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⤷ capítulo II


Nárnia, anos 2300

|Os Reis e Rainhas do Antigo|
❃✿❃

Na manhã seguinte, alguns despertaram antes do sol nascer. O chão era duro e incômodo, o que os impediu de dormir por muito tempo. No entanto, Edmundo e Nina haviam encontrado conforto ao se abraçarem durante a noite, e eram os únicos que ainda dormiam tranquilamente:

— Está na hora de acordar, pombinhos — brincou Pedro, sacudindo-os levemente. Eles abriram os olhos, despertando com um leve rubor nas faces, ao perceberem que tinham dormido abraçados.

Agora, com todos de pé, cada um comeu uma maçã e foram direto se trocar, pois o dia seria longo.

Voltaram para a sala de tesouros em busca de vestimentas. Eles encontraram suas antigas roupas, que apesar de empoeiradas, ainda serviam bem. Em seguida partiram em busca de água fresca, então caminharam em direção ao riacho mais próximo. Descendo a colina, um pouco à direita, havia uma trilha em meio ao bosque, e todos tinham certeza de que a foz do rio era para lá.

Atravessaram a floresta, sentindo agora a familiaridade do terreno sob os pés. Pedro ia na frente, os guiando. Em seguida, iam Lúcia e Susana, conversando baixinho e, por fim, Nina e Edmundo, de mãos dadas:

— É tão estranho — murmurou Nina, olhando ao redor. — Ver tudo tão parado, tão silencioso.

Edmundo assentiu, apertando levemente a mão dela.

— Sinto falta da música. Nárnia sempre foi vibrante, adorava os concertos nos vilarejos.

Nina sorriu, concordando.

— Eu também, acho que a música, a alegria, sempre foi uma das minhas partes favoritas daqui...

Edmundo parou abruptamente.

— Talvez devêssemos fazer nossa própria música. — sugeriu ele com um sorriso travesso.

Nina arqueou uma sobrancelha, confusa.

— Agora? — questionou. — Como você sugere que façamos isso?

Sem aviso prévio, Edmundo começou a fazer cócegas em Nina, que gargalhou tentando escapar.

— Assim! — disse ele, enquanto ela se contorcia de tanto rir.

— Ed! — exclamou ela, já sem fôlego, de tanto rir. — Pare... com... isso... não... consigo... respirar...

— Promete tocar flauta para nós mais tarde?

— Prometo... prometo!! — disse Nina, se afastando das cócegas, seus olhos cheios de lágrimas de tanto rir. — Agora, pare!

— Melhor assim? — Edmundo parou, rindo dela.

Nina apontou o dedo na direção do menino.

— Cuidado, Pevensie. Quando menos você esperar, vai ter volta!

O menino deu de ombros com a ameaça, sorrindo.

— Mal posso esperar. — respondeu com um sorriso ladino.

Mais à frente, Susana e Lúcia olhavam para trás, observando-os.

— Eles são tão fofinhos juntos! — murmurou Lúcia, sorrindo para a cena.

— Sim, são sim. — concordou Susana, observando-os com carinho.

Um tempo depois, com passos ágeis, os cinco finalmente chegaram ao riacho. Todos morrendo de sede. Contudo, mal deram alguns goles de água quando, ao longe, um barco surgiu. A embarcação avançava ao longo do canal em direção deles. Nina encarou a cena muito surpresa.

Um homem remava enquanto outro estava sentado no leme, segurando um embrulho que se contorcia como se estivesse vivo. Pareciam soldados, usavam capacetes de aço, com expressões severas.

Ela observou incrédula quando os soldados pararam o barco, levantando o embrulho que se debatia. Era um anão, ela constatou, de pés e mãos amarradas, tentando com todas as forças se libertar.

— Soltem-no! — gritou Nina, sem pensar muito.

Sua voz ecoou pelo riacho, assustando os soldados que, desajeitadamente, deixaram o anão cair na água. Ele irá se afogar, pensou a loira. Contudo, Susana, rápida como sempre, atirou flechas em direção aos homens, que nadaram desesperados, fugindo do local. Quanta covardia!

Pedro e Edmundo não perderam tempo, lançaram-se na água, nadando velozmente até o anão. Puxaram o barco e ele até a margem. As mais novas correram até lá e, com agilidade, Nina cortou as cordas que o amarravam, enquanto Lúcia tirava a mordaça de sua boca. Ele tossiu, recuperando o fôlego. Foram alguns instantes de silêncio até:

Soltem-no?! Foi o melhor que conseguiu pensar? — exclamou o anão de forma hostil. Nina tentou não se deixar abalar com o comentário rude, decidiu o encarar com um sorriso confuso.

— Quanta ingratidão! — repreendeu Susana. — Esperávamos por um "obrigado".

Antes que o homem pudesse responder, Nina interviu.

— Não há muito o que se dizer em meio a uma tentativa de assassinato. — falou ela, enquanto se levantava da areia. — No final, o que importa é que o senhor está vivo, não acha?

A loira o observava curiosamente. Afinal, até aquele instante, os soldados e o anão foram o único sinal de vida que haviam encontrado e estavam todos muito curiosos.

— Mas por que estavam tentando... te fazer mal? — perguntou Lúcia, o mais suavemente possível.

— Ora, mas que tipo de pergunta é essa? — questionou ele, mas todos o observaram confusos. — São telmarinos, é o que eles fazem!

Telmarinos?! Ficaram chocados. O povo de Telmar vivia em ilhas distantes, não havia motivo algum para estarem em Nárnia. Inclusive, mantinham certa relação diplomática, ao menos, costumavam. Pensou Nina.

— Telmarinos?! Em Nárnia? — exclamou Edmundo, incrédulo.

O anão os encarou como se os visse pela primeira vez, analisando cada um deles de cenho franzido.

— Telmarinos estão aqui há bastante tempo. — falou ele desconfiando. — Onde estiveram nos últimos mil anos? Escondidos em alguma toca?

Eles se entreolharam. Mil anos... pensou Nina em choque, tentando processar a informação. Mil anos haviam se passado.

Pedro foi o primeiro a se recuperar:

— É uma longa história, digamos que... nos perdemos no tempo. — respondeu o menino, guardando sua espada.

Nina notou quando o anão empalideceu. O narniano os observava, cada vez mais pálido, quase como se visse fantasmas. Ele apontou para a espada, depois para as flechas, para a flauta e, por fim, para os cinco.

— Vocês... não. Estão brincando, só posso ter... mo-morrido! Estou morto?! — gaguejou a figura — Não pode ser... sãos os Reis e Rainhas dos anos antigos? Os grandes guerreiros da era de ouro? Estamos todos mortos? Ou eu estou vendo fantasmas?

— Estamos todos muito bem vivos, — falou o loiro, estendendo a mão — sou o Grande Rei Pedro, o magnífico.

O narniano piscava estupefato, encarando Pedro.

— Não se preocupe, senhor. — interrompeu Nina. — Prometo que somos simpáticos, e, bem, Pedro não é tão arrogante quanto soa!

Brincou Nina olhando para seu amigo.

— Realmente, Pedro. Podia ter deixado de lado o "magnífico". — riu Susana.

Contudo, o anão continuava a piscar os olhos, ainda muito surpreso.

— Vocês não são o que eu esperava... — murmurou ele. — Sem ofensas, mas são... bem jovens.

— O que acha de um duelo? — sugeriu o loiro com um brilho nos olhos. — Provaria nossa identidade e, bem, fantasmas não sabem lutar... eu acho.

Pedro entregou sua espada para o anão, pois o duelo não seria entre eles.

Nina olhou para Edmundo ao seu lado, trocando um breve olhar antes de vê-lo empunhar sua espada. Ele era um excelente espadachim, mas, mesmo assim, o coração da menina disparou em nervosismo.

Travaram uma batalha rápida, mas intensa. Os dois eram muito ágeis. No entanto, após certos segundos, Edmundo, com sua habilidade de anos de treinamento, desarmou o anão, que caiu de joelhos, chocado.

Ele os encarava boquiaberto, impressionado.

— Pelas mil estrelas do céu, são vocês. Não é que a trompa funciona mesmo? — murmurou incrédulo.

— A trompa? — perguntou Lúcia, intrigada. — Você está falando da trompa perdida de Susana?

— Sim, a trompa mágica. — respondeu o anão pensativo. — Há uma lenda que diz que, em grande necessidade, ela pode chamar até os antigos reis e rainhas de volta a Nárnia. Admito... nunca imaginei que fosse real.

— Não pensei que tivesse esse alcance... é realmente muito mais poderosa do que eu imaginava — murmurou Susana, chocada que a trompa foi capaz de chamá-los, mesmo de outro mundo.

— Estou tão surpreso quanto vocês. — disse ele, ainda de joelhos. — Mil anos se passaram desde a sua partida, vocês são lendas, meras histórias de um passado muito distante.

Nina se sentiu desconfortável com o comentário.

— Parecemos meras histórias para você, agora? — perguntou séria.

Ela odiava pensar que aquele tempo bom tinha sumido por lá.

— Não quis ofendê-los, majestade. Me chamo Trumpkin. — se apresentou, finalmente. — Posso explicar tudo para vocês, mas antes, deveríamos retornar para a floresta, telmarinos não vão até lá.

—Telmarinos temem as florestas? — questionou Edmundo, rindo.

— Sim, dizem que é assombrada. É o que reza a lenda e ninguém caminha muito por aí. Acredito que temem o que sobrou de Nárnia. — contou Trumpkin.

— Mas e os narnianos? — perguntou Pedro. — Não adentram o bosque?

— Não adentramos este bosque. Há quem diga que é sagrado, há quem diga que é assombrado mesmo. Mas eu não me impor... cuidado majestade! — ele olhava para o além, com os olhos arregalados.

Nina se virou e viu Lúcia se aproximando do que parecia ser um grande urso. A mais nova se virou sorrindo para eles, falando algo que ela não ouviu. O animal estava furioso e parecia prestes a atacar sua amiga.

— Corra Lúcia, corra agora! — ordenou desesperada.

Foi uma confusão de gritos, estavam todos muito longe dela, mas antes que algo ocorresse, o animal caiu paralisado. Trumpkin havia o alvejado.

Todos correram até a mais nova, ela encarava a cena horrorizada. O urso estava morto. Nina repassou a cena mil vezes em sua mente, havia algo muito errado:

— Ele era... selvagem? — sussurrou mais para si mesma do que para os outros, muito chocada.

— Alguns são, sim. — contou Trumpkin. — É o que acontece quando somos tratados como animais irracionais por muito tempo, eventualmente nos tornamos um.








O caminho de volta às ruínas foi silencioso. Cada um imerso em seus próprios pensamentos. Sentaram-se todos em torno da fogueira, com a chama lançando sombras dançantes em seus rostos. Pedro, com uma expressão séria, se inclinou para frente e olhou diretamente para o anão.

— Trumpkin, nos conte tudo, por favor. — pediu Pedro.

Trumpkin respirou fundo, lançando um olhar pesado ao grupo.

— Muito tempo se passou desde a última vez que vocês governaram Nárnia. Depois que partiram, o reino foi se enfraquecendo, até sua invasão há uns mil anos atrás. As histórias contam que os narnianos resistiram o quanto puderam, mas os telmarinos estavam muito fortes. Os que restaram fugiram para os bosques e cavernas, onde estamos até hoje. Vivíamos em silêncio, sem muitas preocupações, até recentemente. — a pausa foi breve, os cinco o encaravam com expectativa. — Nárnia foi redescoberta e voltou a ser perseguida, já que Telmar está sendo governada por um homem cruel, chama-se Miraz. Ele assassinou o próprio irmão para ascender ao trono e agora tenta assassinar o sobrinho.

Nina sentiu um nó na garganta. Novamente Nárnia vivia um período de opressão.

— Por isso usou a trompa? — perguntou Susana.

— Eu não a usei, na realidade, foi o Príncipe Caspian. — respondeu Trumpkin — Caspian é o legítimo herdeiro do trono, mas, assim como os outros, pensou que nós estivéssemos extintos. Quando descobriu a verdade, se aliou aos narnianos na esperança de derrotar seu tio. Foi ele quem usou a sua trompa.

Nina assentiu, absorvendo as informações.

— Então devemos ajudá-lo. — disse Pedro, olhando para os outros. — É nossa responsabilidade restaurar Nárnia à sua antiga glória.

Nina sentiu quando a mão de Lúcia agarrou a sua, a mais nova tinha um sorriso otimista.

— Sim, é o nosso dever. Uma vez Reis e Rainhas, para sempre Reis e Rainhas! — disse Lúcia, com um sorriso encorajador.

— Bom, primeiro devemos encontrar Caspian e os narnianos.— disse Nina, pensativa, mas retribui o sorriso.— Parece que ele é a chave para tudo isso segundo Trumpkin.

— Você está certa, majestade, e mesmo se Caspian não fosse a chave para tudo, — começou o anão, — o exército telmarino é forte e precisamos nos unir aos outros se quisermos ter alguma chance de derrotá-los.

— E onde Caspian está agora? — perguntou Edmundo a Trumpkin.

— Reunindo forças, imagino. — respondeu ele, pensativo. — Há uma colina sagrada que os telmarinos desconhecem. Chamam-a de Monte de Aslam, perto do rio Beruna. É para lá onde vão, tenho quase certeza.

Monte de Aslam... Nina nunca havia ouvido falar do local.

— Quase certeza? — murmurou Lúcia.

— Fui sequestrado antes que pudesse saber de mais coisas. — todos se calaram com a resposta. — Isso foi a alguns dias atrás.

Nina observou quando Pedro se levantou, com determinação estampada no rosto.

— Então não temos tempo a perder, Trumpkin. Devemos começar ainda hoje, uma caminhada até o monte. Sem dúvidas o que ele chama de Monte de Aslam, nós conhecemos como Mesa de Pedra. É uma longa caminhada até lá.

Todos assentiram, em concordância. Prontos para iniciar a viagem. Antes de partir, Nina olhou para trás uma última vez, observando as ruínas que um dia foram o lar deles. Por um momento permitiu que sua mente vagasse em dúvidas, afinal onde estava Aslam?

❃✿❃

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Beijos, até o próximo capítulo!

Joy

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