• 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐒𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 •
𝕾𝖊𝖏𝖆 𝖇𝖊𝖒 𝖛𝖎𝖓𝖉𝖔 𝖉𝖊 𝖛𝖔𝖑𝖙𝖆 𝖆𝖔 𝖏𝖔𝖌𝖔!
🎃🕷️E̶S̶P̶E̶C̶I̶A̶L̶ ̶D̶E̶ ̶H̶A̶L̶L̶O̶W̶E̶E̶N̶🕷️🎃
ᨏ⑇ welcome to HALLOWEEN SPECIAL
🎃 Hogwarts Tales, Halloween 🕷️
nick_weasleymalfoy, ©
"This is Halloween, this is Halloween. Pumpkins scream in the dead of night. This is Halloween, everybody make a scene.
Trick or treat 'til the neighbors gonna die of fright. It's our town, everybody scream. In this town of Halloween"
DARK mood on
⑇◌Você está prestes a adentrar a cidade do Halloween. Uma vez dentro só será possível sair ao fim.◈
*:✦DESEJA CONTINUAR SUA BUSCA POR DOCES? .🕷️✧
〘 ✘ 〙SIM 〘 〙NÃO
⊱boa escolha⊰
muito bem
antes de começar a busca meticulosa por deliciosos doces, é necessário te apresentarmos nossas regrinhas.
⓵ votem! deixem sua estrelinha a menos que queiram se encontrar com monstros terríveis, ou até ter um encontro romântico com dementadores.
⓶ comentem! ele está aí ao seu lado, não esqueça de deixar ao menos um "oi" ou desejar um Happy Halloween.
⓷ tenham cuidado! não há nada melhor do que ser cuidadoso e paciente, olhem para os lados.
agora que você já conhece as regras e concordou em seguir-las
tenho de lhe dizer algo
estou muito feliz em vê-lo aqui
no mês mais
assustador do ano
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"Bem vindos ao universo de The Weasley, fique a vontade, sinta-se em casa! Sente-se, pode comer um sapo de chocolate, mas cuidado com os Feijõezinhos de Todos os Sabores. Nunca sabemos o que podemos encontrar."
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ᴅᴏᴄᴇs ᴏᴜ ᴛʀᴀᴠᴇssᴜʀᴀs? ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴇsᴄᴏʟʜᴇʀ ᴄᴏᴍ sᴀʙᴇᴅᴏʀɪᴀ ᴏᴜ ғɪᴄᴀʀ ᴄᴏᴍ ᴏs ᴅᴏɪs!
🕷️
prontos?
você está quase lá
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🎃 ɪɴғᴏʀᴍᴀçõᴇs ᴀɴᴛᴇs ᴅᴇ ʟᴇʀ: 🎃
↳ o especial está dividido em quatro partes que serão postadas em dois dias e em horários diferentes. o cronograma completo será colocado no quadro de avisos no meu perfil.
↳ o especial se passa no mundo inverso, é um terceiro universo parecido com o mundo invertido, sem magia, mas diferente, já que não tem ligação com ele e nem com o mundo mágico, mas onde tudo pode acontecer.
↳ a primeira parte do especial é mais uma apresentação, não foca necessariamente no terror, mas é apenas algo pra vocês se afeiçoarem aos personagens já que não se passa na época do golden trio.
↳ o conto se passa em cidadezinha fictícia na Inglaterra, onde todos os conhecidos personagens do universo de TW vivem.
↳ é um mundo sem magia, então muitos dos personagens mortos no canon estão vivos aqui, não se assustem com isso.
↳ não esperem final feliz, no Halloween tudo é possível.
boa leitura bruxinhos
🎃
PARTE UM
A NOITE DO TERROR
Outubro, 2023
Existia cerca de mil e um motivos para Lyna Malfoy odiar o Halloween. Ok, quem a olhasse podia até pensar que essa deveria ser uma das datas favoritas da garota, pois, é claro, em tudo Lyna parecia alguém de personalidade forte, corajosa, que não se deixa abater e não se assusta por nada, mas na real a verdade estava bem longe das aparências.
Medrosa por natureza, Lyna sempre pareceu ter medo de quase tudo, desde vampiros à fantasmas e espíritos, e esse era o principal motivo dela odiar tanto a data que dava liberdade à tudo isso, a valorização do terror, a perspectiva de casas serem decoradas de forma assombrosa, pessoas fantasiadas de seus maiores pesadelos, e isso sem falar das pegadinhas, pois o dia das bruxas sempre pareceu até uma espécie de competição de quem assusta mais.
Porém, mesmo com uma aglomeração de motivos para odiar a data, não era como se Lyna pudesse abrir a boca e falar tudo o que pensava. Não quando ela morava em Windbrook e estudava no fantástico colégio de Hogwarts, um local que parecia viver e esperar por aquela tão perfeita data.
— Animada para a noite do terror? — Louise Finnegan perguntou energética no instante em que Lyna fechava seu armário depois de pegar os livros que usaria durante a próxima aula. Com seus cabelos dourados e jeitinho meigo, Louise era a pessoa de que menos se esperava que se agradasse de algo como a noite do terror, mas novamente, a verdade estava longe das aparências
— Claro. — A mentira escapou dos lábios com facilidade — Por que eu não estaria ansiosa para me fantasiar de Medusa?
Por milhares de motivos, Lyna pensa para si mesma, respondendo à própria pergunta. Na verdade, a "noite do terror" não a animava em nada, mesmo que fosse a data mais aguardada por mais da metade dos alunos do Colégio de Hogwarts. Se tratava de uma comemoração anual, que sempre acontecia no final de outubro para todos os alunos da escola, e por mais que se chamasse "noite do terror", o evento durava o dia todo, sendo recheado por divertidas atividades interativas, jogos e competições, o que incluía o fantástico concurso de fantasias que costumava ser o ápice do evento. Para o sétimo ano, tudo sempre era mais emocionante já que além das atividades durante o dia, eles contavam com as emoções durante à noite, em que teriam uma grande e envolvente festa do pijama mais que assustadora com direito à histórias de terror ao redor da fogueira (uma fogueira é montada no pátio da escola e a ambientação arrumada de modo a parecer uma floresta) e a caçada aos doces, tendo em vista que o colégio estaria recheado de doces escondidos por todo a parte, e a pessoa que conseguir encontrar o maior número, além de poder ficar com os doces, também terá direito a uma boa prenda. Dentre os atrativos da noite, e as pegadinhas para quem dormir primeiro, o fato era que tudo até pareceria divertido, isso se não houvesse o fato da escola de Hogwarts se transformar em uma bela casa do terror durante à noite, tendo em vista que o incrível e único diretor achara muito engraçado a ideia de contratar atores para se passar por horrendos monstros muito realistas que parecem sentir prazer em perseguir e assustar.
— Eles não param nem que você caia no chão e comece a chorar, o propósito é parecer real, e eles cumprem bem o trabalho. — Andrey Finnegan, irmão mais velho de Louise, contara à Lyna sobre sua experiência quando chegou ao sétimo ano e finalmente pôde participar das noites do evento dois anos antes dela. Àquela ocasião ele parecia bastante animado com isso, parecendo mesmo ter se divertido
— Alguém caiu no chão e começou a chorar? — Lyna perguntara na época, tentando apenas parecer curiosa
— Sim. — Andrey respondeu recordando, não falou com graça como se tivesse achado divertido, seu tom apenas parecia reflexivo — Um garoto ficou assustado com o cara da foice, e uma garota do time também surtou, mas eu só me lembro da Lene, a Selene Sharman-Robbins, sabe? Ela ficou perturbada porque um palhaço começou a seguir ela, e nem era assim assustador, mas ela teve um surto mesmo, só estávamos eu e o Jaysix por perto e ele ajudou ela, porque ela estava travada no canto da parede, as duas mãos nos ouvidos e chorando. Foi comovente.
Lyna se perguntou se era o propósito dos professores e do diretor causar traumas sem fundamentos nos alunos ou se eles só achavam isso divertido, mas não transmitiu seus pensamentos, mesmo naquela época Lyna não gostava de demonstrar medo, e menos ainda agora que está em seu sétimo ano, embora no fundo da sua mente esteja prevendo que vai acabar pior do que Selene Sharman-Robbins na noite do terror se um vampiro começar a lhe perseguir.
— E você já sabe o que vai usar de fantasia esse ano, Lou? — Lyna perguntou ignorando seus pensamentos e voltando à tona, também tentando rebater o assunto para Louise enquanto agora caminhavam inconscientemente até à sala de aula
— Uhh. — Louise riu fazendo suspense — Não conta pra ninguém, okay? Vou usar o icônico traje de mágico da loirinha na Era Red.
— A Taylor Swift? — Lyna analisa, então solta um suspiro — Fala sério, por que se fantasiar de cantoras pop no Halloween, Lou?
— Não me julga, Ethelyna, me dedico mais do que o Al e o Scors nas fantasias pelo menos. — A loira revida
Lyna pensa, mas logo ri concordando, sabe bem que seu primo Albus Potter e seu irmão gêmeo Scorpius Malfoy tendem a ter interesse zero nas fantasias. Scorpius ainda costuma ousar um pouco no quesito maquiagens, diferente de Albus que acha que um simples sangue falso no rosto e na roupa já está de bom tamanho.
— Talvez o troféu de melhor fantasia não os interesse. Mas bom, a mim sim, eu o quero — Lyna disse com toda certeza balançando seus cabelos loiros platinados ao vento —, quero desde o primeiro ano, e acho um absurdo eu só ter ganhado uma vez.
— Tudo depois que a Myrella Burke se formou. Seriamente, alguém me explica como ela ganhou quatro anos seguidos?
— Eu acho que ela dormia com os jurados. — Uma voz divertida veio por trás de Lyna no instante em que ela e Louise haviam parado em frente ao laboratório de Química
— A Burke, Kiki? — Louise ergueu as sobrancelhas para Chiara Creevey, que ajeitava um rabo de cavalo em seu cabelo lilás enquanto entrava na sala junto com as outras duas garotas — Achei que era feitio do namorado dela dormir com todas as garotas de Hogwarts, ela também traía ele?
— Primeiramente é ex. — Lyna corrigiu, jogando sua mochila sobre a bancada da terceira fileira de mesas duplas do laboratório — James e Myrella terminaram já tem pouco mais de um ano, e meu primo já foi acorrentado novamente, dessa vez por alguém que ele não é nem louco de trair, considerando que a Dassy Harper deixou ele de joelhos. E segundamente... não, a Mimi nunca traiu o Jaysix, só se vocês considerarem quando eu e ela ficamos naquela festa em janeiro no nosso quarto ano.
Chiara ocupou o lugar na carteira atrás de Lyna. Normalmente a garota, pertencente ao clube das águias, costumava sentar nas primeiras fileiras de cadeiras da sala, mas aquela aula especificamente ela evitava isso, e o motivo claramente era por ser a única aula inteiramente em dupla. Cada aluno tinha sua própria dupla de laboratório escolhida desde o primeiro ano, e todos sabiam o quanto a dupla de Chiara não gostava daquela matéria, e obviamente a Black-Creevey parecia gostar de agradá-la.
— Óbvio que a gente considera, engraçadinha. Vai dizer que não foi traição só porque foi você? — A garota de cabelos roxos desdenhou
Lyna deu de ombros divertida. A história havia sido um tanto polêmica na época, já que seu primo Jaysix Potter não ficou muito satisfeito de descobrir o que Lyna fez, mas a garota não se importava. Se ele traía ela com todas as meninas de Hogwarts, por que ela não podia fazer o mesmo?
Antes, porém, que tivesse chances de dizer mais alguma coisa, mais algumas pessoas foram adentrando o laboratório e ocupando seus devidos lugares. Entre eles Scorpius e Albus, que chegaram juntos em um humor aparentemente conflitante.
— Parece que a escola toda só sabe falar da Noite do Terror. — Albus disse como forma de cumprimento jogando sua mochila na bancada que compartilhava com Chiara — Especificamente da competição de fantasias. Sinceramente, isso não é nem de longe o ponto principal da festa.
— E o que seria o ponto principal da festa, Albus Potter? — Lyna se ajeitou em sua cadeira e inclinou um pouco seu corpo pra trás, os olhos encarando-o enquanto o irmão gêmeo se sentava ao lado dela
— Só falta ele dizer que é a comida. — Louise riu, de seu assento bem à frente de Lyna
O garoto meramente cruzou os braços, sentado na cadeira de modo nada comportado, uma jaqueta preta jogada sobre a camisa de qualquer forma, o cabelo definitivamente em seu bagunçado natural. Albus era o sinônimo de rebeldia, o caótico filho do meio de Harry Potter que definitivamente odiava quando o associavam ao pai.
— Claro que a melhor parte é "A caçada", não pelos doces, é claro, pelos monstros! — Sua voz saiu teatral e empolgada demais para alguém que não se atrai com nada
— Al quer arrumar pistolas de água ou armas de orbeez para atirar nos monstros — Contou Scors arrumando seus materiais de laboratório organizadamente na mesa. Ele e Albus não podiam ser mais diferentes do que são —, tudo pra deixar o mais Halloween possível. Uma aventura bem imersiva.
Chiara observa Albus, antes de abrir um sorriso.
— Parece legal... e divertido..
Lyna usa de todo o seu autocontrole pra não soltar algo como "e o que o Albus fala que você não concorda ou acha legal, Chiara?", mas é salva pela chegada da atrasada Melinda Grimmett.
Melinda está usando um apertado rabo de cavalo que balança enquanto ela caminha até seu lugar. A jaqueta amarela do time de futebol feminino de Hogwarts por cima de um vestido florido, junto com o bottom que a classifica como a capitã.
— Oi, bom dia. — Ela os cumprimenta com um sorriso ao parar na bancada que divide com Louise, exatamente a cadeira à frente de Scorpius
Os olhos de Scorpius e Albus a observam quase hipnotizados, parece que mesmo depois de sete anos estudando juntos, eles ainda não conseguem se controlar, mesmo que a garota não dê a menor atenção a nenhum dos dois. Lyna tem a forte suspeita de que Mel até goste do seu irmão, mas ela é restrita demais para expressar alguma coisa, e Scors parece preferir babar pelo resto da vida do que tomar uma atitude, então o dilema continua.
Para sorte de Lyna, o professor de química não demora a entrar na sala, que agora já está lotada de alunos dos quatro clubes, ambos ansiosos para começar a mexer com os acessórios de laboratório. O professor Zabini, um homem alto de pele escura e aparência séria, porém bastante engraçado e simpático, é na verdade um dos professores favoritos de Lyna, além de ser melhor amigo de seu pai, isso sem falar do fato do professor também ser o pai de Cameron Zabini, o também melhor amigo de Lyna.
Cameron estava do outro lado do laboratório, aos dezessete anos ele parecia a cópia quase exata do pai, embora com alguns traços únicos no estilo, o que incluía os brincos no ouvido e o piercing no nariz. Mesmo sendo melhores amigos, dificilmente Lyna e Cam-cam formavam duplas em trabalhos em sala de aula, já que a maioria das vezes eram os professores que a escolhiam, preferindo sempre deixar Lyna na companhia de Scorpius, apenas por serem gêmeos. Nessa aula, por exemplo, Cam-cam fazia dupla com Tiberius Nott, a pessoa menos interessada no mundo em assistir aulas, e a mais interessada em ficar chapado. Cam-cam e Tibe são boas duplas mesmo assim, talvez pelo vínculo familiar agora que Cam-cam está namorando o irmão mais velho de Tiberius, Brutus Nott.
— ... então classe — Dizia o Prof. Zabini —, como é de conhecimento geral o Halloween está se aproximando...
Rich Weasley soltou um assobio alto e agitado. Como sempre, o garoto ruivo sardento, primo de Lyna, parecia sedento de chamar atenção. Pelas histórias de sua mãe, Lyna sabia que seu tio George, o também pai de Rich, e o irmão gêmeo do mesmo, eram o terror de Hogwarts em sua época de escola, os chamados "Reis da pegadinha", e Rich Weasley junto com seu inseparável companheiro Finn Darling, mesmo sem um pingo de parentesco no sangue, pareciam irmãos de alma no quesito causadores do caos. Então chamar atenção na aula era o mínimo do que eles eram capazes de fazer.
— Certo, certo, sei que todos estão agitados — Prosseguiu o professor fazendo um sinal de calma com os braços em direção à bancada que Rich e Finn dividiam. Lyna se perguntava fortemente o que o professor esperava deixando aqueles dois juntos —, por isso hoje, para já ir entrando no clima de dia das bruxas vamos ter uma aula diferenciada...
Foi naquele momento que Lyna quis ter desaparecido. Olha ele ali, olha o Halloween se metendo em tudo de novo.
O Professor Zabini passou quatro experimentos inspirados no dia das bruxas, e deixou as duplas livres para trabalharem o que se sentissem melhor. Lyna e Scors trabalharam com o experimento chamado "O sangue do diabo", se tratava de um líquido vermelho que quando jogado sobre o tecido branco simplesmente evaporava, como mágica. Esquecendo de seus temores com a data, Lyna até se divertiu, e fora minimamente engraçado quando – nada surpreendentemente – Rich e Finn conseguiram explodir seus experimentos fazendo uma nuvem de fumaça preencher todo o laboratório e os alunos terem que sair correndo dali.
Novamente os dois acabaram ganhando uma detenção.
xxx
Lyna viu os dias de outubro voando enquanto a escola ia ganhando aos poucos uma tenebrosa decoração de Halloween, esse ano as pessoas pareciam mais excitadas que o normal, e a garota tentava parecer tão animada quanto, sempre disfarçando as vezes que acabava se assustando com algo da decoração por se mexer sem aviso prévio. Eles pareciam acreditar facilmente, por sorte Scorpius e seus pais eram os únicos que sabiam de todos os traumas da garota, e como ela parecia ter medo de quase tudo capaz de se mexer, sem ser realmente humano.
Mas eles não eram os únicos a conhecer a garota tão bem.
— Você parece tensa. — Andrey Finnegan observou. Seus olhos azul-escuro a fitando enquanto ele roubava uma cereja, da taça de sundae de chocolate chilli de Lyna, logo a jogando na boca
— Andrey! — Lyna repreendeu. Os dois estavam sentados um de frente para o outro na Bib's, uma lanchonete do shopping no centro da cidade que era a preferida da garota, e a qual os dois costumavam frequentar pelo menos duas vezes por semana — Por que você pede seu milkshake de mirtilo se vai ficar roubando as coisas do meu sundae?
— É divertido. — O garoto ri — Mas e aí, vai me dizer por que você tá tensa? É o dia das bruxas?
Lyna solta um suspiro. Eles não namoram, pelo menos não há nada formalizado ainda, mas já faz meses desde que a garota abdicou do título de pegadora de Hogwarts e se limitou a ficar apenas com ele, Andrey já havia parado de ficar com outras pessoas bem antes, mas os dois sempre parecem orgulhosos demais pra falar sério sobre seus sentimentos e admitir que realmente gostam um do outro de verdade, sem joguinhos. Mas Lyna gosta dos momentos na lanchonete, fazer coisas de casal sem realmente ser um casal, e às vezes como agora, um assunto um pouco mais sério.
— Não estou tensa, Finnegan. — A garota tentou deixar o seu tom leve e parecer que estava brincando — Por que estaria?
— Você tá paranoica com a noite do terror. — Ele acusou jogando as costas na cadeira e cruzando os braços — Admite, Lili. É o que falei sobre a caçada? Os monstros? Você sabe que não precisa ir se você não quiser, né? Não é obrigatório participar da caçada ou passar a noite na escola só porque você tá no sétimo ano.
— E o que você quer que eu faça? — A garota não o observa, mas sua voz sai fria enquanto ela mexe em seu sundae com a colherzinha — Que eu não vá e pareça uma medrosa que não aguenta passar a noite numa casa do horror?
— Sunshine... — O garoto fala com delicadeza, usando aquele apelido que só usa em momentos particulares, quando só há eles e o mundo lá fora não importa, quando parece que eles são os únicos que existem no universo e que são realmente um casal, um casal de verdade. Andrey segura com delicadeza o queixo da garota e a faz olhar pra ele, seus inebriantes olhos azul safira a fitando — você sabe que não precisa provar nada a ninguém, não é? Você é autossuficiente, Ethelyna, não precisa passar a noite em um castelo com monstros pra provar isso.
Lyna pensa como seria fácil se realmente não precisasse, mas ser taxada de medrosa está fora de cogitação, ela precisa passar a noite na escola, precisa aguentar a "noite do terror", ganhar o título de melhor fantasia e sobreviver ao último ano. É questão de honra, como ela pode ser filha dos lendários Draco Malfoy e Rox Weasley tendo medo de algo tão banal quando o dia das bruxas? A data favorita de seus pais.
Lyna está considerando dizer isso pra Andrey no exato instante que o momento entre eles se quebra junto com o grito de Jaysix Potter.
— Andy! — Chama em um tom energético ainda da porta da lanchonete
A garota Malfoy suspira, rolando os olhos pro alto quando Andrey tira a mão de seu queixo e se vira para prestigiar a chegada de seu melhor amigo. Jaysix está com a mão passada pelo ombro de Dassy Harper que caminha com ele até a mesa que Lyna e Andrey ocupam, junto com eles está, obviamente, Nate e Ercan. Juntos Andrey, Jaysix, Nate e Ercan se autointitulam: "os novos marotos", eles realmente acreditam que podem ser tão lendários quanto a primeira versão que estudou em Hogwarts nos anos setenta, o próprio avô de Jaysix, o qual o garoto recebeu o mesmo nome e seus três melhores amigos: Sirius Black, Remo Lupin e Peter Pettigrew.
— Hey. — Andrey sauda mesmo não parecendo muito contente com a presença dos amigos assim que eles param em frente à mesa
Lyna dá um sorriso azedo para os garotos e um simpático à Hadassa.
— Oi, Dassy.
— Lyna. — A garota sorri, um simples gesto que a deixa mais absurdamente linda do que já é, com sua pele branca tão coberta por inúmeras sardas e o cabelo tão ruivo quanto fogo. Surpreendentemente Hadassa parecia mais uma descendente da família Weasley do que os próprios Jaysix e Lyna, considerando que o garoto tem cabelos escuros e bagunçados como o pai e a garota é pálida e loira também tendo puxado ao próprio pai — O Jay disse que vocês estavam aqui. Como vai?
— Cê ainda pergunta, Dassy? — Jaysix gargalhou já empurrando Andrey para o lado, no assento que lembrava um sofá em formado de C circulando a mesinha. Andrey foi parar na diagonal de frente para o lado mais curto da mesa dando espaço para Jaysix e Dassy, enquanto Lyna dava espaço para Nate e Ercan — Ela tá em Hogwarts, e estamos em outubro, óbvio que ela está bem.
— Acredita que o Jaysix pediu pro tio Harry falar com o diretor? Ele quer que alguns dos antigos alunos tenham permissão para estar na caçada à noite. — Nate ri enquanto se inclina para olhar pra Lyna, alguns de seus cachos caindo sobre o rosto no movimento — Apenas em nome dos velhos tempos fugindo dos monstros, sabe?
— Vai dizer que você não gostaria disso, Nate? — Ercan lhe deu um tapinha no ombro enquanto puxava o cardápio da mesa — A noite do terror no nosso sétimo ano foi lendária, quem não gostaria de viver tudo de novo?
— Acho que não a Lene. — Jaysix soltou fazendo os garotos rirem
— Pera... — Lyna olhou para Andrey e dele para os outros garotos — então vocês vão estar na Noite do Terror?
— É o plano. — O primo deu de ombros — A minha pessoa de volta em Hogwarts fantasiado de Jack esqueleto, o rei das abóboras, e o rei do Halloween. Consegue imaginar?
Andrey solta uma risada.
— Não vem com essa de querer ofuscar os alunos, ô, bonitão. Você não pode mais competir no concurso de fantasias.
— Eu? — Jaysix se faz de ofendido levando uma mão ao coração — Imagina, óbvio que não era o meu plano, apenas a diversão! Dassy vai de Sally, não é, Dassy?
A ruiva que observava o segundo cardápio que havia na mesa só riu.
— Ai meu Deus, Jaysix usando fantasia de casal. Isso não vai fazer suas fãs desmaiarem, querido?
— Não tanto quando como souberem de Lyna e Andrey com fantasia de casal.
Lyna na hora captou as palavras e encarou o garoto Finnegan que tinha acabado de lançar um olhar com raiva pra Jaysix.
— O que ele quer dizer com fantasia de casal, Andrey?
O menino coçou a cabeça e riu desconfiado.
— Bom, talvez a minha irmã tenha me dito que você vai estar de Medusa e eu pensei... hum, roupa de grego não fica nada mal em mim, e um grego petrificado pela deusa dos cabelos de cobra então? Parece magnífico, você não acha, Lyna?
— Medusa é um monstro da mitologia grega, uma górgona, não uma deusa, Finnegan.
— Deixa o garoto ser romântico, ôu, Ethelyna. — Ercan gargalhou enquanto chamava a atenção do garçom em frente. Sendo filho único de Domitya Lupin, o garoto parecia ser o mais mimado dos quatro amigos, talvez fosse porque os outros contavam com irmãos mais novos e nunca sentiram o prazer de ter a atenção dos pais só pra si, mas isso Ercan sempre teve de sobra, isso às vezes faz com que ele sinta que o mundo gira ao redor dele, mas no mais, Lyna o acha bem legal
— E por que você e o Nate não usam fantasia de casal também, hein Ercan? — Lyna fuzilou o loiro que depressa estreitou os olhos para ela
— Ué, nem eu e nem o Nate temos namoradas.
— Vão vocês dois. Ia ficar lindo, não?
— Ôu Ethelyna! — Ercan esbravejou perdendo o ar da graça e se ajustando no assento pra encará-la enquanto os outros riam — Tá me estranhando vocês?
— Se acalma, Ercan. — Até o próprio Nate ria, aceitando a brincadeira bem mais fácil que o amigo — E se o garçom ouvir e dizer que hoje tem promoção só pra casais?
Ercan de repente se aquieta no assento e passa uma mão por Nate.
— É brincadeira, querido, claro que eu adoraria usar fantasia combinando com você. Já sabe o que vai pedir, meu bem?
Seu tom e a mudança de atitude tão rápida foi o suficiente pra fazer todos os presentes na mesa caírem em gargalhadas. Lyna adorava Andrey e os amigos dele, embora talvez o fato de Jaysix ser o seu primo a fizesse, por vezes, o detestar, mas no mais ela os adorava. Porém, no momento, só conseguia pensar no fato que a presença dos "novos marotos" na Noite do Terror acabara de se tornar a sua sentença para não fugir daquela data. O que Jaysix Potter diria se a fantástica e única Lyna Malfoy fugisse da noite do terror por medinho dos monstros? O que seus próprios pais diriam? Não, não, Lyna tinha que vencer seus medos.
xxx
30 de outubro. Parecia uma segunda-feira agitada, o clima estava bom, mas não em si o ar à volta. Lyna quase desmaiou quando descia as escadas de sua casa para a cozinha, tudo porque ainda não tinha se acostumado com a devastadora decoração do ambiente, e seus pais pareciam não parar de incrementar novas coisas.
— Ficou incrível, não foi? — Draco Malfoy brotou no corredor enquanto Lyna ainda encarava de testa franzida o que ela achava ser o espelho — Parece um espelho, mas quando menos espera.... Uh, um espírito. Ficou bom, né? Foi ideia da sua mãe.
Lyna definitivamente não achava incrível aquela tela. E, para piorar, o fato de parecer tão real o modo como um espírito, de uma horrenda mulher monstruosa de vestido branco, aparecia mostrando o interesse de pular dali para a realidade, não era nada legal.
— Claro, pai, perfeito. — A menina ofegou — Não vejo a hora de chegar novembro. Acho que vou soltar fogos quarta-feira.
— Não seja tão estraga-prazeres, Lyna. — O pai suspirou — Vocês tem a competição de fantasia em Hogwarts, nós adultos temos a competição de casa mais assustadora, cada um com o seu modo de se divertir no halloween.
— A mamãe tem a competição de fantasia dos professores, algo que já faz a ousar até demais, além do seu infinito estoque de vodka, acho que ela tem muito o que se divertir, papai. — Soltou a loira com um revirar de olhos — E outra, eu também já sou adulta, eu e Scors fizemos dezessete em julho, esqueceu?
— E você me deixa esquecer? — O mais velho perguntou com um sorriso triste de quem não acredita realmente que seus bebês deixaram de ser bebês tão rápido
— Bom, eu tô indo, pai. — A garota anunciou ajeitando a mochila nas costas e balançando a chave de seu carro na mão
— Você precisa mesmo dirigir?
— Pra isso eu tenho carteira, não? E carro, o senhor que me deu.
— Sim, mas temos motorista. E seu irmão também pode te levar.
— E por que o Scors pode dirigir e eu não? Eu sou mais velha.
— Ihh, agora ela te pegou, pai. — Scorpius vinha descendo as escadas naquele momento — E são só quinze minutos, Ethelyna. De qualquer forma, talvez o papai esteja com medo de você ver um vampiro na rua e bater o carro, pensando que é de verdade.
Lyna fechou a cara.
— Não é nada disso, filha, só... — Draco se apressou a dizer, mas na verdade era isso sim, e Lyna sabia bem
— Tchau, pai. — Falou irritada seguindo para a porta — E não se preocupe, eu não vou sozinha, vou passar na casa do tio Rony pra pegar a Rosemary.
— Dois cadáveres, pai. — Scors sibilou com risinhos — Não deveríamos avisar ao tio Rony?
— Scorpius! — Draco repreendeu
Lyna deu de ombros ignorando-os enquanto saía de sua casa, ou melhor, da inigualável e única Mansão Malfoy. Desceu os degraus até o pátio e passou pela piscina (também no clima de Halloween preenchida por água com corante vermelho-sangue, além de falsos monstros de borracha) chegando até onde seu carro a esperava, uma preciosidade branca de vidros escuros que havia sido seu presente de dezessete anos. Um perfeito Alpha 527 Diamond XS, recém-lançado no mercado, mas obviamente Draco Malfoy não costumava se conter quando o assunto era mimar seus gêmeos. Consideravelmente Scorpius havia ganhado um carro exatamente igual ao da irmã, mas vermelho já que ele insistiu que fosse assim.
Lyna levantou a chave e ligou o seu carro, logo entrando, quanto mais cedo saísse da casa, mais cedo passaria na casa de seu tio Rony e buscaria Rose, que conhecendo bem, já deveria está surtando com receio de se atrasar para a aula.
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Inúmeras vezes a mãe de Lyna, Rox Malfoy, comentou que Rosemary Weasley lembrava fortemente à própria mãe, Hermione Granger-Weasley, a também prefeita da cidade. Dizia ela que Rosie era claramente a versão mais nova da mãe na época de Hogwarts, Lyna sempre achou sua tia Mione um pouco séria e formal demais, mesmo que fosse o esperado mediante sua profissão, então conseguia imaginar claramente ela igual à Rosie, tendo os estudos sempre como prioridade e inimiga número um de tudo que fuja às regras, surpreendentemente ainda assim Rosie é a melhor amiga de Lyna, não é suas personalidades opostas que mudariam isso.
Todo o trajeto até a escola foi preenchido por uma música calma e baixa no aparelho de som do carro enquanto Rosie tagarelava sobre as provas que estavam chegando, remexendo dois de seus livros didáticos que a garota levara pra casa pra ler. Lyna podia não ser nem de longe a melhor aluna da sua turma, e embora às vezes Rosie a tirasse do sério com sua obsessão pelos estudos, a loira entendia o lado dela o suficiente pra não odiar tanto o assunto.
— Não precisa lembrar que estamos às vésperas da faculdade, Rosie. Eu também estou surtando. — Lyna suspirou quando parava o carro no estacionamento do colégio
— Você está? — A garota de belas madeixas ruivas bem apertadas em um perfeito rabo de cavalo a olhou — Lyna você é capitã do time de futebol feminino das Serpentes. Sua mãe é ex-jogadora profissional e a atual técnica de esportes da escola. Os olheiros da Universidade babam por você, qual a dúvida que você vai ganhar uma bolsa focada em esportes? Suas notas são boas, e ainda tem as atividades extracurriculares, você tá ótima.
— E você, não? — A loira a encarou enquanto soltava o cinto — Pelo amor de Deus, Rosemary, não começa a surtar. Você é a melhor aluna do sétimo ano, se não for da escola toda.
— Eu deveria ter feito mais atividades extracurriculares, nem tudo é só notas boas pra faculdade dos sonhos! Você sabe que eu quero fazer Ciência Política na MIT, Ethelyna.
Lyna solta um suspiro enquanto abre a porta do carro e desce dele, sabe que Rosie está prestes a começar a se diminuir e falar que não é boa o suficiente pra nenhuma faculdade, mesmo que Lyna tenha certeza que ela é capaz de passar em todas que se matricular, mesmo que a MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), também conhecida como a faculdade dos nerds e com uma taxa de aceitação menor que 9%, seja a sua Universidade dos sonhos.
— Você faz inúmeras aulas avançadas, Rosie — Lyna insistiu sem olhá-la, apenas caminhando até a entrada do colégio —, faz parte do Grêmio estudantil e é voluntária em um asilo, parece um currículo perfeito, não? Que mais você quer? Que mais uma faculdade quer? Qualquer professor te faria uma excelente carta de recomendação, ou melhor, a sua mãe, ela também estudou na MIT, não foi?
— Estudou. Por isso eu preciso entrar lá. Já te contei que a taxa de aceitação é de 4%? — A garota agora parece nervosa enquanto agarra os livros na frente dos seios e se apressa pra acompanhar Lyna — Matt e eu estamos focados em conseguir uma entrevista, mas parece ser quase impossível! Mas precisamos disso, precisamos entrar, eu em Ciência Política e o Matt em Física.
Lyna sabe que Rosie está falando de Matthew Davies. Ele é perdidamente apaixonado por Rosie Weasley desde o primeiro ano, um fato conhecido por praticamente toda Hogwarts e também por Lyna, mas pelo visto não por Rosie. Eles são amigos inseparáveis, e também as duas pessoas mais inteligentes da turma de 2017, as melhores notas e o currículo acadêmico mais perfeito do colégio, Lyna não tem dúvida alguma de que no ano seguinte eles farão parte dos 4% de alunos aceitos no MIT, pois se Matt Davies e Rosie Weasley não entrassem na faculdade dos sonhos deles, ninguém ali entraria.
Lyna está considerando dizer isso pra Rose, no instante em que as duas atravessam o portão para entrar em Hogwarts, mas é nesse instante que as palavras lhe somem.
O colégio de Hogwarts sempre teve uma arquitetura única que lembrava fortemente uma espécie de castelo ancestral, mas a nova decoração de Halloween acabara de o fazer mergulhar na completa fantasia gótica. A entrada principal está decorada com enormes abóboras talhadas em formas grotescas, que parecem sorrir maliciosamente para todos que chegam. Há uma placa no lado direito dos grandes portões que dão acesso ao saguão. Trata-se de uma grande tábua de madeira na diagonal com oito presas na horizontal em que se leem "Cuidado com. Bruxas. Vampiros. Monstros. Zumbis. Fantasmas. Múmias. Caveiras. Lobisomem". A placa aparentemente está em estado deplorável, coberta de falsa teia de aranha e duas aranhas de borracha.
Lyna suspira e adentra o saguão junto com Rose, preparando o sentimento para o que encontrará lá dentro, no seu próprio castelo do horror. Logo no saguão de entrada uma cortina de neblina artificial rasteja pelo chão, criando a ilusão de um ambiente etéreo. À medida que as duas garotas caminham, observam as teias de aranha que se espalham entre as colunas de pedra, mostrando aracnídeos de plástico espreitando nos cantos escuros. Há um falso corpo embrulhado em plástico preto e pendurado em algum ponto próximo ao arco que leva à cozinha, além de outras figuras encapuzadas que parecem fitar Lyna e Rose enquanto elas se encaminham ao corredor dos armários.
A névoa desaparece no caminho, sendo substituída pela perfeita imitação da cena de um crime, onde pelo menos três silhuetas de corpos estão desenhadas no chão entre os corredores de armários, e há fita amarela transpassando alguns ambientes só pra deixar tudo mais imersivo.
— Sabia que eu acho tudo isso um desperdício de tempo? — Rose comentou com seus olhos azuis fitando a decoração, mais especificamente as impressões de mãos com sangue falso implantadas em todos os armários, isso sem falar nos cartazes pregados um em cada um, todos contendo foto do aluno correspondente dono daquele armário, breves informações tiradas de suas ficha e um título de "PROCURADO". Lyna tem que admitir que a decoração desse ano foi bem intensa — Nada contra a festividade, mas estamos no último ano! Pré-faculdade, precisamos nos preocupar com a inscrição, cartas de recomendações e em manter o currículo perfeito, não brincar de quem usa a fantasia mais elaborada ou participar de uma caçada de doces!
— Rosie, Rosie, já parou pra pensar que talvez o próprio propósito da "noite do terror" seja uma distraçãozinha do caos das provas? E das inscrições pra faculdade? — Lyna a olhou antes de parar bem em frente ao seu armário e encarar sua foto no cartaz de procurado — De qualquer forma eu concordo com você, não é meu feriado favorito.
Rose solta um suspiro e continua andando até o seu armário, uns seis depois do de Lyna. A loira então se ocupa de girar a senha em seu cadeado e abrir o seu armário. Está tentando se recordar das aulas que terá naquele dia quando a porta se abre e algo escorrega diretamente para o chão. A testa de Lyna se franze; sempre manteve seu armário perfeitamente organizado e nunca jogou um livro por cima de outro, então não fazia sentido algo escorregar assim.
Meio perdida, Lyna se abaixa, começando a considerar que Scorpius mexeu em seu armário e bagunçou suas coisas, mas no instante em que seus olhos se deparam com o objeto caído, mais confusa Lyna fica. Ela observa o caderno velho, de aspecto antigo e empoeirado, uma capa de couro preta sem nenhuma gravura protege suas folhas. Ainda agachada, Lyna o apanha e o observa, primeiramente constatando que não havia nada nem na frente e nem atrás, a loira então o abre, e a primeira página já é suficiente para a surpreender.
Alguém havia rabiscado o adesivo branco que dizia: "este livro pertence a:" e uma linha que deveria conter o nome do dono. Lyna observa os traços de uma caneta preta riscando toda a frase, mas havia algo mais ali, algo escrito com a mesma caneta, bem na linha abaixo: CADERNO DA MORTE.
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você acaba de passar de nível
aguarde
e então poderá ler
a parte dois
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