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⤷ capítulo I


Londres, 1939

|O Armário Mágico|

❃✿❃

O tempo passava depressa na grande mansão londrina. A infância da menina foi suave, entre dias de sol no vasto jardim e noites tranquilas à luz de velas. Nina, agora uma criança de oito anos, tinha longos cabelos dourados e olhos curiosos, encontrava alegria nas pequenas maravilhas da vida e nos cantos secretos da mansão, onde sua imaginação podia correr livremente.

Desde cedo, Nina aprendeu a arte da brincadeira solitária, transformando os jardins em seu reino encantado e criando histórias mágicas em sua mente fértil. Dona Marta, a dedicada governante que cuidava da mansão e de Nina com um amor maternal, muitas vezes encontrava a criança mergulhada em suas fantasias, conversando com árvores, ou então falando com animais imaginários.

Entretanto, mesmo com toda a liberdade do jardim, havia uma regra que Nina não podia ignorar: não correr dentro de casa. Na realidade, haviam duas: não correr enquanto não tivesse completado sua tarefa de casa. Dona Marta, com sua voz firme e autoritária, sempre a chamava de volta quando a menina se aventurava de mais, ao quebrar uma das regras:

— NINA GRACE, VOLTE JÁ PARA DENTRO!— chamou a mulher aos berros. A menina não parava de correr e a senhora, já de meia idade, não possuía toda a energia da criança.

Nina parou imediatamente o que fazia e voltou correndo para perto da governanta.

— Me desculpe, eu só queria brincar um pouquinho. — disse a menina docemente, sua voz suave e infantil. — Depois eu posso voltar a brincar ? Por favor, prometo que não vou correr Tia!

Dona Marta suspirou, sentindo seu coração amolecer diante do pedido da menina que praticamente considerava como sua própria filha. Ela sempre soube que Nina tinha um jeito especial de derreter sua firmeza.

— Apenas depois que terminar de estudar, mocinha. — cedeu finalmente, resignada diante da determinação de Nina. —Trate pelo menos de trocar de roupa, já que parece que fez questão de se esfregar na terra.

Com um sorriso triunfante no rosto, a criança correu animada para dentro da mansão, sua risada ecoando pelos corredores. No entanto, seus passos vacilaram quando os gritos de repreensão de Dona Marta ecoaram atrás dela, pois tinha acabado de quebrar a regra número um. Apesar disso, Nina não deixou que nada abalasse sua alegria, seguindo em direção à grande biblioteca com um sorriso determinado no rosto. Decidiu que trocaria de roupa depois; afinal, quem se importava com um pouco de terra?





Nina balançou as mãos doloridas, guardando os pincéis, mas com um sorriso radiante, feliz por ter concluído sua tarefa. Dona Marta era uma professora cheia de exigências,  mesmo sendo educada em casa, não havia nada que Nina não estivesse estudando: literatura, história, geografia, gramática, latim, música, matemática, jardinagem e, seu favorito, artes. Aquela manhã, sua tarefa era fazer uma pintura de tinta acrílica. Havia decidido pintar a vista da janela da biblioteca e, depois de algumas horas, finalmente havia terminado.

— Terminou, minha filha? — perguntou o pai, os olhos azuis brilhando por trás dos óculos, um sorriso gentil curvando seus lábios. Nina assentiu, indo até seu pai que estava sentado em uma poltrona, lendo um jornal.

— Terminei papai e está muito bom, uma obra prima na verdade. — a criança estufou os peitos, brincando.

— Disso eu não tenho dúvidas, mostre-me, mostre-me sua obra! — Nina o arrastou até o seu quadro. — Belíssimo, vamos ter que perdurar!

A criança sorriu animada e sentou-se no sofá enquanto observava seu pai vasculhar sua gaveta em busca de um prego e um martelo.  Ela observou quando ele prendeu o pequeno quadro, junto a uma outra dezena de quadros que ela já havia pintado.

— Papai, me conta uma história? — Digory Kirke riu, sua filha era uma criança que não conseguia ficar desocupada por muito tempo. — Aquela que você e a tia Polly me contaram no último verão, por favorzinho!

O homem sorriu para sua filha enquanto se acomodava no sofá. Com um gesto, ele abaixou o óculos para a ponta do nariz, um hábito que sempre precedia suas narrativas.

— Minha filha, — começou ele, — hoje vou te contar a história do artefato mais importante aqui de casa: um guarda-roupa.

Os olhos curiosos de Nina brilharam.

— Há muitos anos, uma antiga árvore guardiã foi plantada nesse terreno, embaixo dela havia anéis mágicos, — sua voz era carregada de mistério, enquanto narrava, — Diziam que essa árvore tinha poderes extraordinários: balançava quando não havia vento, ou ficava calma em meio a uma tempestade. Uma mordida em seus frutos suculentos curava qualquer ferida!

Nina ouvia tudo atentamente, sem imaginar que seu pai narrava acontecimentos reais.

— Um dia, — prossegui ele, — um raio a atingiu, e a árvore, abatida no chão, foi transformada em algo novo: um belo guarda-roupa.

Nina interrompeu seu pai.

— Papai, mas o guarda-roupa é mágico? E onde é que o senhor o guardou? — o homem riu, apreciando a curiosidade em seus olhos.

Ele se levantou do sofá e caminhou até a janela, olhando para fora por um momento antes de responder à pergunta de sua filha.

— Bom, estrelinha, o guarda-roupa é certamente especial, — começou ele, voltando-se para ela com um olhar afetuoso. — Ele fica em uma sala específica aqui na casa, mas, sinceramente, acredito que suas propriedades mágicas tenham se dissipado ao longo do tempo. É apenas um móvel antigo agora, não quero saber de você correndo até lá.

Nina assentiu, mas a curiosidade cresceu em sua mente infantil.









Algumas semanas depois, Grace se encontrava recolhida em seu quarto, uma prática comum sempre que havia visitas em sua casa. Entretanto, a monotonia a empurrava para explorar. Decidida a investigar o guarda-roupa que seu pai mencionara em sua última história, ela saiu do quarto com animação. No entanto, ao chegar à porta da sala do guarda-roupa, encontrou-a trancada. Então ela decidiu procurar pela chave. Com passos silenciosos, dirigiu-se para o escritório de seu pai, esperando que ninguém a notasse. Contudo, ao dobrar pelo corredor, a menina quase deu um grito de surpresa ao notar um garoto parado ali. Seus cabelos estavam desgrenhados e seu rosto a encarava com um grande sorriso:

— Olá! — acenou o menino animadamente.— Te assustei?

— Você quase me matou do coração, parecia um fantasma parado. — Grace  sussurrou, com um leve tremor na voz, — Mas oi...

O garoto riu, dissipando o clima de tensão.

— Relaxe, fantasmas não existem! — disse ele, num tom amistoso. — Você faz parte do grupo de visitas? Não vi mais nenhuma criança além de mim.

Grace o encarou com uma sobrancelha arqueada, como ele sabia se fantasmas existiam ou não ?

— Não sou visita, eu moro aqui. Se minha Tia descobrir que atrapalhei seu passeio, ela vai me dar uma bronca.— retrucou a menina, preocupada.

—  Mas você não está me atrapalhando, logo ela não terá motivos para brigar. Eu me chamo Max, Max Reynolds. — respondeu o garoto, estendendo a mão em um gesto amigável. — O que está fazendo no corredor?

— Me chamo Nina e estou indo encontrar uma chave. — declarou ela, em tom de mistério.

— Chave de quê? — perguntou Max, curioso.

— De uma sala, uma que nunca entrei. — explicou Grace, sentindo-se animada com a ideia de ir até o armário. Max se mostrou interessado em acompanhá-la.

— Posso ir com você? Prometo não atrapalhar. Me leve até lá! — disse ele, com um brilho de expectativa.

Grace assentiu, excitada com a ideia de ter um amigo em sua aventura. Os dois saíram correndo pelo corredor. Ao chegaram diante da porta, Grace parou abruptamente, Max estava ao seu lado. Juntos, os dois se inclinaram para observar pelo pequeno buraco da fechadura. Um feixe de luz filtrava-se pelo outro lado, revelando um móvel coberto por uma toalha branca.

— Não dá pra ver muita coisa daqui. — murmurou Max, desapontado.

— É um guarda-roupa, um guarda-roupa mágico! — contou Nina, com empolgação infantil na voz.

— Por que acha que é mágico? — questionou.

— Meu pai me contou uma história sobre ele. Ele disse que, antes de se tornar um guarda-roupa, era uma árvore com propriedade mágicas. Balançava sem vento e curava feridas! — explicou ela, com brilho nos olhos. Max arqueou a sobrancelha, claramente cético.

— Parece história de dormir... — murmurou Max, mas a verdade é que também tinha oito anos e uma criança sempre gosta de histórias mágicas.

Grace riu, sem se abalar.

— Quem sabe? Só tem uma maneira de descobrir. — sugeriu ela, com um sorriso travesso.

Decididos a desvendar o mistério, os dois correram até o escritório do pai de Grace. A porta estava entreaberta, e eles entraram sem hesitar. Vasculharam a sala em busca da chave perdida, abrindo gavetas, olhando debaixo da mesa e até mesmo os cantos mais escondidos. Mas a chave não estava em lugar algum.

— Como pode! Onde será que a chave está? — exclamou Nina, com uma expressão de desapontamento. As crianças saíram do escritório, caminhando de volta para a sala.

— Talvez esteja escondida em algum lugar que ainda não procuramos. Ou então... — Max hesitou, ponderando. — Talvez esteja com seu pai. Já pensou nisso?

A menina franziu o cenho, considerando a possibilidade. Enquanto Max e Nina permaneciam ali, imaginando a possível localidade da chave, os passos apressados de Dona Marta se aproximaram. Nina se virou em direção da mulher, que agora estava parada diante deles, com os braços cruzados e olhar severo.

— O que estão fazendo aqui, crianças?
— perguntou Dona Marta, com uma expressão desaprovadora. — Não deveriam estar aqui. Não notaram que a sala está trancada? Vocês não tentaram entrar, espero.

As crianças se entreolharam, um rubor de culpa tingiu as bochechas da menina enquanto ela balbuciava uma desculpa.

— Nós só estávamos... curiosos. — respondeu ela, com um olhar baixo.

Dona Marta soltou um suspiro, não tinha tempo para repreendê-los, seu tour guiado a aguardava. A governanta puxou o menino pelo braço, seus pais, que estavam na visitação, o procuravam. Nina acenou em despedida e correu em direção à biblioteca, onde seu pai estava. Iria perguntar sobre a chave, queria entrar na sala proibida.

Na biblioteca, o clima era tenso. Seu pai estava sentando perto do rádio, cujas luzes vermelhas e verdes piscavam ritmadamente enquanto transmitiam as notícias. Um anúncio grave ecoava pelo ambiente.

"Esta é uma transmissão de última hora", anunciava o locutor. "O mundo está à beira da guerra. Relatos indicam que forças alemãs invadiram a Polônia. Devemos permanecer vigilantes!"

Os olhos da menina se arregalaram e ela correu até seu pai, cujo semblante estava tenso. Ele a abraçou com força, tentando processar a gravidade da situação.

— O que está acontecendo, papai? — sussurrou a criança, com a voz embargada. Havia se esquecido completamente da chave, da sala proibida e do guarda-roupa.

Seu pai procurava as palavras certas para explicar para ela a situação. A guerra havia atingido todos profundamente, inclusive as crianças compreendiam a tragédia. Portanto, os segredos ocultos do guarda-roupa foram esquecidos pela menina, aquele dia marcado pelo anúncio do rádio. Então Nárnia permaneceu escondida, por mais um tempo.


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Thomas Brodie-Sangster
as
MAX REYNOLDS

'O primeiro
grande amigo
de Nina'

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Joy

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