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14-Adeus

𝑬𝒔𝒑𝒂𝒏𝒉𝒂.1950

Não veríamos mais aqueles olhos tão doces, aquele sorriso carinhoso —, não teríamos conselhos e nem seu abraços, seu refúgio.

Sua amizade, o conforto dos seus braços.

Tudo foi pela terra com o vento.

Só ficaram as lembranças e dor.

Nunca mais eu fui o mesmo, nunca mais deixaria desprotegido aqueles que amava.

Eu aprendi da pior forma que às vezes a desconfiança deveria vir em primeiro lugar.

Que deveria tirar da toca do Lobo, antes que ele voltasse.

Era uma promessa, dali em diante jamais deixaria aquilo se repetir, jamais deixaria que coressem perigo novamente...que o inimigo chegasse tão perto.

Faria o que fosse possível para manter seguros meus irmãos e meu pai, e quem entrasse na minha vida a partir dali.

— Austin. — Ursel sussurrou colocando a mão no meu ombro.

O vento frio beijava minha face e o céu cinzento não iluminava.

Encarava o túmulo a frente, com uma data falsa do nascimento da minha mãe e a verdadeira do dia da sua morte.

Dissemos que caiu de um edifício, precisamos mentir.

O peito parecia rasgado e exposto.

— Por favor. — Devolvi sem tirar os olhos da lápide fria e sem cor.

Ursel apenas se foi, junto de Safira e meu pai.

— O que vou fazer agora mãe? Sem você? — Não consegui conter o choro.

Meu porto seguro se foi, o carinho acolhedor e a compreensão que só ela tinha.

Ela não me via como o demônio que eu era, como um assassino.

E sim como seu doce e inocente Austin, feito aquele garoto humano fraco que tinha sido transformado a anos atrás para continuar vivendo.

Ardendo em febre, tremendo e até amarelado, morreu o garoto que ela acompanhou crescer —, que não se cansava nunca de dizer que a amava.

Jamais esqueceria que ela via bondade em mim, que me tinha como um bom garoto — jamais esqueceria aquelas imagens da sua morte, o som do estalo atormentando meus pensamentos.

"Eu desejo que você seja feliz, que encontre a esperança filho".

"A esperança que tanto busca, a sua luz... Cuide deles por mim, amo vocês meu doce menino".

Ouvi o vento sussurrar, era como se ainda estivesse presente e seu espírito rumo a liberdade, a paz.

Desabei no choro até não conseguir ter mais lágrimas.

Pensei que fosse delírio, mas depois percebi que não... Ela disse a mim.

⊱⋅ ──────────── ⋅⊰

Estados Unidos, Brooklyn. 1994

Anos haviam se passado e eu aprendi a conviver com a dor, com o vazio.

Solitário e tão frio quanto o inverno.

Meu pai se tornou um homem silencioso, distante... Mas de alguma forma absorveu para si um pouco da minha mãe, a gentileza com que ela tratava as pessoas.

Ursel e Safira ficaram tão abalados que não tocaram no assunto nunca mais e garantiram que um dia iriam se vingar de Vladimir e Remir.

A dor sempre esteve presente desde então, mas estava camuflada.

Virei atirador da SWAT naquele ano, documentos com datas diferentes, casa nova e vida nova de novo.

Nos descobriram, invadiram nossa casa na Espanha em 1963 e por sorte já estávamos longe.

Stefan ficou por perto da Safira e ofereceu consolo quando soube o que acontecera, mas não durou muito e sumiu no mundo.

Eu oscilava dor, solidão e culpa.

Aquilo tudo sufocava tanto que eu não conseguia aguentar.

Tinha pesadelos horríveis toda noite, a dor remoendo o peito e engolindo tudo que eu era.

Meu pai sempre foi tão compreensivo e me ajudava sempre que via quando eu acordava durante a noite todo suado e mais gelado que o normal.

Nada podia afastar tudo aquilo, ninguém poderia me tirar do fundo do inferno que eu vivia. Nenhuma luz foi suficiente.

Safira e Ursel estavam ali por mim e eu por eles também, tínhamos desentendimentos rotineiros —, mas sempre conversávamos e mantinhamos a união por meu pai e por minha mãe.

Eles se agarravam desesperadamente a qualquer pedacinho de luz que vinha à frente.

Não os culpava ou me pronunciava sobre, eles mereciam, depois de toda dor —, quando sempre mantiveram a vontade ardente de ter algo, alguém para chamar de seu. Uma vida de verdade.

Meus pesadelos não eram só sobre o Júlio ou Verena, mas também das vítimas que tive. Eles me rondavam e sufocavam acusando o que eu havia feito.

Assassino, assassino cruel, assassino.

Besta selvagem.

Aquela roda a minha volta, me acusando de assassiná-los, querendo me matar.

Um tormento constante.

E eu merecia, matei tantos inocentes.

— Ela está caidinha. — Safira disse olhando a raposa em seu braços.

— Deve ser fome. — Disse desinteressado, bebendo meu café.

Ursel entrou na sala e se sentou no sofá.

— Cadê o pai? — Questionou ligando a Tv.

— Saiu para caminhar e pegar sangue. —
Safira respondeu superficialmente.

O elo que minha irmã criara com a raposa era tão forte que tinha medo de perdê-la, mesmo sabendo que não viveria para sempre... Não iria lembrá-la deste fato.

— Talvez queira ir para a mata, precisa ter contato... É um bicho selvagem Sa. — A lembrei o mais gentil possível.

Mordi o pão que havia pegado, não sentia muito gosto por comida humana, mas comia mesmo assim.

Safira me encarou contrariada.

— Tem razão. — Respondeu baixinho.

Deu um beijo na cabeça do animal quieto e manso e saiu para deixar que a raposa laranja fosse andar pela floresta.

Terminei meu café e me despedi de Ursel que assistia um programa sobre bebês na televisão.

Ficava apaixonado naqueles rostinhos, sonhando em um dia poder ter um filho ou filha seu.

Seu maior sonho era uma família, unida e carinhosa como sempre mereceu.

Não que não tivéssemos união, mas ele queria ser o provedor daqueles sentimentos bons compartilhados.

Alguém para chamar de seu.

Uma sensação de conforto.

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