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O fim de semana foi um inferno.

Em sua mente, o que havia acontecido estava interligado com o que poderia ter acontecido. Nos momentos de ansiedade, a diretora entrava e os pegava. Então ele foi demitido e os pais de Emmett o denunciaram por abuso de autoridade. Ele acabaria na prisão, onde sua irmã iria vê-lo uma ou duas vezes por semana.

Em seus melhores cenários, aqueles que só se permitiam pensar quando estavam no banho OU na cama, sob o manto da escuridão, a diretora não os interrompeu. Emmett continuou sussurrando em seu ouvido enquanto desabotoava as calças, puxando-as para baixo junto com a cueca e então se ajoelhava diante dele, dizendo o quanto ele queria prová-lo e então levou seus lábios para...

__"Estou em casa "_____.

O grito de sua irmã lá embaixo o fez abrir os olhos. A água caía sobre ele e ele estava tão perdido em sua própria fantasia que perdeu a noção do tempo. Mudou a temperatura do frio que atingia Seu corpo, forçando a razão em sua mente.

Ele sufocou um grito de horror ao sentir sua pele esfriar de repente, mas quando saiu do chuveiro sua cabeça estava mais clara.

__"Como foi sua tarde de estudo?"____.
ele perguntou a Sam quando ele desceu para a cozinha secando o cabelo com uma toalha. Eu precisei cortar o cabelo em algum momento.

__"Ok, Nessie é esperta demais para o seu próprio bem, mas ela não me faz sentir idiota.
É incrível. "____.Ela fechou a geladeira com um pote de sorvete de baunilha na mão e se virou para olhar para ele com um sorrisinho.__"Essa família toda é incrível, não acha?"_____.

Samantha ficou maravilhada durante todo o fim de semana com seu encontro perfeito com Rosalie Hale. Ela não tinha falado sobre mais nada. Não dava para acreditar que uma deusa daquelas namoraria uma garota como ela

(Matt bufou com isso, dizendo que ela era melhor que qualquer outra).

__"Eu acho."____.Ele respondeu vagamente, não querendo trazer à tona o tema Emmett para a coalizão.

Ele duvidava que pudesse esconder da irmã que elas haviam se beijado, era como um radar de mentiras, sempre as pegava na hora.

Sam o encarou por alguns segundos, mas pareceu querer lhe dar um tempo porque tirou duas colheres da gaveta e lhe entregou uma.

___"Vamos, quero assistir um filme juntos."____.

__"Uma comédia romântica?"____.

Matt perguntou sarcasticamente enquanto pegava a colher que ela lhe ofereceu e eles se dirigiam para a sala. Sua irmã era uma grande fã desse gênero.

___"Claro"____.Ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo enquanto se jogava no sofá.

Por pelo menos duas horas, Matt conseguiu não pensar em Emmett.

[••]

Na segunda-feira, Emmett não foi à aula.
Ele também não fez isso na terça-feira.

Renesmee disse a ele que havia pegado um resfriado e lhe deu um atestado médico. Matt achou uma pena, pois durante dois dias de sol o pobre menino teve que ficar em casa.

Na quarta-feira, ele admitiu para si mesmo que sentia falta dele.

Ela havia pensado em confrontá-lo, dizendo-lhe que o que havia acontecido foi um erro, que eles estiveram muito perto de serem pegos em flagrante, que ela não poderia comprometer seu futuro de estudante por alguém como ele, ele era apenas seu professor, ele era uma atração passageira.

O sol ainda brilhava, talvez fossem os últimos dias ensolarados de outubro antes do inverno dominar toda a paisagem, por isso os alunos estavam mais desfocados do que o normal, ansiosos para aproveitar as horas lá fora.

Na manhã de quinta-feira ele acordou de repente. Ele teve um pesadelo, um pesadelo horrível que sempre se repetia.

A possibilidade de não ter sido ele quem morreu, mas sim de Samantha. Na tentativa de se acalmar, ele virou o rosto para a janela, olhando para fora. Ainda era noite, mas sua respiração acelerada e a ansiedade apertando seu coração como garras lhe disseram que ele nunca mais adormeceria.

Ele chutou para o lado os lençóis que estavam emaranhados em seu corpo e se levantou. Ele pegou uma calça de moletom junto com um moletom e saiu da sala. Se eu não conseguisse dormir, tinha que desligar aquela ansiedade. Ele não era um corredor regular, mas era seu remédio quando sua mente lhe pregava peças.

Ele desceu as escadas com cuidado, a luz apagada do quarto de Sam lhe disse que ela estava mesmo dormindo, então ele saiu de casa sem fazer barulho.

O ar fresco em seu rosto tirou a lembrança do pesadelo. Ele começou a correr, as ruas estavam vazias então seus passos ecoavam no chão úmido da leve garoa que caía ao entardecer.

Ele estava relaxando, estava conseguindo superar a ansiedade quando ouviu passos atrás dele. Todo o seu corpo ficou tenso. Ele acelerou o ritmo da corrida, mas os passos barulhentos ainda estavam lá. Ele estava com medo de olhar para trás.

Seria esse o dia? Seria o dia em que ele morreria? Ele pensou em Samantha.

Ele acordava com o som do telefone avisando que seu irmão havia morrido. Eu teria que identificar o corpo dele.
Ela era muito jovem para isso.
Muito inocente.

Ele acelerou ainda mais, seus pulmões gemeram por mais oxigênio e seus músculos começaram a queimar. Quando viu a rua virar, viu a oportunidade, fez a curva a toda velocidade e esperou, sob o manto da escuridão, que seu atacante fizesse o mesmo.

Ao ver a figura encapuzada fazer a curva, correu em sua direção com as mãos estendidas. Se fosse matá-lo, não seria sem luta.

___"Que diabos? "___.A figura encapuzada ergueu os braços, surpreso com o ataque repentino. ___"Pare, pare!"____.

Matt ficou paralisado, mesmo com um dos braços levantado para desferir outro soco, embora fosse como bater em uma parede. Eu reconheci aquela voz.

__"Emmett...Você está louco?!"_____.
ele gritou com ele enquanto o menino abaixava o capuz. Olhei para ele, perplexo com sua reação.

___"Você não pode me seguir no meio da noite!"___.

___"Eu estava esperando você parar, não queria te assustar, por isso fiz barulho quando corri."____. Sua surpresa se transformou em um sorriso zombeteiro.

___"Se você quisesse me atacar bastava dizer."_____.

Matt bufou, dando dois passos para longe dele, seu coração disparado não apenas por causa da corrida, mas por quão perto ele pensava que seu fim estava. A tensão da última vez que se viram pairava entre eles como um fantasma.

__"E o que você está fazendo correndo a esta hora?" _____.

___"Você não estava doente?" ____.ele retrucou, sentindo-se desconfortável por causa das covinhas que se formavam no rosto do menino quando ele sorria.

Foi adorável. E sexy. Adoravelmente sexy.

Pare de pensar assim, ele ordenou a si mesmo.
Emmett coçou a nuca, desviando o olhar para focar em qualquer lugar, menos nele.
muito melhor.

___"Eu estou correndo muito agora. O que você está fazendo correndo à noite?"______.

Ele era um péssimo mentiroso, mas Matt não investigou, por mais que quisesse. Ele não poderia entrar em Sua vida, não deveria ganhar um lugar em Sua vida diária. O que aconteceria quando ele morresse? Não tinha sido naquela noite, mas poderia ter acontecido. Isso aconteceria em algum momento.

___"Um sonho ruim."_____.Ele respondeu evasivamente ao ver o olhar dourado fixado nele.

O menino pareceu pensar alguma coisa e então se decidir.

___"Posso te mostrar um lugar?"_____.
A pergunta o surpreendeu.

Emmett olhou para ele novamente com aqueles enormes olhos dourados brilhando de excitação.

___"Eu prometo que não é longe."_____.

Ele iria recusar abertamente. Eu ia dizer a ele que não podia, que em algumas horas os dois teriam que ir para a escola. Que Sam iria se perguntar onde ele estava.

Eu tinha a desculpa na ponta da língua...

___"Que tipo de lugar? "____.foi entretanto o que ele perguntou com uma de suas sobrancelhas claras erguidas de maneira curiosa.

O sorriso de Emmett era deslumbrante, quase brilhava na escuridão da rua.

___"Você verá. "____.e sem mais delongas ele começou a andar, ultrapassando-o. Matt olhou para ele por um momento, ainda maravilhado com aquele sorriso.

__"Mova essa bunda linda, professor."_____.

Matt estalou a língua com o elogio, mas seguiu seu aluno, que já estava alguns metros à frente.

Quarenta minutos depois, depois de subir uma colina íngreme que fez Matt ter que se agarrar ao lado devido às pontadas de dor do esforço, eles chegaram a um mirante.

A princípio ele não viu porque estava atrás de uma curva fechada, mas quando eles se viraram ele ficou sem palavras.

Sob seus pés estendia-se a cidade junto a um imenso rio cujas águas refletiam o céu nublado que ia ficando mais claro, mas que impedia o sol de brilhar.

A brisa fria que lhe agitava os cabelos dizia-lhe que o outono estava presente mas sentia-se bem depois da caminhada intensa.

___"Você gosta disso? Achei que era uma boa imagem para afastar os pesadelos."______.

A voz de Emmett soou bem ao lado dele. Ele virou o rosto para ele, que o olhava tão surpreso quanto ele olhava a paisagem.

Seu rosto não traía o esforço de ter subido até lá, mas Matt supôs que, para alguém tão em boa forma quanto ele, isso seria pouco mais que uma caminhada.

___"É lindo, Emmett"______. Sua voz mal saiu mais alta que um sussurro agradecido.

A mão do garoto subiu até sua bochecha, seu toque frio não incomodando a pele aquecida pelo esforço.

___"Já vi coisas mais bonitas."____.
Os olhos dourados estavam cheios de adoração. De... amor?

Não.

Eu não poderia deixar isso piorar.

Não foi bom. Uma coisa era atração física, mas outra era amor.

Aquele enorme coração se partiria quando ele se fosse.

Ela se afastou dele, quebrando o contato da mão dele com seu rosto e balançou a cabeça.

__"Eu tenho que ir."___.

__"Mateus..."_____.

Ele não olhou para aquilo. Eu não queria ver no rosto dele o pedido que estava na VOZ dele, o pedido Dele.

Ele se virou, dando as costas para ele, e se afastou com passos rápidos. Eu queria colocar distância. Eu queria voltar. Eu queria protegê-lo. Eu queria beijá-lo.

Quantas coisas mais essa maldição tiraria? Sua própria vida não foi suficiente? Com sua família?
Ele não percebeu que estava chorando até chegar em casa e ver seu reflexo cansado no espelho.

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