❦ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐢𝐧𝐭𝐞 ❦
- Eae Coringa, sumiu mesmo na pista, nem te vi. - Crusher fala quando me aproximo da mesa.
- Fui da um perdido. - Falo me sentando na cadeira ao seu lado.
- Você e o Bak sumiram na verdade. - Ele dá uma pausa. - O Mob tinha ido com uma garota no banheiro, inteligente não?.
- É um ótimo lugar. - Falo rindo de nervoso.
Estávamos conversando sobre diversos assuntos naquele meio tempo, Bak apareceu todo sorridente e venho na nossa direção.
- Mano que festa boa. - Ele se joga ao nosso lado. - Faz tempo que eu não ficava dessa forma.
- Eu também. - Falo abrindo outra garrafa de cerveja.
- Eu vi que você saiu do banheiro feminino, até estranhei. - Bak diz. - Aí o Mob também saiu de lá, já fiquei ué?.
Dou uma risada alta, ele não estava supondo que eu e o Mob?...
- Claro que não Bak, o Mob estava com uma menina lá. - Bebo um pouco do líquido da garrafa. - Eu até escutei, aqui ninguém nos atrapalha.
- Ah sim. - Crusher fala. - E você? O que estava fazendo lá?.
- Estava com uma garota que conheci aqui. - Dou de ombros.
Eles concordam com a cabeça e olham para o palco. Essa festa estava mais animada que o normal, da até medo.
Decidimos olhar para a pista, conseguimos ver uma pequena aglomeração em um canto específico, de longe já conseguir identificar as pessoas daquela roda.
- Que merda que está acontecendo ali?. - Bak fala se levantando da cadeira. - Não é possível.
Ele deixa a cerveja encima da mesa e sai na direção da confusão.
- Coringa, faz um favor pra mim? Tira a Mavi de lá. - Crusher fala.
- Ué, por que?.
- Vai por mim, a Mavi jaja vai surtar com essa garota de novo.
- Elas já tem treta antiga?. - Pergunto me virando para o rapaz que encarava a cena a frente.
- Sim, elas já brigaram na base do soco, foi um sacrifício tirar a Maria de lá. - Ele dá uma pausa. - Mavi tinha até parado de brigar em rolê, mas eu já to vendo uns sinais corporais dela.
- Pode deixar que eu vou tentar tirar ela de lá. - Entrego a minha garrafa para Arthur e vou em direção aquela aglomeração.
- Olha meninas, eu não estou nem afim de ficar conversando com vocês, vou dançar que eu ganho mais. - Tainá fala puxando Lara em sua direção.
- Aí Tainá, para de se fazer de boa samaritana, "amiguinha da paz". - Fernanda fala fazendo aspas com seus dedos.
- Aí garota o que você quer? Sua voz me cansa. - Lara fala.
- Relaxa ruivinha, minha treta é com a Mavi. - Ela aponta para mim.
- Ta legal. - Levanto minhas mãos em rendição. - Diz pra mim Fernanda, qual é o assunto?.
- Nada demais nega, eu só queria saber como você anda se sentindo?.
- Bem e você?. - Falo levantando uma de minhas sobrancelhas.
- Não nesse sentido fofa. - Ela da uma risadinha. - Mas sua vida... - Um toque de telefone a interrompe.
Uma de suas amigas olha para o celular e revira o olho, vejo que ela desliga o aparelho e olha para Fernanda.
- Quem era Verônica?.
- Cesar, certeza que está querendo saber onde eu estou. - Ela da uma bufada. - Já tô me irritando com essa perseguição toda.
- César é?. - Fernanda olha em minha direção e da um sorrisinho. - Acho que temos algo que interessa a Mavi aqui.
- Que eu saiba não. - Cruzo meus braços. - Se você acha que eu estou chocada que o Fixa está saindo com a Verônica, sinceramente? Não ligo.
- Aí aí. - Ela ri. - Ele está namorando com ela flor, uma coisa que você não teve capacidade de conquistar.
- Uau, muito obrigada pelas palavras, irei guardar na minha caixinha de opiniões.
- Você finge ser forte, mas é fraca como qualquer um.
- Ou você acha isso e tenta me atingir com coisas inúteis. - Dou um sorrisinho. - Se você acha que eu vou socar sua cara como da última vez, relaxa, eu superei essa fase.
- Poxa, achei que a gente ia ter uma briguinha. - Ela olha para o chão. - Mas já que a senhora madura não quer, quem sou eu?.
- Se era só isso. - Olho para as meninas ao meu lado. - Vamos, temos uma festa pra curtir.
A gente começa a se afastar do grupinho, até que vejo Fernanda segurar meu braço, na moral, ela já tá enchendo o meu saco.
- Calma Mavi, ainda não acabou.
- Você tá cansando a minha beleza, pelo amor, me esquece.
- Você se acha a garota mais fodona do mundo, mas é descartável para todos. - Ela da um risinho. - Você tem noção do quão beija bem o seu melhor amigo?.
- Beijou o Bak?. - Me viro para a mesma.
- Beijei sim, olha sinceramente. - Ela passa um de seus dedos nos lábios. - Ele beija muito bem.
- Isso não é novidade pra ninguém. - Dou risada. - Faça um bom aproveito, ele tem uma pegada como ninguém.
Começo a andar novamente tentando sair daquele lugar, até que escuto a mesma rir alto, alguém chama a ambulância pra essa maluca?.
- Para de fingir que não está sendo atiginda Maria, sua pose de forte tem que acabar. - Ela se aproxima de mim e sussurra - Deve ser complicado ser abandonada pela sua mãe.
- Acho melhor você calar a sua boca.
- Eu tô mentindo? Você e o seu pai foi dois descartáveis na vida da sua mamis. - Ela olha em meus olhos. - Acho que ela fez o certo, em abandonar uma pessoa tão medíocre como você.
Antes de qualquer movimento meu, Bak entra no meio de nós duas ficando em minha frente.
- O que tá acontecendo aqui?.
- Aí Bak, você não sabe o que aconteceu. - Fernanda fala com uma voz mansa. - A sua amiguinha não gostou nada em saber que a gente ficou.
- Como é?. - Ele me olha.
- Nem fudendo. - Eu dou uma risada. - Ela tá mentindo Gabe.
- Ela ficou sabendo e me ameaçou, falando que eu não deveria ficar perto de você. - Fernanda fala pegando no braço do mesmo.
- Maria? Isso é verdade?.
- Lógico que não sua mula. - Eu falo nervosa. - Ela tá inventando uma história absurda.
- Deixa de ser mentirosa Maria, você não é a mãe do Bak, ele fica com quem ele quiser.
- Mavi, pra quê isso? Você não é a minha mãe pra decidir com quem eu fico.
- Como é? Se tá de sacanagem com a minha cara. - Dou uma risada de nervoso. - Você vai acreditar nela?.
- Já não é a primeira vez, antes era a Rê, agora é a Nanda?.
- Calma aí, você sabe que a Rê nunca ia querer ficar contigo, ela é apaixonada por outro. - Aponto para ele. - Para de show Gabriel.
- Então qual é o outro motivo pra essa merda toda?. - Bak cruza os braços.
- O motivo Gabriel é que você mais uma vez preferiu acreditar nos outros do que em mim. - Bato palmas. - Parabéns pela confiança, pega na mão da sua amiguinha e vão pro inferno.
Dou um sorriso forçado e saio daquela aglomeração, não era a primeira vez que isso acontecia. Ele sempre preferia acreditar em outros do quem em mim.
Consigo sair daquela festa, decidi ficar na praça que tinha na frente do local. Me sentei no banquinho e fiquei olhando para frente, às palavras que foram lançadas para mim, me machucaram, mas ver o Gabriel me deixando de lado mais uma vez, foi o pior.
- Posso sentar aqui?. - Escuto a voz de Victor ao meu lado.
Não falo nada, mas o mesmo entende um sim. Ele me dá um abraço de lado e começa a fazer um cafuné de leve em meu cabelo.
- Por que ele nunca confia em mim?. - Falo limpando uma lágrima solitária que descia em meu rosto.
- Ele estava de cabeça quente, não sei.
- Não precisa justificar as atitudes dele Victor, não é a primeira vez. - Tento segurar meu choro. - Bem que a Fernanda falou.
- Olha não precisa escutar tudo que ela... - O interrompo.
- Ela não mentiu. - Dou uma risada leve. - Perdi todo mundo, o cara que eu gosto, meu melhor amigo e a minha mãe, realmente, eu sou descartável.
- Para de falar besteira Mavi, você nunca precisou de muito pra ser feliz. - Ele se vira pra mim. - O cara que você gosta, não faz diferença, não deu certo com o Fixa, pelo menos eu beijo sua boca tranquilamente.
- Amado?. - Falo dando risada.
- É verdade ué. - Ele passa a mão em meu rosto. - Sobre o seu melhor amigo, jaja o Bak vem falar com você, depois da lição de moral que a Lara deu nele, até eu me sentiria mal.
A Lara é incrível, não conseguia me ver sem a amizade dela e a da Tainá.
- A sua mãe perdeu demais em não ter ficado com vocês, vai por mim.
- Será mesmo?.
- Claro que sim Maria, você é tão maravilhosa, tem tantas qualidades que se eu ficar falando, vou ficar até amanhã listando. - Ele me dá um selinho. - Não liga pra fala daquela mal amada, você é um mulherão da porra.
Dou uma abraço no mesmo, gostava tanto quando Victor ficava comigo, me sentia melhor sempre que a gente conversava. Não tenho palavras para agradecer pela sua amizade.
- Agora vamos para casa, você precisa mimi. - Ele se levanta e me puxa pelas mãos.
Naquele noite ele fez questão de dormir comigo, não teve beijos ou algo a mais, só tínhamos a companhia um do outro.
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Esse foi o capítulo espero que gostem
Não vou mentir que achei ruim o capítulo, mas no próximo tento recompensar.
Comentem e votem para ajudar a amiguinha aqui.
Se cuidem, bebam água
Até sexta♡
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