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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟓

━━━ CAPÍTULO QUINZE.
você veio, querida.

ELIZA OLHAVA JACKSON EM EXPECTATIVA PARA QUE ELE FALASSE BEM SOBRE A SESSÃO DE FISIOTERAPIA DE HOJE, faziam algumas semanas desde a briga da escola e ela já tinha evoluído muito, tanto nas sessões de terapia quanto para as de fisioterapia. Seus pulso já não estava mais inchado e muito menos roxo, poucas dores apenas quando se movimentava rápido, então ainda teria de usar a tala por algum tempo.

O coçar de garganta da adolescente se fez presente no ambiente chamando atenção do homem, Jackson que anotava em seu prontuário ergueu as sobrancelhas quando olhou para adolescente e ela tinha um sorriso amarelo no rosto.

—— Nota 7.

Eliza abriu a boca em choque.

—— SETE? — Exclamou animada fazendo o homem rir assentindo — Não é um dez mas já é alguma coisa. — Falou consigo mesma.

—— É bastante coisa. — Afirmou o homem positivo — Você tem ido bem e respeitando tudo que te pedi, daqui algumas semanas vai poder tirar sua amiguinha. — Apontou para a tala no pulso da mesma.

—— Não sei não, ela combina com as minhas roupas. — Brincou o fazendo rir.

—— Só tem eu hoje? — Eliza fez um pequeno positivo na direção dele — E a Dra. Jones? — Perguntou curioso vendo a mesma negar.

—— Terapia é amanhã, na verdade é minha última sessão. — Contou enquanto mexia no elástico em seu pulso.

—— Sério? E você gostou? — Jackson a olhou em expectativa.

Eliza meneou com a cabeça.

—— Sua irmã é legal e uma boa psicóloga, minha mãe quer que eu continue mesmo depois da escola já obter meu 'laudo'. — Falava com ironia ao dizer a última frase.

—— Eu não perguntei sobre a escola ou sobre a sua mãe. — Jackson cortou se virando para a mesma — Perguntei se você gostou. — Repetiu.

Eliza engoliu secamente e deu um curvar de lábios sem graça, ninguém ainda tinha parado para lhe perguntar isso diretamente mas Jackson fez. Ela havia tido uma relutância no início mas as sessões de terapia estavam lhe fazendo muito bem, tanto que sentia-se mais leve nos últimos dias.

Não talvez não fosse uma má ideia continuar com as sessões de terapia, cuidar da saúde mental é fundamental e a dela estava meio 'fudida'
nos últimos messes.

—— Gostei, eu gosto. — Falou envergonhada vendo o homem lhe dar um leve sorriso encorajador — Saber que tudo que eu vou falar naquele consultório com a sua irmã não vai sair de lá é reconfortante. — Contou com riso sem graça.

—— Chama-se terapia, você conta e só o terapeuta sabe. — Brincou vendo a adolescente revirar os olhos divertida.

—— Sua irmã é tãooo mais legal que você. — Eliza brincou pegando o pequeno papel da consulta que ele lhe entregava.

—— Você é bem chatinha sabia. — Jackson apertou seu nariz feito uma criança fazendo ela lhe dar um leve tapinha — Não se esquece de tomar os antibióticos e vê se não força esse pulso. — Pediu cuidadoso.

—— Por que não posso tirar a tala hoje? Nem dói... não tanto. — Eliza fez uma careta vendo ele cerrar os olhos em sua direção.

Então Jackson começou com uma breve explicação sobre o porque Elizabeth ainda não poderia retirar a tala e em como seus ossos carpicos ainda estavam pouco inflamado e ela escutava com atenção, pouco desanimada já que queria voltar a sua rotina normal e não conseguiria dessa forma.

Tem saudades de treinar karatê, dirigir ou até segurar em uma simples barra de ferro na academia. Sentia falta de quando não usava a tala. Suas semanas estavam sendo chatas e pareciam nunca ter fim.

Ela estava prestes a começar 'perturbar' Jackson em busca que ele pudesse ao menos deixa-la retirar a tala em certos momentos, mas ela não falou nada e franziu o cenho confusa quando escutou uma voz conhecida, ou melhor. Duas vozes.

Elizabeth arregalou os olhos quando viu a figura de sua avó materna, Audrey com seu ar e estilo elegante caminhar ao lado de Caroline com um sorriso no rosto - ao contrário da cardiologista que pedia socorro com olhar - A adolescente olhou confusa para a mãe e a mulher atrás da mais velha ergueu as mãos sem saber o que dizer ou explicar e Jackson achou a cena engraçada.

—— Eliza, querida. — Falou Audrey carinhosamente chegando perto da neta.

A adolescente sorriu de leve.

—— Oi, vovó. — Cumprimentou descendo da pequena maca.

O abraço caloroso da mulher foi rapidamente retribuído, Eliza sentia falta de todos seus avós mas estranhou essa visita repentina pois sabia que Audrey nunca foi tão próxima nos últimos anos.

—— Você está tão linda querida. — Elogiou ao se afastar pegando no rosto da neta — Se parece com sua mãe. — Afirmou sorridente.

Eliza estava com seus cabelos soltos e uma levíssima maquiagem, vestia um vestido tubinho verde claro com uma jaqueta jeans clara por cima e nos pés tênis brancos. Uma adolescente linda.

—— Obrigada. — Agradeceu envergonhada — Ah! Esse é o Dr. Jones, ele está cuidando do meu pulso. — Apresentou-se virando para Jackson.

—— Um prazer senhora Diaz. — Jackson estendeu a mão educadamente.

—— Igualmente. — Audrey falou ao apertar a mão do mesmo — Então, andou se metendo em brigas? — Virou-se para Eliza com a expressão curiosa.

A adolescente entre abriu os lábios. Merda. Eliza tinha pouco de medo e receio sobre Audrey, seu avô era bem mais tranquilo e seus avós paternos também mas a sua vó no geral sempre parecia querer lhe cobrar algo e a adolescente não queria lhe decepcionar.

—— Quem nunca, não é mesmo?! — Caroline saiu em defesa da filha com a voz pouco alta por conta do nervosismo.

—— Você várias vezes. — Audrey se virou com ironia para a a filha vendo se encolher — Bom, não estou aqui para discutir o passado. — Falou calma virando-se para a neta ao seu lado — Vamos almoçar? Vim te buscar só para isso. — Convidou sorridente.

Eliza entre abriu os lábios.

—— Não posso.

—— Não pode? — Em uníssono Caroline é Audrey falaram juntas.

—— Não. — Eliza negou rapidamente — Eu tenho um compromisso. — Contou minimamente sem dar detalhes — Mas sabe, janta lá em casa hoje. — Chamou.

Caroline arregalou os olhos.

—— Tem certeza? — Audrey perguntou com receio.

—— É, olha, chama o vovô também. — Eliza falou se virando para Caroline — Não é mãe? — Olhou pedindo ajuda.

—— C-claro. — Caroline gaguejou com um sorriso nervoso — Eu, bem, vamos jantar! — Ergueu as mãos estranhamente.

Tanto Jackson quando Eliza fizeram caretas.

—— Quanto ao seu pai... deixa para lá! Conto sobre isso hoje no jantar. — Audrey falou com riso sem graça abraçando a neta de lado — Certo? — Pediu confirmação.

Caroline e Eliza olharam-se pouco receosas, a mente da mulher já passava milhares de coisas que teria de aprontar apenas para provar a mãe que era uma boa mãe e dona de casa. Quando a adolescente não via a hora de chegar a noite para ao menos ter o avô fazendo piadas sem nexo e quebrando o gelo.

—— Certo. — Caroline assentiu com suspirar — Nos vemos hoje à noite.

—— Perfeito.



━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━



Eliza sentia-se totalmente deslocada e como se estivesse entrando em uma penitenciária em plena sexta-feira, o reformatório de All Valey parecia uma prisão para menores e isso a assustou.

Acompanhada de um segurança ela andou pelos corredores e quando chegou a sala de visitas junto com os demais que também estavam lá pelo mesmo propósito, agradeceu ao homem indo sentar-se a uma mesa no fundo. E conforme o barulho do relógio passava ou com as pessoas ao redor falando ela ficava mais nervosa, se achava uma tola por estar ali.

Uma covarde.

Miguel estava no hospital fazia semanas e não tinha previsão de quando voltaria a andar, e aqui estava ela, visitando Robby que tinha posto ele nessa situação. Mas ela não o culpava nem um pouco, pelo contrário. Culpava a si mesma.

E achava estar fazendo hipocrisia falando de Samantha, quando estava tendo atitudes parecidas com as dela. Não se orgulha nem um pouco. No entanto, não estava parando.

Eliza ajeitou a postura quando viu Robby ser conduzido por um guarda, a Ramirez tentou disfarçar a expressão preocupada mas não conseguiu ao ver o hematoma que estava no olho do mesmo. Ele caminhou até ela com um sorriso puramente divertido enquanto sentou-se na mesa de frente para ela, segundos em silêncio até o Keene proferir.

—— Você veio, querida. — Falou animado — É a última pessoa que eu esperava ver aqui. — Comentou irônico.

A Ramirez revirou os olhos.

—— Você não me conhece, talvez eu goste de fazer caridade. — Eliza deu de ombros.

—— Mentirosa. — Robby apontou com um curvar de lábios — Você falou até semana passada que era pra eu estar sonhando com isso. — A lembrou.

Ele cruzou seus braços acima do peito e seus bíceps mesmo revestidos pelo moletom cinza ficaram marcados, Eliza engoliu seco retomando seu olhar ao rosto dele.

—— Sobre as visitas, precisamos ter uma agenda. — Robby propôs com divertimento.

—— Você não desiste né? Eu tô aqui pela sua mãe. — Elizabeth falou calma recostando-se na cadeira e também cruzando os braços.

Robby olhou entediado.

—— Quem você quer enganar, Liz? Está aqui porque quis vir. — Falou com um sorriso ladino vendo a mesma morder o interior da bochecha.

—— E se eu tiver vindo porque eu quis? — Eliza perguntou em desafio.

—— Nada. — Robby deu de ombros — Só quero que admita isso. — Falou com modéstia.

Os segundos de silêncio eram poucos confortáveis, apenas as vozes de outras visitantes falando com seus familiares eram ouvidas enquanto Robby parou para olhar Eliza.

Não entendia a presença dela lá mas não negaria que ficou pouco feliz depois realmente receber uma visita boa, já que Johnny havia marcado uma e não ido e a outra Kreese o visitou e ele não gostou tanto da presença do mais velho. Mas como julgaríamos? Ninguém gosta.

—— Eu sinto muito por tudo. — Eliza pediu com suspirar cansado passando a mão sobre os olhos — Não queria te colocar nessa situação. — Olhou desanimada.

Robby por alguns segundos despertou de seu transe - que admirava o a cabelo dela - E piscou os olhos, tentando recordasse do que ela havia acabado de dizer.

—— Não foi sua culpa. — Afirmou com tranquilidade — Eu estou aqui porque cometi um erro e é isso que eu mereço. — Falou sem ânimo vendo a menina negar.

—— Quem fez isso com você? — Perguntou tensa apontando para o roxeado em seu lado direto do olho.

Por um segundo Robby travou sua postura e desviou o olhar, viver dentro do reformatório estava sendo um inferno. Diariamente era humilhado e na última vez havia apanhado de alguns meninos que também estavam presos, mas eventualmente ele cuidaria disso sozinho, sempre se defendeu sem a ajuda de ninguém.

—— Não foi nada, é sério. — Afirmou baixo vendo Eliza olhar desconfiada — E você? Tá tudo bem? — Perguntou preocupado.

Eliza assentiu com um curvar de lábios.

—— Na medida do possível. — Brincou vendo o vislumbre de um sorriso no garoto.

Ambos tiveram pausas na fala, era estranho como nas últimas semanas eles ficaram preocupados com seus receptivos parceiro. Eliza com Miguel e Robby com Samantha. Mas também com eles dois.

O Keene ficava pensando se em toda essa merda Eliza tivesse conseguido um pouco de paz e a Ramirez pensava quando o garoto poderia ser livre de novo, um se importando com outro sem ao menos saberem disso.

—— E a minha mãe? — Perguntou Robby com um coçar de garganta.

—— Ah! Super bem. — Eliza falou piscando os olhos voltando de seu transe — Na verdade ela tem sido ótima no tratamento é super forte. — Falou com sorriso admirado.

—— Ela é. — Concordou o Keene com leve sorriso.

—— Ela queria muito vir te ver alguma vez, mas sabe, não pode arriscar sair de lá quando ainda não confia em si mesma. — Eliza explicou vendo ele assentir compreensivo — Mas é então, tem visto a Samantha? — Perguntou divertida.

—— Tem visto o miguel? — Retrucou.

—— Ouch!

Eliza fingiu uma careta de dor ao por a mão em seu coração e o garoto revirou os olhos minimamente prendendo o sorriso.

—— Isso doeu mas foi merecido.

—— Ela fez uma lava carros pro Miguel, não foi? — Perguntou curioso.

—— Não, mandei dinheiro depois. — Eliza contou — Vem cá, tem televisão aí dentro? — Perguntou curiosa pois sabia que ele poderia ter visto a reportagem do evento.

—— Ta achando que aqui é o fim do mundo?! — Exclamou atônito e riu pouco vendo ela acenar em positivo — Patética.

—— Ou?! A patética tá aqui te visitando e sendo sua amiga. — Eliza falou apontando para ele com sorriso zombeteiro.

—— Somos amigos, então? — Robby perguntou com ar divertido.

—— Não. — Elizabeth negou rapidamente — Mas eu não tinha outra coisa para definir isso aqui. — Apontou para os dois vendo sua careta.

Robby estava prestes a fazer uma piadinha mas as pessoas ao redor se levantando chamaram atenção deles, perceberam que o pouco horário de visita havia acabado.

O sentimento de melancolia invadiu o peito do garoto quando viu Eliza se levantar, querendo ou não ela estava sendo uma boa pessoa e parecendo ser a única a se importar com tudo que ele esta passando.

—— Quando sair me liga. — Pediu Elizabeth calma.

Ela realmente estava mostrando preocupação e Robby não pode estar mais satisfeito com isso, seu sorriso satisfeito em seu rosto deixava claro.

—— Pode deixar, Liz.

Eliza deu um pequeno sorriso estendendo sua mão e ele deu riso nasal estendendo a sua, ambos deram um toque e seguidamente a garota se afastou aos poucos seguindo o segurança que a conduziria até a saída.

Robby sem dúvidas havia gostado da visita, poderia ter sido bastante rápida mas definitivamente havia melhorado seu dia.

A Ramirez após andar alguns poucos minutos pelo reformatório já estava ao lado de fora, um sorriso divertido estava em seus lábios ainda pensando é-nos minutos atrás quando estava conversando com Robby. Ele gostava de a tirar do sério em alguns momentos apenas por diversão, Eliza ficava irritada mas não poderia negar que é engraçado.

Ela puxou seu celular do bolso da jaqueta para chamar um carro de aplicativo - já que não pode dirigir ainda - E por pura coincidência, uma mensagem de Falcão surgiu na barra de notificação.

Vamos dar uma lição no Miyagi-do.
No fliperama do Shopping.
nos vemos lá em dez minutos.

Eliza arregalou os olhos.

—— Que merda é essa?



━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━



A Ramirez nunca havia corrido tanto quanto estava fazendo dentro do shopping para chegar ao fliperama, seu carro havia atrasado cinco minutos e ela temia que seus amigos já estivessem 'caindo na porrada' sem ao menos ela saber o motivo.

Quando chegou no lugar com a luz pouco baixa e pouco azul, suas sobrancelhas se ergueram um pouco ao ver Maya dar um soco tão forte na barriga de Mitch que ele voou para trás.

Com um reflexo incrível, Eliza se agachou quando sentiu que alguém se aproximava e ela viu Demetri errar o chute miseravelmente Quando ela se ergueu, olhou o garoto com raiva e o mesmo arregalou os olhos quando viu quem era.

—— Ah! Meu Deus. Calma aí. — Demetri falou atônito pondo os braços ao rosto para se defender.

—— Eu não vou te bater, cara. — Eliza fez uma careta vendo o mesmo baixar guarda — Por que eles estão brigando? — Perguntou curiosa vendo os poucos alunos do Miyagi-do e Cobra Kai em embate.

—— Vocês nos provocaram, de novo. — Demetri acusou bravo.

—— Vocês? Eu nem tava aqui. — Eliza pontou.

O garoto estava prestes a retrucar mas rapidamente arregalou os olhos chegando para trás quando viu mais pessoas chegarem, confusa com a postura do mesmo Eliza curiosa se virou e viu Tory com mais alguns alunos.

—— Ae LaRusso! Cade você sua piranha? — Perguntou a Nichols em desafio.

Maya que estava perto se virou - já que também é uma LaRusso - Sabia que não era a mesma mas temeu por Sam, então saiu em busca da irmã.

Um garoto voou em cima de Tory mas Eliza ergueu a perna lhe dando um chute e brevemente a abaixou lembrando-se que estava de vestido, merda. Seu pulso não estava bom, não estava de roupas apropriadas e nem sabia porque estava brigando.

—— Por que estamos fazendo isso? — Eliza perguntou dando um soco em um menino.

—— Porque eles nos provocaram. — Tory falou irritada dando um chute na barriga de Chris.

Irônico.

—— Tá com 'medinho' LaRusso? — Tory gritou com um riso divertido após derrubar Chris.

De repente todos os alunos do Miyagi-do estavam perdendo, um grito foi ouvido e uma pequena roda foi formada entre Demetri e Falcão, ambos ao chão mas o de moicano em vantagem segurando o braço do menino que estava de costas para ele.

Eliza olhou nervosa chegando perto. Ele não faria nada demais. Pensou, ambos eram ou um dia foram melhores amigos isso seria baixo demais.

—— Eli! Para com isso sou eu. — Gritou Demetri em desespero.

—— Eli, solta ele. — Maya pediu em choque enquanto se aproximava.

Eliza chegou perto dos garotos.

—— Falcão, não faz isso. — Pediu baixo enquanto os gritos de Demetri tomavam mais proporção — Ele é seu amigo. — Lembrou exasperada.

'Vai acaba com ele.'

'Ele merece.'

'Arrebenta ele.'

'Isso aí.'

Os gritos incentivadores dos alunos do Cobra Kai sobressaiam os pedidos de Maya e Eliza, Falcão olhava as duas que negavam implorando pelo garoto no chão mas ele se quer se movia. Até que um grande estalo foi ouvido.

Eliza fechou os olhos com força e Maya colocou as mãos sobre a boca em puro choque no mesmo momento que sua visão ficou turva pelas lágrimas, o berro alto de dor de Demetri sobressaiu-se sobre os de comemoração dos garotos.

—— Fracote. — Tory negou olhando o mesmo — Boa. — Elogiou Falcão ao seu lado.

Aos poucos os alunos do Cobra Kai iam embora mas por alguns segundos Tory e Falcão permaneceram olhando a expressão decepcionante de Eliza pra eles, a Ramirez negava estupidamente chateada enquanto desviou atenção para Demetri ao chão.

Maya tentava tocar nele mas não poderia então ela começou a chorar na mesma proporção que o amigo, feito um bebê ela soluçava e de longe Samantha encolhida no chão chorando com medo observava a cena.

—— Demetri, e-eu...

—— Sai de perto de mim. — O garoto chorou em desespero quando Eliza se agachou ao lado dele.

A Ramirez sentiu sua visão ficar turva e então afastou-se um pouco.

—— Chama ajuda, por favor. — Maya chorou.

—— Eu vou. — Eliza afirmou puxando celular do bolso — Eu sinto muito, Demetri. — Lamentou com um fungar de nariz nervosa.

A medida que ela discava o número de Jackson no celular sentia uma grande angústia invadir seu peito, sensação parecida com a que sentiu semanas atrás. Parece que os dias calmos haviam acabado.



━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━



Eliza estava sentada na sala de espera do hospital na companhia de Samantha e Maya, todas três já sabendo que Demetri estava sendo cuidado e bem atendido.

Nenhuma das três não diziam nem um pio, Maya chorava baixinho enquanto Samantha prendia o choro e Elizabeth roía as unhas sentindo uma lágrima quente escorrer por sua bochecha. Como ser tão mente fraca? Ela adora como o Cobra Kai dar o sentimento de poder as pessoas mas basta tê-los para elas pirarem momentaneamente. Falcão nunca machucaria o amigo.

Eli nunca faria isso.

Eliza conhecia pouco tempo mas sabia que isso era pura manipulação de Kreese, perguntava-se como ela poderia conviver com ele e não enlouquecer feito os alunos. Pelo menos por agora.

—— Karatê outra vez? — Amanda gritou chegando na frente das três — O que eu falei? — Exclamou brava.

—— Mãe... — Samantha e Maya falaram em uníssono com a voz fina pelo eminente choro.

—— Ah! Minhas filhas. — Amanda rapidamente amoleceu se agachando na frente delas.

Eliza quis chorar por sentir falta da sua e como se o universo estivesse sendo bondoso com ela, com uniforme cirúrgico e uma touca de estrelas, Caroline andou rápido até ela após sair de uma cirurgia.

Quando uma das enfermeiras avisou que a filha estava no hospital na sala de espera, estranhou e chegar aqui ver o estado não só de Eliza como de Samantha e Maya junto com a presença de Amanda a desesperou um pouco.

—— Meu Deus! O que houve? — Caroline perguntou sentando-se ao lado de Eliza e rapidamente tirando os dedos da filha dos lábios fazendo a adolescente soltar o soluço que prendia.

—— Eles quebraram o braço do Demetri, eu só queria mostrar que não somos covardes. — Samantha chorou.

Amanda abraçou a filha e trouxe Maya para o seu aperto amoroso também, ambas choravam enquanto a mãe dizia palavras reconfortantes para acalma-las.

Caroline escutou horrorizada e suspirou quando Eliza deitou a cabeça em seu ombro, amorosa ela deu beijinhos nos cabelos da filha enquanto sua outra mão estava nas costas dela fazendo um carinho para que ela se acalmasse também. Amanda é Caroline trocaram olhares, o da LaRusso era um 'eu avisei' e a Ramirez não conseguiu contestar.

Eliza chorava por puro arrependimento de não ter pulado em cima de Falcão e separado os dois, ou então por ser achar uma tola e questionar se realmente estava do lado certo.

—— Eu não fiz nada para ajudar. — Eliza chorou baixo — Não consegui impedir ele. — Soluçou.

Caroline respirou fundo lhe dando mais um beijinho em seus cabelos, não importa o que acontecesse ou o que tivesse que fazer ela protegeria sua filha de todo esse caos.

—— Está tudo bem... a mamãe está aqui.


━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━



A noite a única coisa que poderia se ouvir na casa das Ramirez era o barulho dos talheres, Eliza com um semblante estava sentada de frente para a avó, Caroline na cadeira central também não parecia tão animada enquanto revirava seu prato de frango com pequenos legumes.

Audrey olhava as duas intrigada, minutos antes Caroline havia contado o motivo do silêncio e a mulher se segurou para não dizer algo.

Há alguns anos atrás podemos dizer que a adolescência de Caroline foi pouco turbulenta. Ela não era uma adolescente fácil de se lidar, arrumava algumas confusões e sempre estava metida em festas mas no geral sempre foi uma ótima filha e sempre deu orgulho quando o assunto se tratava de boletim escolar. Mas não era suficiente para Audrey. A mais velha pigarreando com a garganta, chamou atenção das duas mulheres a mesa que direcionaram sua atenção a ela.

—— Eu e seu pai nos separamos. — Contou sem delongas.

Um barulho alto de Caroline largando os talheres na mesa foi ouvido, Eliza arregalou os olhos e mordeu a pequena cenoura que estava em seu garfo e jogou uma no chão para Salém que ao lado da sua cadeira miou em agradecimento.

—— Separaram? Como assim se separaram? — Perguntou Caroline surpresa e ao mesmo tempo chateada — E eu não soube de nada? Quando foi isso? — Fez inúmeras perguntas.

—— Faz algumas semanas. — Audrey deu de ombros sem muita importância — Eu pensei em contar, mas você estava muito ocupada por aqui. — Olhou a neta.

Eliza abaixou olhar envergonhada.

—— Mãe. — Chamou Caroline brava — Me explica isso direito por favor. — Pediu chateada.

Audrey olhou a filha e com suspirar ela soltou os talheres na mesa, dando um gole na taça de vinho ao seu lado.

—— Casamentos acabam, Caroline. — Falou friamente — Não é como se você estivesse preocupada com seus pais ultimamente. — Alfinetou.

—— Eu ligava todos os fins de semana. — Caroline respirou fundo mantendo a calma.

—— Onde o vovô tá? — Eliza perguntou baixo escondendo a curiosidade.

—— Nas Bahamas, viajando. — Audrey respondeu amargamente.

—— Caraca... — Eliza sussurrou mordendo novamente sua cenoura sentindo pouco de inveja do avô.

Caroline ainda raciocinava as informações que haviam sido jogadas para ela, enquanto Audrey observava o frango com legumes na travessa observando o mesmo intrigada. Então ela olhou a pia e viu a embalagem a fazendo dar um riso seco. Comida congelada.

—— Da próxima vez tente fazer algo decente ao invés comprar do mercado, filha. — Audrey comentou ácida bebendo seu vinho.

Caroline arregalou os olhos lembrando-se que deixou a embalagem as vistas da mãe.

—— Eu gostei mãe. — Eliza falou com um curvar de lábios.

—— Obrigada, meu amor. — Caroline deu um leve sorriso agradecido.

—— Claro que gostou, uma pena que vai ficar pior quando você for esquenta-lo no microondas para ser o almoço de vocês amanhã. — Audrey brincou com um risinho zombeteiro.

—— Mãe. — Caroline chamou bufando e com um sorriso forçado ao rosto — Eu sou chefe do departamento de cardiologia do hospital, sou cirurgiã. Não tenho tempo para cozinhar como a senhora ficando em casa. — Explicou minimamente.

Audrey olhou séria.

—— Bem, não a culpo se não consegue conciliar seu emprego com sua vida pessoal. — Alfinetou com pouco irritação — Veja a Eliza...

—— Mãe. — Caroline a cortou baixo.

Eliza olhava sem saber o que fazer, estava acostumada com sua vó sendo inconveniente mas dessa vez ela e Caroline pareciam estar prestes a brigar a qualquer momento.

—— Ela está acabando com tudo assim como você acabou com tudo. — Audrey apontou o dedo na direção de Caroline irritada — Está deixando Elizabeth se tornar uma adolescente encrenqueira assim como você se tornou. — Acusou autoritária — Por descuido meu. Sinceramente...

—— Não ela não está! Ela não está! Ela não está! — Caroline repetia inúmeras vezes ao bater na mesa magoada sentindo sua visão ficar turvar pelas lágrimas — Eliza é uma boa garota mãe! Ela não sou eu! — Falou pouco alto.

Elizabeth olhava com sentimento de culpa acreditando que todas as palavras saída da boca de sua vó sobre ela eram verdade, estava acabando com tudo e destruindo tudo.

Decepcionando sua própria mãe.

—— Está chorando? Recomponha-se. — Audrey deu um riso seco — Ao menos tente conseguir cuidar de sua própria filha.

—— Por que isso importa pra você? Você nunca se importou! — Caroline acusou chorosa deixando uma lágrima descer por sua bochecha — Não importa o que tenha acontecido comigo em toda minha vida, você nunca se importou, você nunca ficou feliz por mim. — Lembrou chateada — Isso dói! Mãe isso realmente dói.

Caroline é uma mãe exemplar e as vezes a mesma se assustava com isso, tendo em vista que sua experiência materna não tinha sido tão boa.

—— Eu nunca me importei? — Exclamou Audrey ofendida — Pare de falar besteiras.

—— Quando eu fiz dezesseis anos e entrei pro Grêmio estudantil, eu te contei super feliz e você fingiu que não ouviu. — Lembrou Caroline amargamente — Ou então quando eu consegui passar em medicina na Stanford com a melhor nota de todas, você ao menos me deu parabéns. Ou então quando eu fiquei grávida e você parou de falar comigo por messes. Ou na vez que eu cheguei contando que ia me casar com amor da minha vida e você e o papai sequer foram no meu casamento. — Listou em seus dedos chorando bravamente.

A mágoa era evidente nas falas de Caroline e o clima que já estava ruim no jantar ficou péssimo, Audrey então encostou suas costas na cadeira não sabendo o que dizer para a filha já que todas as falas da mulher eram verdades.

Um miado chamou atenção, Eliza jogou mais uma cenoura no chão e olhou para a avó insatisfeita com tudo que havia escutado e visto a forma fria que ela tinha tratado sua mãe.

—— Vó. — Chamou — Você precisa ir. — Pediu.

Audrey ergueu a sobrancelha e o barulho dos cotovelos de Caroline sobre a mesa eram ouvidos, ela escondeu o rosto sobre as mãos para abafar o choro.

—— Eu não tô brincado. — Eliza avisou — A senhora tem mesmo que ir embora. — Mandou.

A mais velha deu um riso nasal.

—— Quando pararem de ser tão fracas podem me ligar. — Audrey avisou ao se levantar e pegar a bolsa ao lado da cadeira.

Os passos de Audrey saindo da casa foram ficando mais baixos até elas escutarem a porta da frente bater e então puderam ficar mais calma, mas não conseguiriam.

Eliza olhava a mãe chateada, não queria causar nenhum transtorno para ela, ficou poucos segundos observando a mesma chorar até Caroline prender os soluços e fungar alto erguendo a cabeça enquanto limpava as lágrimas nos olhos com os dedos.

—— Você é uma boa mãe. — Eliza falou chamando atenção da mesma.

Caroline olhou emocionada.

—— Você acha? — Perguntou com uma careta de choro.

—— A melhor de todas.

se acharam esse capítulo uma tortura psicológica, imaginem o próximo...
GOSTARAM DA VOVÓ DA ELIZA?! 😆
Capítulo não tá revisado perdão qualquer erro ortográfico

GOSTARAM DO CAPÍTULO? Não se esqueçam de votar e comentar bastante me ajuda a saber se realmente gostaram e adoro interagir com vocês :)

vou sempre tentar atualizar final de semana (VOU TENTAR) caso não consiga, aí será sempre nó próximo tá?

bjaooo, amo vcs <33

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