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Londres, 1944

|Vida Comum|
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Desde o inesperado retorno à Inglaterra, Nina lutava para se readaptar à sua antiga vida após tantos anos em Nárnia. O mundo mágico ainda se fazia presente, pois era pauta de seus sonhos mais bonitos e de suas memórias mais alegres. De uma rainha adulta, prestes a se casar, ela foi repentinamente transportada de volta à sua adolescência, uma transição brusca que pesava não só sobre ela, mas também sobre os Pevensie.

Seu pai, o Professor Kirke, os aconselhou a seguir em frente, para ficarem tranquilos que Nárnia os chamaria de volta em algum momento. Então, foi exatamente o que Nina tentava fazer nesses últimos tempos. Seguir em frente. Após anos de educação em casa, ela finalmente foi matriculada em uma escola presencial. Agora, com a guerra se acalmando na Europa, Nina se preparava para se mudar para Finchley, em Londres, junto com os seus amigos, para dar continuidade em seus estudos.

A uma semana do início das aulas, os irmãos Pevensie já haviam partido para Londres, mas Nina decidiu passar seus últimos dias de férias ao lado de seu pai. Afinal, era seu aniversário de 14 anos, uma data especial que marcava o dia em que foi adotada por Kirke (a data de seu nascimento era um grande mistério, assim como a identidade de seus pais biológicos).

Naquela tarde ensolarada, após uma manhã cheia de comemorações e muitos presentes. Nina estava sentada no jardim, desfrutando da tranquilidade ao lado de sua leal companheira felina, Senhorita Carlota, e mergulhada em um bom livro, enquanto saboreava um delicioso bolo de morango, presente do Sr. Benjamim, padeiro do vilarejo.

No entanto, a voz energética de Dona Marta a chamou, interrompendo o momento: "Ninaa, estão tocando a campainha, vá atender a porta!"

Ela se levantou com uma expressão de curiosidade, estava tão imersa em sua leitura que nem havia escutado o som da campainha. Nina se perguntou quem poderia ser. Seu pai estava ocupado no escritório e não havia nenhuma visita programada, sua festa havia sido de manhã. Com passos curiosos, ela se dirigiu à entrada da mansão.

Quando finalmente destrancou a grande porta, Nina sentiu seu coração derreter com a visão em sua frente. Lá estava ele, bonito como sempre.

Edmundo, com um singelo sorriso, estava parado diante dela, segurando uma pequena caixa decorada com lacinhos, em uma das mãos, e uma singela rosa, na outra. Um sorriso radiante se espalhou pelo rosto da menina ao vê-lo:

— Ed, o que está fazendo aqui? Você deveria estar em Londres! — ela exclamou, enquanto o envolvia em um abraço caloroso.

— Não é todo dia que alguém completa quatorze anos, tive que vir te entregar um presente. — respondeu Edmundo, com um brilho nos olhos, observando o sorriso radiante da loira. Nina riu, agarrando sua mão e o conduzindo até o jardim, onde estava momentos antes.

— Feliz aniversário... — disse ele, com ternura, enquanto se sentavam na toalha estendida na grama. Senhorita Carlota continuava dormindo tranquilamente, mesmo com os cafunés que o menino fez no topo de sua cabeça. O Pevensie sorriu, desviando o olhar de Carlota, e lhe estendeu o presente.

Nina sorriu, cheirando a rosa, depois a largou delicadamente sobre a toalha. Ela se voltou para a pequena caixa e ao abri-la encontrou dois anéis dourados dentro dela. Nina olhou para Edmundo, surpresa:

— Não é grande coisa, fiz alguns bicos como entregador de jornal. Na verdade... não é nada comparado ao anel de diamante que te entreguei em... — Nina o interrompeu puxando-o para um suave beijo.

— É perfeito, obrigada. — disse ela, colocando o anel em seu dedo. A menina de repente riu sozinha, olhando para sua mão com lágrimas nos olhos — Então... noivos, namorados, casados?

Eles riram baixinho, olhando um para o outro. Era uma pergunta realmente curiosa que tentavam desvendar desde que voltaram pelo guarda-roupa.

— Eu sei que agora só temos quatorze anos, mas é uma promessa, Nina. — explicou Edmundo, com sinceridade. — Não somos mais adultos, eu não sou mais rei e você não é mais rainha, e minha vida está uma confusão, mas, pelo menos, tenho certeza sobre nós.

Nina se aproximou, repousando sua cabeça no ombro de Edmundo, sentindo-se feliz. Passaram o resto do dia juntos, aproveitando cada instante da companhia um do outro, em meio ao cenário sereno. Sim, Nárnia havia passado, mas os sentimentos que nutriam um pelo outro não.

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i. Bem vindos ao segundo livro, muitas cenas de Edmuna? Nimundo? Edmundo e Nina? Enfim, aproveitem (me ajudem com nome do ship) *•.🌿

ii. Apoie a história com uma estrelinha e um comentário (⭐️)

iii. Previsão da próxima atualização: 20/05/2024 *•.🌿

Joy