𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟎𝟑
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Ariana havia sido clara em suas palavras: Amara deveria se sentir em casa. Ainda era cedo quando a enfermeira partiu para seu trabalho, deixando a irmã como sua mais nova companhia. Mesmo que Amara quisesse fazer qualquer contato amigável com a garota, ela tinha outros planos em mente. O jornal do dia estava acima da mesa da cozinha. Amara pode sentir a pele dos dedos vibrarem só de tocar naquele papel. Era um documento histórico, impresso em suas mãos. A página principal estampava a notícia de que uma revolução da classe trabalhadora estava prestes a chegar. As próximas páginas falavam sobre esportes e uma página inteira era sobre dicas culinárias para as donas de casas.
O verso do jornal continha anúncios de emprego. Entre anúncios procurando por babás, domésticas e secretarias, Amara chegou a um de garçonete. Ela se encostou na cadeira sorrindo. Finalmente o universo estava a seu favor. O pub Garrison procurava uma garçonete, exigindo como experiência apenas simpatia com o público e agilidade com bebidas. Seus dedos tamborilavam na mesa. Esse era o lugar perfeito para se aproximar dos Peaky Blinders, fazer perguntas discretas e montar seu dossiê. E com muita sorte, voltar ao seu tempo.
— No que está pensando? — Sarah perguntou quando não suportou tamanha curiosidade.
— Acho que achei uma vaga perfeita para mim. — Amara apontou para o anúncio no jornal.
— Seu sonho é trabalhar em um bar? — A garota franziu o cenho confusa.
— Eu já trabalhei em um bar antes. — Amara deu de ombros. Ela sabia que de alguma forma a sua experiência no trabalho de meio período no bar perto da sua universidade serviria para algo.
— Não acho que seja uma boa ideia. — Sarah disse. Ela parecia uma adulta alertando sobre perigo. Amara ignorou.
— Preciso chegar lá antes que perca a vaga.
— E você vai assim? — Sarah arqueou uma sobrancelha. Amara olhou para baixo, avaliando o que vestia. Ainda usava as mesmas roupas, o que com certeza não seria bem-visto pelas pessoas.
— Tem razão. — Concordou. — Mas não tenho roupas...
— Você é bem estranha, sabia? — Sarah se levantou da cadeira entediada da conversa.
— E você pode me ajudar. — Amara sorriu quando a garota lhe lançou um olhar duvidoso. — Consegue algumas roupas para mim?
— O que vou ganhar com isso? — A garotinha perguntou com uma sobrancelha erguida.
— Se eu conseguir a vaga, com o primeiro salário que eu receber prometo comprar o que você quiser. — Amara se levantou da cadeira, estendendo a mão para Sarah.
— Acho justo. — Ela sorriu maldosa, apertando a mão da mais velha em seguida. — Acho que deve ter algo da minha irmã que serve em você. Mas não pode contar que eu te ajudei.
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Amara ergueu a barra da saia quando teve que pular sobre uma poça de lama. Sarah havia conseguido roupas simples, perfeitas para que Amie demonstrasse certa necessidade em conseguir um emprego. Um bilhete havia sido deixado na mesa da cozinha para que Ariana lesse quando voltasse para casa. Durante o caminho para o pub Garrison, Flynn decorou o histórico fictício que iria apresentar caso fosse necessário: Havia se mudado para Birmingham para recomeçar a vida, não tinha mais família e estava morando de favor com uma amiga. Tecnicamente, não era uma mentira que o iria dizer.
O odor da urina invadiu suas narinas. A lama escura se acumulava em suas botas. A aparência de Small Heath era cinza e sem vida, com grandes fábricas poluindo o ar sem pudor. Ainda de longe ela avistou o pub Garrison e sua fachada mórbida. Amara apressou os passos até lá. Apenas um homem estava presente no local, empilhando cadeiras, distraído. Ela suspirou, o pub Garrison do museu era ainda mais moderno do qual se encontrava agora. Ainda assim, ela preferia esse. O homem se virou quando percebeu a presença feminina.
— Posso ajudá-la? — Perguntou com o cigarro entre os dentes.
— Vim pela vaga de garçonete. — Disse antes de esboçar um riso no rosto. O homem a encarou de cima a baixo.
— Ah, sinto muito, mas a vaga já foi preenchida. — Ele a dispensou com um aceno. Amara suspirou, era óbvio que ele mentia, então ela teria que barganhar pela vaga.
— Por você? — Ela deu um passo até o homem. Ele a encarou novamente.
— Do que está falando? Sou o dono daqui. — Respondeu. Amara franziu o cenho, iria acrescentar uma observação em suas anotações: O Garrison pertencia a outra pessoa antes de pertencer à família Shelby. — E estou te fazendo um favor, garota.
— Infelizmente não pago minhas contas com favores. Preciso de emprego. — Amara ergueu o queixo. O homem suspirou irritado.
— Esse lugar não é para pessoas como você. — Ele retirou o cigarro da boca. — Os homens que frequentam esse lugar são perigosos e você parece ser boazinha demais.
— Boazinha? — Ela repetiu a palavra com certa ânsia. — Já trabalhei em outros bares, tenho experiências com homens, sendo eles bons ou não.
— De onde você é? — Perguntou o homem.
— América. Nova York.
— E o que veio fazer nessa parte do mundo?
— Como disse, preciso de emprego. — Trocou o peso da perna. Impaciente.
O homem encarou Amara em silêncio. Embora seu olhar parecesse malicioso ao analisar cada ponto do seu corpo, as palavras que saíram da sua boca a fizeram sorrir.
— Pode começar hoje, o salário não é muito, mas o trabalho é. Você precisa limpar, organizar as bebidas e claro, servir a todos. Espero que sobreviva até o fim da noite. — Ele tragou o cigarro.
— Obrigado. Sobreviver é uma arte que estou dominando. — Respondeu em bom tom.
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Com o fim do expediente das fábricas, o pub encheu- se de trabalhadores cansados e sedentos. A maioria estava ali apenas para jogar conversa fora ou reclamar de seus empregos e a péssima remuneração que recebiam. Amara se via perdida entre servir doses de uísques e canecas cheias de cervejas. Algumas piadas ou pedidos inapropriados eram feitos a ela, situação na qual já esperava. O lugar estava tomado por homens barulhentos e prostitutas escandalosas, que subiam e desciam as escadas com clientes diferentes. Um homem deixou uma gorjeta no balcão, alegando que finalmente o Garrison havia contratado uma puta decente. Não era o tipo de elogio que Amie gostaria de receber, mas guardou o trocado em seu bolso antes que perdesse para algum outro bêbado.
— Esse lugar é sempre animado? — Amara tentou falar mais alto que a multidão. Harry, seu chefe, sorriu ao pegar um pano limpo.
— Nem sempre, mas hoje os rapazes estão indo para Saint Andrews. — Respondeu, limpando o balcão onde um cliente havia derramado uísque.
— O que tem em Saint Andrews? — Ela encheu mais uma caneca com cerveja preta e deslizou pelo balcão.
— Não conhece nada aqui, né? — Ele a questionou. Amara negou. — Saint Andrews é um campo de futebol. Os azuis vão para jogar. — Explicou, então apontou para dois homens do outro lado do bar. — Aquele é o atacante e aquele, o goleiro. Dá para acreditar?
— Ao julgar o estado deles, duvido que façam um bom jogo hoje! — Zombou do estado de embriaguez que os homens se encontravam.
— Oh garçonete! Você só serve bebidas ou faz coisas mais interessantes lá em cima? — Um homem se debruçou no balcão. Seu hálito fez o estômago de Amara revirar.
— Você não conseguiria fazer nada comigo nem se estivesse três dias sóbrio. — O homem arregalou os olhos incrivelmente verdes. Amara manteve a postura frígida, até sentir uma mão pousar em seu ombro.
— Amara, não provoque os homens daqui. E você, velho Tom, dê o fora, não vou mais te dar bebidas enquanto não pagar o que deve. — Harry disse mais alto. O velho Tom pronunciou algumas palavras que Amara não soube decifrar, era um idioma que não conhecia. O homem saiu em passos carrancudos, esbarrando em algumas pessoas propositalmente. — Malditos ciganos.
— Aquele homem era um cigano? — Ela perguntou surpresa.
— Sim, metade das pessoas que vivem por aqui são ciganas. — Ele respondeu antes de dar atenção a um cliente.
— Oi! — Uma voz rouca tomou atenção de Amara.
De uma pequena janela que dava para um cômodo reservado, um homem bem-vestido esperava para ser atendido. Amara engoliu seco sentindo um calafrio percorrer sua espinha. Com passos lentos ela se aproximou do cliente. Olhos azuis e intensos se estreitaram em sua direção, como se a estudasse cuidadosamente. A sensação de lutar contra uma correnteza, era sentida cada vez que se aproximava dele. Por um momento, Amara deixou de ouvir a multidão barulhenta que a rodeava.
— Quero uma garrafa de Rum. — O homem pediu desviando o olhar para a carteira que tinha em mãos.
— Seja o que for, é por conta da casa. — Amara ouviu Harry sussurrar em seu ouvido. O modo como seu chefe parecia nervoso denunciou que aquele homem provavelmente era quem ela procurava.
— Uma garrafa inteira? — Perguntou lentamente, memorizando cada detalhe que podia do rosto masculino.
— Sim.
— Tem preferência pelo Rum? — Ela arqueou uma sobrancelha. O homem à sua frente sorriu de lado.
— O que você preferir. — Disse.
Amara deu as costas e caminhou até uma estante. Mesmo que o contato visual tivesse sido cortado, ainda sentia o olhar do homem queimar em suas costas. Entre as bebidas, ela escolheu o escuro. Homens como aqueles com certeza preferiam intensidade a leveza. Então voltou à janela novamente, onde olhos azuis lhe afrontavam curiosos.
— O Harry disse que é por conta da casa. — Disse ao entregar o Rum. O homem segurou a garrafa lendo o rótulo rapidamente. O riso leve em seus lábios volumosos situavam que provavelmente havia gostado da escolha da bebida.
— É prostituta? — Perguntou desviando o olhar brevemente para o alto. Amara ergueu uma sobrancelha, não sabia se ele estava sendo curioso ou apenas sarcástico.
— Acha que uma mulher não pode trabalhar em um bar sem vender o próprio corpo? — Não se conteve em falar. Estava cansada de ser comparada às outras mulheres do lugar, mesmo que não as julgasse por optarem por esse meio de vida para sobreviverem. O homem a encarou surpreso com o questionamento. Por um momento, Amara sentiu que havia falado demais.
— Acho que mulheres podem fazer o que quiserem com seus corpos. Se não for uma prostituta, então provavelmente está no lugar errado. — Ele disse com um riso ríspido nos lábios. E antes que saísse, colocou duas moedas no peitoril da janela.
Com o dinheiro enfiado no fundo do bolso, Amara caminhou até Harry, ignorando os pedidos de bebidas que eram solicitados em sua passagem.
— Quando me falou sobre homens perigosos, estava falando desse homem? — Perguntou.
— Olha, você esperta e bem ágil, além de estar se saindo muito bem por aqui, mas tenha cuidado com suas palavras. — Harry a encarou, provavelmente havia ouvido o curto diálogo. — Se eu falar que é por conta da casa, então você só serve, sem conversa. — Então se aproximou mais dela. — Se um deles quiserem ir para cama como você, então não vou poder fazer nada.
— Por que não? Você me defendeu daquele velho. — Franzindo o cenho, Amara encarou o seu chefe.
— Porque eles são a porra dos Peaky Blinders e não qualquer velho moribundo de Small Heath. — Disse com certo nervosismo. — Sua sorte é que desde que o Thomas voltou da França, ele não quer ninguém.
— Thomas? Você se refere a Thomas Shelby? — Amara segurou o braço de Harry, impedindo que ele saísse do seu campo de visão sem respondê-la.
— Sim. O homem que acabou de atender é Thomas Shelby, o líder dos Peaky Blinders. — Confirmou se afastando da garçonete.
Amara se apoiou na mesa à sua frente, pensativa. Ainda era cedo para supor que havia passado uma péssima imagem ao líder dos Peaky Blinders, então na próxima vez que o visse, tentaria ser mais maleável, aliás, dependia do seu próprio esforço para concluir seu trabalho e voltar para casa.
— Mulher, cadê minha cerveja? — Um homem gritou. Amara respirou fundo e contou até onde podia, antes de se virar e forçar um riso para o velho barrigudo. Com toda certeza, ela precisaria se esforçar para isso e caminhar no limite dos seus princípios se fosse necessário.
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Quando o último bêbado foi expulso por Harry, Amara agradeceu. Havia sobrevivido ao primeiro dia naquele purgatório. Seus pés estavam pulsando, suas mãos estavam enrugadas de tanto secar bebidas derramadas sobre o balcão ou mesas. Ainda que estivesse exausta pelo primeiro dia de trabalho, se sentia satisfeita por vencer mais uma batalha. Harry caminhou para trás do balcão e contou o lucro do dia. Amara se sentia satisfeita por ter ganho tantas gorjetas. Talvez não fosse tão difícil trabalhar em um pub afinal, só precisava ter o estômago de ferro para aguentar certas coisas.
— Vai voltar amanhã? — Harry perguntou sorridente. Ele não parecia ser um chefe ruim, afinal.
— Sobrevivi a noite toda, não foi? — Disse enquanto tirava o avental do corpo e estendia sobre um cabide. O casaco que havia pegado de Ariana estava ao lado. — Então a vaga é minha?
— Com toda certeza, garota. — Respondeu com um riso leve nos lábios. — Achei que fosse desistir no primeiro bêbado que aparecesse em sua frente. Você não parece estar acostumada a isso. — Confessou.
— Eu não desisto fácil. E me acostumo rápido com as situações que sou jogada. — Literalmente, pensou. Vestindo o casaco de couro, encarou a porta que dava para o cômodo reservado. — Posso te fazer uma pergunta?
— Sim. — Harry respondeu. Sua atenção agora estava nas bebidas da prateleira.
— Essa sala, para que serve exatamente?
— Negócios. É obrigatório cada pub de Small Heath ter um...
— É decreto da realeza? — Amara sorriu com a pergunta. Harry se virou para ela.
— Quase isso. Ordem dos Peaky Blinders, é onde eles fazem negócios. — Disse. Amara mordeu o canto interno da boca.
— Então... Os Peaky Blinders frequentam muito esse pub? O Thomas sempre vem aqui? — Dando um passo cauteloso, Amara se debruçou no balcão.
— Sim, eles sempre vêm aqui. Chegam, pedem uma bebida e passam horas aí dentro. — Harry disse. Amara tamborilou os dedos na madeira.
— Que tipos de negócios eles tratam aí dentro?
— Por que tem tanto interesse? — Harry franziu o cenho. Amara sorriu sem jeito, arrumando uma forma de consertar seu pequeno vacilo.
— Porque vou trabalhar aqui e preciso saber sobre isso. — Deu de ombros com um riso fino nos lábios.
— Quanto menos você souber é melhor, esse é meu conselho para você! — Harry alertou. Amara confirmou. — Chegue cedo amanhã, esse chão precisa ser bem limpo.
— Tudo bem. Boa noite. — Foram suas últimas palavras, antes de sair do pub.
O que parecia ser flocos de neve, não passavam de cinzas das fábricas que se acumulavam no chão e ar. Fumaças de cigarro eram sopradas para o alto por homens e mulheres que ainda enchiam e se aventuravam pelas ruas de Small Heath. Amara fechou o casaco em seu corpo, estava frio e queria chegar o mais rápido possível em casa. Deu os primeiros passos para longe do pub e sem qualquer intenção, virou o rosto para o lado, mantendo a atenção brevemente presa no homem que vinha do lado oposto que o seu. Após acender um cigarro, Thomas guardou a caixinha de fósforo no bolso, soprou a fumaça no ar no mesmo momento em que se deparou com a garçonete de língua afiada. Foi um contato instantâneo. A mulher de olhos verdes e atrevidos, desviou a atenção para frente, passando por ele enquanto deixava no ar seu perfume suave de rosas. O cheiro que ele dificilmente esqueceria.
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O olhar furioso de Ariana pousou sob Amara. Por um momento Amie se sentiu como uma adolescente, levando um sermão da mãe por ter saído de casa e voltado tarde sem avisar. Sarah estava sentada na escada com um sorriso que parecia dizer: eu bem que te avisei.
— Você não pode sair por aí, porra, eu fiquei preocupada quando cheguei em casa e não encontrei você! — Ariana disse com as mãos na cintura. Respirava fundo enquanto andava de um lado para o outro. — Deixou um bilhete que estava indo procurar um emprego naquele lugar...
— Você disse um palavrão, me deve uma moeda. — Disse Sarah, atenta de onde estava.
— Eu sou adulta e posso falar palavrão, a regra só cabe a você, Sarah. — Respondeu Ariana. — Agora sobe, já passou da hora de dormir.
Amara observou a garotinha subir as escadas emburradas, então voltou atenção para a mulher em sua frente.
— Eu sei, me perdoe. Mas eu precisava ir até aquele lugar, preciso aproveitar meu tempo aqui. — Disse ao se levantar.
— Por que logo lá? Se precisar de um emprego, eu poderia conseguir uma vaga de faxineira no hospital.
— Porque é lá que eu preciso está, você não entenderia. — Amara suspirou.
— Eu entendo, caramba eu acolhi uma estranha com uma história sem sentido na minha casa. — Ariana cruzou os braços. Ela estava aborrecida.
— Tudo bem, sem drama. — Amara a puxou de leve para o sofá. Mesmo que tivesse visto Sarah subir as escadas, ainda não tinha ouvido nenhuma porta fechar, então provavelmente a garota estava ouvindo a conversa de qualquer lugar. — Lembra que eu disse que era historiadora?
— Sim. — Ariana disse.
— O que me trouxe a Birmingham foram os Peaky Blinders. — Disse em um sussurro. Ariana arregalou os olhos. — Eu estou trabalhando em um livro sobre as maiores mentes criminosas. E acabei me interessando sobre a história dos Peaky Blinders, principalmente sobre o Thomas Shelby. Mas não há tantas coisas sobre eles, ou do líder. Então precisei fazer uma pesquisa mais profunda. É para o bem da minha causa que eu me meti naquele lugar.
— Você é louca, vai acabar morrendo se cruzar o caminho daqueles homens. — Ariana disse.
— Bem, já conheci o mandachuva do lugar e continuo viva. — Amara disse. Ainda se lembrava dos belos olhos em um tom de azul hipnotizante, que lhe fitavam daquela pequena janela.
— Amara, tenha cuidado. — Ariana a encarou, havia uma nota de preocupação presente em sua voz. — Eu também estive pesquisando algumas coisas no serviço.
— O quê?
— Disse que estava com um homem quando sofreu o acidente, certo?
— Sim, encontrou ele? — Amara segurou as mãos de Ariana com força.
— Você infelizmente foi encontrada sozinha na porta do hospital. Mas soube que um homem deu entrada em outro hospital, me disseram que ele estava desorientado e dizia ter sofrido um acidente, mas não encontraram o carro dele ou qualquer acidente.
Amara fechou os olhos, poderia haver uma pequena probabilidade de que não tivesse saltado no tempo sozinha. Caleb poderia ter sido atingido também pelo desejo, caído em um lugar distante e estar tão perdido quanto ela ainda se encontrava.
— Pode conseguir mais informações para mim? — Voltou atenção a Ariana.
— Achei que gostaria de ir lá pessoalmente.
— Talvez na hora do almoço. Pode ir comigo? — Amara perguntou.
— Tudo bem, acho que consigo sair do serviço e ir com você. — Ariana se levantou.
— Obrigado por me ajudar, não sei como vou poder retribuir toda essa ajuda. — Amara estendeu uma mão para Ariana.
— Só vi algo bom em você, além disso, sei que faria o mesmo por mim se estivesse passando pelas mesmas coisas. — Disse.
Amara tinha certeza de que incluiriam uma longa dedicatória para sua mais nova amiga em seu livro, aliás, quem ajudaria uma completa estranha que havia caído por acidente no passado?
Primeiramente, muito obrigado pelos +1k na historia, tenho os melhores leitores do mundo <3 serio gente, vocês são d++, juro que achei que essa historia floparia.
Segundamente kkkk, o dia oficial de sair capitulo novo por aqui é sempre na segunda-feira pela manhã ou a tarde; então fiquem atentos.
E por ultimo, não menos importante: O que acharam do cap? Teorias? Gostaram do primeiro encontro da nossa viajante do tempo que o senhor frio e calculista hehe ee será que Caleb saltou no tempo também?
Capitulo postado dia (22/02/2021), não revisado.
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