O dia passou rápido, a cada minuto que passava eu ficava em uma mistura de nervoso com ansioso. Thaís me explicou detalhadamente a onde ficava um lugar reservado no meio do mato.

— Olha lá em Thaís, se a gente se perder. — Falei baixo pra moça que continuava arrumando umas coisas em uma cesta.

— Confia calanguete, vai da tudo certo. — Ela falou tranquilamente, acho que alguém está andando muito com Lzinn. — Tá nervoso?.

— Demais, não sei o que esperar. — Falei rindo.

— Victor, você não vai pedir a garota em namoro. — Ela fala rindo. — Mas só demonstrar que ama ela.

— Eu amo?. — Me perguntei. — Só sou apaixonado.

Thaís me olha na maior cara de tédio, na boa, ninguém me respeitava no nosso círculo de amizade. Dou uma respirada profunda, só tinha que esperar o pessoal dormir de tarde e sair com Mavi.

Que ninguém me atrapalhe, amém.

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— Eu tô cansado, nem churrasco eu quero fazer. — Brabox diz levantando do sofá. — Vou dormir, bora bem?.

— Vai na frente. — Erick fala se jogando mais no sofá.

— A não, vem amor. — Pedro puxa a mão de Erick. — Vem deitar um pouquinho.

— Olha lá vocês em. — Mob diz levantando. — Tô indo deitar também.

— Acabou com o nosso coito. — Erick fala enquanto seguro a mão de Pedro.

— Meu Deus Erick. — Raquel fala com a mão no rosto. — Eu tô super cansada.

— Quer dormir comigo não gata?. — Lzinn fala do nada.

— Dispenso. — Ela fala rindo.

Certeza que pegou um ranço por conta do banho de refrigerante. Todo mundo começou a ir pros quartos, menos eu e Maria. Ela olhava para algo que passava na televisão, eu já nem prestava atenção em nada, apenas em Maria.

— Psiu. — Falei tentando chamar a atenção da mesma. — Vamos indo?.

— Pra onde?. — Ela pergunta levantando.

— Vem comigo que você vai descobrir. — Disse oferecendo a minha mão. — Relaxa, que a Thaís vai acobertar a gente, falando que fomos fazer uma trilha.

— Beleza. — Maria sorri e segura na minha mão.

Entrelaço os nossos dedos e vamos em direção a saída da casa, meu coração acelera só de pensar na reação que Maria poderia ter. Na garagem pego a cesta que Thaís deixou pra gente no "esconderijo" e fomos em direção ao lugar que preparei a surpresa.

No início eu achei que ia me perder, até Maria brincou com a situação, que íamos participar do largados e pelados, mas naquela tarde eu estava confiante, queria que tudo saísse conforme o planejado.

Em algumas horas ia escurecer, mas o meu objetivo era chegar antes do por do sol ao lado dela. Começamos a subir um morrinho, nem eu estava entendendo o caminho, mas estava confiante que era perto.

— Victor, você sabe a onde a gente está indo né?. — Mavi fala segurando com mais força a minha mão.

— Mavi, confia na call. — Falei rindo. — Você está muito nervosa em.

— Só não gosto de andar em lugares que nunca fui na vida. — Ela fala enquanto tropeça em uma pedrinha. — Era só o que me faltava.

— Calma meu bem. — Puxo Maria para perto de mim. — A gente já chegou, só preciso que você coloque essa venda e me espere.

— A não Coringa, alguém vai aparecer por aqui e me matar. — Mavi me abraça. — Nem inventa.

— Mavi, olha pra mim. — Segurei em seu rosto. — Deixa de ser besta, confia em mim.

Eu pego a venda e ofereço, mesmo relutante, Mavi suspira e coloca a venda.

— Victor, se você me deixar aqui e não voltar, te deitar na porrada. — Ela fala enquanto cruza os braços.

— Confia em mim meu amor. — Pego seu queixo e levanto seu rosto dando um selinho. — Volto já.

Saio correndo e deixo a cesta em uma cabaninha que com a ajuda de Thaís consegui montar, vejo se estava tudo no lugar, estava tudo perfeito, pelo menos pra mim.

Suspiro profundamente, espero que ela gosta e perceba o quanto eu estou apaixonado. Vou em direção à Mavi que estava cantando uma música aleatória, certeza que se eu chegar dando um susto, vou apanhar.

— Voltei. — Falei me aproximando lentamente.

— Graças a Deus. — Vi ela colocar a mão no peito. — Vamos?.

— Pega na minha mão e vem com cuidado. — Falei me aproximando da moça.

— Olha lá Coringa, se eu surtar você vai ver. — Maria fala rindo.

A gente começa a andar no meio dos matos, até chegarmos na cabana. Deixo a garota na frente do lugar, ela estava super calma, diferente de mim, que misericórdia.

— Pode tirar a venda. — Sussuro enquanto a abraço por trás.

Maria no mesmo instante tira a venda e olha a cabana que eu tinha feito. Sinto ela encostar as coisas dela bater em meu peito, sua mão segura fortemente na minha.

— Victor? Olha... — Ela fala e começa a rir. — Meu Deus, que coisa mais linda.

— Aí que susto desgraça. — Falei para a garota. — Achei que você não ia gostar.

— O que?. — Ela se vira pra mim. — Eu amei, nossa que lindo.

Ela começa a andar no caminho de pétalas que eu tinha feito, Mavi começou a pular enquanto sorria, nunca a vi tão empolgada. Eu já me sentia realizado, só de ver ela feliz era o que me bastava.

— Você fez isso tudo pra mim?. — Ela se aproxima.

— Tu é merecedora demais. — Falei enquanto puxava a sua cintura para mim.

— Tô sem palavras meu bem. — Ela fala sorrindo e com lágrimas nos olhos.

— Você tá chorando? Cadê tua postura?. — Falei rindo enquanto beijava seu rosto inteiro.

— Larga a mão de ser palhaço. — Vitória sorri largamente. — Só estou, feliz.

Pego em sua mão e levo para dar uma volta, aquele lugar era enorme, tinha muita coisa pra fazer lá. Lembro que Thaís comentou comigo que ao lado daquele lugar tinha uma cachoeira pequena, mas a água era a coisa mais linda.

Obviamente eu fui procurar esse lugar, aproveitar que estávamos trajados para aquela ocasião. A gente chega rapidamente na cachoeira, realmente, era muito linda.

— Quer entrar?. — Perguntei para a moça ao meu lado.

— Vamos. — Maria fala e já tira sua camiseta.

Vejo ela retirar algumas peças que carregava, ficando apenas de biquíni, sempre irei dizer o quanto o seu corpo era lindo, na verdade Mavi era linda por completo. Ela sorri pra mim, aquilo só me deixava mais boiola por essa mulher.

— Vai entrar de camiseta?. — Ela me pergunta enquanto se aproxima. — Deixa eu te ajudar.

— Tá querendo se aproveitar né?. — Dou a minha língua para a moça.

— Aí aí. — Ela ri e pega na barra da minha blusa e me ajuda a retirar, obviamente deixou um arranhado, me causando arrepios.

— Maria, Maria. — Falei puxando a moça. — Você não começa.

— Eu? Nunca pensei em nada. — Ela me dá um tapa na mão. — O último que chegar é a mulher do padre.

Maria sai correndo e nem me dá o tempo de raciocinar.

— Se for o Fábio de Melo?. — Falei correndo atrás da moça.

— Aí é covardia. — A mesma fala antes de mergulhar.

Não sabia que estava apaixonado pelo César Cielo, porque a garota saiu nadando como se não houvesse o amanhã. Entrei na água e mergulhei, obviamente ia pegar seu pé pra da um sustinho.

Mas falhei na missão, Maria percebeu o que eu estava planejando e mergulha dentro da água. Mas mesmo assim consigo segurar seu corpo e trazer para a superfície.

— Meu Deus, pesquei uma sereia. — Falei segurando ela em mim.

— O não, um baiacu. — Ela fala apertando a minha bochecha.

Pode uma coisa dessas? Eu todo carinhoso e a menina me zoando. Olho para Maria e afasto seus cabelos molhados do seu rosto.

Ela me olha na mesma intensidade, naquele momento eu sentia que algo estava sendo recíproco, não sei se era expectativas demais. Seu corpo se junta com o meu em uma rapidez.

Quando percebo estamos nos beijando de uma forma diferente, tinha desejo e algo a mais naquilo, meu coração acelera com cada movimento das nossas bocas. Mesmo dentro da água, Maria sobe em meu colo e coloca suas pernas em volta da minha cintura.

Eu a desejava de uma forma desesperadora, sua boca se separa da minha e logo começa a beijar o seu pescoço lentamente. O gemido de Mavi era música para os meus ouvidos.

Pego sua coxa e seguro com força, levanto Maria para mim e saio com ela em meu colo da água sem quebrar o nosso contato. Já estava escurecendo e um lindo por do sol a gente poderia enxergar.

Mesmo com toda a luz do por do sol, o que mais brilhava era ela, sempre vai ser ela. A gente já sabia o que ia rolar naquela noite, mesmo molhadas entrei na cabana com Mavi e coloquei seu corpo no coxão.

Mais uma vez ia demonstrar o tamanho do meu amor por ela.

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(7/10)

CALMAAAAAA NAO ACABOU

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