❦ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐂𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐞 𝐍𝐨𝐯𝐞 ❦
Eu só faço merda, tenho certeza que se alguém fizesse uma premiação de quem era a pessoa mais burra da face da terra, eu ganhava. Não sabia que ia ficar tão mal por conta dessa merda toda.
Precisava ficar sozinha, eu tinha que tirar um momento apenas para mim. Mas como eu ia fazer isso? Toda hora que eu tento pensar em alguma coisa diferente, a imagem de Victor chorando era o que aparecia ou os nossos momentos juntos.
Às vezes eu gostaria de entender, como eu aceitei ficar com ele apenas na broderagem, sabendo que tínhamos o risco de que isso não ia acabar bem. Aquela mansão já não estava me fazendo bem, decidi andar por aí e esperar Victor aparecer, a gente tinha que conversar.
A cada passo que eu dava, outros pensamentos se fazia presente. Agora tudo fazia sentindo em minha mente, a forma que ele me tratava, a sua ida repentina pra BH, quando ele soube que eu estava com Strong.
Parabéns Maria Vitória, você é muito burra!.
Comecei a andar pelo condomínio, pensando seriamente no que Victor tinha me dito, aquele "eu te amo", foi o pivô do meu surto. Sentimento de culpa misturada com raiva se fez presente, eu tinha tudo pra evitar essa situação, mas me deixei levar.
Eu sempre me deixei levar...
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Nada de Victor, ele tinha evaporado com Renegado, a angústia no meu peito era enorme, não sabia o que eu poderia fazer. A sua frase dizendo que não queria mais nada comigo foi um soco no estômago, eu já tinha o magoado demais, não sei nem porque estava tentando algo.
Me sento na calçada da mansão, fico olhando para a rua na tentativa do tempo passar mais rápido.
- Mavi?. - Me viro rapidamente para a voz. - A gente pode trocar uma ideia rápida?.
Fixa sorri, já tinha tanto tempo que a gente não se via, a última vez foi na festa do Corinthians, onde a gente brigou feio. Apenas confirmo com a cabeça e vejo César se sentar ao meu lado.
Seja o que Deus quiser...
- Deixa eu ver se eu entendi. - Tainá se levanta e começa a andar pela casa. - Você tá querendo me dizer que a maluca da Mavi enlouqueceu, disse que estava apaixonada por você e terminou tudo?.
- Uhum. - Falei olhando para a rack da TV dela.
- Eu não sei se dou um soco nela ou uma facada. - Tainá se joga no namorado. -Mavi tem essa mania de se auto sabotar que me deixa maluca, ela acha que não tem o direito de ser feliz, aquela jumenta.
- E como você está se sentindo Coringa?. - Júlio, o namorado novo de Tainá fala.
- Sinceramente? Eu tô acabado. - Falei já querendo chorar. - Parece que tudo aquilo que eu fiz, não adiantou de nada.
- Claro que adiantou, ela se apaixonou por você. - Tainá diz.
- Mas não tem coragem de ter algo sério comigo. - Falei secando uma lágrima solitária. - Eu sou louco por aquela mulher, será que é tão difícil entender? Sou capaz de tudo pra vê a Mavi feliz.
- É foda. - Renegado fala se pronunciando pela primeira vez.
- Acredito que ela já deve te raciocinado bem, a cabeça já esfriou. - Júlio fala. - Talvez vocês consigam ter uma conversa de verdade sabe? Falarem tudo que vocês sentem.
- Não sei mano, tô cansando de ser sempre o idiota disso tudo. - Falei me jogando mais na cadeira. - Eu não consigo levar isso adiante, é muito ruim ser o cara apaixonado, enquanto a garota tá se fudendo pra você.
- Tenta de novo Victor. - Dessa vez Raphael fala. - Vai saber que depois da conversa com o Bak, a Mavi pensou bem.
- Quem sabe. - Dou um sorriso sem graça. - Não tô confiante.
- Depois eu falo com ela se você quiser bixin. - Tainá se levanta e me põe na frente do espelho. - Olha esse homão da porra que você é, tu é melhor que qualquer lágrima, tu tem um milhão na twitch.
Apenas dou risada da sua fala, realmente, a Tainá era a minha amiga que me levantava a qualquer minuto, mesmo que a gente teve um rolo sério, mas continuávamos como grandes amigos.
- Obrigado por tudo Tai. - Dou um abraço nela. - Você tá me ajudando demais, escuta o que eu estou falando.
Me viro para Júlio que nos observava tranquilamente, eu sabia que ele não me via como ameaça, até da forma que eu cheguei na casa de Tainá, se ele me verde como ameaça, merecia levar uns socos no pé do ouvido.
- Valeu Júlio, você também me ajudou demais. - Seguro em sua mão. - Tenho certeza que você vai fazer a Tainá feliz da forma que ela merece e o principal, fazer aqueles drinks da hora que eu sei.
Ele dá risada, realmente esse namoro da Tainá foi uma doideira. Nem sabia que era com o barmen do bar que a gente frequentava com os nossos amigos.
A gente se despede rapidamente, dessa vez fui dirigindo com tranquilidade até em casa, apenas passei rapidamente na mansão dos emulador deixar renegado, precisava falar seriamente com Mavi.
Ao chegar, vejo ela na frente da mansão no maior papo com Fixa, parece que toda a minha vontade de falar com ela foi por água baixo, acredito que o idiota foi o único que ficou sentido nessa merda toda.
Mais uma vez você foi o grande palhaço nessa relação.
- Você foi muito idiota comigo. - Falei rindo. - Se tivesse me escutado não tinha tomado gaia.
Fixa estava rindo, ele tinha vindo me pedir desculpas por conta da confusão que tivemos na festa que fui com Babi, a ex namorada dele foi tentar brigar comigo, mas no final de tudo acabou eu e Cesar discutindo e ele jogando na minha cara que me deu um fora.
- E você estava certa, a Veronica nunca me amou. - Ele dá risada. - E no final levei foi um chifre enorme, na frente de todo mundo.
- Se tivesse aceitado meu pedido de namoro, nada disso tinha acontecido. - Falei rindo.
- Você realmente gostava de mim. - Fixa fala se aproximando. - Será que a gente poderia conversar sobre isso novamente?.
- Quer a sinceridade? Não. - Falei enquanto tirava a pelinha da unha. - Eu já gostei muito de você Cesar, eu estava disposta a fazer de tudo pra gente da certo, mas fui trocada por outra e nesse período eu me apaixonei por um cara incrível e acabei fudendo com tudo no final.
Cesar para de se aproximar e volta para o lugar, obviamente dou um espaço, nunca nessa vida que eu ia voltar com ele, as coisas não funcionava daquela forma comigo.
- Quem é o felizardo?. - Escuro Cesar falar.
- O Victor. - Falei olhando para frente, completamente perdida.
- Porra, aí não dá pra competir. - Fixa da risada. - Mas pelo menos você está bem.
- Não estou, mas irei sim quando a gente se acertar. - Me levanto. - Vou esperar ele lá dentro.
- Tranquilo então. - Ele se aproxima de mim. - Posso te dar um abraço?.
Apenas confirmo com a cabeça, não era nada elegante da minha parte negar um abraço pra ele, apesar de toda essa nossa briga, eu não guardava raiva, apenas aprendi a não me entregar facilmente para alguém, até esses dias.
A gente se separa e já vejo a Porsche chegando na mansão, ia ser agora que a gente ia conversar. Obviamente minha mão começou a suar, nunca fiquei tão nervosa como estava naquele momento.
Fixa me puxa com a mão e diz que já estava indo embora, nem dou tanta atenção porque Victor tinha acabado de estacionar o carro e saiu do veículo, seu olhar era de raiva? Agora que eu não ia ter coragem mesmo.
- Tá bom Fixa, depois a gente se fala. - Falei me soltando do rapaz e sai correndo atrás de Victor que tinha entrado na mansão sem falar conosco.
Antes dele chegar no corredor do seu quarto, me coloco em sua frente, não ia deixar ele ir embora sem falar comigo.
- Tá correndo de mim por que? A gente precisa conversar.
- Conversar o que? Não tenho nada pra falar com você. - Victor fala em um que desconhecia.
- Você tem Alzheimer? Esqueceu o que aconteceu mais cedo?.
- Queria ter, pra ter esquecido essa merda toda. - Ele joga as palavras em mim. - Eu cheguei da Tainá disposto a conversar com você, aí eu chego e você estava no maior lenga lenga com o Fixa.
- Como é? Escuta a merda que você está falando Victor. - Coloquei minha mão em meu rosto. - Você estava na Tainá? Pedindo consolo?.
- A Tainá é minha amiga, ela tá do meu lado quando eu preciso, sabe?. - Coringa cruza os braços. - E o Fixa? Venho te consolar?
- Eu e o Fixa? A gente não tem vínculo nenhum, puta merda.
- Não foi o que me pareceu. - Ele fala no maior tom de deboche. - Eu tô cansando dessa merda toda Maria Vitória, eu sou o único que tá sentindo isso tudo, eu sou a pessoa que mais está sofrendo com essa porra toda, sabe por que? Porque eu me apaixonei por alguém que é covarde comigo e com ela mesmo.
Suas palavras me atingiram com força, eu já estava me estressando com aquilo tudo.
- Você sempre é o mais sentimental, entende pelo amor de Deus Victor, eu também estou sofrendo com isso tudo. - Falei já em lágrimas, sabia que isso ia acontecer. - Acha que eu simplesmente quis me apaixonar por você? Aconteceu de uma forma que nem eu sei explicar, mas que porra.
- O que adianta Mavi? Eu fiz de tudo pra esse sentimento ser verdadeiro, a gente da certo, pra no final eu ver aquela cena?.
- Você tá entendendo tudo errado Coringa, olha o que você tá falando. - Dei uma pausa. - Quer saber? A gente não ia conseguir ficar juntos mesmo, ia ser uma perca de tempo.
Comecei a andar em direção às escadas para ir no meu quarto.
- Fica tranquila Mavi, nem que seja a última coisa que eu faça na vida. - Ele me olha. - Eu vou te esquecer, aí você vai se ver livre de mim e do meu amor que não te acrescenta em nada.
Ele sai andando, me deixando completamente arrasada, eu achei que talvez dessa vez a gente poderia conversar, mas me enganei.
A gente não tinha mais volta.
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Esse foi o capítulo, espero que vocês tenham gostado
Não esqueçam de votar e comentar meus amores ♡
Nem tudo são flores, obviamente esse draminha ia acontecer para colocar os edits das teorias hehe
Se cuidem, bebam água e voltamos com a rotina normal.
Até Sexta ♡
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