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⤷ capitulo V


Nárnia, anos 1000

|O Mundo do Fauno Tumnus|

❃✿❃

A biblioteca era verdadeiramente o refúgio para dias chuvosos na mansão londrina. Os irmãos Pevensie, juntamente com Nina, encontravam ali um lugar de tranquilidade e diversão, ocupando-se com jogos de tabuleiro e livros. No entanto, a ausência de Lúcia era palpável, desde o evento na sala vazia ela parou de os acompanhar e, quando o fazia, era em silêncio. A criança ainda estava magoada com seus irmãos e era exatamente este o motivo pelo qual Pedro e Nina discutiam:

— Por favor, Nina, não custa nada! — Pedro implorava, tentando convencer a loira de interceder.

— Eu já lhe disse que não, Pevensie! — A irritação era uma raridade em Nina, mas a persistência de Pedro havia despertado na menina sentimentos ruins. Ela se levantou do sofá, decidida a sair do cômodo. — Não vou tentar convencê-la de nada! Já tentou pedir desculpas? Lúcia está magoada.

— Pedir desculpa?! — Susana exclamou, intrometendo-se na conversa e fechando seu próprio livro — Nina, eu que lhe peço desculpas, mas armário mágico? Você não pode realmente acreditar nisso. Sei que quer ser uma boa amiga, mas não acha que já passou dos limites para defendê-la?

A loira nada falou enquanto guardava seu livro nas prateleiras. Então, virou-se para encarar a morena.

— Lúcia não me parece o tipo de criança que faz birra. Eu acredito que ela viu algo. Porque não tem fé em sua palavra ?

— Está pedindo para acreditarmos nos contos de fada de uma menina de oito anos? — Edmundo interveio com um sorriso maldoso — Ora, Nina, morar sozinha nesta casa não lhe fez muito bem, parece que afetou sua cabeça, maluquinha.

As palavras maldosas do menino atingiram Nina em cheio, deixando-a com o coração arrasado. Edmundo se arrependeu imediatamente, ao notar a expressão no rosto da menina. Sentindo o peso da zombaria, ela se aproximou da porta, ignorando eles.

– Não seja maldoso só porque está ferido, Edmundo — sussurrou ela, seus olhos fixos no moreno, lutando contra as lágrimas que amaçavam cair. — Eu não irei pedir nada a Lúcia. São grandinhos o suficiente para resolverem essa situação como uma família. A única coisa que possuem é um ao outro, não destruam isso.

O estrondo da porta ao fechar assustou até mesmo os pássaros que repousavam do lado de fora da biblioteca. Nina respirou fundo, tentando afastar as emoções tumultuadas que à invadiam. Ela não estava acostumada com a maldade infantil. Caminhou silenciosamente pelos corredores, seu único desejo era chegar em seu quarto o quanto antes.

– Nina? – A voz doce de Lúcia chamou sua atenção, fazendo-a parar diante da porta entreaberta. A loira forçou um sorriso, – Está tudo bem? Ouvi um barulho.

A Kirke corou, lembrando-se da discussão na biblioteca.

— Está tudo bem, Lú. Não foi nada demais. E você, como está? – Nina tentou soar reconfortante, mas ainda se sentia magoada.

— Estou animada, Nina! — foram breves segundos de confusão, Lúcia logo acrescentou— Vou levá-la para Nárnia comigo hoje à noite, quando o relógio bater onze horas!

Nina ficou surpresa com a proposta, mas um sorriso iluminou seu rosto:

— Não é muito tarde, Lúcia? Vai estar tão escuro. — brincou Nina, embora estivesse genuinamente preocupada. A mais nova segurou suas mãos com carinho, e Nina sorriu para ela.

— Você irá entender quando formos lá, mas o Sol sempre está escondido. Eu e Senhor Tumnus te contaremos tudo. Nos encontramos na sala vazia, certo? Leve um casaco bem quentinho, irá adorar! — instruiu Lúcia, envolvendo sua amiga em um abraço cheio de entusiasmo.

O que as duas meninas não sabiam, no entanto, era que, escondido no fim do corredor, estava Edmundo, escutando tudo. Havia seguido a loira com o intuito de se desculpar ao perceber que tinha a magoada.

Onze horas era o horário combinado. Um sorriso se formou em seus lábios.






O silêncio envolvia a mansão enquanto as duas meninas se preparavam para uma aventura noturna. As meninas se entreolhavam, soltando risadinhas enquanto vestiam suas galochas e fechavam bem seus casacos. Por um instante, Nina se perguntou o que estava fazendo, a ideia de explorar a sala proibida no meio da noite fazia seu coração disparar. Cada passo era marcado pelo eco dos próprios suspiros, e Nina sentia um tremor percorrer sua espinha ao se aproximar do armário. Ela segurava uma vela, hesitante diante do gigantesco armário, enquanto observava as sombras do fogo dançarem ao seu redor. Mas, ao lado de Lúcia, se sentiu impulsionada a seguir a diante.

A mais nova puxou a porta, fazendo com que um vento frio atravessasse o cômodo, quase apagando a vela. Com borboletas no estômago, Nina segurou a mão da Pevensie e juntas entraram no mundo congelado. Era a primeira vez que ela pisava em Nárnia, e a sensação era ao mesmo tempo excitante e assustadora. Observava tudo, boquiaberta ao caminharem até a casa do fauno.

Enquanto as meninas exploravam o lugar, Edmundo surgiu na sala vazia, às onze em ponto, observando a vela na janela e sentindo o frio que preenchia o ambiente. Uma sensação estranha o invadiu, mas o rapaz não hesitou em entrar no armário, crente que encontraria as meninas lá. "Buu!", ele exclamou, na esperança de as assustar, mas o silêncio foi a única resposta que recebeu. Não satisfeito, começou a empurrar os casacos, entrando mais a fundo, "Ninaa... Nina? Kirke?". Edmundo começou a ficar preocupado, "Lúcia, onde estão?", "Eu só estava brincando com vocês!"

Edmundo não sabia, nem sequer podia imaginar, que sua irmã e Nina estavam longe. O tempo em Nárnia passava mais depressa e, nessa hora, já estavam na companhia do fauno Tumnus a um tempo. Nina estava encantada, fazendo mil perguntas sobre Nárnia enquanto seu coração se aquecia. Aquelas histórias fantásticas que já ouvira antes... era como se vivesse uma delas naquele instante.

Ela se viu envolvida pela atmosfera acolhedora do chalé, enquanto escutava as histórias do fauno. As risadas ecoavam pelas paredes, preenchendo o espaço com alegria. Lúcia, Nina e Tumnus bebericavam chá de forma tranquila. Mas, quando Nina trouxe à tona a questão do frio, o clima mudou abruptamente.

Um véu de sombras pareceu cair sobre o ambiente, e até mesmo o rosto alegre de Tumnus se tornou sombrio ao relatar os horrores do inverno eterno e a tirania da Feiticeira Branca. Nina o ouviu com atenção, já que nunca tinha ouvido falar da mulher antes. Não importava o mundo, a guerra estava presente em todos.

— Não há nada que possa ser feito? E a polícia, senhor ? Os guerreiros? — perguntou a loira, sua voz carregada de preocupação.

As orelhas de Tumnus baixaram em tristeza, mas ele continuou:

— Tentamos de tudo, mas ela possui muitas criaturas ao seu lado. Porém os tempos irão mudar filhas de Eva e para o melhor, sim, brindemos – disse o Senhor Tumnus, erguendo sua xícara de chá e todos tomaram um gole.

Nina queria saber mais, mas resolveu que era melhor deixar as dúvidas para uma próxima visita. A despedida foi breve, com um abraço apertado, ela prometeu retornar em breve. Ao saírem, ela notou que era quase possível esquecer-se do frio dentro do chalé, mas o lado de fora não enganava. As meninas se abraçaram, em busca de calor, e Lúcia guiou o caminho.

Foi tudo muito rápido, em um piscar de olhos, Nina estava caída no chão, uma figura familiar havia se espatifado em cima dela.  Seu coração saltitou no peito quando reconheceu a voz que ecoou:

— Nina? — A voz de Edmundo soava surpresa e um pouco confusa.

— Edmundo? — Nina exclamou, tentando entender o que estava acontecendo enquanto olhava para o rosto do moreno. Os dois se separaram rapidamente, envergonhados por estarem tão perto um do outro.

Antes que ela pudesse processar completamente a situação, Lúcia se lançou para abraçar o irmão com alegria.

— Você entrou em Nárnia! Que maravilha, não concorda? Estou tão feliz que você e Nina estão aqui comigo. — Lúcia exultava, seus olhos brilhando de alegria. Nina o observou atentamente, ele parecia nervoso. Era evidente que algo o incomodava, e ela se perguntou o que poderia ser.

— Você está bem? — Nina perguntou, preocupada. Edmundo pareceu despertar de seus pensamentos, mas sua resposta veio carregada de tensão.

— Por que não estaria? — Ele respondeu, sua voz soando ríspida. No entanto, Nina notou o olhar perdido em seu rosto. — Afinal, onde vocês  estavam? — perguntou, mudando de assunto abruptamente.

Nina se viu tentada a devolver a pergunta, mas manteve-se em silêncio observando-os. Lúcia desatou a falar, contou sobre o Sr. Tumnus e sobre Nárnia, mas Nina percebeu a tensão no rosto do menino com a menção à Feiticeira Branca.

— Quem? — Edmundo perguntou, sua voz quase um sussurro.

— A Feiticeira Branca. Ela se autoproclama rainha de Nárnia, mas não é! — Lúcia explicou. — Ela é muito má, instaurou o inverno eterno.

Nina observou quando Edmundo empalideceu, desviando o olhar para longe. Sua voz saiu trêmula:

— Que tal pararmos de tagarelar? Estou congelando aqui. Você sabe o caminho de volta?

Lúcia assentiu e saiu correndo pela neve. Nina e Edmundo trocaram um olhar antes de segui-la.

— Tem certeza que está bem, Edmundo? — Nina perguntou novamente.

— Não preciso da sua preocupação. Eu sei que você vai acabar me dedurando para o Professor. — A resposta foi cortante, surpreendendo a menina com a repentina hostilidade.

A verdade é que a presença de Nina deixava Edmundo desconfortável, mas ele não sabia explicar o por quê. Seu estômago sempre ficava embrulhado quando ela sorria para ele.

— Você age como se fôssemos amigos!— Ele reclamou, notando a expressão séria que surgia no rosto da menina. Ela estava cansada de ser maltratada por ele.

— Realmente, acho que tenho que parar de tratá-lo como gente. Você é bruto como um cavalo, seu rabugento! — ela retrucou, caminhando mais rápido e deixando para trás um Edmundo boquiaberto.

Quando Nina finalmente chegou à sala vazia, sentiu um misto de cansaço e animação após a noite em Nárnia. Despediram-se rapidamente e cada um seguiu para seu quarto. Nina estava exausta e logo adormeceu, mergulhando em um sono profundo.

Ao despertar na manhã seguinte, se sentiu revigorada. Contudo, ao ouvir os murmúrios agitados de Dona Marta, percebeu que algo estava errado. A realidade é que a noite dos irmãos Pevensie não foi nada tranquila. Sua cuidadora contou que houve uma grande discussão e que os irmãos estavam brigados. Eles não acreditaram em Lúcia, constatou.

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Joy

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