui, pronto para dar um fim nisso tudo. Eu fiz uma promessa a você.

— Não tem mais trem. Não tem mais ninguém nessa estação além de nós dois. — Ela balançou a cabeça. — Acho que isso é um sinal para desistimos e voltarmos.

— Precisamos sair da cidade. — Thomas sentiu a garganta arranhar. — Vamos dar um jeito.

Thomas a puxou pela mão. A caminhada foi um pouco longa até chegarem nos trens que transportavam mercadorias. O Shelby sabia que um daqueles partiria para Gales. Deixando Amara a sós, rapidamente correu até uma pequena cabana onde os maquinários se encontravam em uma partida de carta. Um suborno foi pago para que o casal pudesse se aventurar no vagão de trigo em paz e chegassem ao seu novo destino. Horas depois, a luz da lua entrava pela abertura espaçosa, assim como o vento frio esfriava o lugar. Amara se arrastou até Thomas, deixando um beijo rápido nos lábios dele antes de aninhar em seu colo, sendo acolhida em um abraço quente e confortável. Ela se sentia como uma adolescente, fugindo de pais conservadores ao lado do seu namorado de caráter duvidoso. Bem, algumas coisas não eram tão diferentes e sua trajetória daria uma boa história.

— Pensando em pular do trem? —Perguntou ela erguendo um pouco a cabeça. O casaco de Thomas serviu como um lençol para aquecer ambos os corpos unidos em um canto.

Thomas negou em silêncio, mantendo Amara bem segura em seus braços. Sua atenção estava presa na lua brilhante no alto do céu. A vegetação corria diante dos seus olhos, mal tendo tempo para se atentar onde realmente estava, mas com certeza, muito longe de casa. Thomas suspirou ao fechar os olhos e encostar a cabeça na parede.

— Eu estive perto de achar que a perderia. Também achei que morreria. — Ele murmurou. — Mas nada disso importa mais.

— Isso tudo importa, Tommy. — Respondeu Amara. Sua atenção foi de encontro ao anel grosso e dourado que Thomas usava em um dos dedos. Ela brincou por um momento com a jóia. — Você abandonou muita coisa. Eu também.

— Eu prefiro não me lembrar disso.

— Talvez seja melhor dormir. — Disse ela ao puxar a mão de Thomas, deixando um beijo leve no anel. — Temos um ao outro agora, isso é tudo que importa.

— Eu sei, e tudo que preciso está bem aqui preso em meus braços. — Thomas a apertou ainda mais. — Boa noite, Amie.

— Boa noite, Tommy.

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Os freios do trem faziam um barulho alto. Amara murmurou algo em relação à dor que sentia no pescoço por dormir a noite inteira na mesma posição. Ao abrir os olhos, encontrou Thomas dormindo de modo sereno. Seus braços ainda estavam em volta dela, segurando-a bem. Levou um tempo para acordar o cigano e ambos pulassem para fora do trem e enfrentassem uma nova aventura. A estação do País de Gales era simples, mas não menos movimentada que a de Birmingham.

Amara suspirou profundamente, entrelaçando bem a mão com a de Thomas para poderem partir para longe. Usando parte do dinheiro ganho na corrida, Amara conseguiu comprar um carro, ou pelo menos, convencido um sujeito a vender seu veículo por uma bagatela. Ter Thomas Shelby ao seu lado era vantajoso, mesmo que ninguém daquela cidade soubesse de fato quem era o cigano, temia sua presença e seu olhar congelante, incapazes também de dizer não a sua lábia bastante convincente.

— Para onde? — Thomas sentou-se na direção.

Ainda do lado de fora, Amara sorriu. Thomas ergueu as sobrancelhas.

— Eu dirijo, sei onde fica o acampamento. — Ela gesticulou para ele ceder o espaço. — E isso não é discutível, querido.

— Eu posso fazer isso. — Thomas protestou.

— Por acaso você tem medo de uma mulher na direção? — Amara usou o corpo para empurrar Thomas para o lado. — Estamos indo a Newport, mas o acampamento fica em um vale distante do centro da cidade.

— Então sua família está lá?

— Sim, eles vão nos acolher. — Amara acenou confiante. Ligou o veículo em seguida. — Eu dirijo muito bem, então não precisa se assustar. E olha que de onde venho, a maioria dos carros são automáticos.

— Automáticos? — Thomas questionou, confuso.

— Já estou vendo que tenho muita coisa para te contar a respeito do futuro.

— Espero que a viagem realmente seja longa. — Um riso humorado surgiu nos lábios de Thomas. — Estou ansioso para conhecer seu século.

Thomas de fato era um homem curioso e com muitas questões a respeito do futuro. Ficou surpreso em saber que seu império não durou tanto quanto esperava e que principalmente, ao longo do tempo, a família Shelby havia se distanciado. Mencionar Caleb era doloroso para Amara, principalmente por saber que o homem deixou de existir só para ela estar ali no passado. Ela poupou alguns detalhes, talvez fosse muita informação para um homem que vivia em um século em que certas coisas eram tratadas como tabu.

— Como são seus pais? — Thomas encarou Amara. Ele percebeu naquele instante que gostava de a ver dirigindo, e de fato, Amara era uma boa motorista até em estradas ruins.

— Querendo conhecer seus sogros? — Ela rebateu humorada.

— Acha que eles iriam me aprovar?

— Não. — Respondeu, sincera. Thomas desfez o sorriso, mas Amara ainda mantinha o dela. — Meu pai ficaria horrorizado. Minha mãe provavelmente se perguntaria onde errou comigo. Logo a filha dela tão bem-criada, iria estar apaixonada por um gângster? — Ela virou o rosto para Thomas. Quase riu alto com o semblante de choque do cigano. — Por isso eu contaria apenas a parte que você é um grande investidor. No meu tempo você com certeza seria um CEO poderoso, e eu a simples jornalista e historiadora que teve a sorte de ganhar seu coração. Eu suponho que deva ter algum livro erótico desse tipo.

— No seu tempo tem coisas que me assustam.

— Nada assusta o poderoso Thomas Shelby. — Ela disse. Seu olhar se prendeu a estrada de terra batida, onde montes verdes e um céu azul a deixava mais alegre. — Isso tudo é novo para você, com o tempo acaba se acostumando, assim como eu me acostumei com seu tempo.

— Então eles me aceitariam?

— Você está mesmo interessado nisso... — Amara sorriu. — É claro, meu bem, eles iriam te adorar se o conhecesse bem. Meu pai iria passar o dia inteiro falando de cavalos com você e minha mãe, bem, iria investigar sua vida e lhe servir a famosa torta doce de banana.

— Eu gostaria de conhecê-los. — Thomas encarou novamente a estrada.

— E eu queria que eles vissem o que me tornei. — Amara abaixou o tom de voz. Sentiu os olhos arderem, mas afastou a vontade de chorar.

— Ficariam orgulhosos, assim como eu sou.

— Eu sei que ficariam. — Ela murmurou as palavras.

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O tempo estava gelado, embora o sol estivesse bem quente. Thomas estudou o ambiente que estava. O acampamento dos Flynn era grande, com caravanas coloridas e muitos animais em volta. Crianças brincavam próximo a um lago, enquanto os adultos faziam os deveres pesados. O Shelby podia contar facilmente quantas vezes estivera em lugares como aquele. Mesmo sendo cigano, foi criado na cidade cinza de Birmingham, escondendo suas origens, mesmo que não sentisse vergonha de quem era. Amara o puxou sutilmente colina abaixo. Thomas sentia o calor da mão dela percorrer para a dele de forma eletrizante.

Assim como Thomas, Amara também estava nervosa. Era a segunda vez que aparecia de surpresa naquele acampamento cigano. Criou expectativas que Zaira a aceitaria pelo tempo que fosse necessário, aliás, elas eram parentes e a viajante esperava ser acolhida entre os familiares.

— Você de novo? — A mesma mulher de olhos bicolores, perguntou.

— Quero falar com a Zaira. — Amara soltou a mão de Thomas.

Os olhos bicolores fitaram a visitante dos pés à cabeça. Amara não se sentia intimidada por aquela mulher, se era isso que a cigana pretendia causar. Thomas pigarreou logo atrás, dando um passo até Amara. Sua mão tocou suavemente no ombro dela.

— Tem certeza de que eles vão nos acolher? — Thomas perguntou. Sabia muito bem como os ciganos agiam com estranhos e aqueles não pareciam diferentes dos que ele conhecia em Birmingham.

— É claro. — Amara acenou.

Um murmúrio cresceu quando a mulher cortou o pequeno grupo de ciganos curiosos. Zaira parou ao se deparar novamente com a viajante, e dessa vez, ela trazia alguém consigo. Amara esboçou um pequeno sorriso para a rainha, dando um passo cauteloso até ela.

— O que faz aqui, menina? — Zaira perguntou.

— Eu espero que me ajude. — Amara uniu as mãos em frente ao corpo.

— Então é ele? — Zaira deu um passo para frente.

Ligeiramente confusa, Amara se perguntou se algo aconteceu a rainha dos ciganos. Zaira parecia mais jovem, tendo agora em torno de quarenta anos, lembrando vagamente Polly Gray. Os cabelos antes brancos, agora estavam negros novamente, soltos em cascatas grossas de cachos selvagens. Seus olhos também pareciam mais firmes e verdes, assim como o rosto estava mais duro e sem tantos sinais da velhice. Amara piscou algumas vezes, se perguntando como era possível uma pessoa se rejuvenescer tão drasticamente.

— Como se chama? — Zaira parou a poucos centímetros de Thomas.

— Thomas Shelby, senhora — Respondeu ele, firme e educado.

O riso que viu nos lábios finos de Zaira o fez tremer. Durante toda a vida acreditava que Polly Gray era uma bruxa, mas talvez a tia não passasse de uma mulher muito sensitiva. No entanto, a que estava diante dos seus olhos, semelhante à Amara em muitos pontos, era uma cigana que sabia fazer muito bem o uso do sobrenatural.

Zaira circulou o visitante. O cheiro de perigo era impregnado no amante da sua tataraneta. Aquele era um homem que conhecia muito bem a morte e suas façanhas. Ela parou novamente na frente de Thomas, estudando o olhar audacioso que ele a dava. Zaira sorriu de lado, antes de virar-se para a Amara.

— Você cumpriu seu dever. — Disse ela.

— Eu sei, mas quero continuar aqui. — Amara deu um passo largo até a mulher. — Pode nos ajudar?

Zaira inclinou levemente o rosto. Via nos olhos da viajante o que ela passaria no futuro, mas felizmente, Amara estava bem-preparada para tudo que enfrentaria.

— Todos são bem-vindos em meu reino. — Disse em voz alta. O olhar de Zaira se prendeu ao da filha do outro lado. — Estela, arrume um lugar para eles. — A mulher de olhos bicolores acenou lentamente. — Sei que estão famintos, então, hoje teremos um banquete especial.

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BIRMINGHAM

Polly sabia que seu trabalho na companhia Shelby iria dobrar depois da fuga de Thomas. Avisou ao filho que mantivesse o controle de todos os negócios de Amara enquanto estivesse em Londres, aliás, sabia ser muito trabalho para ser cuidado durante a ausência dela. Durante a noite, enquanto acendia uma vela para que a alma de Grace achasse a luz, Polly tirou as cartas de tarot para ver o que o destino reservava ao novo casal, e o que viu não a deixou mais tranquila. Thomas e Amara ainda tinham muitos inimigos para enfrentar.

— Onde o Thomas se meteu? — Arthur passou pela porta da casa de apostas fazendo um imenso barulho com as pisadas firmes. — Ele não apareceu desde ontem.

— Ele está bem, isso eu garanto-lhe. — Polly respondeu ainda concentrada nos documentos acima da mesa.

— O que você sabe?

— Você, John e eu estamos à frente da companhia Shelby agora. — Polly ergueu o olhar. Arthur se moveu inquieto no meio do salão.

— Como assim? Do que está falando? — Perguntou ao se aproximar da tia.

— Thomas deve estar muito longe agora, com a Amara.

— Ele ficou maluco? — Arthur parecia surpreso. — Por que ele faria isso?

— Talvez agora ele tenha percebido que as decisões que toma o estão levando para um futuro ruim.

— Futuro ruim? — Ele emitiu um rápido riso. — Estamos mandando em todas as pistas. Nosso dinheiro vai ser triplicado, nosso futuro está garantido. Estamos no auge e o Thomas decidiu fugir agora? Ainda mais com a mulher que o abandonou há dois anos? Que tipo de chá ela andou dando para ele?

— Existem motivos para todas essas coisas acontecerem. — Polly levantou-se da cadeira. — Você não entenderia. Mas se bem conheço meu sobrinho, sei que ele não ficará muito tempo longe do império, assim como a Amara.

— Eu espero que esteja certa. — Arthur disse. — Precisamos do Thomas aqui, com a Amara ou não!

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NEWPORT

O fim de tarde visto das colinas era o mais belo de ser apreciado. O espetáculo das cores do crepúsculo vespertino era inspirador e servia para acalmar corações tempestuosos. Amara encontrou Thomas próximo ao lago, atirando pedrinhas na água, enquanto via o quanto mais longe conseguia alcançar. De modo cauteloso, se aproximou do Shelby, sabendo que deixar tudo para trás havia sido uma decisão audaciosa de ambas as partes.

— Você viu os cavalos? — Ela cortou o silêncio. Thomas virou o rosto na direção, sorrindo levemente.

— É claro. São bonitos, mas selvagens. — Disse.

— Por isso são belos. São livres. A beleza está na liberdade, Tommy.

Amara deu alguns passos para frente. Com ajuda de Thomas, subiu acima de uma pedra grande e admirou a beleza do vale. O lago era grande e não apresentava ser fundo. Por um momento, Amara se viu nadando nua nas águas cristalinas e entre as pedras.

— Você está preocupado. — Ela encarou Thomas. — Pensando em voltar? Sei que para você é difícil deixar tudo para trás.

— E para você, não é? — Thomas questionou.

Amara mordeu os lábios com o questionamento. Sentiu a cintura ser entrelaçada por dois braços, levando-a para perto de Thomas. Ficar longe do inferno chamado Birmingham fazia bem para ele. Mesmo que os pensamentos a respeito do que deixou em Small Heath o incomodasse, Thomas parecia mais jovem e iluminado longe de todos os perigos.

— Estou tentando não pensar nisso.

— É a única coisa que não consigo parar de pensar. — Confessou. — Amie, eu sei que passamos por muitas coisas, boas e ruins, mas não podemos fugir e abandonar tudo que construímos com tanto sangue e suor. Não nadamos contra toda essa correnteza para morremos na praia. — Amara desviou o olhar para o lago novamente. — Vamos voltar, e dessa vez fazer as coisas certas. — Thomas disse. Amara o encarou com os lábios abertos, pronta para protestar. — Você tinha razão quando disse que eu não quero ser conhecido como um gângster. Eu me tornei um homem de negócios e é isso que quero ser até o fim, mas é claro, preciso de você ao meu lado.

— Você sempre estaria sendo o alvo de tudo, inclusive eu. — Ela se afastou.

— Certa vez você me perguntou se o rei era capaz de tudo para proteger sua rainha até o fim. — Thomas disse de modo firme. Amara estreitou o olhar. O azul intenso brilhou de modo radiante no rosto do cigano, da mesma forma que o sol deu seu último brilho antes de se pôr atrás das colinas. — Eu diria que sim, ele é capaz de tudo para protegê-la, inclusive, se sacrificar por ela.

— Então faça esse sacrifício, deixe essa vida e foque no ramo honesto da sua empresa. — Falou. — Você tem muito mais a ganhar com isso.

Thomas suspirou, apertando ainda mais a cintura de Amara.

— Não é como se eu pudesse largar tudo de uma vez, não funciona assim, Amie. No entanto, podemos tentar. — Um beijo leve foi deixado nos lábios dela. Amara sibilou levemente entre os dentes ao abrir os olhos. Uma ideia audaciosa fazia suas mãos gelarem.

— Tem mais uma coisa... — Ela disse. Thomas franziu o cenho.

— O quê?

— Quer casar comigo? — Perguntou com um riso de lado. Thomas ergueu o rosto com o pedido, surpreso. Amara elevou uma sobrancelha, gostando levemente da confusão no rosto dele. — O quê? Não me diga que está surpreso por eu tomar a iniciativa.

— Sim, estou! — Confirmou em um aceno rápido. — Eu ia pedir você em casamento quando chegássemos a Birmingham. Eu pretendia fazer tudo da maneira certa, além de fazer uma grande celebração.

— Eu não me importo com grandes celebrações. Podemos nos casar aqui, em volta da fogueira. — Amara apontou com o queixo para a imensa fogueira no centro do acampamento a uma certa distância.

Thomas desviou o olhar para a aliança que ela usava. O plano elaborado em sua mente havia mudado drasticamente, naquele momento, ele não tinha nada para dar a Amara se não fosse seu amor e lealdade pelo resto da vida que o restava. A aliança do primeiro casamento dela ainda estava no dedo. Thomas tentou não se incomodar mais com aquilo, aliás, logo uma aliança dada por ele tomaria o mesmo lugar.

— Não éramos marido e esposa de verdade, pelo menos, fora do papel. — Amara revelou quando percebeu que a atenção do Shelby se prendeu por tempo demais na aliança que ela usava. — Richard era como um pai. Ele me pediu em casamento no leito de morte e eu não pude recusar, mas nunca tivemos nada. Depois disso eu assumi de vez o controle de todos os negócios.

— Sabe o que eu acho? — Thomas segurou o rosto dela. — Que só um homem inteligente se casaria como uma mulher como você. O Sr. Abbott viu sua força e genialidade, além do seu bom coração, por isso não pensou duas vezes em pedi-la em casamento, mesmo que tenha sido apenas para deixar tudo em sua posse. Eu aceito seu pedido de casamento. Eu amo você, Amara, e sinto que a esperei por muito tempo para finalmente tê-la.

— Será esse o nosso felizes para sempre? — Questionou ela.

— Espero que seja, mas que o fim nunca chegue para nós. — Thomas disse.

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DIA SEGUINTE

O vestido rosa era liso e longo, suas mangas bufantes iam até o pulso. O decote era moderado e apropriado para ocasião, diferente de todos seus outros vestidos mais reveladores e modernos. Amara o escolhera por saber que combinava mais com o lugar que estava. O tecido leve era esvoaçante, livre de informações pesadas e ligando com a natureza local, principalmente com o pôr do sol. Optou por deixar os cabelos soltos, enquanto um pequeno ramo de flor pendia em sua orelha, assim como alguns brincos. Em seu dedo anelar, a aliança dada por Richard ainda marcava presença. Amara se sentiu relutante para trocar a joia de lugar, mas jamais deixaria de usar a peça, ela era uma lembrança preciosa de Richard, uma forma de carregá-lo para sempre.

Diferente de todos os típicos casamentos ciganos, esse não teria um dote. Thomas e Amara queriam apenas serem unidos por algo mais simbólico e íntimo, sendo o amor o bem mais precioso a ser trocado entre eles. Zaira havia sido solidária em permitir um casamento, sendo ela quem celebraria a cerimônia. Um pouco antes das dezoito horas, Thomas e Amara foram separados para serem preparados para o casamento. Pela primeira vez, Amara se sentia nervosa para vê-lo novamente. Ainda não acreditava que realmente estava se casando, dessa vez, de verdade.

Seu estômago revirou ao imaginar se tornar uma Shelby. Imaginou como a família de Thomas ficaria surpresa por saber que o grande gângster havia optado por se casar às pressas e longe de todos, principalmente em uma celebração simples. Amara sabia que ao voltarem para cidade, teriam muitos papéis para assinarem e quem sabe, um casamento civil para celebrar. Era possível ouvir as reclamações de Ariana sobre a escolha do noivo e até de Sarah perguntando a respeito do buffer. Após dizer sim e selarem o pacto de viverem juntos, Amara concluiria que a melhor parte da sua vida estava feita.

Estela entrou na tenda dada a Amara. Com um aceno rápido, ela entendeu que a grande hora chegara. O sol terminava de se colocar novamente. A grande família Flynn esperava pela noiva, fazia tempo em que eles não celebravam um casamento. Amara sorriu aos novos rostos, desviando o olhar apenas para o caminho de grama onde pétalas brancas a levavam para o altar. Respirando fundo, ela ergueu o olhar, recebida de modo caloroso por Thomas Shelby e seu riso fino e galanteador.

Thomas uniu as mãos em frente ao corpo, apertando os dedos com puro nervosismo. Talvez John tivesse se sentido igual quando se casou com a primeira esposa, ou talvez com a Esme, ele não saberia dizer. Seu coração bateu mais forte quando Amara surgiu sozinha, radiante diante seus olhos. Mesmo que ela usasse algo simples, ainda seria a visão mais tentadora e perfeita que ele já cobiçou. Uma leve rajada de vento jogou as madeixas escuras para trás, fazendo-a sorrir de modo tímido e gracioso. Thomas sentiu algo na boca do estômago, mas tentou não demonstrar sua inquietação até que sua futura esposa chegasse ao altar.

Ajoelhados sobre uma almofada, Thomas apertou levemente a mão de Amara. Aquela era uma prova para saber que o que estava vivendo ali não era um dos seus sonhos. Ela sorriu, exibindo uma pequena covinha no canto da bochecha. Ambos voltaram a atenção para o altar enfeitado com rosas-vermelhas e brancas.

— Estamos aqui reunidos para unir esse homem e essa mulher em matrimônio. — Zaira iniciou. — Para poderem seguir uma vida com honestidade, respeito, harmonia e companheirismo.

Amara retribuiu o aperto de mão, mesmo que naquele momento sentisse as pontas dos dedos congeladas. Por sorte aquela cerimônia não seria longa, ou ela desmaiaria tamanho nervosismo.

— Esse é o momento em que almas predestinadas se encontram. — Zaira encarou Amara. — Onde o amor prova mais uma vez que é capaz de transcender o tempo e qualquer limite. — O olhar da rainha desviou para Thomas. — Você, Thomas Shelby, aceita Amara Flynn, como sua legítima esposa, para amar e respeitar na saúde e na doença até que a morte os separe?

— Sim, eu aceito. — Thomas sentiu a voz pesada, assim como um nó se formar no fundo da garganta.

— E você, Amara Flynn, aceita Thomas Shelby como seu legítimo marido, para amar e respeitar na saúde e na doença até que a morte os separe?

— Sim. — Amara encarou Thomas. — Eu aceito.

— E para finalizarmos a cerimônia, seguindo algumas tradições. — Zaira puxou dois pequenos punhais. — A junção dos sangues. Duas famílias que se tornam uma única família. Duas carnes que se tornam uma única a partir dessa comunhão.

Amara engoliu em seco ao ver o pequeno punho abrir um corte superficial na mão de Thomas. Quando sua vez chegou, ela fez de uma maneira rápida, tentando não pensar no desconforto de cortar a própria mão. O olhar de Thomas a fez esquecer o pequeno corte, assim quando apertaram as mãos permitindo que seus sangues se tornassem um.

— Tem algo que eu quero dar a você. — Thomas falou ao puxar um pequeno lenço do bolso do paletó. Amara sentiu a boca ficar seca quando viu que duas alianças simples de ouro estavam bem guardadas. Confusa, ela se perguntou de onde ele tirara aquelas jóias, mas o riso baixo de Zaira a denunciou. — Eu prometo amar você por toda eternidade, com todas as dificuldades. Serei fiel a você, e será a única mulher que eu amarei, claro, até termos uma filha e eu ter que dividir o amor com ela. — Thomas sorriu levemente ao ver a mão pequena e feminina tremer ao colocar a aliança.

Então chegou a vez de Amara, que respirou fundo para que pudesse falar as palavras sem gaguejar.

— Eu prometo amar você independente de todas as situações que passarmos, boas ou ruins. Serei fiel a você por toda a eternidade. — Amara encaixou a aliança no dedo de Thomas, se surpreendendo pela joia caber perfeitamente. — Você será o único homem que amarei, até termos um filho, e dividir o amor com ele. — Sorriu com o final.

— Eu os declaro casados. — Zaira finalizou. — Podem se beijar.

Puxando o rosto para mais perto, Thomas a beijou de modo sereno. Amara intensificou o beijo, deixando que seu sabor invadisse a do marido de forma intoxicante, afastando-se dele apenas para que mais tarde ele a procurasse pedindo por mais.

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Amara foi abraçada por Thomas quando fogos de artifícios a assustaram. Sem dúvidas, os ciganos sabiam festejar. Um grande banquete havia sido servido após a cerimônia, assim como muitas bebidas e música alta. Aquela festa parecia bem mais animada que a do casamento de John, Thomas tinha certeza disso. O falatório era grande e alguns jovens se aventuravam em danças no campo e em volta da fogueira. Sentados em um altar improvisado para os noivos, Thomas contemplou sua esposa e a felicidade estampada no rosto dela.

— Quando Zaira te deu as alianças? — Amara fechou os olhos quando os lábios de Thomas tocaram seu pescoço.

— Pela manhã, quando eu a procurei. — Ele disse. Amara se afastou para fitá-lo.

— Por que procuraria ela? — Perguntou, curiosa.

— Ela é uma bruxa, Amie. — Disse de modo sutil. — Ela sabe sobre coisas que não sabemos.

— Na verdade ela é uma mulher muito sensitiva, Tommy. Ela te disse algo?

— Nada com o que se preocupar, Sra. Shelby. — Thomas afundou o rosto novamente no espaço do pescoço, beijando a pele macia.

— Senhora Shelby... — Amara murmurou. — Acho que gosto do meu novo sobrenome.

— Será que a Sra. Shelby se sente disposta a acompanhar o senhor seu marido até a tenda? — Ele perguntou com um meio sorriso.

— É claro, Sr. Shelby. — Ela o provocou.

Amara deixou que os pensamentos a envolvessem até a chegada da tenda. Thomas foi o primeiro a entrar, seguido por ela. Todo o barulho havia ficado do lado de fora, soando de modo abafado na tenda. O lugar era espaçoso e decorado com móveis coloridos e estampados. No chão, um grande tapete estava rodeado de travesseiros e almofadas. Amara retirou os sapatos para poder sentir a pelugem macia e quente abaixo dos pés, soltando um leve suspiro por finalmente estar longe de todo barulho da festa. Ao se jogar acima das almofadas, Amara sorriu de modo divertido quando o vestido revelou suas pernas nuas, atraindo rapidamente a atenção do marido.

Thomas se deitou ao lado dela. Espiou as pernas bem torneadas, percorrendo as mãos pelas coxas. Agora deveria se acostumar que era casado com aquela mulher, cujo instigara tanto em sonhos no passado, e que nesse momento, o provocava com desejos lascivos. Amara era uma mulher insaciável e de opiniões fortes, toda a energia acumulada na viajante a tornava ainda mais atraente. Thomas se sentiu sortudo, ganhando muito mais do que realmente merecia. Amara era tudo que ele precisava, sabendo que ao lado dela e com todo o rico conhecimento a respeito do futuro, atingiria seus objetivos e ninguém jamais se intrometeria em seu caminho. Agradecer diariamente por ter se casado com ela era o mínimo que deveria fazer.

Amara emitiu um pequeno murmúrio de dor ao apertar a mão cortada, principalmente quando Thomas deu atenção ao corte. Um beijo leve foi deixado acima do risco avermelhado. Logo aquela marca sumiria, mas o amor e as promessas ditas durante a comunhão permaneceriam. Amara sorriu quando Thomas deslizou os lábios para o pulso, subindo pelo braço com beijos leves até alcançar o pescoço.

— Você me parece nervosa. — Ele comentou em um sussurro.

— Isso parece bobagem. — Amara sentiu as bochechas queimarem.

— Não, eu acho até meigo da sua parte. — Thomas se inclinou sobre ela, deixando um beijo rápido no canto da boca. — Até esqueço que minha esposa tem um apetite sexual quase voraz.

— Acabei de me lembrar que hoje não quero ver você usando nada além dessa aliança no seu dedo. — Ela disse.

Thomas sentiu um formigamento percorrer o corpo com aquelas palavras. Em um movimento rápido, Amara puxou a gravata vermelha que ele usava, desatando o nó rapidamente. Thomas relaxou entre os travesseiros, vendo cada peça do seu corpo sair gradualmente. Quando ela alcançou a parte de baixo, Thomas rangeu os dentes sentindo a ereção dolorida implorar por atenção. Amara lambeu os lábios contemplando o abdome definido e com tatuagens, assim como o membro duro masculino que a fez salivar.

— Quero tanto você. — A voz rouca e baixa, atingiu Thomas como fagulhas.

Amara sentiu o poder que tinha sobre Thomas, sua posição também contribuía com isso. Preso entre suas pernas, ele não tinha como escapar de nada que ela tivesse em mente. Thomas ergueu as mãos, escorrendo as mangas do vestido para baixo sem muito esforço. Sua boca ficou seca ao se deparar com os seios firmes. Os mamilos rosados estavam duros e pontudos, esperando por algum toque. Thomas logo imaginou como ela estaria mais embaixo, provavelmente estava gotejando, o que o deixava mais sedento para saborear o mel feminino. Ele a deixou nua até a altura do quadril, mas ainda não se sentia satisfeito, embora aquela visão já fosse arrebatadora.

Um gemido entredentes saiu dos lábios dela ao sentir a massagem leve nos seios, mesmo assim, não desviou o foco do que realmente queria. Amara segurou as mãos de Thomas, enquanto seu rosto afundava em direção ao corpo dele, beijando e lambendo o peitoral firme, até que chegasse abaixo da cintura. Ela prendeu a ereção dura e quente na mão, levemente deslumbrada com a forma dura e pulsante que Thomas reagia com seu toque.

Os lábios de Thomas entreabriam com o toque. Seus olhos se fecharam rapidamente para que um suspiro ofegante saísse da boca. Deslizando a mão para baixo, ele tocou o rosto de Amara, se perdendo no olhar firme e penetrante que ela o dava. Sem perder mais tempo, ela o engoliu com facilidade. Sugando-o com suavidade, indo cada vez mais fundo. Thomas tinha certeza de que Amara sabia usar todas suas armas para enfraquecê-lo e aquele estímulo era um deles, talvez o mais fatal.

— Você gosta disso? — Amara lambeu o pênis até em cima de modo lento, deixando que uma pequena quantidade de saliva umedecesse sua descida novamente. Thomas sibilou, afundando a mão atrás da nuca dela. Amara se afastou um pouco, apenas para fitar a confusão de prazer estampada no rosto dele. — Eu posso parar...

— Não... — Foi a única palavra que conseguiu formular.

Ela o engoliu novamente. O sabor da excitação salgada e masculina impregnava sua boca e escorria pela garganta. Quando suas coxas esfregaram uma na outra, Amara sentiu que aquilo a deixava excitada, ao ponto de escorrer pelas pernas.

— Você me quer? — O provocou novamente.

— Me deixe sentir seu sabor. — Thomas pediu.

De pé novamente, Amara desceu o vestido com a peça íntima, ficando completamente nua. Thomas se ajoelhou, encarando os olhos afiados de cima. Era uma bela visão. Amara não se cansaria de admirar as piscinas azuis brilharem excitadas aos seus pés. Um beijo foi deixado em cada coxa, antes que Thomas afundasse o rosto no sexo feminino. A língua quente e aveludada raspou de modo lento do clitóris, iniciando um movimento habilidoso na carne molhada. Amara arfou com o toque, se apoiando nos ombros tensionados de Thomas.

Ela estimulou um seio, sentindo a língua do marido investir cada vez mais fundo em movimentos circulares. Ele se afastou por um momento, apertando a curva da coxa dela com força, fazendo com que se abrissem mais, totalmente entregue ao prazer que somente ele poderia dar. Thomas deixou um beijo acima dos pelos finos e pubianos, brincando novamente com os lábios íntimos molhados. Quando a sentiu tremer, ele a empurrou para os travesseiros, se posicionando bem entre as pernas.

Thomas enterrou o rosto na curva do pescoço de Amara, beijando aquela área com força enquanto a penetrava com facilidade. O movimento era lento e profundo. Ele voltou a encarar o rosto da esposa. Os olhos verdes e aguçados estavam levemente fechados e seus lábios entreabertos, pedindo por um beijo molhado em silêncio. Thomas uniu os próprios lábios ao dela, iniciando um beijo com desejo e delicadeza, diferente de todas as outras formas que havia dominado aqueles lábios. As línguas se encontraram novamente, de forma lisa e quente. O cigano delirava como a pequena abertura feminina se expandia para acomodar seu membro, deixando que ambos os corpos se unissem ainda mais acima dos travesseiros.

Os gemidos eram baixos, emitidos quase em um sussurro. O abraço de Amara o impediu de sair de dentro dela, até quando ela inverteu as posições ficando por cima. Thomas apertou a cintura fina, enquanto um movimento mais rápido se iniciava em seu colo. Ela deslizou as mãos para o pescoço do marido, apertando-o cada vez que o sentia tocá-la mais fundo e mais rápido. Incapaz de falar, Thomas arfou com a selvageria que começaria a partir dali. Um riso surgiu sob o prazer que ele sentia com o movimento da esposa, principalmente do delicioso barulho que ouvia quando ambas as virilhas se tocavam.

Amara arqueou as costas quando seu orgasmo chegou sem aviso. As pernas tremeram em volta de Thomas, assim como não conseguiu sustentar mais o peso e desabou acima dele. Thomas se livrou das mãos presas em seu pescoço, dessa vez, girando Amara e a colocando de quatro em sua frente. Ouviu um leve protesto da mulher, mas ignorou quando a penetrou de modo viril, empurrando-a para baixo cada vez que ia fundo.

Thomas a deixou inclinada, contemplando toda beleza feminina que podia. Amara sentiu os braços tremerem ao tentar sustentar o próprio peso. O sexo já dolorido, reclamava por continuar sendo usado, no entanto, ela não queria parar e receberia um próximo orgasmo se assim seu corpo quisesse. Thomas rangeu os dentes com prazer. Naquela posição, Amara ficava mais apertada do que já era. Uma quantidade de cuspe foi deixada sobre a segunda parte íntima dela, Thomas estava a fim de surpreendê-la e iniciá-la em outros tipos de prazer.

Amara foi pega de surpresa quando sentiu o ânus ser estimulado com massagens circulares. O coração acelerou só de imaginar Thomas a penetrando sem piedade por trás. Ela tentou erguer o corpo, mas foi empurrada novamente para baixo, ficando mais exposta para ele. Por mais estranho e novo que fosse, o estímulo no pequeno orifício era prazeroso, e Thomas não a penetrou, talvez ele fizesse isso em outro momento. Apenas um dedo serviu para que um novo tipo de orgasmo se formasse no interior da mulher.

— Thomas... Aah... Minhas pernas... — Amara tentou dizer entre gemidos. Os joelhos dobrados queimavam de dor por estar naquela posição. O sexo latejava de prazer. Amara sentia o clitóris quase dormente quando Thomas começou a estimulá-lo.

Suas mãos foram presas para trás e seu rosto caiu completamente acima de um travesseiro. As investidas continuavam fortes e altas. Amara fechou os olhos com força, mordendo o tecido quando sentiu um segundo orgasmos a atingir tão impiedoso quanto o primeiro. Quente e em jatos generosos, Thomas se desmanchou dentro dela. Ele também sentia as pernas bambas e joelhos queimando, principalmente quando se atirou ao lado da esposa, que se recuperava com o coração a mil.

Sentindo ainda pequenas contrações pós-orgasmos, Amara se uniu a Thomas em um abraço, encarando o teto da tenda em silêncio até que se recuperasse por completo. Sua atenção voltou ao cigano ao seu lado. Thomas era ainda mais belo depois do sexo, principalmente quando suas feições mostravam o alívio, e claro, a leve brutalidade dos atos quase selvagens. Ele virou o rosto para beijá-la assim que percebeu ser analisado. Thomas também estava satisfeito por ver no olhar dela uma borda verde em volta de uma escura piscina, e principalmente, a pele avermelhada após atingir orgasmos intensos naquela noite. Em meio ao silêncio da tenda, ambos adormeceram sem dizer mais nenhuma palavra.

Em um lugar onde paredes brancas e linhas vermelhas se encontravam, Amara tropeçou em um ninho de lã. Sua atenção se prendeu rapidamente à própria linha do destino, vendo que agora, alguns nós estavam desfeitos. Contudo, o caminho que a lã vermelha seguia ainda era encoberta por uma densa neblina. Por um curto instante, percebeu que uma nuvem escura se formava ao longe e alguns raios brilhavam de modo perigoso. Não era o fim dos seus problemas, talvez, aquele fosse o começo para outros. Felizmente, agora tinha Thomas Shelby para ajudá-la com tudo.

E S P E C I A L   D E   U M   A N O 

Acho que todos aqui estão cansados de saberem o quanto sou grata por cada leitor que a fanfic ganhou. Hoje (28/01/2022) a fanfic completa UM ANO e isso quer dizer que passamos muito tempo juntos. Eu tenho a agradecer muitos daqui, principalmente em quem acreditou no meu plot como é o caso da Giu ( booksxiulia ) que surtou desde o primeiro momento que eu mandei um resuminho do plot de Dobra no nosso grupinho de fofoca kk- e isso pq eu estava determinada a não escrever mais nada aqui. Muito obrigado a todos que estão me acompanhando desde então, por esse motivo hoje terá dois capítulos especiais, inclusive, será postado um videozinho especial no próximo capítulo. Então surtem bastante ❤️ GRATIDÃO, VIAJANTES ❤️

Manipzinha do Thomas e Amara chegando no acampamento cigano em Gales.


Capitulo postado dia (28/01/2022), não revisado.

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